quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

VOLKANA – BONITINHAS, MAS TALENTOSAS

A presença feminina na música sempre foi algo interessante, no mínimo.
Como é legal ver uma menina empunhando um violão ou guitarra. O teclado é até normal, mas quando parte para instrumento de cordas ou bateria fica diferente.
O heavy metal tem e teve nomes como Doro, Girlschool, Vixen, que honram a condição feminina com atitude e lançamentos  de grande qualidade.
No Brasil, tivemos o prazer de ter a Volkana como representante dos riffs femininos.
Mudando de Brasília para São Paulo, a banda alcançou notoriedade dado à enorme cena desta metrópole, e também alavancada pela avalanche metálica brasileira que assolava o mundo, a partir do Sepultura.

A formação se consolidou com Marielle Loyola nos vocais, Karla Carneiro nas guitarras, Mila Menezes no baixo e o baterista Sergio Facci (Vodu, Viper) e então lançam First.
Com a proposta thrash metal, este disco, com letras em inglês ganha destaque na mídia especializada. Muito mais que belas mulheres, as três integrantes eram competentes como banda e não economizavam na atitude heavy. Os destaques deste disco foram ´´ War? Where My Enemy Lies´´ e o cover para Pet Sematary, do Ramones.
O tempo passa,e mudanças positivas acontecem na Volkana.  Em 1994, ao lançarem Mindtrips, segundo e último disco da banda, a evolução e maturidade eram notórias, tendo na nova vocalista Claudia França uma grata surpresa, além da adição da segunda guitarrista Selma Moreira. Permaneceram Karla, Mila e o batera convidado Sergio Facci ( a propósito, naquele período a banda não enxergava nenhuma baterista em condições de integrar a banda, daí recorreram ao Sergio).

Mindtrips é um disco maduro. Só o cover do Led Zeppelin vale o passaporte para uma sonoridade pesada, onde  a proposta do thrash metal não foi desprezada. Faixas como ´´ When 2 R 1´´ e Living Hell sinalizam o poderio do trabalho e ressaltam o grande trampo vocal da Claudia França, que só pra variar também era bem gata.
Uma pena em 1996 a banda encerrar suas atividades. Vc pode conferir a ex-vocalista Marielle num dos trechos vocais de Heavy Metal Brasil.
Volkana é uma flor que nasce no esterco.
Fica a dica.
Valeu!!

Marcão Azevedo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ARTISTAS POP E SUAS FAIXAS HEAVY METAL.......É ISSO MESMO??????

Uma caixinha de surpresas o infinito e maravilhoso universo da música, não é mesmo?
Tempos atrás o guitarrista Vitor Carnelossi me visitou, e percebi sua surpresa quando mostrei para ele uma das faixas destacadas abaixo. Alguns artistas em dado momento colocaram um ´´peso extra´´ em alguma faixa específica, que compartilho com vcs leitores a partir de agora:


-GILBERTO GIL (ROQUE SANTEIRO – O ROCK) – esta foi a faixa que mostrei ao Vitor. Não associe Roque Santeiro à novela dos anos 80, nada a ver. Lançada em 1985, os primeiros 30 segundos desta música traz a introdução e um pequeno solo de guitarra de ninguém menos que Sergio Dias (Mutantes).  Com inteligência, Gilberto Gil navega na praia do rock com uma letra que homenageia várias bandas e artistas que militavam uma atitude mais rock naquele período. A guitarra pesada do Serginho Dias trampa durante toda a música.  Prestem atenção na última frase do Gilberto Gil, para o Serginho, quando guitarra e batera começam a marcar o corte final.


-ULTRAJE A RIGOR (PRISIONEIRO) – esta música tem o vocal do Maurício Defendi, baixista da banda na época, e na minha opinião, é a faixa-referência quando vejo ou lembro desta banda. Era um músico com atitude heavy metal, a ponto de bater cabeça até em programa de auditório de tv. tempos depois, fora da banda, mudou para os Estados Unidos e tocava numa banda heavy de lá. Diferentemente da conhecida proposta irreverente e irônica da banda liderada pelo Roger, Prisioneiro é pesada, contestadora, acusadora, um  tremendo de um som que passou despercebido sufocada pelas faixas mais comerciais que a própria banda emplacava nas rádios. Faz parte do álbum Sexo!

-RITA LEE (ON THE ROCKS)  -  gravada em 1983, a guitarra do marido Roberto de Carvalho mais o instrumental da banda americana Toto, esta música, com a impostação vocal da Rita Lee, provoca uma atmosfera muito legal. Percebe-se nitidamente a influência dos timbres usados à época,mas em momento algum tira o brilho e o peso desta música. Faz parte do álbum Bombom.
E tem mais – confiram Declare Guerra do Barão, com o baixo pulsante do Dé, além de Rock Estrela, do Léo Jaime, feita para um filme em 1985( a intro de teclado  e  o peso da guitarra é muito interessante).  Preste atenção no trampo de guitarra do Rogério Meanda  nas faixas Exagerado e Medieval II do Cazuza.
Fica a dica!
Valeu!!!


Marcão Azevedo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

GOLPE DE ESTADO - ZUMBI: ADEUS DA FORMAÇÃO CLÁSSICA EM GRANDE ESTILO

Neste exato momento ouço Mais ou Menos, do álbum Zumbi, do Golpe. Ouvi antes faixas como 35mm, No Entanto ( com a grande participação do Arnaldo Antunes), Zumbi ( com a participação da Rita Lee  - o baterista do Golpe, Paulo Zinner foi batera dela por muito tempo, mesmo quando já existia o Golpe), Hino de Duran, Gostar de você, o cover matador do The Who para My Generation.
Ouvindo, fico com a impressão de um disco feito com vontade, com criatividade. É o último disco com a formação clássica da banda (Catalau/Helcio Aguirra/Nelson Brito e Paulo Zinner).
Catalau cantando como nunca, muito inspirado, realmente um grande talento entre os vocalistas nacionais.  O entrosamento do Helcio e o Nelson Brito transcende, sendo pano de fundo para mais um trampo monstro de batera do Paulo Zinner (constumo dizer que seguir as levadas do Paulo Zinner chega a ser um exercício mental, que geralmente acaba num nó na cabeça (rs........).

A discografia do Golpe de Estado é muito rica, composta por trabalhos primorosos.  Hoje destacamos Zumbi – esperamos que vc conheça e tire suas conclusões.,
´´Faz pose para o próximo retrato, enquanto em sua veia gela o gelo, e com a língua alheia lustra seu sapato, e no entanto nada é mais singelo.....´´ (trecho de No Entanto).
Valeu!!

Marcão Azevedo

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

OS FINADOS DO ROCK BRASILEIRO....


Estava ouvindo um som e pensando na vida, na morte... Pensando que a pouco perdemos PERCY HISS,  grande “frontman” de  registros a frente do Made in Brazil, Harppia e Patrulha do Espaço...  Fiquei com algo na cabeça... Nossos pioneiros, desbravadores do rock no Brasil começaram a nos deixar. Parece que faz tanto tempo, mais o rock no Brasil ainda tem pouco mais de trinta anos... Aquele grito radical que fez o RAUZITO “botar fogo na musica brasileira” começava a brilhar lá nos anos 70, quando a maioria de nossos pais ainda eram jovens e provavelmente alguns falavam “desse tal rock n roll” como algo tão novo quanto eles... Pois bem, agora quando vemos alguns deles partirem e pensamos o quanto eles foram “loucos” e destemidos em outrora. Jovens senhores marcados pelo tempo e pelo esquecimento, tal como CORNÉLIO LUCIFER, a primeira voz do Made in Brazil que partiu a pouco para o outro lado, muito pouco lembrado em um mar de nomes que foram parte do passado... Antes dele mesmo o “Blues Man” CELSO BLUES BOY, nosso herói que levou o blues a música popular  brasileira...Eles voltam a ser “noticia” somente quanto são mencionados em alguma simples nota de Adeus...  Essa é a geração que abriu o espaço para “efervescência metálica” do Brasil, às vezes é tratada de forma debochada pelos mais “trues”, ou mesmo nem conhecido pela “molecada”. Quando se fala em guitarrista não são muitos os que se  lembram do saudoso  WANDER TAFFO, que passou por  1 dúzias de bandas, inclusive pelo Made in Brazil... O mesmo para o fabuloso HÉLCIO AGUIRRA, o herói do Hard Rock Nacional! A partida desse “senhor ” me deixa até agora com um nó na garganta... A discografia excelente do GOLPE DE ESTADO também é bem pouco lembrada quando o assunto é bandas nacionais. De forma precoce muita gente foi embora mais cedo, tais como REINALDO “CAVALÃO” (ex- The Mist, Gothic Vox), OSVALDO PUSSY RIPPER ( do lendário Sextrash), RONALD (do festivo Punk rock Gritando HC) PAULO SCHROEBER ( Almah, Astafix)... Ainda que a mídia só chore a morte de Renato Russo e Cazuza e lancem tributos ao Rauzito para fazer uma graninha, sabemos muito bem que existem muitas estrelas que brilham eternas em nossa história, em nosso underground... Sei que meu conhecimento é limitado, e existem muitos outros que já pegaram  a “Stairway to Heaven” e estão em alguma “Jam Session” Celestial.  Ao nos colocar em pensamentos enxergamos o legado dos mestres diluídos no rock nacional, abrindo as portas para Heavy Metal em uma época que a música brasileira não tinha acesso à estrutura, instrumentos ou mesmo dinheiro para se gravar um LP. Que os mestres descansem no infinito e que a próxima geração escutem seus trabalhos...

Por Vitor Carnelossi

domingo, 8 de novembro de 2015

HAMMERFALL: LEGACY OF KINGS – QUEM DISSE QUE O METAL MORREU?????


Lembro-me como se fosse hoje.......vivia um momento particular de grande correria, trabalhando/morando longe da minha cidade, e ao mesmo tempo o Tragedy Garden encarava uma série intensa de ensaios que visavam a gravação de  Enemy Time.
Num desses finais de semana atropelados deste período, meu amigo Umberto (sim- sem H) Calegari me mostrou o CD do Hammerfall – Legacy of Kings.
Ao escutá-lo, confesso que, ao mesmo tempo que não acreditava no que ouvia, uma dúvida já me ocorria: como uma banda, em plena época de guitarras nervosinhas e bandas pula-pula, assumiu o DNA do metal legítimo, bebido nas fontes e inspirações mais sagradas que só os bangers conhecem?  Como uma mesma banda conseguiu um vocal soberbo, com guitarras que soavam lâminas cortantes, backings que anunciavam a marcha avassaladora do heavy metal e bumbos que eram uma verdadeira ameaça à pescoços desavisados?


Os suecos do Hammerfall conseguiram isso. Um disco estupendo, desde sua capa maravilhosa , passando pela viagem ao berço do Metal, sem contar a execução soberana de cada petardo do cd.
Uma nota interessante, que certa vez li numa entrevista da banda:  o baterista que gravou este disco é Jesper Stromblad (muito bom, por sinal) e chegou a acompanhar a banda em alguns shows ao vivo na Europa, por ocasião do lançamento do álbum. A banda, porém, percebia o claro desconforto do Jesper durante os shows e no contato com os fãs, pois era um exímio baterista de estúdio, com baixíssima empatia em outros ambientes. Assume então as baquetas Anders Johansson, de 1999 a 2014.
Quanto às musicas que compõem o cd, o que dizer de At The End of the Rainbow, Legacy of Kings, Dreamland, entre tantas?

Sim, a banda passou por mudanças na sua formação ao longo de sua vitoriosa carreira, mas Joacim Cain e Oscar Dronjak continuam sua batalha, liderando um exército de defensores do heavy metal ao redor do mundo.
Podemos contar com você??
Um GRANDE abraço!!


Marcão Azevedo.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

HAGBARD - SANGUE NÓRDICO EM TERRAS BRASILEIRAS



As vezes somos pegos de surpresa, em uma aquisição de materiais que fiz com o Guitarrista e vocalista Peter Kelter (Thunderlord) ele advertiu, compre esse material pois é muito bom! Realmente, quando coloquei RISE OF HE SEA KING’’ respirei uma atmosfera nórdica profunda, lapidada e bem produzida. Quando comecei a folear o encarte me surpreendi pois acabava de adquirir mais um material nacional de primeira, diretamente de Juiz de Fora (MG) ao melhor estilo dos  mestres escandinavos, tão repleto de sentimento quando aos velhos medalhões nórdicos... Igor Rhein (vocal), Tiago Gonçalves (Guitarras), Danilo Marreta ( Guitarras), Daniel Soares (Teclados e Flautas), Rômulo Sancho”(baixo), Everton Moreira (Bateria) conseguiram conceber um ótimo disco que  orgulha o metal nacional e surpreende pela qualidade. A sonoridade é muito baseada no que hoje se diz “Viking Metal”, passagens de metal tradicional e folk metal permeiam todo o disco, e em alguns momentos também podemos notar referencias de Black Metal bem dissolvidos entre as várias canções que compõe o disco. Após a intro “EULOGY OF ANCIENT TIMES’’ podemos já nos empolgar de cara com a faixa WARRIORS LEGACY’’,a música de trabalho do HAGBARD  tem todos elementos muito bem distribuídos em sua estrutura, teclados marcantes , guitarras muito bem tocadas, vocais muitíssimos bem usados, culminando em um refrão que mexe com qualquer aficionado por Heavy Metal, ainda com uma ressalva para os ótimos solos que deixam a música completa! BEZERKS REQUIEM’’ confesso que é a que mais coloco no modo “REPEAT” no álbum, o som é muito foda, além de melodioso, possuem alguns elementos que fazem a música crescer e grudar em sua mente, um vocal feminino faz algumas intervenções que se encaixam perfeitamente no instrumental, tudo isso guiados por muitas “frases” de guitarras e teclados muitíssimos bem timbrados. MYSTICAL LAND’’ é um belo folk que faz você imediatamente querer mostrar para alguém, pois é muito bem cantado e tocado!

  LET US BRINGS SOMETHING FOR BARDS TO SING’’ é um hino empolgante aos bardos que segue recheada de ótimos vocais, contrapondo-se entre o gutural e aqueles backings entoados por dezenas de guerreiros. SAIL TO WAR’’ é aquele tipo de som que enaltece a coragem dos guerreiros e deixa evidente toda a grandeza do som da banda, esse som é guiado por teclados hipnóticos no qual a banda pode se orgulhar, pois não ‘’sobram’’em nenhum aspecto. MARCH TO GLORY” começa nervosa e rápida,  tudo é muito bem executado, os riffs e melodias são altamente empolgantes, talvez o caro leitor possa pensar que eu possa estar exagerando, uma dica, compre esse play e depois me diga! HIDDEN TEARS’’ é outra bela canção que traz os belos vocais Vitória Vasconcelos, simplesmente digna de estar em algum grande filme épico, muito emotiva! DETHRONED TYRANT” e UNTIL HE END OS DAY’’ fecham o disco com todas as qualidades citadas acima e  já me deixaram com aquela sensação, é isso que é o HAGBARD!!!   RISE OF HE SEA KING’’ é um puta CD e consegue ter “as moral” de ficar entre o extremo e o tradicional, podendo angariar fãs de ambas preferencias. Essa é minha opinião após escutar esse trabalho, curti pra caramba e posso também falar para vocês, compre... pois é muito bom!

Por Vitor Carnelossi - COLORADO HEAVY METAL

VÍDEO WARRIORS LEGACY’’


domingo, 1 de novembro de 2015

AMORPHIS – TALES FROM THE THOUSAND LAKES : A JUVENTUDE NÓRDICA DEPRESSIVA


Notas de teclado que penetram e rebombam na cabeça. É a introdução do segundo álbum dos finlandeses do Amorphis- Tales from the Thousand lakes.
Este disco conheci por intermédio do amigo Edson Flávio (Tiko´s) e lembro-me  de que fiquei surpreso com a juventude dos integrantes da banda. Como pessoas tão jovens puderam conceber  um álbum denso, carregado, que flertava com o death/doom e cujas letras retratavam a atração pelos oceanos  e suas profundezas?
Este disco traz verdadeiras pérolas, como Into the Castway, First Doom, Drowned Maid, sem contar com a cinzentíssima e maravilhosa Black Winter Day (se puder, confira o clip desta música, mas não se assuste com a palidez proposta......).

Um disco extraordinário. Por mais de 40 minutos, os vocais de Tomi Koivusaari te levam para uma  viagem sonora de muito bom gosto, sendo acompanhado pelo restante da banda totalmente alinhada à proposta sombria do disco.
Como dica de trabalho recentes da banda, fica a gestão para que confiram a verão para Light My Fire, do The Doors, e a hipnótica Alone, já dentro da proposta mais atual da banda.
Ouça bem alto!
Valeu!!!


Por Marcão Azevedo


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

VIPER: THEATRE OF FATE – O EMBRIÃO DO METAL MELÓDICO NACIONAL



Certa vez conversava sobre música com o guitarrista Vitor Carnelossi ( idealizador do blog ColoradoHeavyMetal) e descobrimos que nós dois colocávamos este disco do Viper entre os melhores já realizados em terras brasileiras. E por uma razão muito simples: o disco é simplesmente extraordinário.
Da mesma forma que o Sepultura meteu o pé na porta do mundo para o thrash metal brasileiros e suas variáveis, o Viper alcançou o mesmo feito com Theatre of Fate, incluindo o Brasil no circuito power/melódico com um cartão de apresentação recheado de petardos.
Depois do Viper, muitas bandas, algumas até de forma prematura, se aventuraram em mercados como Japão e parte da Europa. Sim, o Viper teve muita importância nesta abertura de mercado.


O disco em si é uma obra de arte. Sucedendo o début  Soldiers Of Sunrise, Andre Mattos e os irmãos Passarel apostam fortemente na melodia e requinte, com solos e riffs sensacionais e os vocais já então diferenciados de André Mattos, e suas orquestrações.
É um dos poucos discos que ouvi ( e olha que ouvi coisa por aí.....) em que você não identifica sequer uma faixa mais fraca. Desde a intro até o fechamento  referenciando Beethoven  em Moonlight, o que se ouve ao longo do disco é uma sequência de músicas acima da média. Penso que citar Living for the Night e outras seja desnecessário.
Esta pérola foi gravada em 1989, e para que não esqueçamos, foi o último trabalho de André Mattos com a banda.
Se vc conhece, que bom!! Se ainda não, é altamente recomendável!
Ouça alto!!


PorMarcão Azevedo.

domingo, 25 de outubro de 2015

THE JOSHUA TREE – O U2 ALCANÇA A MATURIDADE

A partir de algum momento da década de 80, o mundo passou a ouvir gritos de protestos e revolta  que vinham dos guetos irlandeses. O porta-voz destes protestos musicados atendia pelo nome  Bono Vox, acompanhados por The Edge, Adam Claiton e Larry Mullen Jr. Era o U2.

Na década de 90, e já tendo lançados clássicos mundiais como New Year´s Day, Pride, Sunday Bloody Sunday, Gloria e tantos outros, lançam The Joshua Tree ( A Árvore de Jacó) – denso, negro, cresceram.
Lembro-me do dia que comprei o vinil nas antigas lojas HM de Maringá. Álbum de capa dupla, trazia as letras cortantes e reflexivas de Bono acompanhado de um instrumental polido, evoluído. A banda atingia então o apogeu, chegando a passos largos ao topo das paradas com tours gigantescas e milionárias.
Este disco traz composições excelentes. Interessante o fato de que quando garimpamos as faixas não trabalhadas encontramos preciosidades, e em The Joshua Tree não foi diferente. Ouça Running to Stand Still e Mothers  of Disappeared e entenderá o que digo. As músicas trabalhadas e que explodiram foram Where the Streets Have No Name, I Still Haven´t For..., With or Without You e a ótima Bullet the Blue Sky, que o atual Sepultura conseguiu assassinar numa tal de ´´versão nervosa´´.

Se você encontrar o DVD Hattle and Hum compre sem medo. É um show/documentário muito legal, com cenas ao vivo e bastidores, participação de BB King, corais gospel, e registra a visita do batera Larry Mullen Jr à casa/museu do Elvis Presley.
´´Lutamos por justiça e não por grana, mas o Magistrado me mandou embora....´´ trecho de Van Diemen´s Land.

Valeu!

Por Marcão Azevedo

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

MASS ILLUSION – O KORZUS NA ELITE DO METAL BRAZUCA


Você que nos acompanha no blog Colorado Heavy Metal com certeza lembra-se de ter lido em vários artigos sobre a importância e o legado para o heavy nacional da explosão heavy/thrash que felizmente acompanhamos da metade da década de 80 até a década de 90, quando Sepultura, Dorsal, Overdose, The Mist, dentre outras tantas sumidades, escancararam o acesso para a massa banger conhecer bandas brasileiras que, conforme particularmente defendo, coloca muita banda gringa no bolso.
Eis que então, em pleno apogeu dos moshs e stage-divings, é lançado no Brasil um vinil de capa dupla, num tom verde azulado, que só para iniciar a conversa, trazia dois petardos de colocar qualquer amante do rock em estado de êxtase: Agony – com a introdução insana dos teclados do convidado Fernando The Crow,  e Mass Illusion (faixa-título).
Era o Korzus, de SP.
Formação clássica com Marcello Pompeu nos vocais, Betão Silecci na batera (saiu posteriormente para fundar com sua esposa o Mosh), Dick Siebert no baixo, Marcelo Nicastro e Sílvio Golfetti nas guitarras.
Mass illusion é o terceiro disco do Korzus. Sonho Maníaco e Pay fou Your Lies foram seus antecessores. Em sua trajetória a banda passou por momentos difíceis, e chegou a  lidar com suicídio de um de seus ex-integrantes.
Decorria o ano de 1991, e o produtor deste trampo foi o Roger Moreira, do Ultraje a Rigor.

Se você ficar inume a Agony, Mass Illusion, Beyond the Limits of Insanity, Midnight Madness, por favor, me avise, pois será digno de receber a visita de uma tropa de choque de algum sanatório(rssssss).
Se vc tem este disco/cd – ouça o novamente. Se vc não conhece, vale a pena.
Até a próxima oportunidade

Por Marcão Azevedo

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

ENTREVISTA ENSLAVER - MARINGÁ

Hoje em mais uma entrevista do COLORADO HEAVY METAL BLOG  contamos com a presença do Guitarrista  William Giesbrecht França, representando a banda ENSLAVER. O grupo  é novo na cena esta disposto a lutar por seu lugar no underground empunhando a espada do Thrash metal. Nessa primeira entrevista da banda podemos conhecer um pouco do que se poderá ouvir na demo   ‘’STAYNED BY BLOOD’’ , além dos shows  que a banda vem fazendo com bastante destaque!  Sangue novo para o velho e bom Thrash Metal! Confiram!



1 – William gostaria que nos contasse como se deu o inicio da banda em Maringá?
A banda teve inicio em fevereiro de 2015, com o nome Enslaver. Porém a história da banda começa em Manaus, com o nome Deathcurse, formada pelos irmãos Francisco Vitor e Luis André, que vieram para Maringá em janeiro de 2014 e tentaram inúmeras vezes reformar a banda por aqui, porem sem sucesso... conheci eles em julho enquanto ainda persistiam na Deathcurse. Em janeiro de 2015, quando eles já haviam desistido da Deathcurse e formado outra banda com o nome Terrorista, recebi uma proposta para entrar na banda, porém eu já fazia parte de outra banda, então entrei como guitarrista temporário no mesmo dia em que o baixista Pedro Vinicius  entrou na banda. O objetivo da banda era compor, mas como eu estava apenas temporariamente na banda a gente fazia apenas alguns covers de Metallica, Megadeth, Slayer e principalmente Sepultura. Fizemos apenas um show com o nome Terrorista, até que em fevereiro de 2015 quando minha outra banda passava por um momento bastante desanimador resolvi entrar definitivamente na banda, e então trocamos o nome para Enslaver. A partir dai o Enslaver passou a ser uma banda nova, apesar de ter a mesma formação que a Terrorista, nós começamos a compor nossas musicas e substituir os covers do repertorio por elas.

2 – O nome ENSLAVER é muito legal, soa muito Thrash Metal! Podemos considerar o Thrash a principal referencia do grupo?
Com certeza! Thrash e Death do final dos anos 80 e dos anos 90, na linha de banda como Sarcófago, Sepultura< Death, Obituary...

3 – O ENSLAVER  começou fazendo cover e agora pelo que me consta esta preparando um material, como estão saindo as composições da banda?
As composições estão sendo feitas aos poucos, não conseguimos compor sem estarmos todos inspirados hehe, e mesmo depois que as musicas estão prontas acabamos fazendo algumas alterações para que elas fiquem mais legais.

4 – É difícil ser uma banda Autoral e independente, mesmo em uma cidade grande como Maringá?
Sim e não. Tanto por informações de amigos de bandas mais antigas e em shows que já fomos de bandas autorais por aqui percebemos que a receptividade de música autoral não é tão grande quanto a de bandas covers, porém no nosso caso resolvemos arriscar, mesmo sabendo das dificuldades que poderíamos passar, e acabamos sendo muito bem recebidos, muito mais do que imaginávamos que seriamos no inicio.

5 - Neste ano de 2015 a banda se apresentou em diversas ocasiões, como tem sido recepção a banda ao vivo?
Tem sido bem melhor do que imaginávamos, a galera dês de o primeiro show curtiu pra caramba, agitou e nos elogiou bastante, teve varias vezes que a galera conversava com a gente depois dos shows dizendo que não nos conheciam ainda , mas que nosso show tinha sido o mais massa do evento na opinião deles, teve vezes até de curtirem mais do que a bandas que foram ver, isso é bastante gratificante pra nós, em shows em que fomos a banda principal, apesar da pouca divulgação também foram melhores do que imaginávamos que iria ser, pois ganhamos fãs leais a banda, que curtem de verdade nossas musicas e nos acompanham, até teve vezes em que mandaram fazer patchs com nosso logo para por no colete, isso nos surpreendeu bastante, e ficamos felizes por ser uma banda tão nova e já termos fãs fiéis a esse nível.


6 – O Underground ainda sofre muito com a má organização e as bandas a maioria das vezes tem que custear suas apresentações, materiais e equipamentos. Qual o quesito principal para vocês decidirem que evento “toparem” fazer, o que compensa ou não?
Temos nossos equipamentos, mas costumamos levar apenas a bateria, então visamos bastante os equipamentos que vamos ter disponíveis, e para ver se compensa ou não nos procuramos saber se vai ter publico para nosso estilo, pois não há nada mais decepcionante do que dar o melhor de nós para o público e o público não nos retribuir.

7 - Vocês são uma banda relativamente nova na cena de Maringá e região, existe algum apoio das bandas mais veteranas para ajudar vocês nesse início de trajetória?
Sim, algumas bandas nos incentivam bastante e nos chamam para tocar com eles as vezes, também temos apoio de donos de casas de show, organizadores de eventos e da galera “das antigas” da cena aqui em Maringá. Mas no inicio da banda não conhecíamos essa galera e íamos atrás de tudo sozinhos, sem ter publico nem apoio de quase ninguém, e fomos conquistando o apoio e respeito do pessoal aos poucos pelos lugares por onde passamos.

8 – Gostaria que você listasse o nome dos integrantes e quais suas principais referencias  individuais!
Todos temos gostos bem parecidos, eu William Giesbrecht França (guitarrista solo) particularmente curto bastante Sarcófago, a época antiga do Sepultura, Krisiun, Death, Slayer, épocas antigas do Metallica e Megadeth e também clássicos do heavy metal como Dio, Accept, Ozzy, King Diamond... O Luis André (guitarrista e vocalista) e o Francisco Vitor (Baterista) por serem irmãos tem praticamente as mesmas influencias como Obituary, Destruction, Slayer, Sodom, Krisiun, Sarcófago, Sepultura, Death...  o Pedro Vinicius (Baixista) também curte muito Krisiun, Slayer, Sepultura...

9 - Qual os próximos planos para o ENSLAVER conquistar seu espaço cena norte-paranaense?
O próximo passo seria o lançamento da demo e fazer shows em cidades que ainda não tocamos, e também lançar o álbum mais pra frente, além de não visar penas a cena norte-paranaense, e sim buscar nosso espaço na cena nacional, e se tudo der certo crescer cada vez mais.

10  - Para o Lançamento da DEMO  ‘’STAYNED BY BLOOD’’ o ENSLAVER  fará alguma apresentação especial?
Por enquanto não temos em mente em fazer algo especial para o lançamento da demo, vamos ir divulgando através dos shows normalmente, mas se surgir a oportunidade de organizarmos algo especial para lançar com certeza iremos aproveitar.

11 – Quais bandas brasileiras o ENSLAVER gostaria de dividir o palco?
Ahh são varias bandas, não da pra citar todas, mas entre elas estão Krisiun, Sepultura, Head Hunter, Malefector, nossos parceiros do Mercy Killing e do Hell Gun...

12 – Muito obrigado pela participação da banda no blog COLORADO HEAVY METAL, aguardamos o lançamento de  ‘’STAYNED BY BLOOD’’!

Em nome da banda agradeço pelo apoio e também pela oportunidade de conceber esta entrevista ao blog. Quem quiser entrar em contato com a banda basta falar conosco pela pagina no facebook: https://www.facebook.com/enslaverband?ref=hl ou pelos telefones/whatsapp: 041 44 9887-3428 (William); 041 44 9702-4968 (Francisco); 041 44 9761-3872 (Luis); 041 44 9901-5005 (Pedro).

Por Vitor Carnelossi 

domingo, 18 de outubro de 2015

AVALANCH - EL ÁNGEL CAÍDO – UM TESOURO DESCONHECIDO

AVALANCH -  EL ÁNGEL CAÍDO – um tesouro desconhecido
A música é fascinante por dois motivos: é infinita e volta e meia descobrimos tesouros.
Tudo que sabia sobre a banda espanhola Avalanch era a capa de seus discos, cujas ilustrações sempre me despertaram a atenção, e o fato de serem amigos do vocalista André Mattos.

Pois bem, revirando os arquivos bato de frente com El Ángel Caído, uma aula de heavy metal. Sonzeira espetacular. Trampo de bom gosto, sem excessos de qualquer coisa que seja. Estou convenc ido de que os espanhóis conceberam um dos maiores discos de heavy metal que já ouvi.
Lançado em 2001, é o último trabalho do vocalista Victor Garcia na banda. Monstro de um vocalista, impostação vocal de quem domina o ofício.
O instrumental?  Se você gosta de cavalgadas em tercinas curtas emendadas com bumbos fincados no power metal, pare o que está fazendo agora e acesse este disco, que passei a considerar um tesouro. Não estou nem citando os backing que dispensam comentários.
E acredite, as letras são em espanhol, mas cai como luva nessa aula de heavy metal.
Além deste disco sensacional, sugiro ainda que confiram o cover do U2 e do Helloween que gravaram de forma avulsa, já com outros vocais.

O DVD Lágrimas Negras traz a banda ao vivo com a formação deste disco, e na altura dos 05min eles reproduzem  um de seus clássicos que alternam as levadas que citei há pouco. E melhor, ao ar livre. Como toda gravação ao vivo e ao ar livre, sempre escapa maiores resoluções,mas é o suficiente para mostrar o poderio de fogo desta banda.
Boa audição!!


Marcão Azevedo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

ENTREVISTA FÁBIO PAULINELLI - GREY WOLF

O Blog COLORADO HEAVY METAL hoje traz uma entrevista bem legal com o baixista e vocalista Fábio Paulinelli! No comando de seu voraz GREY WOLF Fábio bateu um papo bem descontraído e de maneira bem humilde deu essa moral para nosso blog. Para quem gosta do Heavy Metal nos antigos padrões de qualidades, adquiram o quanto antes os materiais do GREY WOLF! Confiram!



1 – Fábio, quem segue o GREY WOLF, sabe que a banda é fruto de sua dedicação, sendo totalmente direcionada por você! Como você desenvolve as composições e administra o processo criativo dentro da banda?
Fábio: Bem, primeiramente eu crio as bases de guitarra,pego um violão velho da minha mulher e começo a experimentar uns riffs. Gravo as idéias principais e a partir daí monto a estrutura da musica.Escrevo as letras em cima dessa estrutura e por incrível que pareça deixo o Baixo que é o meu instrumento de verdade por ultimo rsrsrsrs.Flui tudo naturalmente ,não forço nada ,tanto que acabo me repetindo muitas vezes rsrsrsr.

2- BH teve uma grande repercussão no passado como grande celeiro de bandas mais extremas, o GREY WOLF levanta o estandarte do Metal tradicional, como foi  a ideia de fazer uma sonoridade nestes padrões?
Fábio: Bem , o Heavy Metal Tradicional e o Hard Rock Oitentista sempre foram a minha veia mais forte.Então naturalmente um trabalho meu tinha que soar Heavy Metal. Minhas raízes metálicas são Scorpions e Iron Maiden. Até o surgimento do Grey eu praticamente apenas tocava em bandas dos outros contribuindo apenas com as linhas de Baixo.Vez ou outra eu arriscava uma composição.

3 –Seguindo aquela linhagem de baixistas como Steve Harris,  Joey DeMaio, você não somente exerce a liderança como também evidencio seu instrumento de maneira primorosa.  Como você analisa o papel do baixista como um instrumento “ativo” na musica e não somente como um acompanhamento?
Fábio: Não é nada forçado entende.Bem,na verdade só um pouco,kkkkkk.Pois fui eu quem mixei e coloco o Baixo em evidencia mesmo hehehe. Não tem nada mais frustrante pra um musico do que desenvolver um trabalho legal com seu instrumento e na hora da mixagem vc não conseguir ouvir. Mas a própria história do Heavy Metal conta a importância dos Baixistas para uma banda.Black Sabbath(Geezer Butler),Manowar(Joey DeMaio),Iron Maiden(Steve Harris),Rush(Geddy Lee),Kiss(Gene Simons),Metallica(Cliff Burton).Todos esses Baixistas são destaques e deixaram sua marca na historia.Quanto à liderança,isso eu não abro mão,acho que toda banda deve ter alguém com a rédea nas mãos no que diz respeito ao direcionamento musical da banda,senão vira aquela bagunça,acaba perdendo o padrão,e eu me baseio em bandas como Running Wild e Manowar ,duas das minha preferidas,que nunca fugiram da proposta inicial graças aos cabeças Joey DeMaio e Rock’n Rolf.

4 – O primeiro Álbum autointitulado GREY WOLF colocou no nome da banda no underground! Qual a importância desse trabalho para você, pessoalmente falando, pois acredito que deva ser um grande marco em sua vida materializar um CD de puro Heavy Metal!
Fábio: Com certeza foi uma satisfação enorme e a realização de um sonho.A repercussão foi muito,mas muito maior do que eu esperava.Foi uma grata surpresa com certeza.

5 –‘’GREY WOLF’’  é um trabalho muito coeso, você já tinha participado antes de alguma banda assumindo as composições e produção?
Fábio: Não, não. Essa foi a primeira experiência, mas os créditos não são só meus não. O Rudolf,Guitarrista nos 2 primeiros álbuns foi de extrema importância para que o resultado final em termos de qualidade fosse esse.

6 – Existem grandes músicas neste trabalho, sei que é complicado enumera-las, mais qual música você por exemplo escolheria para representar este álbum em alguma coletânea?
Fábio:  King Kull, The Elephant Tower,  300 e The Frost Giant’s Daughter acho que são as menos ruins,kkkkkk.


7 – Ainda continuando a falar sobreo CD ‘’GREY WOLF’’ , é legal ver que o álbum é regido com uma influencia lírica influenciada por Roward, autor de CONAN...  Quando os trabalhos de composição começam você busca inspiração em materiais épicos como este?
Fábio: Sim, com certeza,mesmo porque cresci com Conan, acompanhando as Hqs desde os 9 anos até hj.Tenho quase tudo do personagem e ainda tem muita coisa a ser explorada.Tenho vontade as vezes de escolher uma saga específica do Cimério e compor um álbum conceitual em cima dela,mas não sei se teria capacidade para isso.É muito complexo.

8 – Quais filmes e materiais você indicaria para quem gosta dos temas épico-medievais?
Fábio: O Primeiro Conan de 82, Rei Arthur, 300, O 13º Guerreiro, Coração Valente, Tróia,Gladiador,Senhor dos Anéis,A Lenda de Grendel, A Maldição do Anel,os seriados Spartacus e Vikkings e os livros contendo as historias originais de Conan escritas por Howard.

9 – Muitos dizem que o segundo álbum é desafiador para uma banda, como foi o processo de composição de ‘’ WE ARE METALHEADS’’?
Fábio: Na verdade as musicas já existiam.Foram 6 Demos gravadas antes do lançamento do primeiro álbum.Eu simplesmente dividi as musicas escolhendo duas ou três de cada Demo para o primeiro álbum e deixando o restante para entrarem no segundo.

10 – A capa continua com o “mascote” GREY WOLF na capa, desta vez em uma motocicleta seguindo o horizonte. É legal ver aquela “pegada” dos anos oitenta na parte da arte gráfica, remetendo a antigas bandas do estilo mais desconhecidas para o grande público. Mais resumindo, qual o significado do conceito envolvido em ‘’ WE ARE METALHEADS’’?
Fábio: Bem, a musica We Are Metalheads é a única em que a temática não é 100% épica.O restante do álbum sim,mas nela eu mesclei o contemporâneo com a fantasia,uma coisa meio louca do tipo “combata o mundo,monte seu cavalo de fero(moto),empunhe sua espada e corte as cabeças dos inimigos do Metal”.Meio viagem assim rsrsrsrs.

11 – Mesmo se tratando dos mesmos elementos, cada álbum possui particularidades, em sua opinião quais destas particularidades são notáveis entre eles?
Fábio: Acho que no quesito instrumental,o segundo é um pouco mais trabalhado,o primeiro acho um pouco mais cru.O vocal nos dois ficou um lixo,mas no segundo ficou pior.Não sei cantar e pra te falar a verdade não gosto.Faço pra não depender de mais um,minha paixão mesmo é o Baixo,mas acontece que o vocal eu acho que acabou criando uma certa identidade pro Grey. Aí fudeu,tenho que cantar kkkkkkkk.


12 – Como estão as apresentações da banda ao vivo?
Fábio: Nunca tivemos um Baterista fixo.Fizemos alguns shows esse ano com pessoas emprestadas de outras bandas,mas nunca tivemos um fixo.Isso complica um pouco,mas foram bacanas os shows,com certeza.Shows mantem a banda viva.

13 – Quais os planos futuros para o GREY WOLF?
Fábio: Terceiro álbum deve pintar no início do ano,nosso foco agora é esse,já esta gravado,falta só a mixagem.Se tudo der certo Janeiro sai.E conseguir um Batera fixo,pois só assim teremos condições de dar continuidade ao trabalho no que diz respeito aos shows.

14 – Gostaria que você listasse seus álbuns preferidos?
Fábio:  Iron Maiden – Piece of Mind
Manowar – Sign of The Hammer
Running Wild – Masquerade
Iron Maiden – Killers
Riot – Thundersteel
Bewitched – At The Gates of Hell
Thor – Only The Strong
Deaf Dealer – Journey Into Fear
Esses e mais uns 100 kkkkkkkkk. Difícil listar tudo.

15 – Com quais bandas você gostaria de dividir o palco com o GREY WOLF?
Fábio:  Com os Brothers of Sword, com certeza. Cruzadas, HazyHamlet, Thunderlord,Yuri Fulone.Com o Outlaw ,Túmulo de Aço e Suffocation of Soul isso deve acontecer em breve.Com Battalion, Blackchest, Nosferatu, Firestrike, Metaltex também seria foda.

16 – Quais bandas nacionais você destacaria ultimamente?
Fábio: Todas essas aí de cima citadas,hehehe

17 – O Que é o Heavy Metal para sua vida?
Fábio: O Heavy Metal é simplesmente a trilha sonora da minha vida.Desde os 11 anos ele esteve presente em praticamente tudo que eu fiz e faço.

18 – Deixo o espaço livre para suas considerações finais! Muito obrigado por sua participação!

Fábio: Eu que agradeço e foi uma honra ter participado.Gostaria de agradecer a todos os apoiadores que levantam essa bandeira do Heavy Metal Tradicional, longe das tendências e das modinhas atuais. Abraço a todos!!!



Por Vitor Carnelossi

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

GREY WOLF - A FORÇA DO METAL TRADICIONAL


O Brasil ainda é seguramente um grande celeiro de bandas de metal pesado, alguns saudosistas não querem enxergar, mais basta uma pesquisa atenciosa e certamente vão encontrar bandas que irão fazer mudanças em suas opiniões sobre o conteúdo produzido atualmente em nossa pátria. Você, aquele fã TRUE que não se adaptou muito bem as tenências que o Heavy Metal seguiu pelas duas últimas décadas tem a obrigação de adquirir o material do GREY WOLF.  A banda idealizada pelo baixista Fabio Paulinelli segue os padrões determinantes para os amantes do Metal Tradicional com passagens que remetem a IRON MAIDEN, SAXON, RUNNING WILD, MANOWAR , MANNILA ROAD, GRAVE DIGGER entre outros...  O GREY WOLF possui dois discos lançados onde é possível o  Headbanger  facilmente escutar todo o material sem aquela sensação enjoativa de muitas bandas que pecam no excesso... ‘ ‘GREY WOLF’’ e ‘’WE ARE METALHEADS’’ são dois presentes aos fãs do HEAVY METAL TRADICIONAL , desde o baixo cortante e extremamente bem tocado de Fabio, remetendo ao grande STEVE HARRIS das antigas, até as guitarras com bases fortes e solos criativos! As composições sempre destacam o sentimento da força do metal oitentista. 

1º  CD
Apesar do sentimento “old school” a produção dos dois álbuns é muito boa, deixando todos os instrumentos nítidos com o som bem “na cara”! E o vocal? ??? O Vocal segue aquela linha bem legal do GRAVE DIGGER  a cargo do grande Chris Boltendahl, isso acaba sendo um bom diferencial para o GREY WOLF, pois essa linha de vocal é agressiva e combinou perfeitamente com a temática da banda.  Falando em temática, uma influencia latente da banda  é relacionada ao Bárbaro e destruidor CONAN, quem já  viu os clássicos filmes deste personagem e leu os quadrinhos sabe muito bem quanto é  legal os contos relacionado a este ‘ Cimério” . Então se você é fã do HEAVY METAL TRADICIONAL e apoiador do underground nacional, não corra o risco de ficar sem esse material do GREY WOLF!

2º CD
Contatos:

Vitor Carnelossi

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

PAPPO – GUITARRA CORTANTE NO ROCK E NO BLUES

Por Marcão Azevedo


 
Em 2013 tive a oportunidade e o prazer de passar 05 dias na Argentina, dos quais 03 foram em Buenos Aires.
Pois bem,  estou caminhando e entrando de porta em porta na boêmia e famosa Avenida Corrientes,  conhecendo as centenas de lojinhas bem bacanas do lugar, quando me pego dentro de uma loja de discos, daquelas que não existem mais por aqui, com milhares de vinis e cds e o som alto........intenso........fudido........e tive então que perguntar para o dono da loja que som era aquele.
Ele respondeu:  É Pappo! Imediatamente me deu a capa do cd que tocava. Pensei na hora: se eu não comprar agora talvez nunca mais tenha esta oportunidade. Comprei 02 discos deste guitarrista extraordinário.
Fui conhecer sua história. Comentei com dois argentinos que nos acompanhavam em nossa estadia. Percebi que era um nome conhecido.
Pappo morreu num acidente numa rodovia, quando sua moto estradeira foi atingida por um carro na contra-mão, morrendo na hora.

Muito respeitado como guitarrista na Argentina, seu país, Pappo morou algum tempo na Europa, e segundo consta, teria participado do embrião do Motorhead.
Os cd´s que conheço e recomendo são Blues Local e Buscando´´´ Un´´ Amor – sendo que ambos mesclam a proposta rock n´roll com doses generosas de blues de primeira linha, com direitos a riffs pirados e intervenções de harmônica, tudo com bom gosto.
Tá a fim de uma trilha sonora para tomar uma cana com os amigos??
Quer uma ´´passagem sonora´´ para vc viajar no conforto de sua varanda?
Então ouça Pappo!

Junto com a riqueza de ter conhecido uma cultura diferente, seus costumes e belezas, valeu a experiência de aumentar meu acervo com material do Pappo.
Ouça ´´Dos bajistas´´ e ´´Una casa com 10 pinos´´ do álbum Blues Local e ´´ Juntos a la Par´´ e ´´Buscando un amor´´ do álbum homônimo, e boa viagem.
Marcão Azevedo.