segunda-feira, 25 de agosto de 2014

ENTREVISTA IMMINENT ATTACK

E aqui estamos com eles, os mamutes do thrash/crossover nacional, uma das bandas mais legais da atualidade e que além dessa entrevista, também estará participando da coletânea do Colorado Heavy Metal, com os ótimos “Deliver us from ourselves” e o EP “Couch Potato” na praça, em breve devem lançar seu novo trabalho, informações que vocês poderão conferir a seguir no papo que tivemos com Dinho Guimarães, vocalista do Imminent Attack!!!


Salve galera!!! Começando com um pouco de história, como foi que surgiu o Imminent Attack?
Dinho: Opa, como vai? Cara, nesses dez anos de vida da I.A. tivemos muitas histórias, algumas mudanças na formação, e não é fácil escrever sobre nós rsrs, mas vamos lá...A banda formada em 2004 por Erick Veles(G), Carlos Cananea(D), Glaubeer(B) e Dinho Guimarães(V). Ficamos com esta formação por pouco tempo, cerca de uns 4/5 meses, pois o Carlão resolveu levar a vida a sério e foi estudar no interior de São Paulo e desde então o André assume as baquetas e a banda segue até meados de 2008 com essa formação e devido a divergências de pensamentos, a banda resolve dar um tempo pra gente poder respirar novos ares e discutir outras ideias...Passados pouco mais de 1 ano a banda retoma seu caminho com nova formação, agora com 2 guitas “Erick Veles e Ivan Skully” e a outra mudança é no baixo que assume Jonas Guedes (Total Mayhem), ficamos com essa formação até o final da gravação do álbum, quando Jonas resolve dar andamento a alguns de seus projetos pessoais. Logo após a saída do Jonas recrutamos o Alan Magno, hoje no Warsickness, que fica com a gente por pouco mais de um ano...Depois de várias mudanças e maioria delas no baixo, resolvemos mudar as coisas e o Ivan que antes era guitarrista, agora assume as quatro cordas e pro seu lugar entra o ex-Torture Squad “Rafael Augusto Lopes”. Esperamos a partir de agora não alterar mais essa formação rs...

Deliver us from ourselves” é um disco afiado, certeiro e mortal, que em minha opinião colocam vocês entre os grandes nomes do Thrash/Crossover e que pelo que observo tem agradado bastante a público e crítica especializada, como vocês observam esse reconhecimento pelo trabalho da banda?
Dinho: Melhor impossível, sabíamos que estávamos fazendo um material de qualidade para colocar na praça, porém não tínhamos ideia de que chamaria tanto assim a atenção dos críticos e do público em geral...pra gente foi uma grata surpresa!



A capa do play foi muito bem sacada, como foi concebida essa arte gráfica do disco? E como vocês chegaram ao nome de Carlos Cananéa?
André:Na verdade nossas ideias sempre são influenciadas pelo que de mais inexplicável e irracional a sociedade tem a nos mostrar, seja pela inegável predisposição da raça humana de se auto destruir e cometer crimes com o consentimento de sua própria vontade e baseada no voto de crítica da opinião pública manipulada e influenciada nós tentamos ilustrar de forma mais racional possível o quanto o ser humano é capaz vendar os olhos para o que ele próprio faz com o mundo em que vive.  Quanto ao Carlão...Ele foi nosso primeiro baterista...

Vocês produziram um clipe para “Splact”, como foi a experiência para a banda? Existe idéias de estender isso a mais alguma faixa?
Dinho: Sim, sem dúvida!!! Em estamos desenvolvendo as ideias para o próximo vídeo, acredito que no máximo até o primeiro trimestre de 2015 já estará tudo pronto...É que no momento estamos terminando algumas composições para a gravação do próximo disco e com isso acabamos que deixando um pouco de lado esse trabalho com o clipe e assim que terminarem as gravações voltamos a trabalhar nisso.

Certamente as faixas do “Deliver us from ourselves” funcionam muito bem ao vivo, então que descrição vocês dariam das apresentações que tem feito até então?
Dinho: Pra gente as apresentações ao vivo é que faz uma banda, digo, não adianta a banda ter um super disco, com músicos fantásticos se o show dos caras é um saco!!! Quando estamos criando, nos imaginamos assistindo ao show e tals, e por isso quando estamos no palco queremos fazer o melhor show de nossas vidas, o que a gente faz é tocar da forma que gostaríamos de estar assistindo sacou?!!! É tentar fazer com que o cara não se esqueça do show que está vendo!!!



“Couch Potato” saiu em vinil 7’, com quatro faixas inéditas, tem mais material inédito vindo aí? Quando o Imminent Attack pretende soltar um novo full lenght?
Dinho: Estamos até meio sumidos dos palcos, justamente para terminar algumas músicas que farão parte do próximo álbum, a idéia é que saia ainda no primeiro trimestre de 2015. Posso lhe garantir que vem coisa boa por ai...hehe


Gostaria que vocês nos contassem um pouco a respeito da participação no tributo ao Zumbis do Espaço e como foi se apresentar ao lado dos caras?
Pra gente participar desse tributo é uma puta honra, uma banda que ouvimos desde sempre e que é influência marcante nas nossas composições. O convite para participar veio quando participamos do documentário Metal das Ruas, que foi encabeçado pelo Tor do Zumbis, ali começou uma aliança entre Imminent e Zumbis que acabou culminando em vários shows juntos, várias risadas, vários rolês, outros apuros e com certeza uma amizade que vai ficar pro resto da vida.

Em que vocês se inspiram na hora de escrever e compor para o Imminent Attack?
Dinho: Escrevemos sobre diversos temas, mas creio que o que mais utilizamos é sobre as formas que o ser humano utiliza pra se auto destruir, as artimanhas usadas para se sobressair passando por cima de tudo e de todos, destruindo tudo em sua volta.
É notável que há várias bandas surgindo com uma proposta de som mais direto, assim como vocês, o que vocês destacariam dentro dessa nova safra de bandas?
Dinho: Nos últimos anos tenho ouvido muitas bandas e algumas realmente vem me chamando atenção, posso citar o Skate Pirata e o Encéfalo, ambas de Fortaleza-CE, a primeira tivemos o prazer de conhecê-los em uma tour que fizemos ano passado no Nordeste e fazem um punk rock de cair as pregas dos ouvidos, fudido demais, já os xaropes do Encéfalos, tocamos juntos em 2012 e de lá pra cá não consigo parar de ouvir os som desses caras, um Thrash a lá Benneth the remais, banda sensacional e com um futuro fantástico, tem também o Surra proveniente de Santos-SP que faz um crossover animal, Manger Cadaver do Vale do Paraiba-SP que faz um crust de tirar o chapéu, Warsickness de Jandira-SP acho que é uma das melhores bandas de thrash/crossover na atualidade, os caras tocam muito, as musicas ficam martelando na cabeça e vem aquela vontade de quebrar tudo a sua volta, vale muito a pena todos ouvirem!!!!

Os últimos tempos tem sido bem movimentados, álbum, EP, Tributo, tour de promoção, quais são as novidades que a banda reserva para o restante de 2014?
Dinho: Na verdade esse restante de ano ficaremos apenas trancafiados no estúdio para terminar a gravação do novo álbum, finalizar as ideias para o vídeo clipe, organizar documentação para a primeira tour na gringa, enfim...Novidades mesmo ficarão apenas para 2015, a partir de janeiro voltamos aos palcos e aí sim com músicas novas, material novo e com a mesma vontade de destruir os tímpanos desavisados!!!kk



Quais as impressões que vocês têm da cena underground em geral no Brasil, concordam com pontos de vista como o de Edu Falaschi dado há algum tempo atrás ou tem uma visão mais positiva?
Dinho: Cara, no Brasil é muito difícil se discutir sobre cena, o problema vai muito além de bandas e público...todo mundo tem muita vontade de fazer as coisas, porém poucos querem fazer da forma correta...Tivemos a felicidade de tocar em muitas cidades do país e em quase todo lugar é a mesma coisa, casas de show sem estrutura, equipamento horrível, diversas bandas num mesmo dia, show acabando muito tarde, enfim... E não adianta as bandas reclamarem que o público não vai a seus shows se na hora em que deveria estar tocando, os integrantes estão no bar da esquina enchendo a cara...Não adianta o produtor reclamar que as bandas não levam público, se o sujeito organiza um evento num local onde no banheiro você tem que urinar numa lata de tinta...Eu sinceramente não vou sair de casa, deixar minha família, minha filha pra ir a um evento onde terão 8,9,10 bandas e que está marcado pra começar as 20hrs mas a gente sabe que sempre vai começar as 23,23:30hs...e vai acabar com a última banda tocando pra dois caras...Enfim, no Brasil enquanto não mudar essas coisas não adianta ficar reclamando que os shows estão vazios...Quanto ao que o Edu falou...Ele estava nervoso né e quando ficamos nervosos falamos muita merda...Mas no geral ele não disse nada mais do que todos já sabemos...


Aqui como somos cara de pau, em todas entrevistas plagiamos a Roadie Crew e pedimos aos entrevistados para listarem seu top Five de discos favoritos, e vocês claro não podem ficar de fora, o que andam escutando?
Dinho: Puts difícil isso hein...mas vamos lá
Anthrax – Among the Living
D.R.I. – Thrash Zone
Sepultura – Beneath the Remains
Suicidal Tendencies – How will I laugh tomorrow…
Cryptic Slaughter – Convicted
não necessariamente são meus 5 discos preferidos, mas com certeza está entre meus discos preferidos...

Gostaria de agradecer a atenção e disponibilidade e reservar este espaço para que mandem sua mensagem e digam o que quiser!!! Valeu!!!
Dinho: Nós que agradecemos o espaço e a força que vocês sempre nos deram, valeu mesmo!!!
Abração
Mammoth maniax!!!


Imminent Attack contatos:

Por Evandro Sugahara


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

ENTREVISTA COM MARINA TAKAHASHI (EXTERMINA, DOMINATRIX, EX-TIGER CULT)



Continuando os trabalhos aqui pelo blog, trazemos esta ótima entrevista com a Marina Takahashi, ótima guitarrista e figura atuante no underground, aqui tratamos de um pouco de tudo, desde sua ex banda, atuais projetos, até sobre dicas pra quem quer se aventurar no instrumento e aprender a tocar, e pra quem quiser conhecer o trabalho dessa garota de atitude no fim da entrevista estarei deixando os links!!! Valeu e confiram aí logo menos!!!


Fala Marina, primeiramente muito obrigado por nos conceder esta entrevista. Gostaria que falasse sobre os projetos com os quais tem estado envolvida atualmente e quais são os seus planos pra esse segundo semestre em 2014?
Eu agradeço o espaço, valeu mesmo! O segundo semestre será voltado principalmente ao lançamento da minha nova banda com a Fernanda Terra, EXTERMINA.


Você tem editado um vlog que já conta com seis episódios, que detalhes você poderia nos dar a respeito desse trabalho e que tipo de assuntos você aborda em seus vídeos?
O vlog é bem voltado pra uma parte da minha rotina, começou com uma ideia e foi se transformando em outra coisa... ainda não tem uma linha definida e talvez essa linha nem se desenhe. É muito mais um espaço pra eu falar em voz alta algumas coisas que se passam na minha cabeça. E um passatempo acima de tudo. Meus vídeos ‘sérios’ ficam no youtube.com/marinex2000.

Atualmente você integra a banda Dominatrix, que tipo de som vocês praticam e que descrição você forneceria pra quem ainda não conhece o som da banda?
O Dominatrix é uma banda com 20 anos de estrada. O som é hardcore com letras feministas.

Como foi a apresentação na Virada Cultural que realizaram recentemente?
Foi o evento mais profissa que eu participei na minha vida. O público foi para ver as bandas mesmo! Eu nunca tinha tocado em algo assim. Estava de dia e foi animal ver tanta gente assistindo o show do Dominatrix.

Partindo um pouco para o passado, gostaria de falar a respeito do Tiger Cult, existe alguma possibilidade de um retorno da banda?
O Tiger Cult não vai voltar a ser uma banda.

Quais são suas lembranças a respeito do registro de “Cold and Terrible” (2004)?
Fizemos uma pré-produção cuidadosa e a banda chegou ao estúdio bem preparada para a gravação. Na semana que eu ia começar as guitarras tive uma alergia nos dois olhos. Então eu me lembro de ter muita coceira e sono por causa dos remédios. As gravinas de guita rolaram só comigo e o Renato Armani, acho que o primeiro dia de guitarra estava à banda toda... depois só nós mesmo. O disco foi gravado no Nimbus que já era um estúdio muito legal naquela época.

Você é responsável por boa parte das composições daquele disco, como você enxerga hoje esse material?
Gosto muito do Cold and Terrible. Queria ter feito algumas coisas de outra forma. Hoje eu acho isso até bom, deixou uma brecha pra evoluir.

Particularmente sou muito fã do “C.A.T”, acredito que as músicas contidas naquele disco passaram no teste do tempo, ouvindo hoje, ainda acho um som bem atual, mesmo passado dez anos, inclusive aprecio muito as letras contidas lá, em que vocês buscavam inspiração pra compor?

O Piccelli era o principal letrista da banda, eu dava alguma ideia ou outra com temas e coisas assim. Ele me passava umas letras eu fazia a música em cima ou eu gravava umas bases e ele voltava com a letra. A inspiração variava entre a ficção - livros e filmes - e a vida cotidiana com toques de mais ficção.

Aprecio muito a sua técnica como guitarrista, quais são suas referências musicais na guitarra?
Steve Vai, Eddie Van Halen e Keith Richards. Esses três nunca saem da minha ‘lista’.

Aproveitando o assunto referências e mantendo nosso péssimo costume de plagiar a Roadie Crew, gostaria que você listasse seus cinco álbuns preferidos.
Não consigo.

Existem músicas inéditas do Tiger Cult que não foram lançadas ou alguma sobra de estúdio da época?
O sucessor do Cold and Terrible chegou a ser composto inteiro. Começamos a fazer a pré produção até... Ele iria se chamar The Worst Omen (T.W.O.), além disso, tem a ‘sobra de estúdio’ do cover do Primal Fear para um tributo que nunca foi lançado.

Que dicas você daria pra quem está começando a tocar guitarra? Como equipamentos ou técnicas?
Dica: Não compre instrumento ‘réplica chinesa’, não precisa comprar uma guita top logo de primeira, mas não precisa apelar, o instrumento precisa afinar. O seu ouvido tem que aprender escutando da maneira certa. Ouça muita música. Tenha um professor, o youtube pode até ajudar hoje em dia, mas o professor é imprescindível para a sua evolução.

Bem Marina, novamente aquele muito obrigado por sua colaboração e reservo este espaço para suas considerações, valeu!
Obrigado pelo espaço. Ouçam música, apoiem a arte e a cultura e não arrumem confusão. E não tomem cerveja de milho também! Paz!

DOMINATRIX

EXTERMINA


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