terça-feira, 30 de agosto de 2016

HOLDING THE FLAG OF WAR




HOLDING THE FLAG OF WAR, lançado em 2001 é o álbum de estreia da banda DOMINUS PRAELII! Eu sempre digo para quem quiser ouvir, HOLDING THE FLAG OF WAR é uma joia do Heavy Metal Nacional! O Equilíbrio e força deste trabalho são incontestáveis, e para nós do norte do paraná, motivo de orgulho! Em meio a “Febre do Power Metal Melódico” Ricardo Pigatto (Vocal), Rene Warrior (Baixo), Silvio Rocha (Guitarra), Evandro Romero (Guitarra), Rafael Guilhen (Bateria) lançaram um “trampo” cheio de personalidade e Força. Guiado por ótimos riffs de guitarras e com uma “cozinha poderosa” HOLDING THE FLAG OF WAR trazia o vocal fantástico de Ricardo, fugindo daquele timbre exagerado e cheio de falsetes típico de bandas de Power Metal melódico. Na verdade as músicas apresentadas neste disco forjam um trabalho baseado no "Revival" do “True Heavy Metal”, e nesta nova "leva" de bandas que resgatam o espirito mais purista do Metal certamente o  Dominus Praelii de  Londrina –PR é pioneiro!
 O CD é foda amigo leitor... “Hard Deadly Wheels” começa com um ritmo forte recheado de pedais duplos e um super refrão! Tudo que o Headbanger gosta! “Scent of Death” foi o 1º som que conheci da banda, mais um grande som pesado com um ótimo riff cadenciado, outra vez um super refrão! “Khan´s Warrior” e “Khan´s Legacy” seguem velozes e com ótimos andamentos, eu pude acompanhar a banda se apresentar e Presidente Prudente em uma oportunidade e lembro-me do poder destes sons ao vivo!  “Khan´s Legacy” tem grande momento em seu solo memorável! “Cold Wings” é uma canção mais cadenciada e mostra a face mais tradicional da banda, uma “ode” as batalhas medievais! No entanto é chegada em minha opinião a faixa obra prima do Heavy Metal Nacional “ Knight of the Silver Moon”, uma "balada power" com muito sentimento e pedal duplo! Isso mesmo, muito pedal duplo e bruto, pensa num som legal que é pesadíssimo e emocionante ao mesmo tempo! Uma grande sacada deste CD, que aliás...  foi também lançado em um número limitado em vinil! Eu sairia no tapa por um destes! “ Saga of Killing Riders” entra com uma velocidade empolgante, o batera Rafael tocou muito neste disco, grande baterista! O baixo nesse refrão faz um trampo muito legal, este a cargo de Rene! Uma Observação, todos os solos deste “Play” são de muito bom gosto, grandes guitarristas. “Hall Power” é mais um som de muita qualidade, puramente “True Power Metal”! “Waves of War” finaliza HOLDING THE FLAG OF WAR em grande estilo! Sem dúvidas o DOMINUS PRAELLI deixou um grande legado para o Heavy Metal nacional com sua postura e sonoridade fincadas no metal raiz . A banda continua sua jornada com mais 2 excelentes álbuns, BASTARDS AND KILLERS e KEEP THE RESISTANCE, sendo o último de 2010 já contando com um novo vocalista Jorge Bermudez... mais isso já é assunto pra outra matéria! Procure material desdes caras, vale apena! Abraços Galera!


Por Vitor Carnelossi



domingo, 21 de agosto de 2016

ROCK MINUTES – FALANDO DE ROCK NA WEB



Doses homeopáticas com o supra-sumo do rock e  suas vertentes. É o que propõe o Rock Minutes, projeto idealizado pela jornalista e locutora Cinthia Carla, que além grande conhecedora do assunto,  ainda manda muito bem nos microfones da Rádio Mundo Livre FM (102,5 FM). A partir de agora o leitor do ColoradoHeavyMetal é convidado  a conhecer um pouco mais desta grande sacada, numa entrevista com a própria Cinthia Carla, que já conhecia o blog, e gentilmente atendeu ao ColoradoHeavyMetal:

1-Cinthia, como surgiu a idéia de abordar o rock neste formato?
Nós (público do rock – em especial  aqui na nossa região) somos carentes de produções voltadas ao gênero. Então eu resolvi somar junto com a galera que já está aí fazendo vários corres (bandas, festivais, bares, etc..) tornando conhecido estes eventos através da fanpage e do canal no Youtube. A página, surge para informar coisas cotidianas do gênero e divulgar o canal. Este segundo, traz uma abordagem mais leve e descomplicada sobre assuntos diversos ligados ao rock. Eu já tinha produção voltada pro assunto, então por quê não expandir o raio de alcance e dividir meu conhecimento, minhas impressões, opiniões, etc.. com o público? É o que tenho tentado fazer. Na verdade, a idéia e o apoio veio do meu namorado, Cláudio, que, além de ser um grande admirador do meu trabalho, é um aficcionado pelo rock. Eu abracei a idéia e tenho curtido muito fazer.

2-Como você avalia o alcance e aceitação do projeto?
Ainda estamos muito no início. Há um longo trabalho a ser feito. Porém, o feedback tem superado as expectativas. Como não há limitação territorial na web e eu busco trabalhar temas amplos (dentro da proposta de falar de rock), será possível atingir fãs do gênero em qualquer lugar, desde que mantendo a qualidade do conteúdo produzido, já que estamos falando de um público exigente. Músicos independentes têm dado  retornos também muito bacanas. Atualmente, já temos seguidores em vários países (tanto do Facebook como no Youtube), incluindo Reino Unido, França, Irlanda, Estados Unidos, Japão e outros. Afinal, estamos falando de um estilo de música (e de vida) que é universal. Estou muito feliz e satisfeita até o momento.

3-Percebe-se nitidamente um ecletismo musical ao longo das postagens, sempre conectado ao Rock. Comente sobre isso:
O rock não é mainstream no Brasil, mas há ainda um grande público. Dentro desse grande público, há uma divisão imensa: aqueles que curtem metal, os do hard rock, a galera do indie, alternativo, enfim...Segmentar o gênero, reduziria muito o público potencial. Por isso resolvi tratar sobre as várias vertentes do rock, a fim de atender a um público mais amplo.

4-A trilha sonora do Rock Minutes leva o som Cidadão Vigilância, do Virga Férrea. Como se deu esta grande escolha?
Stone Ferrari, baixista da banda, é meu amigo pessoal. Quando estava na fase de projeto do canal, cogitei  criar uma trilha sonora para o mesmo. Alguns podem pensar: por que  não usar um riff famoso? Simples: direitos autorais.....Pra não ter problemas com isso, entrei em contato com o Stone, que tem um estúdio (Pé de Manga), pra ver a possibilidade de criarmos algo. Ele estava terminado a produção de Cidadão Vigiância, com o Virga Férrea. Eu já conhecia a faixa, pois eles haviam apresentado dias antes num festival de bandas independentes. A idéia então veio dele: ´´o que você acha da intro de Cidadão? PORRA!!!! A música era foda!...claro que eu curti a idéia.....então, gentilmente, eles me cederam o uso da música.

5-Compartilhe com nossos leitores sua vivência dentro do jornalismo e do rock;
Minha vida é a comunicação. Estou em rádio há oito anos e, por isso, entrei no jornalismo. Já trabalhei em vários segmentos de rádio, mas é a primeira vez com rock. Além de locutora, também sou coach (instrutora) de locução,  redatora de uma revista, assessora de comunicação de um barzinho e faço algumas discotecagens......Na adolescência, tive banda cover de rock. Sempre foi minha referência musical....Desde que a Mundo Livre veio para Maringá, estou dentro da empresa (também sou locutora da mesma rádio para Curitiba). Trabalhar com o rock e com a comunicação é uma baita realização. Unir as duas coisas, interagir com o público com o qual me identifico, isso tudo é muito massa...e foi o que me motivou nos projetos pessoais.

6-Algum outro projeto em vista ou em andamento?
Nesse momento, estou totalmente focada no Rock Minutes, até porque ainda é um projeto muito recente (um mês do canal e pouco mais de dois meses da página). Há idéias vinculadas ao Rock Minutes para o ano que vem, como festas, eventos, shows...mas ainda são só idéias.

7-Você acredita que já foi superada aquele conceito tipo ´´nossa!! Ela ouve rock!!!...´´ ou ainda temos muito a se avançar?
HAHAHA.....Ótima!!!....acho que estamos progredindo, sim. Ainda há muito pra se avançar, mas se de um lado Maringá é muito interiorana e sertaneja, por outro, também é uma cidade de muitas tribos. Isso torna menos difícil a aceitação. Aliás, estamos num momento em que há muita discussão em torno da valorização da mulher ,inclusive, se você der uma olhada rápida para locutores de rádio rock, jornalistas especializados no gênero, youtubers de canais voltados para este segmento, blogueiros e administradores de fanpage e quase tudo voltado à área, a maioria esmagadora é homem.  Quase não há mulheres.....Então se para quem está fora deste universo do rock rola sempre um estranhamento nesse ´´nossa!! Ela ouve rock: que bizarro´´, pra quem é da área, rola uma identificação e uma sensação de ´´nossa!! Ela ouve rock: que foda!!´´...Estou preocupada apenas com esta segunda galera.

8-Cinthia, o ColoradoHeavyMetal agradece sua gentileza em nos atender, e sua generosidade em compartilhar com nossos leitores uma postura de atitude e estilo de vida. Deixamos este espaço para suas considerações finais:
Quero agradecer a abertura de espaço, e dizer que é muito bom falar sobre rock, sobre trabalho ,sobre sonhos e projetos. E também aproveito para convidar o público a continuar curtindo, se inscrevendo e acompanhando o Rock Minutes. Espero seguir por muito tempo compartilhando o rock que corre nas minhas veias com vocês. Por fim, parabéns pelo trabalho com o ColoradoHeavyMetal. Tamo junto!!
Finalizando, segue o currículum desta fera: Cinthia Carla, 29 anos, Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade Maringá (2013); Locutora das rádios Mundo Livre  Maringá e Curitiba; Coach da Escola de Formação de Locutores Active Produções; Redatora da  Revista Menu Magazine; Assessora de Comunicação do Firula Bar; Youtuber do canal Rock Minutes.
Curtam – é rock na web!!!!!!! 
         

Por Marcão Azevedo.


COLORADO HEAVY METAL - DESDE 2013 FAZENDO A DIFERENÇA!


terça-feira, 9 de agosto de 2016

ENTREVISTA MENTOR ROSSI - METAL BRASIL EM PORTUGUÊS

Hoje nosso bate papo é com o entusiasta do metal nacional Mentor Rossi. Há algum tempo o Brother Mentor vem catalogando e divulgando bandas em um grupo no facebook. O Grupo se chama Metal Brasil em Português, ele dá a chance de seus convidados sempre ter contato com alguma velharia ou novidade cantada em nossa língua pátria. Achei legal a iniciativa, bem como o conhecimento de causa de nosso entrevistado! Confira a baixo mais essa produção para o blog COLORADO HEAVY METAL


1 – Mentor é um prazer tê-lo por aqui! Como você teve o “start” para montar uma page no facebook e promover bandas que cantam em português?
Primeiramente quero agradecer a oportunidade, e parabeniza-los pelo blog, e ainda, que não sou contra o metal cantado em inglês, ou que não escuto, muito pelo contrário.
Quanto ao começo da Page, partiu da falta de espaço nas mídias, para mim “metal nacional” é o cantado em português, a partir do momento que a banda grava em inglês, ela se equipara às gringas, tendo assim que ter competência para tal, daí a proposta do grupo, visto que nem mesmo para as chamadas bandas de “metal nacional” em inglês são poucas as mídias exclusivas.

2 -  Atualmente o Grupo  “Metal Brasil em Português” tem aproximadamente 1.500 pessoas. Como funciona os critérios e convites para o grupo?
Alguns convidei simplesmente porque vi que gostavam de metal em português, também procuro fazer uma divulgação pelo youtube, face da banda etc... Com os seguintes dizeres “Esta publicação foi compartilhada no Metal Brasil em Português, grupo voltado para divulgação do metal/rock cantado em português: e deixo o link do grupo, caso haja interesse a pessoa pede para participar.

3 – Você conhece basicamente a maioria dos sons  pelo youtube, ou há ferramentas que você usa para garimpar o material?
Devo dizer que a maioria vem do youtube, mas também consulto o site metal-arquives.com e garimpo em outras mídias como Palco Mp3, soundcloud, Blogs, revistas etc.

4 – Como começou essa paixão pelo metal cantado em português?
Principalmente com as bandas dos anos 80, mas sempre pensei, não podemos ficar vivendo do passado, foi muito bom, mas e daí, é só isso, vou ficar bitolado, dando um like toda vez que alguém postar “A ferro e fogo” no meio de um monte de publicação gringa, pra mim esse comodismo não serve.


5 – Por que é tão difícil uma banda que canta em português ter uma exposição maior em nosso pais?
Porque somos preguiçosos e radicais, temos preguiça de ouvir algo que a revista, ou o amigo não indicou, a ladainha é a mesma, português “não combina”, aí o neguinho não entende o que o cara canta e acha a banda fudida, ouve por exemplo Mortification, mas não ouve Antidemon, por outro lado, a banda vai fazer um show, ninguém conhece suas músicas, não tem onde ouvir, já vi promoção de shows, que o cara cria a página para o show, e publica e  um monte de banda nada haver com o mesmo, ao invés de publicar as bandas que estarão se apresentando, apesar que esse não é um problema específico das bandas quem cantam em português, outra questão, são as bandas covers, deveriam acabar, da mais neguinho emum show de banda cover do que em shows de bandas autorais, fala se não é preguiça kkk.

6 -  Parece que o metal ainda é mais resistente ao nosso idioma que outros gêneros pesados não é ? O Hardcore/punk é até comum ouvir canções em nossa língua...
Realmente concordo contigo, acredito que o hardcore/punk com uma filosofia mais agressiva ou debochada consiga passar uma mensagem mais rápida e direta.

7 - Você acredita que para escrever em português tem a banda tem que ter letras bem sacadas para fixar a atenção do ouvinte?
Sim, no inglês uma palavra tem vários significados, o português é complexo, depende de maior explanação, outra questão é que o ouvinte normalmente não quer pensar na letra, ao passo que em português o animal entende, e aí requer atenção kkk, é interessante, mas principalmente hard rock, o gringo bota um som meloso nas composições e o cara delira, no Brasil o mesmo cara fala que a banda é de merda, vai entender?

8 – Agora pra gente aproveitar um pouquinho do seu conhecimento vou pedir para você indicar bandas em determinados estilos ok? Gostaria que citasse bandas mais undergrounds para a galera pesquisar:
 • Hard Rock
Loucomotiva, Batrákia, Elffus, Exxótica, Ossiação, Staurus, Rosa Tattooada, Stranhos Azuis, Sioux 66, Cris Carcará,  Veritas, Motoravella, Velho lobo, Novociclo, Sigma 7,  Kábula etc.

• Heavy Metal
Maquinários, Draco, Além Tumulo, Conquistadores, Ministério da discórdia, Armadilha, Cruzadas, Aço Negro, Flores de Fogo, Válvera,  Clenched Fist, Comando Etílico, Carro Bomba, Licantropos, Confronto, Harpago, Profanah, Portas Negras etc.

• Hardcore
Bravura, Galinha preta, Oitão, Homens Cinzas, Worst, Santa Morte, Pray for Mercy, Oponente, D.F.C., Ataque Periférico, Gloria, Norte Catel, Puritan, Gritando HC, Maiêuttica, Nossa Fúria, A Mentira Oculta, Ação Libertária, I In Bad etc.

• Black Metal
Velho, Sangue Antigo, Wodanaz, Luxuria de Lillith, Miasthenia, Florestas negras, Amazarak, Lástima, Aqueronte, Pentaculo Místico, Brutal Morticinio, Missas Negras, Maleficarum, Krieg Filosophy, Sodoma etc.

• Rock em geral
Água Pesada, M26, Deadliness, Baba de Sheeva, Trem do Futuro, Cemitério, Motorocker, Brutal Exuberância, Stoneria, Forsik, Bruto, Licantropos, Basttardos, Cracker Blues, Batrákia, Baranga, 18Voltz, Carapuça, Alkaizers, Reiketsu, Gramofocas, Ataque nuclear, Cattarse, As Radioativas, Overdose Alcoolica, Via crucis, Marrero, Nacionarquia, Maldita, Sanatörrio, Projeto Trator,Trator BR, Necrose, Messias Elétrico, Mattilha, Makinaria Rock, Irvin, Ironbound, Uganga, Tublues, Desdominus, Hate Embrace, Acefalia, Vulture, Insanity Force, Retaliação Infernal, Lemúria Abissal, Galwen, Bando Celta, Braia, Namente, Desrroche, Peso Morto, Tressultor, Ágona, Atropina, Briga de Bar, Feartone, Bornkill, Hora Hard, Sociedade Voodoo, Confraria da Costa, Centro da Terra, Sigma 5, A.V.C., Quarto Ácido,  Quinto dos Infernos etc...

9 – Quais as 3 grandes bandas em sua opinião que melhor representam o som pesado cantado em português?
Caraca kkk, Cruzadas, Anthares e Taurus.

10 – Que banda você escolheria para gravar um álbum em português? Vale qualquer uma kkkkk
Cara atualmente Wodanaz acho.

11 – Por que o “Rock Brasil” e o Heavy Metal Brasuca tem tanta distância um do outro?
Porque nós de uma forma geral, somos radicais, não estou dizendo que temos que ouvi-las, mas sim respeita-las, no meu ver, de certa forma um precisa do outro, imagine um casal tradicional com um garotinho assistindo TV, o que eles assistem hoje? Dupla sertaneja, ou fank, o que o garotinho vai querer ser quando crescer? Agora imagina essa mesma criança vendo sempre bandas de rock “rock Brasil” até porque metal ele não vai ver mesmo, essa vai tender a querer tocar rock, vai ligar na rádio e pedir rock, essas por sua vez, começaram a abrir mais espaço para outras áreas do rock era assim no passado, já vi Banger hostilizando a banda Malta (não curto) mas também não vejo razão para tanto.

12- Quais os seus álbuns favoritos?
Os clássicos dos anos 80 e atuais: Totem-Gallo Azhuu, Ministério da discórdia, Cavaleiro Dragão, Selvageria, Intacto-Maquinários, Mundo de Cadáveres-Luxuria de LIllith, Brados trovoantes-Wodanaz, Fissura-Taurus, Vingança Metal-Comando Nuclear, América Latrina-Nacionarquia, Do Caos a Razão-Anthares, Trans Mysterium-Maleficarum.


13 – Qual álbum você indicaria para alguém que esteja interessando em se aprofundar no som pesado em português?
Cavaleiro Dragão.

14 – Banda da atualidade que merece atenção
Ministério da Discórdia.

15 – Gostaria de deixar o espaço aberto para suas considerações finais! Muito obrigado por sua contribuição!
Na verdade esse é um trabalho que esta só começando, existem muitas bandas, porém dispersas, eu diria que agora estamos catalogando, posteriormente vai ser uma fase de conhecimento, de união, de mostrar força, nosso metal é tão bom quanto, a diferença é que o feito lá fora é mais antigo, porém, já tem neguinho se perguntando o que vai ser feito quando essa ou aquela banda acabar, simplesmente porque não sabe ouvir bandas novas, principalmente as nacionais, obrigado a todos.



Por Vitor Carnelossi

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

ENTREVISTA LEO BLONSKI

Leonardo Blonski, ou simplesmente “Leo Blonski” é um músico talentoso de Colorado que participou de alguns momentos inesquecíveis para nossa cena local de outrora! O Multi-instrumentista marcou presença na primeira formação do Space Travelling, Via Trilha, Black Sabbath Cover, Invaders , sempre “roubando a cena” com seu talento. Dono de um poderoso vocal e um senso musical forte, após se desligar do trio “Banda Trilha” (famosa banda comercial de nossa cidade) intensificou seu lado profissional e atua ativamente na cena musical de Maringá. Ao lado do grande amigo Eduardo Jorge foi responsável por aquela tradição nos covers de bandas clássicas dos anos 70 em Colorado, angariando muitos novos fãs para o velho em bom rock n´roll. Confira abaixo o que anda fazendo esse grande “frontman” e quais suas visões sobre a música!




1 - Como surgiu o seu envolvimento com a música?

 Bem, o meu saudoso avô (David Da Silva) me despertou a vontade. Foram muitos os fins de tarde após a escola em que eu ficava sentado vendo o velho tocar violão, eu ficava maravilhado com aquilo. Minha prima (Ângela Peliceu) dava aulas de música na época (1993-1994) e me passou os primeiros acordes e alguns fundamentos. À partir daí não parei mais, enfim, sou muito grato pelas influências que tive e desde muito cedo a música mora comigo.


2 - Qual a primeira banda que lhe chamou a atenção para o rock?

Minha mãe gostava muito de pop/rock nos anos 90, tinha uma radiola Gradiente que era foda!
Lembro-me como se fosse ontem, várias performances usando escova de cabelo como microfone... (risos).
Entre alguns dos vinis dentro da estante, se destacavam em meu gosto:

GREASE - (Jhon Travolta e outra mina que não lembro o nome)

A-HA – ( As faixas Take On Me e Crying In The Rain eram do caralho).
E o magnífico Use Your Ilusion II do Guns que escuto até hoje esporadicamente.

Mas o som que me abriu os olhos pro mundo foi uma fita K7 que eu e meu pai compramos numa feira de rua na cidade de Rolândia-PR, tinha uma morte na capa tipo caveira e eu achava radical kkk... Forbidden do Black Sabbath. Foi sem dúvida a melhor coisa que eu já tinha ouvido na minha vida, após 20 anos ainda é uma das melhores.

3 - Você já vivenciou os dois lados da moeda com a música underground e comercial. Na sua opinião porque é tão difícil manter a harmonia entre os músicos que fazem o rock e suas variações sobre o mesmo teto? 

Bom, eu acredito que a divergência de opinião é o principal fator. No comercial os músicos são mais receptíveis e levam tudo de acordo com o mercado. A galera do rock já é um pouco mais determinada, gosta de se impor um pouco mais, é mais extrema. 
Mas o legal é aprender a levar de boa, fazer amigos e a música em todas as suas vertentes.
Acredito que já superei esta fase de “tenho o melhor gosto musical do mundo”, deixo a mesma para a próxima geração.


4 – Qual o perfil de um bom músico para você?
Na minha modesta opinião, o bom músico tem que ter identidade (musical), gostar de tudo o que é bem feito independente de gênero, saber diferenciar amizade de trabalho, manter-se sempre atualizado nos segmentos em que atua. Coisas que o tempo vem me ensinando com as porradas da vida.

5 – Como organizar as metas e se programar para ser um músico profissional, mesmo no seguimento “underground”?

Bem, se o cara tem vontade e é bom no que faz ele já andou metade do caminho, um musico profissional tem que caminhar conforme vão lhe dando as pernas, portanto tem que saber escutar, encarar como trabalho até mesmo aquele momento que reserva pra escutar a música que vai ser executada. A meta principal é sempre viver de música, portanto organize-se.



6 – Desde que lhe conheço sei que possui muito material composto, qual o motivo para eles não terem sido produzidos ainda?

Tenho alguns materiais produzidos, Algumas músicas Pop/rock, algo no Sertanejo e algumas regravações também. Como vivo de música acabo tendo pouco tempo pra um trabalho autoral profissional, venho escrevendo e produzindo à alguns meses e em breve irei realizar mais este sonho, produzir algo 100% meu. Em breve terei novidades pra galera que me acompanha.


7 – Podemos encontrar algo seu no CD “ Sem Razão” da Banda Trilha (Colorado). Como você analisa este registro nos dias de hoje?

Foi uma experiência incrível que tive com dois músicos de alto nível (Sued Sérvulo e Neimar Assoni), 10 das 12 faixas do disco são composições minhas, mas muito bem arranjadas pelo Sued. É um registro muito valioso e sou grato por todo o aprendizado que tive com essa galera.


8 – Ainda em Colorado você participou do Invaders, banda que até hoje é lembrada. Existe muita musicalidade empenhada neste estilo (Classic Rock). Você acredita que a sua formação de base (rock) lhe dá mais facilidade em analisar a música como um todo?

Acredito que o Rock faz a mente!
Sim, comigo foi exatamente o que aconteceu. Atualmente até mesmo na música comercial é evidente a influência do rock, às vezes até com resultados catastróficos.
Quando algo abre sua mente, sua visão fica mais ampla pra tudo. O rock tem esse poder.


9 – Trabalhando profissionalmente com a música, você consegue separar mentalmente o que faz parte do seu estilo “intimo” e o que você apenas tem que executar? 

Perfeitamente. Claro que entre o repertório tem aquelas que amamos e as que detestamos, mas ali não se trata do que você gosta, e sim do gosto de quem está lhe pagando e de seus convidados. É uma prestação de serviços como todas as outras.


10- Como organizar-se antes de um show em relação ao “extenso” repertório que uma “banda baile” possui. Como fazer pra não dar aquele “branco”?

Eu sempre tive a sorte e o prazer de trabalhar com músicos muito bons, então facilita bastante. Faço apenas aquecimento vocal com exercícios antes do evento pra suportar as 4/5 horas de repertório, mas quando é baile sempre dividimos o repertório entre 2 ou 3 cantores.
 Depois de muito tempo fazendo a gente vai pegando o jeito e fixando as músicas na memória, Se der “branco” lascou! kkk


11 – Sei que você é muito fã de Back Sabbath, gostaria que citasse um álbum de cada vocalista da banda! To ligado que você curte até o material do Tony Martin nos vocais! 

Realmente sou fãzaço! 
Dos principais:
Com Ozzy: Master Of Reality
Com Ronnie James Dio: Heaven And Hell
Com Tony Martin: Forbidden
Gosto também do Born Again (Único Com Ian Gillan) e do Seventh Star que tem até o fantástico Glenn Hughes (ex-Purple). Sabbath é foda!


12 – Quais o vocalista(s) que mais lhe influenciou até hoje?

Do maior para o menor:
Dio, Bruce Dickinson, Ian Gillan, Robert Plant, Toni Martin, Geddy Lee, Glenn Hughes, Axl Rose, Ozzy, Rob Halford, André Matos,  Zezé, Ralf e Chitão (Risos).
São vários, mas os 5 primeiros me ensinaram o pouco que sei.


13 – Quais seus álbuns favoritos?

São muitos!
Vou fazer um top 10 dos que estou escutando este mês:
1-Mob Rules – Black Sabbath
2-Ballbreaker – Ac/dc
3-Pendulum-Credence
4-The Wake for Magellan - Savatage 
5-Machine Head –Deep Purple
6-Cowboys From Hell – Pantera
7-A Dramatic Turn Of Events – Dream Theater
8-Tudo Foi Feito Pelo Sol – Mutantes
9-Physical Graffiti – Led Zeppelin
10-Black Rock – Joe Bonamassa


14 – Diga um disco esquisito que você curte e indicaria para uma audição dos leitores de forma descompromissada!

Se quiserem se deliciar com o rock psicodélico mais rico em técnica de suas vidas, escutem o álbum “Tudo Foi Feito Pelo Sol” dos Mutantes. Orgulha a música Brasileira.


15 – Uma música que faz você parar no tempo....

Since i’ve been loving you – Led Zeppelin


16 – Quem é Leonardo Blonski?

Um cara cheio de sonhos e defeitos, amante da boa música, da boa comida, da boa bebida, dos amigos verdadeiros.
Atualmente estou morando em Maringá-PR e trabalho como vocalista na “Banda Syntonia”, tenho alguns projetos no underground com nosso power trio “Sponge Soul” e um “Dio trubute” que vem logo mais, e minha carreira solo de musico independente “Leo Blonski”.
Vida longa ao rock’n roll!


17 – Deixo o espaço aberto para suas considerações finais, foi um grande prazer reencontrar por aqui!

Eu que agradeço o convite e a oportunidade, valeu a todos os colaboradores deste blog recheado de cultura. Queria agradecer aos parceiros de Colorado que fizeram parte desta minha trajetória musical: Eduardo Jorge, Humberto Piru, Você Vitor Carnelossi que também passou pelo Invaders e é um cara massa e um ótimo músico, Alexandre Higino, Rafael “Senhor”, Sued Servulo, Neimar Assoni, Raffael Vinícius, João Carlos, Eliseu Inocêncio, e toda a galera que conhece e acompanha meus projetos musicais. Muito obrigado a todos!

Colorado Heavy Metal!

Por Vitor Carnelossi