terça-feira, 21 de julho de 2015

ENTREVISTA ALDRIN SALLES - VEGAS

Hoje recebemos no blog  COLORADO HEAVY METAL  o amigo Aldrin Salles. Respirando os ótimos ares de B.H.  Aldrin viu o grande THE MIST , cujo seu pai era o baterista,  emergir entre as inesquecíveis bandas mineiras que conquistaram fãs por todo o mundo.  Filho de Christiano Salles (THE MIST) e Vanda Guimarães (Fotógrafa e retratou o inicio da cena em BH), o baterista ainda é afilhado de Paulo Xisto (SEPULTURA). Ou seja, não faltaram boas referencias para que ele se tornasse um músico muito bem influenciado, porém Aldrin segue fazendo seus próprios caminhos, não se acomodando suposições e partindo para o ataque com seus projetos e bandas, dentre elas o VEGAS, que esta para lançar seu primeiro Álbum, acompanhe a entrevista!




1 – Aldrin, é um prazer tê-lo por aqui! Como andam os trabalhos com a banda VEGAS,  o clipe de “Aumenta o som” é muito energético e bem produzido!
R: Cara, é uma honra pra mim conceder essa entrevista, muito obrigado pela oportunidade de falar aqui um pouquinho hahaha...então, atualmente o Vegas se encontra em um período de produção final do nosso primeiro álbum, “Sete”, que vai contar com 7 faixas de puro Rock n’ Roll!!! (Que bom que gostou do clip! O objetivo era fazer algo bem descontraído!)

2 –  Existem previsões para o lançamento do full-length  da banda?
R: Sim! Pretendemos lançar o álbum em setembro, se tudo der certo haha.

3 – O som do VEGAS é bem diferente da banda que você integrou anteriormente, qual o motivos que levaram você a deixar o GOVERNATOR INSANE?
R: Pois é cara, eu saí do Governator na época por achar que eu não conseguia mais produzir com a banda. Me lembro que na época chegamos a ficar quase 2 meses sem ensaiar ou conversar sobre a banda e isso estava me desanimando muito, eu queria poder produzir muito, estava com muitas ideias, mas no momento não tive tanto apoio na banda, então decidi sair.

4 – Você também participa de outros projetos com músicos de BH?
Sim! Atualmente, além do Vegas, eu trabalho com  a Kings of Rodeo, que é uma banda que faz um repertório cover com Kings of Leon ,The Killers, Artic Monkeys...essa banda tem tocado bastante nas baladas de BH, é divertido demais hahaha. Toco também com o pessoal da FarOff, que presta uma homenagem a grandes nomes do Hard Rock mundial, como GnR, Bon Jovi, Skid Row...todo mundo sangue bão demais!

5 – Em Belo Horizonte você cresceu vendo muitas bandas clássicas, seu pai Christiano Salles fez história ao lado do emblemático THE MIST.  Você hoje é um baterista lutando por seu lugar de destaque. Como você analisa os materiais gravados por seu pai e a influencia que recebeu dele?
R: Cara, a influência do meu pai na minha música é TOTAL! Eu comecei a tocar bateria com ele me ensinando (ele não tinha muita paciência haha). Hoje em dia eu sou muito grato a ter começado desse jeito, porque pude extrair o melhor da essência daqueles álbum que ele gravou, adoro copiar algumas viradas do ‘’The Hangman Tree’’ as vezes hahaha. O material do The Mist é sensacional, foram cerca de 7 anos de uma banda que eu considero genial!

6 – Vendo suas redes sociais, é possível notar que você é bem conectado com o passado, nunca abrindo mão de seu próprio caminho. É difícil manter-se firme no sonho havendo tanta expectativa sobre sua carreira?
R: Eu diria que é uma das coisas que mais me move!!! NADA é fácil na música, e nem em qualquer área em que você quer se dar bem...então comigo não está sendo diferente, tento ser o mais certo possível na minha conduta pra conseguir trilhar o caminho que esse pessoal do passado mostrou que existe. Em breve espero poder chegar no mesmo patamar e me orgulhar de toda a dificuldade que eu tive no início, não tá fácil pra ninguém hahaha!

7 – Até fiz a pergunta acima, pois Paulo Xisto do SEPULTURA é seu padrinho, ou seja... É muito bem vinda à experiência de um músico como ele incentivando sua carreira, mais vou mais longe e lhe pergunto, na música incentivo basta?
R: O Paulo é muito doido haha, cresci vendo ele, e o Sepultura correndo pelo mundo tocando e sempre me inspirei nisso. Quando comecei minha carreira como músico, ele viu que eu tava realmente afim daquilo e me incentivou muito, mas isso é só um empurrão, não adianta ter isso e não correr atrás, esse incentivo só deve motivar mais ainda, pois significa que seu sonho pode estar mais próximo que vc imagina. Hoje em dia continuamos, eu e Paulo, com muito contato, sempre que ele vem em BH damos um jeito de se ver e nos atualizar das fofocas hahaha!

8  - O que você achou da escolha do Eloy Casagrande para o SEPULTURA?
R: Toca muito!!! O Eloy é um dos bateristas mais energéticos que eu já vi ao vivo, e é um cara muito humilde. Estive com eles em 2013 no RiR e puder conhece lo. Vai fazer muito bem ao Sepultura, sangue novo hahaha!

9 – Ainda falando sobre o THE MIST,  você acredita que possa haver alguma atividade envolvendo os membros antigos da banda?
R: Essa questão é complicada. O Marcelo está morando fora a muito tempo, a pesar dele vir pro Brasil ás vezes, acho difícil acontecer esse Reunion de um jeito que o The Mist merece. Mas já temos um presente vindo, a Cogumelo vai relançar a discografia do The Mist em breve, em digipak, vai ser um trabalho muito interessante. Vamos aguardar!!!

10 - Notavelmente você é muito dedicado em seu instrumento. Quais as suas metas como baterista?
R: Primeiramente, muito obrigado hahaha...bom, meu objetivo é conseguir sempre aprender mais como músico. Eu tenho mantido uma rotina de estudos muito regular e está me ajudando muito a evoluir técnica, pegada e entender um pouco mais das minhas influências e meus estilos.

11 – Belo Horizonte certamente foi um dos lugares mais produtivos  no cenário da música pesada mundial, como estão as coisas por ae hoje em dia, há condições para uma nova revolução musical?
R: Tenho muito orgulho, mas infelizmente pouca gente do novo cenário belorizontino busca essa nossa tradição. Tem muita banda boa, mas pouco incentivo, pouco coletivismo e isso atrapalha. Desde 2014 eu tenho notado uma volta nostálgica dessa tradição mineira de produzir Rock/Metal com dignidade. Espero que isso seja o amadurecimento da nossa cena e que possamos colher frutos em muito breve pois temos potencial demais.

12 -  Você atua hoje no VEGAS, que pode ser considerado uma banda Hard Rock. Qual o público que vocês esperam atingir. Pois a banda tem condições de atingir algum resultado nas FM´s certamente.
R: O som do Vegas é exatamente um Hard Rock com uma pegada mais moderna e com muita identidade de todos os músicos da banda. Acho que com essa fórmula podemos sim atingir o grande público da música, e é o nosso objetivo, fazer um Rock n Roll sincero, sem frescura, de fácil digestão hahaha...espero que um dia você possa ligar o carro e se deparar com um som do Vegas tocando na rádio!!! Vamos trabalhar!!!

13 – Se não bastasse todo o universo musical a sua volta, ainda você é filho da Vanda Guimarães, responsável praticamente por todas as fotografias do SEPULTURA  até a fase “Schizophrenia”, além de outras raridades daquela época! Eu acho que sua mãe merecia uma capitulo a parte por esse pioneirismo fotográfico não é mesmo!?
R: Merecia, e em partes, tem! Minha mãe é a responsável ter registrado em foto a VIDA de praticamente todas as bandas de Metal de BH nos anos 80/90. Ela andava com aquela câmera pra cima e pra baixo, registrando as palhaçadas, shows, bebedeiras de todo mundo. Várias fotos do Sepultura por exemplo, rodam por ai até hoje e o nome dela é sempre (quase haha) citado! Alguns anos atrás ela tentou incentivo da prefeitura para lançar um livro com as fotos, contando a visão dela sobre a o METAL MINEIRO mas acho que não levaram a sério...

14 – Gostaria de saber qual seu bateristas favoritos!
Ih, essa é foda, muita gente...vão lá: Scott Travis, Christiano Salles, Iggor Cavalera, Guilherme Wiz, Simon Phillips, Les Binks, Bill Ward, Ian Peace, Sean Kinney, Matt Cameron, Dave Lombardo, Vinnie Paul,  Cozy Powell, Alex Van Halen, Omar Hakin, Ian Peace, Steve Jordan…com certeza to esquecendo gente boa ai hahaha

15 – Quais seus álbuns de “cabeceira”!
Outra foda hahaha...
U2 – RATTLE AND HUM

PEARL JAM – TEN
BLUES BROTHERS – A BRIEFCASE FULL OF BLUES
GREEN DAY – DOOKIE
CORROSION OF CONFIRMITY – BILND
RANCID - …AND OUT COME THE WOLVES
THE MIST – THE HANGMAN TREE
SEPULTURA – CHAOS A.D.
METALLICA - …AND JUSTICE FOR ALL
JUDAS PRIEST – SAD WINGS OF DESTINY
BLACK SABBATH – MASTER OF REALITY
DEPP PURPLE – MACHINE HEAD
IRON MAIDEN – POWERSLAVE
HELMET – BETTY
ALICE IN CHAINS – DIRT
PANTERA – VULGAR DISPLAY OF POWER
VAN HALEN – 1984
SLAYER – SOUTH OF HEAVEN
SUICIDAL TENDENCIES – INSTITUTIONALIZED
DAFT PUNK – RANDOM ACCESS MEMORIES
PINK FLOYD – ANIMALS
FAITH NO MORE – ANGEL DUST
SOUNDGARDEN – BADMOTORFINGER
RAINBOW - RISING


16 – Deixo o espaço para você aberto, agradecemos  muito sua passagem por aqui!  Boa sorte ao VEGAS, estaremos de olho!

R: Cara, quero agradecer demais a oportunidade de poder contar um pouco da minha carreira, pois ainda estou no underground , é uma honra fazer isso aqui. Seu trabalho é muito digno, divulgando e fomentando a cena musical/cultural do Hard/Heavy Metal brasileiro, parabéns! 
 Posso mandar beijos e abraços? Ah, ok hahaha...um beijo e abraço pros meus pais, padrinhos, família, amigos e todo mundo que está comigo nessa. Um abraço aos leitores também, espero que se divirtam e quando puderem, entrem em contato pelas redes sociais comigo (vou pedir pro Vitor deixar no blog, meus perfis (e os das minhas bandas). Até a próxima, fui...hahaha!

Banda VEGAS

Banda KINGS OF RODEO

The Mist

Por Vitor carnelossi

COLORADO HEAVY METAL - UM CLIQUE ALÉM DO ÓBVIO....


sexta-feira, 10 de julho de 2015

ENTREVISTA W. PERNA - GENOCIDIO


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Escrever sobre a banda GENOCIDIO é sempre algo desafiador, escutar e tentar classificar a sonoridade do grupo Tupiniquim é algo desnecessário, pois o GENOCIDIO  por si só é um estilo. Promover essas sensações contrastantes sempre foi algo que acompanhou a discografia do grupo. O espirito desafiador em inquieto da banda segue sempre aos olhos atento de seu tutor, W.Perna. Rafael Orsi e João Gobo acompanhados do grande e legendário  Murillo Leite, continuam essa trajetória única do GENOCIDIO, produzindo uma nova jornada que promete cada vez mais embaralhar os conceitos dos mais preocupados com rótulos e tendências!
Agradecemos imensamente ao baixista W.Perna, pela simplicidade e disposição em nos atender, sem mais delongas confira a entrevista desse pioneiro do Heavy Metal Brazuca! 


1 - Perna, o Genocidio vive uma nova fase de sua prolifera carreira, no entanto a sonoridade sempre se mantem fiel aquele estilo vanguardista sempre inserido na banda, você acredita que hoje em dia as pessoas compreendem melhor as misturas e referencias que vocês carregam desde o início da carreira?
WPerna: Com certeza!! Um grande exemplo é o álbum Posthumous que na época muitos fãs não deram importância e hoje é um disco muito procurado pelo fato da sonoridade ser bem atual depois de 20 anos de seu lançamento.

2 – Olhando hoje para a discografia da banda, como compositor você tem total ligação com os resultados e características de cada álbum... É possível separar Wanderley Perna de sua obra?
WPerna: Não acho que seja possível rsrsrs...  Sempre acreditei que tudo que você se propõe a fazer, para ser verdadeiro tem que ser feito com a alma, se empenhar de forma completa e isso eu faço em tudo, não seria diferente na banda!! Ela carrega a minha alma sempre!!!



3 – É interessante notar que o GENOCÍDIO sempre procurou quebrar padrões e mostrar um material com muita personalidade, em sua opinião qual é o disco em que é mais notável o espírito vanguardista?
WPerna: Citar apenas um trabalho seria injusto! Todos os discos tiveram elementos inovadores cada um em sua época, até mesmo o EP Genocidio (1988) que mudou a forma de cantar Death Metal, substituindo o tradicional vocal rasgado para um vocal gutural que até então não fazia parte do estilo musical em geral!

4 – Após o relançamento de HOCTAEDROM é a vez de POSTHUMOUS voltar aos catálogos! Como é dar novamente a chance desse material chegar ao público que não vivenciou a época desses lançamentos?
WPerna: Acho muito importante, até porque tocamos músicas de todos os discos nos shows e o público pode adquirir os CDs. Outro fator importante é que nos relançamentos podemos colocar músicas bônus como foi no Hoctaedrom, e será agora no Posthumous que terá uma demo do álbum com 4 músicas com o primeiro vocalista.

5 – O Disco REBELLION é um ótimo disco de Death Metal, nas lojas o preço dele anda nas alturas, há alguma chance do disco vir a ser relançado?
WPerna: Ele foi relançado em vinil recentemente e tão logo seja possível vamos relançar em CD!


6 – Após anos como guitarrista, agora você tem outra função, você já consegue pensar como um baixista e explorar o instrumento plenamente no processo criativo?
WPerna: Na verdade eu era guitarrista e pensava como baixista rsrsrs. No começo foi estranho, mas a cada ensaio ou show ia ficando mais fácil, mesmo porque a sonoridade do Genocidio não é tão complicada assim!

7 -O DVD PROBATIONS LIVE é um ótimo registro ao vivo do grupo, o Setlist é fantástico. É possível que após dois grandes discos em consecutivo logo surja algo novamente neste sentido?
WPerna: Ano que vem a banda faz 30 anos e é  bem provável que gravaremos um DVD para comemorar a data!

8 – Pessoalmenteeu acho THE CLAN um disco fabuloso em todos os sentidos, produção, arte gráfica, composições... Mal recuperamos o folego e o GENOCIDIO lança IN LOVE WITH HATRED, um álbum  que já  nasceu clássico. Após tanta luta deve ser motivador levar o GENOCIDIO em lugar de destaque e superação, afinal vocês podem falar sem clichê que o ultimo trabalho é um dos melhores da banda, não é mesmo?
WPerna: Sem dúvida aprendemos muito nesses quase 30 anos e continuamos a aprender! Outro fator é que quando recrutamos novos membros, logo eles percebem a oportunidade de expandir a criatividade nas músicas pelo fato de não ficarmos preso a um único estilo musical!!

9 –Vocês já estão trabalhando em algo novo?  Quando o Genocidio está compondo, o que você costuma colocar na “vitrola” para dar uma motivação extra!
WPerna: Estamos com todas as composições praticamente prontas, agora é ensaiar bastante e fazer alguns ajustes até a gravação que ainda não definimos! A música faz parte da minha vida, ouço muita coisa todos os dias, a motivação está todos os dias na "vitrola" rsrs.

10 – Agradecemos imensamente sua participação W.Perna, deixo o espaço livre para alguma informação extra e considerações finais! Grande Abraço!

WPerna: Obrigado ao Colorado Heavy Metal pelo espaço e obrigado também a todos que nos prestigiam nos shows e compram nossos discos. Vejo vocês na estrada!!!!!

Por Vitor Carnelossi
www.genocidio.com.br
www.facebook.com/genocidiobr
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COLORADO HEAVY METAL

Confira outras matérias com o GENOCIDIO no blog:

Discografia Comentada:

Biografia:

Biografia: Cover Clássico
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COLORADO HEAVY METAL é uma iniciativa de 
Vitor Carnelossi e Evandro Sugahara em prol ao Metal Nacional