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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

RONILDO PIMENTEL – UM BAIXISTA NA HISTÓRIA DO UNDERGROUND PARANAENSE


 Esta edição do Colorado Heavy Metal traz um convidado muito especial. Um baixista que, tendo participado da formação matadora do Tumulto  - uma das maiores e melhores bandas do underground parananense –  tendo gravado as quatro cordas de Conflitos Sociais, um petardo sonoro que pudemos assistir ao vivo quando da passagem deles por Maringá nos anos 90 numa das edições do FEMUCIC. Sua atual banda é a REAÇÃO QUÍMICA – banda formada por músicos competentes e que disparam em alto nível  a fúria contestatória e revolta contra a hipocrisia do sistema que nos cerca. Recomendo que você conheça o trampo desta banda – é sonzeira. Jornalista por profissão, o baixista Ronildo Pimentel atendeu o Colorado Heavy Metal de forma muito receptiva. Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, uma pessoa muito gentil, culta, mas, e acima de tudo, ainda mantém fortes vínculos com a atitude rock em seu estilo de vida.

CHM – Você participou da formação do Tumulto como o baixista que gravou o petardo Conflitos Sociais. Como se deu aquela formação e a gravação deste clássico do underground paranaense?

Ronildo Pimentel - Em 1991, tinha acabado de sair da minha primeira banda chamada Caos Nuclear, quando fui apresentado ao Márcio Duarte (baterista) pelo Nilton Bobato, vocalista do Morthal e abrimos um diálogo. Ele conhecia o Maurício, que na época planejava ser baixista, mas aceitou mudar para a guitarra, pois já dominava bem as seis cordas do violão e virou maestro. Os primeiros ensaios até tentamos um outro integrante, inclusive eu no vocal, mas não deu certo. Então, num show do Cólera em Foz, encontramos o Paulão que topou fazer o teste no vocal. Encaixou dentro da proposta. Num segundo momento começamos a discutir um nome, daí tive a ideia de buscar no dicionário em inglês e numa das sugestões que anotei, o Maurício chamou a atenção para Tumulto, tradução de um dos nomes selecionados. Pegamos firme nos ensaios e logo em seguida a estreia com 4 sons próprios e 4 covers, set curtinho. No final tivemos que repetir tudo. Ao final daquele ano recebemos o convite do Bobato para gravar o split LP, um lado Tumulto e outro Morthal. E o mais legal, é que encaixou do Redson Pozzi, fundador e lenda do Cólera (em memória), conduzir as gravações e a produção. A captação do instrumental fizemos em duas noites com muito café, mesmo tendo que acordar de madrugada para trabalhar normalmente.

CHM – Pude assistí-lo ao vivo nos anos 90 durante o FEMUCIC onde vcs colocaram o ginásio Chico Neto abaixo. Que lembrança tens deste período-evento?

Então, apesar do pouco tempo para a gravação, a banda tinha uma química muito legal ao vivo. O repertório saía mais rápido e agressivo e, como cantávamos um português bem claro, apesar da pancada, a aceitação foi muito legal. Aquela vez do FEMUCIC foi uma surpresa, nosso maior público até então e, de repente, a galera simplesmente veio para a frente do palco ensandecida, bem ao estilo. Ainda hoje lembro com muito carinho daquela noite com muitas bandas, o que levou todos fazer sets curtos, no máximo 25 minutos. Mas foi incrível, até porque conhecemos muitas pessoas e bandas do país.

 

CHM – REAÇÃO QUÍMICA é sua atual  banda – pude conferir trechos de sons bem responsa. Qual é a formação e influências?

Sim, Reação Química. A banda tem mais de 10 anos, foi fundada pelo Giovani Fagundes, o Lixo (vocal). Quando voltei para Foz em 2018, ele me convidou, faziam basicamente covers de bandas punks dos anos 1980. Minha estreia com eles foi no primeira Megarock, que reuniu Cólera, Replicantes, os mestre do metal Korzus e uma renca de bandas locais. Foz sempre teve uma tradição de bandas de vários estilos. Uma das condições para permanecer na Reação foi o lance de investir em repertório próprio. No começo não foi fácil, mas hoje dá para dizer que a parada deslanchou e estamos num caminho com influências de Punk Rock, HC, Crossover, quase um ThrashCore. A formação atual, além do Lixo e eu no baixo, tem o Ratão (guitarra) e o Carlos Ivan Misty (bateria).

 

CHM -  O material postado pela banda nas redes sociais é bem profissional – sons em estúdio – etc... – Mostra uma banda coesa formada por músicos experientes. Como está a cena no oeste do Estado? Tem rolado eventos? Vcs tem tido espaço para tocarem ao vivo?

Em relação a qualidade das gravações, deve-se a dois fatores, galera experiente, que já tocou em várias bandas e o estúdio bem qualificado. Ah, o detalhe é que gravamos ao vivo, ou seja, valendo todos os instrumentos. Aqui em Foz do Iguaçu e na região tem rolado bons e variados festivais, muitos bares abriram as portas para bandas de rock em geral. O nosso maior problema com as apresentações ao vivo é com relação ao tempo mesmo, como todos tem suas vidas profissionais, família,… filhos e netos, no meu caso, não conseguimos conciliar sempre os horários. Mas vamos fazendo, com amor pela música, sempre.

CHM – A crítica ao sistema, o contestatório, a revolta contra o meio são marcas bem latentes do rock, principalmente punk rock, hardcore e crossover. Comente sobre isso.

Ah, quanto a isto, é isto mesmo. Não dá para você se propor a fazer um som agressivo sem contestar as coisas como elas estão postas, simplesmente aceitar as regras e ideologias goela abaixo. Acho importante ressaltar a questão social, as mazelas, o amor entre as pessoas sem distinção, situações do dia a dia, tudo bem atemporal. Quem tiver interesse pode buscar nas redes sociais, a Reação Química tem perfis no Youtube e Facebook.

 


CHM – Você já viajou para vários países. Qual sua percepção sobre a cena underground brasileira em relação América do Sul e Europa?

A maioria das minhas viagens é a turismo, mas, claro, sempre acaba percebendo e encontrando informações (cartazes) e apresentações ao vivo. Acredito que em alguns países da América do Sul, em especial Chile e Argentina, existe um apoio mais explícito às bandas, com estrutura. Aqui no Brasil, só tem as coisas quem consegue comprar, sempre foi assim. Na Europa tem a questão do apoio institucional (inclusive poder público), tanto que é comum se deparar com bandas tocando em praças, parques, calçadões. A cultura underground ela acontece a partir do submundo, podem barrar um período, mas não para sempre. E isto engloba todos os estilos e gêneros musicais. Neste ponto, a internet abriu os horizontes para todos.

 

CHM – Qual o momento e projetos do REAÇÃO QUÍMICA?

No momento estamos fechando o primeiro set mais completo da banda, uma hora de repertório com pelo menos 80% dos sons autorais que, que é o verdadeiro foco da banda. Com a ajuda da internet, coloca a galera a cantar junto nas apresentações e nada se compara a subir num palco e mostrar algo que você criou do zero, sem desmerecer os covers, que são muito legais para entrosar a galera da banda.

 


CHM – Nesta região do Estado de onde falo contigo no eixo Maringá Londrina a cena é bem ativa com eventos semanais – pois são centros grandes com espaços específicos e duradouros. Poderemos ver o REAÇÃO QUÍMICA despejando sua sonzeira por aqui?

Caraca, seria incrível. Na época do Tumulto, fizemos apresentações em Londrina e depois em Maringá, com recepções incríveis. Gostaríamos muito de fazer nossa primeira tour um pouco mais extensa passando pela região de vocês, assim como trazer bandas daí para se apresentar aqui. Em Foz é muito bacana, sempre rolam festivais com bandas do Paraguai e da Argentina também, uma bela integração underground sem fronteiras.

CHM – Espaço para suas considerações finais.

Muito importante este espaço para falar de música, de cultura e constatação, debater ideias, sem o confronto pelo confronto. Longa vida ao CHM.

*Por Marcão Azevedo.

terça-feira, 28 de abril de 2020

NO RADAR COM HERETICAE


A seção NO RADAR de hoje conta com a participação da banda HERETICAE (Londrina - PR), em atividade desde 2014 fazendo um trabalho singular e muito interessante! Batemos um papo sobre o mais recente trabalho, “Ecos do Atlântico”, que é sem dúvidas um belo material que precisa ser conhecido por quem gosta de uma sonoridade repleta de peso e envolto de um tema conceitual instigante. 

1 – O HERETICAE lançou seu primeiro trabalho intitulado “Ecos do Atlântico”, qual a sensação da banda em relação ao seu trabalho de estreia e como estão trabalhando na divulgação!?
‘Ecos do Atlântico’ é nosso primeiro álbum, não foi nosso primeiro trabalho propriamente dito – temos um EP e um single lançados em 2017 e 2015, respectivamente. A sensação da banda como um todo, assim como o retorno dado por nossos amigos/as mais próximos, foi de grande satisfação com o resultado. Foi um trabalho longo, feito da maneira mais acessível para nós quatro em questão de tempo e de dinheiro, e sabemos que fizemos o melhor que podíamos com o que tínhamos.
A divulgação, por conta da quarentena, tem ocorrido exclusivamente via internet até o momento – por redes sociais e por e-mail. Nossos amigos/as e parceiros/as têm ajudado da melhor maneira que lhes é possível, e já conseguimos um bom alcance pelo Bandcamp.


2 – De início um ponto que chama atenção é a abordagem de um tema totalmente ligado as raízes da América do Sul. Algo muito bem elaborado e conectado com o nosso passado ancestral. Gostaria de saber um pouco da elaboração desse conceito, podemos dizer que “Ecos do Atlântico” é um disco conceitual?
Sim, é um disco conceitual. Desde o início foi projetado para ser, e tudo o que viemos fazendo no último ano gira em torno de seu conceito.
O conceito se formou através de ideias e reflexões que nós tínhamos em nossas conversas. Cristiano, Cleverson e eu (Dalton) somos amigos há bastante tempo, e sempre que nos encontramos, a ideia vai longe, por assim dizer, rs. Nossos posicionamentos políticos e ideais de vida e sociedade quase sempre são o centro de nossas conversas, e com certeza os anos de trocas de experiências refletiram na proposta desse trabalho. O Chico (baterista) entrou um pouco mais tarde na banda, nos idos de 2018, mas por mais que a ideia já estava consolidada, suas visões certamente somam com o todo da banda também.
Cabe ainda mencionar o fato do Cleverson ser afro-brasileiro, e o Chico e eu sermos descendentes de indígenas, o que foi um pilar central na consolidação da ideia do álbum. Por fim, basicamente, decidimos voltar os olhos à nossa história, à história dos povos colonizados e escravizados das Américas, ao invés de seguir as ideias das bandas europeias do mainstream do metal.

3 – Seguindo, acredito o conceito, a banda também tem outro fator muito bem-vindo ao Underground Brasileiro, que são as letras em português. Por incrível que possa parecer, as bandas que cantam em português no Brasil, ainda têm certa resistência por parte de alguns tradicionalistas. O que é para o HERETICAE não abrir mão de sua língua pátria?
Essa foi outra decisão que se desenvolveu ao longo de meses, que faz parte do conceito do álbum, mas ainda é algo “maior” do que ele. Posso afirmar que o ponto de virada nisso foi a passagem de Rômulo Machado na banda (final de 2017 ao início de 2018). Ele, que já tinha um projeto solo chamado Iamí, já fazia músicas em português se tratando de temas similares ao que adotamos. Nesse sentido, suas contribuições foram importantíssimas, por mais que sua passagem na banda tenha sido breve. A partir disso, transcrevi a letra da então ‘Não Servirá!’ para o português, e em seguida escrevi, com ajuda do próprio Rômulo, a letra da ‘A Ferro e Fogo’.
Assim, desenvolvendo cada vez mais a ideia do álbum, e procurando conhecer da melhor maneira possível questões ligadas à imperialismo, resistência anticolonialista e posteriormente até mesmo fascismo, assumimos a escolha do português como uma escolha política – afinal, pouco sentido faria falar de luta anticolonialista em inglês, a língua que mais representa o imperialismo em nossos tempos. Entretanto, para além da política, apreciamos a beleza da língua portuguesa brasileira, e pessoalmente posso dizer que é maravilhoso descobrir o leque de possibilidades de escrita que ela oferece.


4 - “Ecos do Atlântico” tem uma gravação bem legal e bastante referências musicais! Cabe a nós, ouvintes escutar e termos nossa interpretação. Porém, gostaria de saber quais são as referências musicais da banda e como funciona o processo de composição!
Para ser bem sincero, são tantas referências que é difícil dizer. Acho que os pilares centrais de nossas influências como fãs de música pesada são Sepultura (por parte do Cleverson e Chico) e Behemoth (por parte do Cristiano e eu), porém estaria mentindo se dissesse que as influências para esse trabalho se limitam a apenas ao gênero do metal.
O processo de composição é igualmente complicado de explicar. Todas as músicas tiveram a mão de todos da banda, e muitas delas ainda tiveram a mão de ex-membros. Quanto às que compomos só entre nós quatro, cada uma saiu de um jeito diferente: teve música que saiu de dentro de outra música, teve música que um de nós chegou com a estrutura “pronta” e só acertamos os detalhes em conjunto, teve música que saiu espontaneamente entre um riff e outro.
O caso mais bizarro que vale a pena comentar foi o da ‘A Cruz e a Águia’. Ela foi uma das primeiras composições dessa nova leva, feita de uma forma totalmente espontânea em uma tarde na casa do Cleverson, muito antes do Chico entrar na banda. Mas praticamente a esquecemos ao longo dos meses! Tanto esquecemos que mal a ensaiamos antes de entrar em estúdio para gravar a bateria. Resultado: o Chico, com ajuda do Cleverson, praticamente compôs a linha da bateria dessa música na hora da gravação, hahaha. E, mesmo após isso, eu fui terminar a letra literalmente na noite anterior do dia em que eu gravei as vozes. Foi tudo feito de uma maneira totalmente espontânea.
Enfim, a regra principal foi: não existe regra, rs.

5 – Quais as próximas metas da banda, o que podemos esperar do HERETICAE!!!! Agradeço imensamente, o espaço é de você, obrigado!
A meta até então é esperar a quarentena acabar, haha. Enquanto isso, tá rolando divulgação online. Entretanto, antes da pandemia estourar, estávamos engatando o início da gravação de outro clipe – cujo roteiro já está pronto, inclusive –, estávamos tirando do papel o planejamento de uma turnê de divulgação, e também há algumas novas composições surgindo já. No mais, estamos aguardando a situação de calamidade nos dar um horizonte melhor pra retomar esses planejamentos. Saudade de tocar é o que não falta.
Por fim, muito obrigado pelo espaço em seu blog! Foi um prazer responder à essa entrevista.
Valeu!



Por Vitor Carnelossi


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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

NO RADAR - COM FORGOTTEN SAGA

Junior Bonora é o nome do excelente guitarrista que já participou de algumas bandas e projetos, entre eles Perpetual Digrace, Thunderlord, Grey Holf. Estamos com o Junior NO RADAR para saber sobre seu primeiro trabalho solo, o FORGOTTEN SAGA!!!! 



1 – Você está se preparando para soltar seu primeiro álbum solo chamado “Forgotten Saga”, Quais as principais inspirações e referências para este trabalho? Primeiramente, parabéns por esse trabalho aqui e muito obrigado pelo convite para a entrevista! O Forgotten Saga é a colisão das minhas paixões pelo heavy/power metal germânico com a literatura fantástica. Sou apaixonado por Accept, Grave Digger, Blind Guardian, Helloween, Gamma Ray, Primal Fear, Judas Priest, Hammerfall. Certamente você ouvirá um pouco de tudo isso no disco. Ao mesmo tempo também sou fã de Senhor dos Anéis, contos do H. P. Lovecraft, e é claro, Andrzej Sapkowski. É baseado na grande obra desse último que fiz o disco debut, Last Wish. A saga The Witcher é uma paixão minha, nos livros, games, HQs e agora no seriado da Netflix. 

2 –Você já esteve em estúdio gravando para outras bandas. Qual o principal desafio em “peitar” um projeto cujo você é compositor? O principal desafio é a sobrecarga pelo acúmulo de funções. Ter que se responsabilizar pela criação de tudo, pela produção e ainda performar nas gravações é um desafio. Compor é mais difícil quando você também tem que se preocupar com logotipo, capa, timbragem, programação de baterias, letras, páginas na internet e tudo que envolve um lançamento independente. Há um custo financeiro e um custo mental. O Forgotten Saga só é uma realidade porque me dediquei exaustivamente durante minhas últimas férias antes da minha filha nascer. 

3 – Você é um estudioso da guitarra e tem uma excelente técnica! Há uma cobrança pessoal em você para apresentar um trabalho dentro de padrões elevados do instrumento? Muito obrigado Vitor, vindo de você que é um grande guitarrista fico ainda mais honrado. Eu estou na guitarra especificamente já fazem 19 anos, porém só passei a estudar música de verdade há 6 anos. Voltei a fazer aulas e nunca deixo de praticar, ao menos um pouco, todos os dias. Hoje em dia também sou professor de guitarra. Eu tenho um prazer em tocar que é um caso a parte, também tenho um lado guitarrístico como ouvinte (além do metal em si). Gosto de ouvir Greg Howe, Allan Holdsworth, Gary Moore, Joe Bonamassa, Joe Satriani, Kiko Loureiro, Malmsteen. Acho que essas referências acabam se misturando um pouco. 4 – Conversando em “off “ você me disse que teve que dominar a tecnologia na captação e produção antes de gravar “Forgotten Saga”. 

4 - Gostaria que detalhasse esse processo, como está sendo produzido este álbum de estreia? O principal critério para esse disco foi manter os pés no chão, mas vale um na mão do que dois voando. Abri mão de investir em um super projeto para fazer algo que eu realmente desse conta de finalizar. Estudei o Reaper, o ezdrummer, investi em racks, monitores de áudio, cabos bons, etc. Foi um tempo fazendo produções teste e pesquisando muita coisa na internet, sobre frequências e técnicas de mixagem. O resultado não é superprofissional, mas é audível. E o melhor: deixou de ser uma promessa, um devaneio, e se realizou. O fato de ser um acumulador de equipamentos de guitarra ajudou também, tenho aqui uma coleção de guitarras, amplificadores e pedais. Conto com a ajuda final do André Tulipano (Steel Warrior) em parte da mixagem e toda a masterização. No próximo trabalho eu vou investir em um produtor e em uma gravação mais profissional, me liberando para compor com mais tranquilidade! 

5 – Haverá algum músico convidado? Quais as expectativas para esse lançamento! Obrigado pela participação! Sim! Revelo oficialmente em primeira mão para você! Os baixos foram gravados por um exímio baixista aqui da região. Ele é ridiculamente bom! O cara se chama Matheus Andrade e fez um trabalho monstruoso nas linhas de baixo. A música A Matter of Price teve os baixos gravados pelo grande Fabio “Greywolf” Paulinelli, as linhas ficaram lindíssimas e qualificaram a música. Você deve saber como o Fabio é técnico e criativo! Nas vozes algumas coisas ainda estão sendo definidas, mas posso adiantar que teremos os 4 vocalistas do Dragonheart atuando na música Witcher of Rivia e o André Tulipano do Steel Warrior cantando em várias outras. Essas participações engrandecem o trabalho para além do que eu jamais conseguiria sozinho. As expectativas pessoais estão ótimas. Tive excelente feedback de alguns amigos importantes. A capa já está pronta e temos a possibilidade real de fazer o lançamento com um selo com distribuição internacional, aguardaremos! Muito obrigado novamente pela oportunidade, você é um cara iluminado Vitor! Abraço!



@forgotten_saga.metal




    POR VITOR CARNELOSSI
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    quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

    RELÍQUIAS - PARTE 01

    Nessa seção, apresentamos ótimos discos que por algum motivo não são clássicos absoluto dentro das discografias de bandas clássicas!



    “Funeral Serenades” – Esse é um disco essencial para quem quer ir a fundo no Death Metal Nacional. Não é exagero dizer que é um dos melhores lançamentos do gênero, não só no Brasil, mais como do mundo todo! O Death Metal técnico e brutal, andava de maneira linear com as grandes bandas do estilo que inauguraram o Tecnical Death Metal! 
    “Cada Dia Mais Sujo e Agressivo” – Em relação a discografia do RDP essa “bolacha” ficou um pouco na órbita de “Brasil” e “Anarcophobia”, devido ao grande sucesso dessa fase. Porém, vale dizer que este é uma das obras mais violentas lançadas por aqui! Veloz, furioso e desenfreado o disco despeja uma estética sonora que ainda é extremamente copiada por bandas de hardcore/thrash... mesmo que subconscientemente.... 





    “Decadence of Progress” - Ta legal... tem hora que os batuques soam meio forçados e plásticos, mais no geral, esse play é foda! O Overdose sempre esteve na captura de um estilo próprio, após lançar o imbatível “Circus of Death” os camaradas pegaram uma onda na “brasiliaridade” que estava em alta no exterior. O Resultado é um disco pesado, inovador e com ótimas composições. Valeu apena, o tempo passou e hoje a galera entendeu!!!! 








    “Death Is A Lonely Business” – Não consigo pensar como esse disco não alcançou o estrelato de outros lançamentos nacionais. Sem exageros, se eu fosse indicar um disco de Thrash Metal nacional sem ser “Beneath Remains / Arise”, seria esse! As guitarras, vocais e batera contidas neste álbum é coisa de gente grande! Outro disco que merecia fama internacional!!! E olha que os caras conseguiram anular os superpoderes de Vladimir Korg nesta época da banda, o que não é nada fácil! 






    “Ashes To Ashes, Dust To Dust” – Não estou pegando no pé do vocalista Korg, ao contrário, Korg tem um peso descomunal na história do Metal Nacional. Mais pense bem, assim como o Chakal teve a tarefa ingrata de substitui-lo, o mesmo aconteceu com o The Mist. Jairo Guedez ficou com a batata quente na mão e de maneira habilidosa modificou as entranhas da banda robotizando a sonoridade para algo cru, industrial e incomparável com o passado recente. O disco até hoje possui uma sonoridade única e conseguiu se tornar mais uma pedra preciosa no panteão dos grandes discos de nosso Heavy Metal Brasil.

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    quarta-feira, 20 de novembro de 2019

    NO RADAR COM YURI FULONE


     

    O projeto/banda “Yuri Fulone” acaba de lançar seu novo trabalho, “Fernando Dias Paes”. Novamente o tecladista (multi-instrumentista) surpreende pela qualidade e esmero já tradicionais em seus trabalhos! Sem dúvidas um dos melhores de 2019 dentro das proximidades do Power/Heav Metal, confiram!

    1 – Yuri, seu novo trabalho é um disco temático sobre a vida do Bandeirante Fernando Dias Paes! Como foi essa experiência para você de ter um personagem central para 
    direcionar todo o álbum? 
    Eu sempre quis fazer um disco que contasse uma história música por música, mas eu não queria criar um enredo fictício. Foi quando eu liguei duas coisas que amo, o Metal e a nossa história.

    2 – Para surpresa dos que acompanham seu trabalho, dessa vez o material é cantado em português! Nos explique essa mudança de idioma dentro do seu planejamento!
    Nunca me imaginei fazendo Metal em português, mas o tema me obrigou a fazer a música O Bandeirante, todas as outras eram em inglês, mas quando o Nuno terminou de gravar O Bandeirante ele chegou pra mim e disse "faz o disco todo em português", na hora eu não quis desperdiçar tudo o que já tinha escrito e começar de novo, mas uma semana depois já estava com as letras e melodias refeitas pra gravarmos o resto do disco! hoje eu vejo a importância dessa escolha.
    3 – Além de multi-instrumentista, você também cuidou de todo o conceito gráfico, inclusive pintando a arte da capa! Qual seu sentimento com esse novo álbum, pois foram várias atribuições artísticas a sua pessoa!
    As capas sempre foram feitas antes das músicas, eu sou formado em Design Gráfico e sempre gostei de desenhar, usar programas gráficos e fazer os encartes. Apenas duas das sete capas não fui eu que fiz, acredito que tudo faz parte de um pacote visual e sonoro que se complementam.

    4 – O esquema de divulgação ainda é um muro intransponível para a maioria das bandas de rock/metal! Como você procura divulgar seu material para capitalizar os recursos?
    Verdade, a divulgação é onde as coisas travam, e no meu caso não é diferente, mesmo fazendo o possível a página da banda tem pouco mais de 2000 curtidas em 5 anos. A única coisa que fiz diferente desta vez foi o lançamento digital dos álbuns, que não dá retorno financeiro algum, mas infelizmente são nestas plataformas digitais que as pessoas estão conhecendo as bandas.

    5 – Tendo alguns trabalhos já lançados, como você compara o último álbum, “Fernando Dias Paes”, em relação aos anteriores? Obrigado por participar!
    Este disco certamente foi o mais trabalhoso, é estranho dizer isso mas a dificuldade de compor em português é muito maior! Tanto pelo empenho exigido quanto pelo tema que é um pouco sobre nós mesmos este acabou sendo meu trabalho mais gratificante, o qual senti que estou apresentando uma coisa que realmente me da orgulho. Já estou trabalhando num single com esta mesma temática em português, acabei me empolgando com isso! será sobre os navegantes da época dos grandes descobrimentos. Mais uma vez eu agradeço ao Colorado Heavy Metal pelo apoio, valeu Vitor!




    Por Vitor Carnelossi


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    segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

    REVENGE - UM ÓTIMO RELANÇAMENTO DA HELLION RECORDS





    A Hellion Records resgatou das entranhas do passado o ótimo álbum "Rhapsody From Brontoland” da banda Paulistana REVENGE. Lançado em 1990 esse álbum apresentava um Heavy/ Power Metal Melódico que destacou-se por composições inspiradas e uma ilustração muito legal a cargo do grande Macartti. O Guitarrista Affonso Jr. também era destaque com seu estilo extremamente virtuoso, conseguindo na época do lançamento uma boa visibilidade entre os grandes guitarristas brasileiros. Após alguns anos limitado apenas a colecionadores de LPs e ouvintes mais “garimpeiros”, "Rhapsody From Brontoland” volta a ter uma nova chance de cativar novos ouvintes. O Trabalho esta sendo relançado no formato inédito de CD, dando uma chance legal da obra ganhar novos ouvintes. Vale apena ressaltar a excelente iniciativa da Hellion Records, buscando com sempre surpreender em seu catálogo! O Álbum foi remasterizado por Bart Gabriel, conhecido por seus trabalhos com Cirith Ungol, Pagan Altar, Titan Force, Sacred Steel, entre outros... Eu já garanti minha cópia! Bora lá apoiar esses relançamentos fenomenais que contam a história do Heavy Metal Brazuca!




    Faixas:

    1. Rhapsody’s Overture
    2. Rhapsody from Brontoland
    3. Melodie pour une temps
    4. Dark Lands
    5. A Blue Dream in the Dark
    6. Thrash Legions
    7. Atlantis
    8. Fallen Hero


    Hellion Records Brazil
    www.hellion.com.br 



    Por Vitor Carnelossi

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