domingo, 16 de abril de 2017

KADABRA - DEVASTATION’S SONGS


Essa semana tive o prazer no conforto de meu lar receber o material do KADABRA, de forma promocional, fiquei lisonjeado e sedento para escutar o material deste trio de Vinhedo -SP. O Blog COLORADO HEAVY METAL vem se destacando sorrateiramente e chamando a atenção de bastante leitores que procuram informação de qualidade e um conteúdo diversificado em vários segmentos do rock, heavy, punk... Como arte-finalista  gráfico/fotógrafo sempre considero a parte visual importante, e a misteriosa  arte do DEVASTATION’S SONGS me deixou curioso, aquele poderia ser invólucro de qual gênero do heavy metal? A primeira faixa, começa com timbres e uma batera que já me ligou ao thrash metal, INTROSPECTIVE com seu 1 minuto de duração cumpre sua meta de preparar o terreno para a marcante faixa THE CAGE, guitarra pesadas e ótimos riffs precedem a surpresa que está por vir, o vocal calçado em uma identidade mais “oitentista”, lembrando bandas como Overkill, Sanctuary, Heathen, Forbidden... uma grata surpresa... Ok, acho que me situei quanto ao estilo que o KADABRA neste disco, é o Heavy/thrash metal, um estilo que eu sempre curti muito! RITE OF DISORDER começa com um “climão” Slayer, mais logo envereda-se por caminhos mais melódicos, algo que lembra o método Anthrax de composição! Gosto sempre de citar bandas clássicas para situar o leitor no som, é claro que a banda tem suas particularidades e isso é apenas algo como tentar descobrir as referências sonoras! CHOSEN FEW é um puta som que é um mix perfeito do Heavy/thrash, o instrumental é muito legal, destaque para a batera muito bem arranjada e para o refrão que gruda na cabeça! BLACK HOME começa calma e rapidamente evolui para um Heavy Metal Tradicional, essa faixa realmente pra mim é um puro heavy metal, e dos bons! Um lance legal é que toda vez que o guitarrista/vocalista Paulo Bertoni faz seus solos, a cozinha formada por Danilo Souza (baixo) e Marcos Frassão fica bem na cara, mostrando muito peso, garra e técnica!

A faixa OBLITERATE é bem influenciada pela Bay Area , os riffs , vocais e levadas vão fazer a festa de que curte um bom e atualíssimo Thrash Metal, ótima faixa com potencial para ser um destaque no disco! PAY THE PRICE segue uma velocidade mais intensa com o Marcos mandando muito bem nos pedais duplos! O Peso acompanhado de momentos mais melódicos nos refrãos parece ser uma marca evidente neste trabalho, em especial nesta 7º faixa que usa muito bem este artificio! Ahhh... solo bem legal, assim como nas outras faixas, sempre melódicos e marcantes! Chegou o momento da faixa que leva o nome do disco.... DEVASTATION’S SONGS mostra um som pesado com riffs e ritmo coesos e compassados. O chimbal aberto ficou muito empolgante, e em um momento no meio da música antecedendo o solo e durante, o baixista Danilo manda ver em uma linha bem legal de baixo, ficou irado!! Tudo isso culmina é uma mistura que realmente faz DEVASTATION’S SONGS uma ótima música para levar o nome do trabalho, pois apresenta a essência do KADABRA. YOU ARE A LIE tem um ótimo trampo de batera, acompanhado por ótimos riffs, a propósito, os timbres e mixagem do disco é bem orgânica e agradável. YOU ARE A LIE não deixa o clima esfriar e é outra grande faixa do disco! 

DEATH PENALTY segue uma vibração totalmente calçada no metal oitentista tanto nos riffs quanto nos vocais, os agudos de Paulo certamente intensificam a ligação com os saudosos mestres do thrash metal! PICTURE OF WAR encerra o disco com grande estilo, é a faixa mais versátil, novamente me fazendo lembrar de SANCTUARY, essa última faixa tem alguns elementos interessantes, gostei muito do timbre vocal no refrão! Enfim, foi um prazer conhecer o som destes caras, hoje em dia que tudo é “extrematizado” é interessante ver algumas bandas como o KADABRA investirem em uma sonoridade despreocupada como as tendências, buscando fazer sua música de forma honesta e empolgante, sem aquela necessidade de ser mais rápido ou pesado ou brutal.... Se você gosta de um Heavy/Thrash  corra atrás do material destes caras! KADABRA!

Por Vitor Carnelossi

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quinta-feira, 6 de abril de 2017

SÉRIE DISCOS ANTOLÓGICOS: CAMISA DE VÊNUS – CORRENDO O RISCO

A banda Camisa de Vênus adicionou poesia e acidez em doses generosas ao tempero baiano, sendo um dos grandes nomes que aportaram no circuito do rock nacional na década de 80, determinando um espaço precioso na mídia  e público ao lado de bandas como RPM, Ultraje, IRA!, Barão e tantas outras que participaram da efervescência de um momento inspiradíssimo da música brasileira. 

É perfeitamente possível ainda lembrar vários amigos manuseando o vinil Correndo o Risco, com sua capa azul, onde os toca-discos tocavam à exaustão clássicos como Só o Fim, Simca Chambord, Deus me dê Grana.....
Pois bem, Correndo o Risco possui uma produção esmerada, e sucede o disco Batalhões de Estranhos, um discaço que ao conter faixas como Eu não Matei Joana Darc, Gotham City, Lena, acendia o pavio para explosão do Camisa, consagrando Correndo o Risco como um dos grandes discos do rock brasileiro.

Sob a produção de Liminha e Pena Schmidt, os baianos Marcelo Nova, Robério Santana, Karl Hummel, Gustavo Mullem e Aldo Machado executam um repertório de altíssimo nível, com a veia metafórica das letras de Marcelo recebendo pitadas das posições contestadoras e sarcásticas que sempre acompanharam o trabalho da banda.
Petardos como Morte ao Anoitecer, Mão Católica, Tudo ou Nada e a Ferro e Fogo sacramentam  a riqueza das composições deste disco.
O tempo e  destino transformaram alguns de seus integrantes em praticamente inimigos, nos tempos atuais, inclusive com disputas judiciais sobre execução de repertório pelas formações que pleiteam o nome Camisa de Vênus.
Nada, porém, absolutamente nada, seria capaz de apagar a importância de um disco como Correndo o Risco, sua mágica, atmosfera, poesia, e veneno.
Nossa sugestão? Ouça Alto!!!

Um GRANDE abraço!!
Marcão Azevedo. 



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