quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O METAL EXTREMO NO INTERIOR DE SÃO PAULO

Sempre me interessei pelo metal nacional, em especial aos redores de minha cidade Colorado - PR. Maringá, Londrina, Presidente Prudente sempre ofereceram algumas boas bandas, shows e rolês... Isso para nós de cidadezinha pequena era o principal contato com o real mundo do metal! Hoje a entrevista é com o amigo Trojillo, figurinha carimbada no Metal Extremo Nacional, tendo participado ativamente desde os anos 90, detêm um super conhecimento do Underground obscuro e radical que rolava em décadas passadas. Especialmente nesta ocasião Trojillo nos fala sobre os primórdios do metal extremo em P. Prudente e algumas bandas que fizeram parte dos alicerces do Metal Extremo Brasileiro.
Confiram!

Mauro Trojillo Jr.  -  Clash Club/2016
01 - Trojillo, novamente é um prazer tê-lo neste veículo underground de produção independente! Presidente Prudente, cidade localizada no “interiorzão” do Estado de São Paulo  tem boas histórias ligadas ao rock, heavy metal, e em questão o metal extremo.  Como músico e entusiasta da cena há muitos anos, lhe pergunto quais as raízes mais profundas do Metal Extremo Prudentino.
Grande Vitor! É sempre um enorme prazer poder participar do seu blog, realmente é mais um veiculo de grande importância ao METAL de nossa região e porque não dizer Nacional também! Cara, nossa cidade no final dos anos 80 e inicio dos anos 90 teve uma cena realmente grande em termos de pessoas e eventos aqui organizados, passaram por aqui nada mais que bandas como SARCOFAGO, HOLOCAUSTO, MUTILATOR, MX, BLASPHEMER, VOLKANA, VIPER, VODU, VULCANO,... quem organizava a maioria dos eventos era o grande Cacildo que tinha uma loja em sua casa chamada METAL RECORDS,... nessa época me lembro que aqui na cidade existiam algumas bandas como MASSACRA, SACRILÉGIO, KADAVER, CONSPIRACY,...

SARCOFAGO em sua passagem por Presidente Prudente - SP 
02 – É pouco divulgado, mais a passagem do SARCÓFAGO em sua fase mais extrema por P.Prudente deixou marcas profundas nos headbangers da região. Quais as informações que você tem sobre esse show dos fundadores do death/black mundial, justamente na sua cidade! Cara, eu já curtia som nessa época, mas era um pivete rsrs, então não fui, me lembro que meu primo Juliano foi e eu estava na casa dele no dia a tarde, e ele preparava uns braceles e correntes pra ir nesse show rsrs, das informações que tenho das pessoas que foram, foi um show destruidor!! (e na real, destruíram mesmo, o teatro municipal onde foi o show, teve suas cadeiras todas destruídas pelos headbangers rsrs).

03 - Quais bandas na região de Presidente Prudente se aventuram pelo metal extremo, digo as mais expressivas em sua opinião.
Eu acho que a primeira banda de DEATH METAL que teve na cidade foi a banda EPITAPH(rip), que hoje o baterista é o Luis Fernando que toca no Fright Night, fora essa teve algumas bandas de punk, thrash... mas de DEATH METAL mesmo creio que eles foram os primeiros. Depois teve a banda de BLACK METAL, a HARGONATH, que tbm durou alguns anos e chegaram a gravar um cd oficial. E depois apareceu um tal de CAUTERIZATION aí...rsrs

04 – O interior de São Paulo durante os anos 90 teve uma cena muito forte voltada aos estilos musicais mais extremos. Justamente nesta época você redigia o MORBID POSSESSION ZINE. Como você se interessou em atuar com a divulgação do metal extremo?
Então, sempre eu acompanhei o cenário underground, naquela época pelas revistas, pelos zines, quais eu mantinha correspondências, e ia em muitos shows pela região, e senti vontade de produzir algo voltado a essa cena mais extrema, e editei 2 zines, o GENITAL TUMOR ZINE(Que continha bandas de death, grind, splatter, doom, Black,..etc) e depois fiz o MORBID POSSESSION ZINE(Esse apenas dedicado ao DEATHBLACKDOOMMETAL).

05 – Como era feito os contatos com as bandas, produção e distribuição dos ZINES? Pergunto isso pois, pra molecada de hoje isso é muito curioso, no mínimo!
Cara, tudo era feito por carta, cartas e cartas chegavam todos os dias, eu ia todos os dias no correio, e chegavam fitas, zines, releases, flyers aos montes, tudo era muito difícil, por isso acho que quem viveu essa época valoriza muito mais, hoje tudo é muito fácil e se torna descartável.... infelizmente.
MORBID POSSESSION ZINE ( ACERVO PESSOAL TROJILLO)

06 – Além de bandas nacionais, o ZINE trazia releases e novidades de bandas internacionais, como você se comunicava antes do google tradutor (rrsrsrs)
Eu fiz inglês quando tinha 13 anos e conseguia me comunicar razoavelmente bem, e tinha os dicionários de inglês/português pra ajudar também rsrs.

07 – As bandas antigamente eram receptivas ao contato de  Zines como o seu? As revistas de maior circulação, parece-se que em momentos eram evitadas por muitas bandas extremas temendo o “esculacho” de editores que não entendessem o conceito e sonoridades...
Nos anos 90 foi a época que teve muito radicalismo, então as revistas que existiam na epoca eram evitadas por muitas bandas e vistas como coisa de “mainstream” ou “de boy” rsrs, já os zines eram muito valorizados, tanto é que enviavam Demos, fotos, flyers, etc.. e havia muita troca de zines também, muitas bandas do exterior me enviaram material também.

08 – No Paraná bandas como Muder Rape, Amen Corner conseguiram uma boa repercussão nacional nos anos 90. Quais bandas do metal extremo brasileiro você acredita que poderiam ter chegado mais longe em termos de reconhecimento?
Putz, que eu me lembro de shows que peguei no interior de SP, bandas que tinham um grande potencial e não continuaram posso destacar: BRUTAL DEATH, FIDES PUNICA, BLACK BAPTISM, SATANAQUIA, ANGEL OF LIGHT, DIVINE GORE, PROFANE CREATION(agora voltou!), PURULENCE, MASAKRA, NO BLEST, ROTTING FLESH(está voltando), ABHORRENCE(gods), DEVAST, THE ENDOPARASITES, e muitos outros.

09 – Em suas postagens vi que você participou de inúmeros shows nos anos 90 no interior de São Paulo, quais as bandas que merecem uma menção nesta entrevista que não são conhecidas pelo grande público.
Vide resposta anterior! rs
Foto de divulgação Id Katharsis - CAUTERIZATION
10 – Outro dia conversando com um amigo comentamos que entre muitas bandas que lançaram suas demos em TAPE , muitas delas ficaram restritas aquele formato, não tendo nem mesmo sido digitalizadas ou relançadas. Você possui muito material de divulgação da época do MORBID POSSESSION ZINE?
Sim cara, ainda tenho praticamente todas as Demo-tapes que recebi naquela época, até muita coisa coisa que hoje é considerado raro, tenho DT de bandas como: SONGE D´ENFER, FUNERATUS, IN MEMORIAN, MYTHOLOGICAL COLD TOWERS, THE ENDOPARASITES, ROTTING CHRIST, EVIL, DETHRONED CHRIST, HEADHUNTER DC, e muitas outras dezenas.... e ainda quardo vários releases, fotos, Xerox,..e material que era enviado todo por carta.

11 – Em relação a década passada, como você enxerga e estrutura de uma banda de black metal dos anos 90 em relação ao que acontece agora... Digo isso porque, me parece que tanto o black quanto o death pertence ao um grau de musicalidade quase “erudito” se comparado a “simplicidade obscura” e até pretensiosamente tosca de bandas mais antigas.
Hoje apesar das dificuldades que enfrentamos,  tudo é muito mais fácil em relação ao inicio dos anos 90 por ex, em termos de equipamento, hoje se consegue comprar com muito mais facilidade do que anos atrás, a divulgação hoje é praticamente a mesma no mundo todo, se lança um material hoje , todo o planeta por ser alcançado com 1 click, na questão da musicalidade, creio que também com a facilidade de informação, hoje pode se aprender muito mais fácil, consegue-se aulas grátis em inúmeros sites, blogs, vídeos, etc... mas isso tbm não quer dizer que a sonoridade mais “tosca” depende de capacidade musical, muitas bandas ainda caminham por esse estilo mais “tradicional” mesmo sendo excelentes músicos.

12 – O visual carregado e a indumentária utilizadas em shows de bandas mais antigas seriam hoje em dia facilmente proibidas, lembro-me de em Maringá no antigos Tribos ver bandas literalmente incendiar o local com cruzes flamejantes e outros pequenos incêndios rsrsrsrs (se eu não me engano o Kreditor de Cascavel). As coisas eram realmente mais “extremas” neste sentido, não é mesmo?
Tudo nessa época era novo, e as bandas tentavam “chocar” ao máximo em suas apresentações, me lembro de ter assistido bandas como AMEN CORNER, PROFANE CREATION, MURDER RAPE, OCULTAN, DARK PARAMOUNT, e várias outras, onde as apresentações eram bem extremas, com direito a cruzes, fogo, explosões, velas, sangue, etc... Hoje tudo isso não é mais novidade... poucas bandas conseguem hoje trazer alguma indumentária ou visual relativamente novo, ex: CULT OF FIRE, BATUSHKA, NECROS CHRISTOS, etc..

13 – Para você, quais os discos mais “old Brazucas” merecem um lugar na cabeceira do “hellbanger”?
Rapaz, essa é complicada hein!!! Mas vou tentar, mas a ordem não tem relação com a importância de cada um ok:
SEPULTURA –  Bestial devastation até Arise
SARCOFAGO – INRI
WARFARE NOISE I – compilation
CHAKAL – abominable anno domini
LOUCYFER – worship flesh
HOLOCAUSTO – campo de exterminio
HEADHUNTER DC – born... suffer...die/ punishment at dawn/ and the sky turns to black
VULCANO – live e Blood vengeance
PSYCHIC POSSESSOR – toxin diffusion
SEXTRASH – sexual carnage
GOATPENIS – inhumanization
Mx – SIMONIACAL
TAURUS – signo de Taurus
LOBOTOMIA – lobotomia
ROT – almight god
NO SENSE – out of reality
ROTTING FLESH – infanticious monstrosities
INDUSTRIAL NOISE - Old Times
14 – Tendo Integrado o INDUSTRIAL NOISE, CAUTERIZATION, parece-me que já é certa mais uma incursão sua no Metal Extremo. Esse projeto chamado WOLFLUST, falando em “galera das antigas”, conta com o Carlos, guitarrista do já extinto NO BEST de Maringá! Vem chumbo grosso por ae, não é mesmo?
Sim, estou agora com outro projeto paralelo chamado WOLFLUST junto com o amigo Carlos que é outro velho guerreiro do Underground que já teve várias passagens por outras bandas como NO BLEST, DEFECAL GESEOPHOBIA, ... e sim, podem esperar que vem por aí o mais podre, sujo, blasfemo DEATHBLACKWARMETAL!!! Não esperem um som puro e cristalino hahaha, aqui será total enxofre e podridão!!! NOT FOR WEAKS! ONLY DIEHARDMANIACS!!
WOLFLUST - Veteranos em pleno gás!
15 – O CAUTERIZATION está para colocar um novo trabalho na praça, pelo que escutei de uma faixa liberada, pode ser um trabalho que superará as expectativas de muitos em termos de técnica e sonoridade. ID KARTHASIS representa tudo que você almejou como músico?
Sim nesse novo trabalho do CAUTERIZATION posso dizer que tive que ultrapassar meus limites como baterista, e evoluir muito para executar essas novas composições, de todos nossos trabalhos posso dizer que é o mais variado e técnico e ao mesmo tempo rápido e pesado, creio que nesse material alcançamos nossa “identidade” da banda, é o som que gostamos de fazer, e esperamos que nossos amigos e apoiadores apreciem o material também, pois foi bastante trabalhoso rsrsrs.
Novo trabalho disponível para compra! Adquiria já sua cópia! 
16 – Mais uma vez obrigado por sua presença no Blog COLORADO HEAVY METAL!
Eu que agradeço o seu eterno apoio Vitor, e sua dedicação ao verdadeiro Underground, se todas as cidades tivessem um cara como você o Underground com certeza seria muito mais forte!! Forte abraço!! 

Por Vitor Carnelossi

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domingo, 8 de outubro de 2017

GREY WOLF - UM NOVO CAPITULO!


Venho acompanhando o Grey Wolf desde o álbum de estreia por volta de 2014, estava dando uma “fuçada” no site  Die Hard Records e achei a capa legal, pensei... deve ser algo bom de conhecer... Curti pra caramba, a proposta era um heavy metal influenciado pelos antigos gigantes oitentistas, tais como MANOWAR, GRAVE DIGGER, RUNNING WILD, IRON MAIDEN. Através do Grey Wolf conheci outras bandas que seguiam a mesma ideologia, inclusive no aspecto de se contar com apenas um integrante fixo, THUNDERLORD, YURI FULONE por exemplo. Tendo curtido o primeiro play adquiri “We Are Metalheads” que segue a mesma linha do anterior, talvez um pouco mais contido na “crueza”, mais nem de longe acessível, o som é Heavy Metal puro, o qual Fábio Paulinelli sabe como poucos executar! Na mesma época ainda acabei conhecendo o projeto BROTHER OF SWORD que conta com vários músicos dentro do mesmo seguimento de sonoridade, isso deixou claro que há uma verdadeira cena voltada para essa forma mais purista de Heavy Metal. É muito legal e motivador ver os caras planejando e criando suas músicas e discos com uma convicção que realmente faz as coisas acontecerem. E é assim que tenho em mãos no novo álbum do GREY WOLF. 

Pensa em um “discão” meu amigo, muito bom! “GLORIOUS DEATH” chega nas bancas com a confiança de quem sabe o que faz, e seguramente é um álbum com canções que vai fazer a festa da galera que curte o seguimento mais Tradicional do Heavy Metal! O CD abre com “Wrath of Gods”, intro que coloca o ouvinte em contato com a principal influência literária do GREY WOLF,  CONAN – O BARBARO. “ The Eyes of the Medusa” começa entregando uma produção eficaz para a proposta do disco e um som que capta a essência do metal tradicional, digna da primeira faixa! “Glorious Death”, (ótimo solo de guitarra) e “Metal Avenger” com sua pegada IRON MAIDEN ditam o ritmo do início do trabalho! “The Are Will Rule the Kingdom (King Kull pt2) continua a saga iniciada lá no primeiro full-length. A música tem uma linha de baixo empolgante contando com um belo solo (baixo), coisa linda de escutar! E olha que escutei várias vezes!!! O Guitarrista Chris Maia é um ótimo guitarrista para o GREY WOLF, pesado, melódico e tem aquela moral em timbrar os solos como os antigos guitarristas do estilo, saindo daquele padrão que geralmente deixa tudo igual, o tempo todo! “The Barbarian” é aquele heavy tradicional que o Paulinelli tem “as moral” de deixar com a cara do GREY WOLF. “Conan “The Liberator”  me remeteu aos primeiro disco, lembrei a pegada da “Elephant Tower”, uma das minhas músicas favoritas da banda. “Warrior” tem uma pegada mais rápida, uma cozinha firme , aliás o baixo  do Fábio  tem muita referência do Steve Harris, ativo em toda a discografia do “Grey”, no final da faixa o cara manda um solo que mostra que o baixo tocado com atitude sempre tem seu espaço garantido, virtuoso! Em “Red Sonja” o refrão me lembrou muito o Grave Digger, sem dúvidas cada um tira sua conclusão, mais a grande verdade é que neste disco o GREY WOLF chegou a sua maioridade, apresentando um disco forte e coeso.... 

“Cimmeria” encerra o disco em grande estilo, uma faixa intrigante que conta com a participação de Arthur Migotto (Hazy Hamlet). Essa faixa traz uma bela passagem inicial acústica que pode entregar algum experimento futuro para algo mais épico! Resta-nos esperar e torcer para mais lançamentos futuros do GREY WOLF que segue firme com sua prolífera discografia! Aumentem o volume  que isso é HEAVY METAL!  \.../



Por Vitor Carnelossi

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segunda-feira, 10 de julho de 2017

ANVIL - A LENDA EM PRESIDENTE PRUDENTE!

O programa STAGE DIVING esta trazendo para Presidente Prudente a clássica banda ANVIL, uma das mais pesadas bandas do heavy metal (tradicional) desde sua fundação no início dos prolíferos anos 80! Para falar sobre os detalhes deste evento, falamos com o legendário Cesinha Crepaldi, Radialista, promotor responsável por grandes momentos do rock em nossa região! Confiram!

1 – Cesinha, mais um aniversário do programa STAGE DIVING, podemos dizer que esse programa agrega um valor impar ao cenário rock da região! Qual o combustível para promover um evento dessa magnitude?
R: Paixão pelo Rock !  digamos que seja uma mistura de compromisso com os amigos e ouvintes, as oportunidades aparecem, os riscos existem, mas tudo acaba sendo prazeroso.   Costumo dizer que no final tudo dá certo.

2 – Qual o “termômetro” para a escolha das bandas que se apresentam no aniversário do STAGE DIVING?
R:Antigamente o acesso era o cenário nacional, o que estava ao alcance, bandas não cobravam nem cachê, queriam se promover........me recordo de levar uma excursão para ver o 1º show do Blind Guardian na cidade de Sto. André (1998), a abertura foi feita pelo Tuatha de Danann e Symbols, no final do set das bandas comentamos: “Que isso !!? Acho que podemos ir embora” hahahahahha, nesse mesmo dia conversei com os grupos e deixei meio acertado que levaria eles para a festa do Stage Diving, e tudo se confirmou em novembro de 98 o Symbols tocou no Stage e em 1990 foi a vez do Tuatha de Danann, Dragonheart e Petallon Ainda combinamos shows com as bandas nacionais mas derrepente o Brasil virou rota de bandas Internacionais, aquelas que tanto sonhamos ver no passado agora é uma realidade, o Stage Diving ficou conhecido e chega proposta de shows durante o ano todo. Eu decido quem vai tocar, meu termômetro tem me ajudado a escolher heheheheheh, na verdade todos palpitam e isso é de grande valia, busco uma grande expressão que esteja passando pelo país nos dias que se realiza o show de aniversário.

3 – Esse ano teremos a presença quase surreal do legendário ANVIL! O que podemos esperar desta apresentação em Presidente Prudente?
Para o organizador dá uns altos e baixos, preocupação e responsabilidade, tem que dar certo! Podemos esperar que os caras vem para fazer o show da vida deles, é assim que o ANVIL se sente.

4 -  O documentário “Anvil! The Storyof Anvil’’ foi um sucesso e deu um gás para banda continuar suas atividades! Como você classifica a importância do ANVIL dentro do rock pesado mundial?
A mesma paixão que temos pelo Rock, quantas bandas iguais ao ANVIL não continuam insistindo e acreditando que uma hora as coisas podem acontecer, (é bom lembrar que o documentário está sendo exibido no canal NETFLIX) o sonho de cada um de nós era poder ver uma banda como o ANVIL bem de perto, apostaríamos nosso maior tesouro que isso nunca poderia acontecer em nossa cidade,  o mundo é muito pequeno, dia 22 de setembro eles estarão por aqui.
Vejo o ANVIL do mesmo tamanho que o IRON MAIDEN, MOTORHEAD, SAXON, apenas não decolaram, não conseguiram a parceria certa na hora certa e faltou um bocado de sorte, essa é a verdade. Para os leitores indico um álbum fundamental da história do heavy metal “ANVIL-Forged in Fire.

5 -  Como a galera da região pode garantir antecipadamente seus ingressos para essa grande celebração do rock n´roll?
Os ingressos (antecipados com valor de meia entrada R$90) estão a venda na AUDIOTECH MUSIC STORE (antiga Sonotec) Av. Manoel Goulart, 756 – Pres.Prudente (info-18-991056294)

6 - Além dos convites antecipados, haverá vendas no local no dia do show?
Sim, haverá venda no local valor R$110

7 – Esse evento novamente coloca o STAGE DIVING em contato com artistas expressivos do Heavy Metal Mundial! Deixo o espaço aberto para suas considerações, reforçando o convite para essa grande festa!
Primeiramente obrigado Vitor pela atenção que sempre teve com nossa programação, pessoas como você contribuem e multiplica nossas ações em prol da musica mais amada do planeta.
Será uma satisfação receber os fans e admiradores para mais um capítulo de nossa história, o programa Stage Diving está a 5 anos na NET (www.stagediving.com.br), e mantém a mesma prática na programação, desde 1991 .
A banda Canadense ANVIL está completando 40 anos de estrada e com certeza os fans e curiosos presentes na festa sairão em êxtase em mais uma grande produção do STAGE DIVING em parceria com a AUDIOTECH.

STAGE DIVING “ You deserve it”

Por Vitor Carnelossi

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quinta-feira, 8 de junho de 2017

DISCOS ANTOLÓGICOS – BARÃO VERMELHO: MAIOR ABANDONADO


Um momento literalmente antológico no rock brasileiro. Momento em que o Barão Vermelho provou que era muito mais que a banda do filho mimado e pirado no pó do Diretor da Som Livre. Momento em que a poesia marginal de Cazuza encontrou na guitarra e Frejat e no baixo preciso do Dé um muro para ser escrita, e invadir rádios, TVs e toca-discos por mais de uma década.
Produzido por Ezequiel Neves (Zeca Jagger), em 1984, Maior Abandonado explodiu, sendo premiado por público e crítica, e mostrava claramente que o sucesso anterior, Pro Dia Nascer Feliz, era sim uma pequena mostra do poderio de fogo destes cariocas da gema, pois inicialmente ficou conhecida na voz de Ney Matogrosso, e gradativamente Cazuza e sua trupe a trouxe de volta com uma interpretação e swing magistral, que marcaria toda a trajetória da banda enquanto teve Cazuza como letrista principal e vocalista.

Bete Balanço, Baby Suporte, Por que Que a Gente é Assim, Dolorosa, Milagres, Não Amo Ninguém, enfim, basta escolher uma faixa aleatória e nos deparamos com os versos marginais e viscerais de Cazuza, com seu vocal singular, numa performance de toda a banda de altíssimo nível. Não estou nem comentando a faixa-título Maior Abandonado, um petardo que assolou o rock nacional e colocou o talento do Barão em seu devido lugar.
Estava gravado então Maior Abandonado, um clássico dos anos 80, um disco venenoso, um disco de poesias cantadas.

Revisite este disco em seu acervo. Você corre o sério risco de bater de frente com poesia ácida e um instrumental de primeira linha.
Nossa sugestão? Ouça alto!!!
Um GRANDE abraço!!

Marcão Azevedo. 

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terça-feira, 23 de maio de 2017

ENTREVISTA KADABRA


1 - É um prazer tê-los aqui no blog COLORADO HEAVY METAL falando sobre o trabalho de estreia do KADABRA, “DEVASTATION´S SONGS”.  Primeiramente pergunto, há quanto tempo a banda existe?  Pois uma estreia com uma intro + 10 sons inéditos autorais é uma ótima produção não concorda?
Paulo: Olá, sinceramente, o prazer é todo nosso. A cada parte do processo de construção da banda até agora, nós sonhamos os acontecimentos. Poder falar do nosso trabalho, com certeza, é uma grande realização. Sobre o tempo de banda, existimos a cerca de um ano. Em nossas cabeças, no entanto, já existimos a mais tempo. Foi mais uma questão de encontrar o time certo, depois disso, tudo fluiu de modo trabalhoso, mas natural.

2 – Em um release anterior que fiz sobre “DEVASTATION´S SONGS”, citei algumas bandas “oitentistas” como exemplos, qual as referências principais que o KADABRA utilizou para formatar essas canções?
Paulo: Não acredito que tenhamos “usado” influências. Apenas jogamos para fora o que tinhamos para falar e deixamos as influências apareceram naturalmente. De todo modo, em nossa educação músical, escutamos demais bandas como Iron Maiden, Judas Priest, Ozzy, Black Sabbath, Pentagram, Motorhead, Metallica, Slayer, Anthrax, Megadeth e etc. Sem falar no Nervochaos, Korzus, Sepultura, Kamala, Blackning, Executer e tantas outras do metal nacional. Tem algumas que conheci recentemente também que são o Master, Cauldron, Cérebro de Galinha e o Necrohunter. Enfim, tem de tudo, dentro do rock.

3 –Apesar da ligação aos moldes “oitentistas” vocês não abriram mão de uma gravação atual e de boa qualidade, como foi o processo de produção deste material?
Paulo: Nós quisemos deixar a coisa bem real, bem orgânica mesmo, porém sem perder a qualidade. É preciso achar um equilibrio entre a técnologia e o saudosismo. Foi essa a proposta da produção. Também quisemos gravar editando o menos possível, tirando o melhor de cada um no momento. Veja, gosto de muitas coisas modernas e mais ainda das antigas, então foi um direcionamento dado de acordo com o que queriamos fazer agora. Não há dogmas aqui.

4 – A ideia de filmar esse processo de gravação e disponibilizar no youtube foi muito legal e ousada! Como controlar a ansiedade em estúdio, produzindo o material oficial e ainda com o bônus da filmagem neste momento tão delicado!
Paulo: Cara, foi muito espontaneo para falar a verdade. O Marcio Pacheco (produtor de audio) e o Adolpho Zamboni (Produtor de imagem e video) souberam conduzir bem o processo, deixaram livre para a gente tirar sarro e contar piada. Até para brincar com eles era tranquilo. Ao mesmo tempo, existia uma ideia comum de quando tinha que ser sério e fluía. Eu tenho mais claro na lembrança a parte das vozes. A gente tava sem saber como seria, a voz é mais delicada para mim do que a guitarra. Lembro da gente estar batendo um papo antes e eu fui me retirando, fui tirando o sorriso da cara, chegando mais perto do equipo, arriscando um grito ou outro. Felizmente, para mim, foi só escutar as músicas e curtir o que estava fazendo. Houveram pouquissimas repetições para os meus vocais dessa vez. Conforme a concentração ia acontecendo, eu meio que esquecia do resto. Não atuei para a camera, só fiz o melhor que dava pra a música.
Danilo: Confesso que fiquei nervoso pra caramba nas gravações, tanto do baixo, quanto da voz, mas todo mundo me ajudou, pois fazia muito tempo que não pegava o baixo pra tocar e estava bem enferrujado e ai ficava com medo de o pessoal ficar irritado por eu estar travando. O Paulo chegou com suas experiências de bandas passadas e disse: “cara faça o que sabe fazer o que não sabe foda-se ,divirta se...”. Sério, isso que ele disse foi legal e irei levar para a vida toda, pois eu fico meio nervoso com as coisas mesmo.
Depois foi bem tranquilo, no mesmo tempo em que estávamos nos divertindo e vendo uma coisa sair do papel, estávamos focados e concentrados para que o saísse o melhor de todos, e o resultado foi esse, cd o clip e a e de ter ganho amigos, além de terem feito um ótimo trabalho de produção, são muito gente boa
Frassão:  Realmente um desafio e tanto, algo novo pra mim, pois a câmera estava o tempo todo ali me vigiando. No início ela causou um certo desconforto, depois me adaptei à ela e a gravação fluiu numa boa, pois tínha certeza que estava trabalhando com excelentes profissionais e todos focados no trabalho a ser feito.

5- Antes do KADABRA vocês já participaram de outras bandas?
Paulo: Eu fundei uma outra banda, hoje extinta, a Collatera, de metal também. Eu pelejei muito com ela em todos os sentidos, seja para arrumar bons companheiros, seja para conseguir tocar, escrever e etc. Foram mais ou menos 06 anos da minha vida músical dedicada a ela. Apesar de todos os perrengues, foi ai que eu meio que aprendi a admininstrar o negócio, a me apresentar ao vivo, a tocar melhor, me equipar melhor, conhecer as pessoas, usar as redes sociais e mais tudo que se pode pensar. São muitas histórias para contar. Essa noção sobre a condução de uma banda de Metal no Underground, foi bastante responsável por nós termos produzido tudo isso até agora. No que se trata da minha parcela de contribuição, claro.
Danilo: Eu já participei de varias bandas, minha primeira banda chamava sick nunca conseguimos baterista e acabou, depois entrei para uma banda chamada crazy queen a banda até estava ficando legal mas ae o vocalista infelizmente faleceu, tentamos continuar a banda mas não deu certo, depois entrai para cantar em um a banda chamada metal slug era muito da hora, só cover e quando decidimos trabalhar com as próprias a banda acabou, depois foi cavaleiro dragão onde não fiquei muito tempo, pois eu não tinha os requisitos que a banda queria, nfw veio logo em seguida mas também teve problemas e acabou, ae toquei em uma banda de igreja que nunca teve nome e novamente por problemas acabouo e depois entrei cantando também para a banda dead generation que foi mesma pegada do metal slug então me senti em casa fizemos algumas musicas próprias mas infelizmente a banda não foi pra frente ....uma pena, os caras eram bons ..........montei ma banda chamada glasgow3 com o guitarrista e o baixista do dead generation e chamei o baterista da antiga metal slug, ai pensei agora vai, ensaiávamos  todas as sextas feiras cada sexta um musica, mas a banda parou por um tempo pois o baterista virou pai, e como isso é uma puta de uma responsabilidade e tenho certeza que muito fariam o mesmo, ae a banda parou.
Eu brinco e meu amigos ficam me zuando dizendo que sou um câncer de banda pois eu entrava e a banda acabava ou o pessoal já me tirava mas aprendi muito com todas essas bandas e nunca desisti de ter banda e de querer algo sério, e foi ae que um dia qualquer recebi uma mensagem do Paulo querendo montar uma banda, confesso que fiquei com um pé atrás mas o Paulo queria o mesmo que eu, então trabalhamos duro e montamos o kadabra.
Frassão: Foram várias bandas, minha primeira chamava-se Bélica, depois Arquivo Vivo, Atritos, Greystoke, Atlântica, Flores do Beco dentre outras. Atualmente toco na Banda Amazon (Heavy Metal), Banda cover Fuzz Light (Classical Rock, Pop e Nacional), Seven (Tributo Avenged Seven Fould)  e atuo como freelancer com algumas bandas aqui da região.


6 – Logo de cara, em um primeiro momento o que me chamou a atenção foi o vocal bem agudo e melódico, contrastando positivamente com o instrumental! Isso me remeteu a sonoridade de bandas como Forbbiden e até mesmo Nevermore, da onde vem essa mistura de refrãos melódicos em meio ao thrash metal?
Paulo: Muito legal essa pergunta, porquê é uma história que eu nunca contei. A verdade é que anos atrás, na minha antiga banda, não tinha quem cantasse. Eu só tocava guitarra até então. Contudo, tive de aprender a cantar pela falta de outro membro e, fui fazer aulas de canto com um professor da minha cidade, o Roberto Prieto. Cheguei lá querendo cantar como o Max Cavalera, mas não tinha o grave necessário. Minha voz é aguda naturalmente. Então, muito inteligentemente, ele foi me guiando para um estilo mais Anthrax. O que foi providencial, foi ai que aprendi a cantar limpo e afinado. Depois de anos fui me atualizar com o Raphael Olmos do Kamala. Ele trabalhou para me trazer pro drive e para a agressividade, sem perder o que eu já sabia fazer e deu esse resultado da minha parte. Sobre o instrumental, no entanto, ele surge meio sem pensar na voz. Ela a gente encaixa depois, na maioria das vezes, pensando em dar dinâmica para a música.

7– Falando em timbre, as guitarras ficaram bem “gordas” e gostosas de se escutar, a escolha da sonoridade da guitarra influencia o resultado final do trabalho?
Paulo: Com certeza. Nós fizemos 4 guitarras, duas de cada lado. Nós queriamos que soasse apenas como um guitarrista tocando, assim como é ao vivo. Não queriamos que ficasse artificial. Foram dois timbres diferentes, um de um pedal de distorção e outro do drive do próprio amplificador. Depois foi uma questão de ir esculpindo até dar no que deu. Na verdade, no final mesmo, não saiu muito do que eu já tento preparar nas gigs.

8 - Após preparar o terreno com a intro INTROSPECTIVE, THE CAGE entra representando muito bem a proposta da banda, creio que seja um ótimo motivo para escolhê-la para abrir o álbum não é?
Danilo: Na verdade a THE CAGE sempre foi à primeira musica desde quando o Paulo e eu começamos a ensaiar, mas ela tem essa vibe de tipo ae galera, chegamos e esse é nosso som, e a INTROSPECTIVE foi o tempero que faltava para a THE CAGE  se tornasse  a musica perfeita para ser a primeira e, para mostrar o que temos a oferecer.

9 – Comentei na resenha que fiz, que RITE OF DISORDER tem uma “vibe” SLAYER, porém no refrão vocês utilizam uma linha vocal que diversifica muito o sentimento da música. Qual a importância das estruturas melódicas na sonoridade do KADABRA?
Danilo: Adoro um barulho e, ver o bicho pegando mesmo, mas em minha opinião essa sonoridade do kadabra faz com que o repertório não fique cansativo só por conta da paulera e nem chato só por partes melódicas, e sim, bonito e pesado ao mesmo tempo Ex: pantera.

10 – Essa música também foi a escolha para o primeiro clip da banda, como vocês chegaram a conclusão para essa música de trabalho? ... Alias, ficou muito legal, parabéns!
Danilo: Muito obrigado, gostamos bastante do resultado desses clip e da musica!! .A escolha da musica não foi difícil, nos reunimos, cada um escolheu três musicas e entre as três escolhas de cada um tinha a RITE OF DISORDER ai optamos por ela.

11-  CHOSEN FEW, além de um puta arranjo de batera tem uma ótima energia! Acredito que seja a música que mais repeti no álbum! Porque a opção de deixar a batera e baixo “na cara”  durante todos os solos?
Frassão: Essa é a tendência do nosso som, somos um Power Trio e queremos deixar essa característica bem nítida. Esse é o resultado que buscamos, pois na hora do solo de guitarra, nos preocupamos em manter o groove e em não perder o peso para que a música fique bem preenchida e tudo soe de maneira bem natural.  
  
12 – O PANTERA utilizava esse recurso, sempre achei muito legal, a cozinha do KADABRA está bem munida!
Danilo: O PANTERA é minha banda favorita, e eu adoro o som do baixo do rex brown o timbre, e em bandas que já participei nunca tinha pensado em usar um pedal, só no kadabra que notei a falta desse peso pantera no baixo e coloquei um Overdrive pra deixar o som bem pesado como o do rex , e isso casou perfeitamente com com a sonoridade do kadabra

13 -  Para mim como ouvinte, BACK HOME tem um clima bem Heavy Metal, mais com aquelas levadas típicas do thrash... algo que hoje em dia é difícil de se ver! O Kadabra realmente tem composições bem equilibradas que soam naturalmente genuínas, sem se preocupar com a velocidade estonteante praticadas por muitas bandas, as vezes até de maneira plástica!
Frassão: Somos fãs de música e nos preocupamos em fazê-la com qualidade, porém dentro dos limites de cada um e dessa forma, esperar que isso toque as pessoas. O virtuosismo não é regra em nossas composições, claro que há espaço para isso,  mas aí vai de cada um em sentir o momento adequado para tal.


14– OBLITERATE  e PAY THE PRICE dão uma caminhada nos terrenos prolíferos do thrash “BayArea” . É interessante que existem muitas variações vocais e instrumentais durante o CD, e especialmente neste momento do CD fica muito a banda investe em uma sonoridade própria. O KADABRA é uma banda aberta a experimentalismos musicais com outros generos?
 Frassão : Sim, mas dentro do Rock, pois dentre seus vários estilos, sempre buscamos novidades para acrescentar em nosso som.

15 – Em DEVASTATION´S SONG chegamos a faixa título, esse som é muito legal! Chega um ponto que o baixo captura a atenção do ouvinte! Um belo trabalho que mostra um momento suave e instrospectivo. Me corrijam se eu estiver errado, mais  lembrei do Cliff neste momento!
Danilo: Esse pré solo e o acompanhamento do solo são os meus favoritos , poxa fiquei  lisonjeado em saber que soou como Cliff hahahaha, o cara é um dos meus ídolos mas a inspiração não foi nele, como o Paulo disse .. ¨Apenas jogamos para fora o que tínhamos para falar e deixamos as influências apareceram naturalmente.

16 – Em todas as músicas os solos de guitarra são bem melódicos e de certa forma profundos, é muito agradável ver que existe uma naturalidade na execução dos mesmos, qual as influencias principais nas guitarras do KADABRA?
Paulo: Eu gosto muito de caras como Adrian Smith que tentam não ficar fritando demais, mas sim colocar as notas certas em cada lugar respectivo, contar uma história, se preocupando com as notas de repouso e a dinâmica. Tem Kirk Hammet que também me influênciou muito, porque sabe criar melodias, além de usar muito bem a escala pentatônica, licks, arpejos, ligados e assim por diante. O Marty Friedman também é muito importante para mim, não pelo virtuosismo, mas sim pelo modo como estrutura os solos, o modo como pensa o enredo. Não posso deixar de falar do Andreas Kisser que me ensinou a usar harmonias em oitavas e os bends mais fortes ou mesmo Randy Rhoades com o vibrato único. Puts, são muitos, mas de forma geral é por aí. Na parte rítmica, sempre penso em Tony Iommi, em James Hetfield, Mustaine e toda essa escola.

17 – YOU ARE A LIE  e DEATH PENALT seguem mostrando uma generosa dose de thrash metal, muito bem arranjadas e definidas. Existem possibilidades de haver mais alguma música que seja trabalhada como clip?
Paulo: Infelizmente não, muito pouco provável. Não por falta de vontade, mas pela questão financeira mesmo. De todo modo, me orgulho muito dessas duas canções, vão funcionar demais ao vivo.

18 – PICTURE OF WAR encerra esse lançamento do KADABRA com uma bela amostra do potencial da banda, qual o motivo deste som para encerrar o trabalho?
Paulo: Ela foi a ultima que escrevemos na verdade. Ainda, aos 45 do segundo tempo, resolvemos fazer mais mudanças e assim se finalizou. Acabou sendo natural ela ser a ultima e fechar o processo todo.

19 – Quais os planos seguintes ao lançamento de DEVASTATION´S SONG
Paulo: Agora nós queremos tocar por ai, encontrar com os headbangers no underground e tomar um caminhão de cerveja. Além disso, é muito importante para nós poder divulgar nosso trabalho, conhecer o de outros músicos e conversar com vocês da mídia.  Sempre um prazer.
Danilo: exatamente o que o Paulo disse, agora é só tocar por ae, divulgar a banda, fazer amizade com outras banda, e dominar o mundo.
Frassão : Fazer uma das coisas que mais gosto, estar no palco com grandes amigos tocando com toda aquela energia pra galera presente nos shows. E paralelo a isso, ir compondo o nosso segundo CD!

20 – Gostaria se possível saber os 5 álbuns favoritos de cada um do power trio!
Paulo: Só cinco?! Aí é duro em!!! Vamos lá: Piece of Mind do Iron Maiden, Kairos do Sepultura, Master of Puppets do Metallica, Rust in Piece do Megadeth e Master of reality do Sabbath.
Danilo: Peste do Claustrofobia, The Great Southern Trendkill do Pantera, Reign Supreme do Dying Fetus, Christ Illusion do Sllayer, Tempo of the Damned do Exodus........só cinco foi foda mesmo!!!
Frassão : 1- Van Halen - Best Of Volume 1 /  2- Metallica - Black Álbum / 3- Pantera - Vulgar Display Of Power /    4- Kiss Alive III /    5- Iron Maiden - Fear Of The Dark

21 – Agradeço imensamente a participação do KADABRA  em nosso BLOG, estamos de portas abertas! Deixo o espaço abero paras considerações finais!
Paulo: Nós que agradecemos sinceramente pela tamanha disponibilidade e pela oportunidade de conversar com vocês. Foi um prazer e espero que nos encontremos logo. Hail!!!
Danilo: Nós que agradecemos pelo espaço, valeu valeu COLORADO HEAVY METAL.......foi um prazer !!!!

Frassão : Obrigado pela oportunidade e a todos que acompanham nossa banda.

Por Vitor Carnelossi

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quarta-feira, 17 de maio de 2017

DISCOS ANTOLÓGICOS – URIAH HEEP: WONDERWORLD


Eu ainda era adolescente quando alguém da minha família me mostrou um vinil do Uriah Heep, um disco com uma capa meio bege, e me disse: ´´ouça este disco, e preste atenção na faixa The Shadows and the Wind, pois o vocal durante a música se alterna e é algo espetacular´´.
Pois bem – três décadas de passaram, e ainda continuo ouvindo este disco, esta faixa, e o Uriah Heep.
Wonderworld é um disco gravado em 1974. Um repertório inspiradíssimo, numa fusão ímpar de melodia com progressivo, numa overdose de órgãos Hammond comandando um instrumental impecável, pano de fundo para o vocal  técnico e preciso de David Byron.
Liderados por Ken Hensley, que executava as linhas de teclado, era o guitarrista e ainda contribuía nas linhas vocais, a formação contava com a batera Lee Kerslake , Mick Box num trampo inspiradíssimo de guitarras em I Wont Mind, e o baixo soberano de Gary Thain desenhando linhas de extremo bom gosto, ou seja, uma super banda concebia neste momento um dos grandes discos de rock da história.


Se você não conhece este disco, comece pela recomendada The Shadows  and The Wind, com sua introdução silenciosa e final soberbo – uma verdadeira aula de rock pesado e progressivo onde a técnica permitiu ousar – realmente sensacional.
A faixa de abertura é a faixa-título Wonderworld, onde já é cartão de visita a execução refinada de uma melodia apuradíssima.
Somente ouvindo as faixas Suicidal Man, So Tired, The Easy Road, Dreams, é possível então dimensionar o poderio de fogo destes britânicos, e sua importância ao lado de nomes como Deep Purple, Led, entre outros.
Fica a dica para buscá-lo no fundo do seu baú, ou descobrí-lo, e então mergulhar numa audição de um grande momento do rock.
Nossa dica? Ouça alto!!!!
Um GRANDE abraço!!


Por Marcão Azevedo.


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