sexta-feira, 29 de julho de 2016

PORQUE O ROCK NACIONAL PERDEU A GRAÇA?

Atribui-se o termo “Rock Brasil”, “Rock Brasuca”, “Brasileiro” ao rock/pop praticado e consagrado nos anos 80 no Brasil principalmente por bandas como: Legião, Urbana, Ira, Engenheiros do Havaii, Barão Vermelho, RPM. A análise abaixo se refere a este movimento!


Aqui estou eu, metido em encrenca para argumentar essa que na verdade é óbvia, o “rock Brasil” anda mal das penas, e já faz algum tempo. Alguns podem escrever abaixo algumas infinidades de bandas que praticam esse som para provar que estou errado, eu concordo que existem boas e ótimas bandas por ae, mais sem aquele impacto de outrora, tanto em termos de exposição na mídia quanto popularidade. É verdade que chegou um momento onde as gravadoras pararam de investir no rock brasileiro e os ouvintes migraram para outros estilos, muitos começaram a curtir algo mais pesado, outros eram simplesmente “audiência temporária”. Fazendo uma análise mais profunda, os mecanismos que faziam o rock nacional ser grande começaram a falhar de 1994 em diante, Titãs lançou “Domingo”, Engenheiros do Hawaii “Simples de Coração”, Renato Russo que já vinha a algum tempo se desvinculando do rock morreu, Paralamas flertando cada vez mais com o reggae, Barão Vermelho fazendo um rockinho radiofônico bem sem vergonha... Capital Inicial, Ira, todos estavam tentando ficar um pouco mais nas ultimas frequências do rádio destinadas ao pop rock produzindo materiais discutíveis para os antigos fãs.... Raimundos & Charlie Brow Jr. poderiam ser consideradas as únicas a trazerem algumas novidades a cena... Porém adentrando ao ano 2000 tudo estagnou e as grandes representantes do pop rock nacional já não tinham a influência sobre o grande público, apareceram algumas bandas como NXZero com sua postura e enredo da novelinha “Malhação”, Cachorro Grande, que não é nenhuma unanimidade... Tudo bem, o negócio meu é mais Heavy Metal e outros estilos, mais confesso que tenho interesse por alguns materiais destas bandas que praticavam o “rock bazuca”. É natural para quem nasceu nos anos 80 ter algum apreço por essas canções passadas que eram colocadas em nossos ouvidos de maneira bem natural. Era comum ligar em alguma FM e escutar Legião, Ultraje, Engenheiros, Titãs, Ira etc... Hoje em dia vejo alguma influência post-punk, gótica em bandas que possuem algumas canções bem interessantes, tais como a banda Zero, Elemento Visado, Uns e Outros e o próprio Legião Urbana... Algum “deathbanger” pode ler isso e pensar ser heresia discutir bandas com o som tão polido e pop. Mais a questão que está nas entrelinhas é mais profunda e um pouco mais cultural do que musical. As letras dos baluartes rock nacional tinham um conteúdo literário muito interessante, desde política a questões mais intimistas. A queda no rendimento do Rock Nacional deixou uma lacuna cultural em nossa música que não foi preenchida. Na minha opinião o que sobrou foram ídolos do passado que tentam emular alguma atitude, tais como Roger Moreira (Ultraje), Humberto Gessinger, Nando Reis, Lobão, respeito os que gostam... mais para mim seria um martírio escutar algo atual dos caras... Em meio a tanto material bom produzido por bandas de Heavy Metal, Hardcore, Punk, blues, Jazz, MPB, fica difícil ficar escutando as fórmulas saturadas que os caras continuam fazendo.
 Existe um favorecimento dos poucos que ainda usam as palavras corretamente, há tanta “coisa ruim” que qualquer letrinha mais filosófica acaba deixando aquela sensação de genialidade... Mais a verdade é o seguinte, o “Rock Brasil” vive de seu esplendor do passado, gravando versões, acústicos e copiando-se. A música Brasileira está totalmente alinhada com o descaso administrativo e econômico, o “Rock Brasil” perdeu seu espaço na mídia e sua irreverencia de outrora. Para nós que vivemos esta época ou para quem gosta de algo mais “retro music”, sugiro que pesquisem a fundo o passado e não percam tempo em esperar algo destas bandas impactante ou revolucionário. O cenário atual torna qualquer música com conteúdo, underground por seleção natural. Anitta, sertanejo universitário, Tiaginho... é disso que o povão escuta! O “Pop Rock Brasileiro perdeu a graça?” Não é totalmente culpa deles (as bandas), mais perdeu sim!

Vitor Carnelossi

sábado, 23 de julho de 2016

VIRGA FÉRREA – CIDADÃO VIGILÂNCIA: SOM MATADOR ROMPENDO O SILÊNCIO

O Virga Férrea voltou!!!! Sim – a maior banda de rock do Paraná de todos os tempos está de volta ( trataremos esta ótima notícia em matéria à parte com entrevista exclusiva da banda). Hoje o blog ColoradoHeavyMetal convida você a saborear o aperitivo gentilmente liberado pela banda através do velho amigo e companheiro Serginho Halabi, baterista da formação clássica que imortalizou o Virga Férrea na memória e coração de muita gente.

Ao ouvir Cidadão Vigilância, o novo e sensacional single da banda, duas sensações me ocorrem: 1) o som é uma verdadeira tijolada. Não tem firula, é ´´na cara´´ e está fincado 1.000% no heavy metal - simplesmente espetacular. 2) os anos de silêncio parece que enfureceu (no bom sentido) a banda. Nítida impressão de que os caras não estão pra brincadeira e reassumem sem cerimônias o status de banda cult que conquistaram às custas de muito trabalho e um trampo autoral que além de pioneiro e desafiador revelou-se de extrema qualidade. 


Cidadão Vigilância traz um Virga Férrea encorpado, maduro, e essa formação clássica mais uma vez deu conta de quebrar tudo. O vocalista Eddy Lust´n é (e já citei várias vezes) uma verdadeira locomotiva sonora, e emprega em Cidadão Vigilância um vocal tão verdadeiro que remete a um visceral digno de elogios, e utiliza com maestria uma conotação vocal em algumas frases que flertam com expressões do cotidiano que poucos vocalistas conseguiriam. Serginho Halabi massacra sua batera de forma avassaladora, liberando toda a fúria e contestação do Virga Férrea que citei anteriormente, e em grande forma espanca o chimbal de forma insandecida, ditando uma marcação pesadíssima, numa grande performance, com técnica apuradíssima na levada que acompanha o solo, e propicia deixas habilidosas para que o grande guitarrista Almir Zago e o excelente baixista Stone Ferrari engatem seus riffs e bases poderosas. Estes, aliás, repetem o entrosamento letal de outrora, pois a dupla de cordas do Virga Férrea sempre se notabilizou pela virtuose de um guitarrista inspiradíssimo aliada a um baixo sempre presente e que preenche os espaços de maneira estupenda. E não foi diferente em Cidadão Vigilância, onde a dupla emprega levadas fincadas e galopantes, culminando num solo espetacular e de extremo bom gosto do guitarrista Almir Zago, com a pegada ´´sabbathiana´´ do Stone como base. Tantas qualidades sustentam uma letra ácida, cortante, atemporal, provando mais uma vez que a parte lírica do Virga Férrea sempre enxerga além da curva.


A produção desde sonzaço (ou tijolada, como preferir) foi concebida no Pé de Manga Estúdio, de propriedade do baixista Stone Ferrari.

Uma dica muito importante: OUÇA ALTO!!!!!

Por Marcão Azevedo.


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Blog Especializado em bandas nacionais undergrounds, - Fundada por Vitor Carnelossi 2013

Vitor Carnelossi / Evandro Sugahara


segunda-feira, 18 de julho de 2016

TOCAR DE GRAÇA???... A GRANDE DÚVIDA DO UNDERGROUND...


Em inúmeras ocasiões, os músicos de hoje são pegos por aquela indagação íntima que as vezes pode ser mal interpretada por algum colega ou movimento. Tocar ou não de graça.... Acho que podemos fazer algo reflexivo sobre este assunto fazendo alguns questionamentos....  Quando e por que participar de um evento FREE, sem cachê ou beneficente? Quais as minhas despesas com deslocamento, alimentação? Quantas e quais as bandas estarão presentes? Qual o valor agregado que minha banda possui?

O Seguimento do Heavy Metal, hardcore, Punk realmente são caminhos difíceis para se converter música em valores, sabe-se muito bem disso. A maioria esmagadora dos “músicos de sons pesados” tem outras profissões e dependem exclusivamente de suas rendas fora da música, então muitas vezes acabam fazendo vista grossa para posturas extremamente desrespeitosas com as bandas. Fechei os olhos para isso por muitos anos, mais a grande verdade é que uma banda deve sobreviver a suas custas e não deve se investir grana das profissões dos respectivos membros para se colocarem na estrada. Isso desorganiza o lado pessoal do músico e gera problemas internos na banda e na família.

Em relação aos eventos sem cachê ou beneficente, creio que tudo se resuma em pequenas observações. Qual a exposição que a banda terá em termos de público? O Público local vai entender a sonoridade da banda, mesmo que superficialmente? O organizador vai dispor equipamentos e estrutura profissional? Dentro destas considerações creio que seja possível saber se o lance vai ser prazeroso ou desgastante para banda.  Sendo que nem sempre o público é participativo, foque principalmente no lado técnico, o Setup tem que ser ao menos funcional, tendo cubos, microfones, bateria microfonada e um “mesário” competente. Queimar a banda “filantropicamente” é naufragar na boa vontade....

Não é justo sacrificar parte do salário para tocar ao vivo as despesas com deslocamento e alimentação devem ser fixas independentemente do número de público pagante. Diga o preço justo para a banda se deslocar até o evento, isso é totalmente merecido, afinal sua banda deve ter ao menos isso para tocar. O Organizador do evento deve ter um “caixinha” de patrocínios destinado a cobrir os gastos com as bandas antes do evento acontecer... fuja das molecagens e preserve sua dignidade.

Preste atenção, mais muita atenção no Cast do Show... Muitas bandas em um evento pode ser perigoso! Algumas bandas carregam consigo informações interessantes, algumas são boas e tocam em eventos legais, são profissionais e respeitosos. Outras são cheias de “marra” , sem conhecimento e ficam com aquele assunto de “rolê”... Esse “rolê” significa.... “vamos tocar do jeito que dá, e se nada der certo, foi um rolê” Fuja!!!!!

 Outro lance que se tem que levar em consideração é o valor agregado na banda... A banda tem já um nome regional? Tem CD gravado? Tem uma boa performance ao vivo? Leva alguma galera para o show? Investe no material de divulgação (CD, camisetas, brindes). Tudo isso nos dá dicas para trabalhar o valor a ser pedido para uma apresentação. Esse lance de tocar a “troco  da cachaça” tem que acabar, pois dá margens para organizadores fuleiros e aproveitadores.


Conversando com meu amigo Alexandre Hygino (Batera) em outro dia chegamos ao senso comum que a palavra UNDERGROUND está sendo deturpada por muitos. O que era antigamente sinônimos de ativismo musical, ideológico parece que está sendo refúgio de fanfarrões. Ser Underground é ter aquele gosto da CONTRACULTURA  e não promover gambiarras e encontros de roqueiros nas coxas... O profissionalismo deve permanecer, o respeito como os gêneros mais pesados é uma maneira de promover mais  shows de qualidade para galera assistir. O Underground deve ser extremamente profissional para ser digno e prazeroso para os músicos e plateia! 

Por Vitor Carnelossi

quinta-feira, 14 de julho de 2016

ENTREVISTA COM A BANDA DE GRINDCORE MARINGAENSE “DESGRACERIA”



Vamos começar falando um pouco da história da Desgraceria, vocês poderiam mandar pra nós uma bio da banda, como surgiram, de onde vieram e o que fazem?
R: A Desgraceria surgiu, de fato, em 2007, em Maringá-PR, com o lançamento da demo ‘Crença Cega’, com o Vitão (guitarra e vocal), Dandan (bateria) e a Barbara (baixo). Os mesmos já haviam tido as bandas ‘Punkderm’ e ‘Nekroze’ (com variação de outros integrantes). Com essa formação, além da demo, a Desgraceria foi inclusa em um 4 way Split (deaf grind gourmet-2008) com as bandas ‘Archagathus’, ‘Expurgo’ e ‘Violent Gorge’. Em 2013, Digo (que já havia participado de um projeto chamado ‘Foda-se’, com Vitão e Dandan) assume o posto de baixista da Desgraceria. Em 2014, entramos em estúdio para a gravação de 14 faixas, que serão lançadas este ano, devido a alguns contratempos.

Foi lançado recentemente um teaser do novo álbum da banda, que tem previsão de lançamento para agosto, de que forma será lançado este material e em que formato ou formatos?
R: O álbum será lançado com o apoio do’ Old Grindered Days Recs’, ‘Didicore Records’, ‘Skull Full Of Ink’ e ‘Digital Yourself’, em CDr, contendo 14 faixas, com um singelo e sugestivo título, ‘Ódio’.

Que temas vocês buscam abordar nas letras deste álbum e quão importante vocês consideram o conteúdo lírico dentro da sonoridade que praticam?
R: As letras falam, basicamente, sobre a hipocrisia humana, e que estamos todos inclusos nisso, de uma forma ou de outra. Quanto à sonoridade... bom, o som é agressivo e feio, um reflexo da sociedade em que vivemos.


 Como andam os espaços pra divulgação seja em mídias especializadas, quanto para apresentações ao vivo para a cena grindcore?
R: Cara, o espaço para a música extrema vem crescendo bastante, Brasil tem muita banda foda, selos independentes que ajudam pra caralho e um bom “convívio” entre as bandas do estilo, de diferentes regiões, isso gera mais “facilidade” para armar as apresentações. Falta de espaço já não é um problema tão grave, já que a gente toca em qualquer lugar.

Em que a banda busca inspiração na hora de compor e como se dá o processo criativo para novas composições?
R: As composições são feitas pelo Vitão, ele chega com os Riffs prontos, tendo como maior influência Agathocles, ROT, Archagathus, Ratos de Porão, Napalm Death e punk dos anos 80.
Quais os planos da Desgraceria para o segundo semestre após o lançamento do novo disco?
R: Dia 13 de agosto vai rolar o lançamento do cd da Desgraceria no evento ‘Onde os fracos não tem vez’, no Tribos bar em Maringá, dia 20 vamos tocar em presidente prudente, depois tem o prudente inferno(data a ser divulgada, ainda) também em presidente prudente, depois tem o More Gore em são Paulo. Por enquanto é só o que tem marcado.
Ano que vem deve sair um Split da Desgraceria com a Piggy(Chile), com a Insalubre(Santa Catarina) e estamos vendo de sair com a banda ‘Gonorrea’ da Colômbia.

Se vocês pudessem eleger os cincos maiores discos da história do rock/metal, quais seriam?
R: Vitão:  Ramones – Loco Live, Slayer – Reing in blood, Napalm Death - Harmony Corruption, Nirvana - Nevermind
Dandan: Ratos de Porão - Descanse em paz/ Brasil, Napalm Death -Harmony Corruption, Terrorizer - World Downfall, Clipple Bastards - Misantropo a senso único
Digo: Ramones – Loco Live, Sex Pistols - Nevermind the bollocks, The Clash -London Calling, Ratos de Porão - Anarkophobia, Cólera - Pela paz em todo o mundo.

Os integrantes da banda possuem outros projetos paralelos, qual a sonoridade dos mesmos? Também teremos material autoral destes projetos?
 R: Sim, eu (Digo) e o Dandan temos um projeto de Punk rock autoral chamado ‘Fossa’ e pretendemos gravar em breve. O Vitão ocupa o posto de vocalista na banda de crustcore Distanásia, que já tem um bom tempo de estrada, o último trabalho lançado foi o ‘Entre a balança e a espada’, fudido.

Gostaria de agradecer por nos ceder um pouco de seu tempo e reservar este espaço pra que deixe sua mensagem aos leitores do Colorado Heavy Metal Blog! Valeu! ...
 Obrigado você, Evandro, pela oportunidade, a Desgraceria  agradece.
Nós somos a causa de todos os problemas que nos cercam, mesmo que indiretamente.


CONTATOS DESGRACERIA:

domingo, 3 de julho de 2016

IN THE STEEL YOU CAN TRUST - YURI FULONE


O mundo musical é mesmo algo quase que infinito, mesmo nas épocas modernas em que vivemos, nem tudo é obvio ou fácil de se conhecer.  Quem se aplica no som pesado e passa além dos medalhões já tem chance de chegar a imensuráveis tesouros escondidos, quem se aventura no metal nacional uma hora ou outra vai escutar o nome YURI FULONE. Um dia vi uma postagem do mentor da banda Thunderlord (Peter Kelter) elogiando uma banda chamada WARPRIDE e alertando para alguns itens a disposição no site da Die Hard Records, achei interessante e corri atrás do material. “Marchind to the war” é um grande CD, provavelmente muito melhor que muitos álbuns de grandes bandas que praticam o metal melódico, “Folcloric Songs of the People of the Forgotthen Lands” é uma pedra preciosa perdida nas arenas Heavy Metal Melódico que merecia ser exposta a todos. 

Enfim, uma coisa me chamou a atenção além da competência dos demais músicos, os teclados bem aplicados e muito bem conduzidos pelo músico Yuri... Tão logo me aprofundei nas informações descobri que o mesmo havia seguido carreira solo. Após ouvir o envolvimento do tecladista no grande projeto BROTHERS OS SWORDS decidi buscar uma maneira de adquirir algum material desde musico. Por coincidência um novo álbum com o seu nome estava acabando de sair do forno, "IN THE STEEL YOU CAN TRUST"... Comprei diretamente de seu criador, recebi um belo material, caprichado, com uma ótima arte gráfica! Sou transparente em dizer que não conheço o trabalho solo anterior a este, mais terei que adquirir, pois a proposta apresentada em ‘’IN THE STEEL YOU CAN TRUST’’ é muito agradável e digerível aos amantes do Heavy Tradicional. Antes de colocar pra rodar pensei que o CD iria ser mais voltado ao instrumento de seu idealizador, o teclado... Me enganei.... o trabalho é equilibrado, pesado e muito musical. Nada e exibições individuais, tudo no CD é limiar e voltado ao coletivo. Na intro “I Continue” o ouvinte é preparado através de uma breve passagem instrumental para a primeira faixa do álbum “Rowing” que tem uma pegada muito oitentista, delineada por um teclado muito bem dosado e guitarras fortes. O vocalista Nuno Monteiro logo de cara já impressiona pelo seu timbre forte e técnico, um vocalista de enorme potencial com voz de sobra. Em “ In The Steel you can Trust” as guitarras ditam palhetadas super pesadas e solos muito bem construídos por Paulo Lucas de Souza. Aliás, em todo álbum a guitarra é bem “na cara” e muito bem executada.. A Bateria forte de  Anderson Alarça segue com precisão o ritmo forte do álbum, mostrando muito requinte nos arranjos tradicionais do estilo.  “Time of Sword” começa com uma cara atmosférica e obscura, e possui o belo refrão, daqueles que dá vontade de voltar a música.


 Destaque para o belo solo de teclado, que deixa claro o talento e precisão de Yuri em criar melodias marcantes. A dramática e derradeira “ By Odin Side” mostra toda a qualidade dos músicos e das composições de YURI FULONE. Os teclados e os backings vocais colocados neste som deixaram uma sensação de grandeza e satisfação para o ouvinte encerrar sua audição com aquela vontade de escutar novamente. Desculpem o palavrão, mais “IN THE STEEL YOU CAN TRUST’’ é um play do caralho! Escutei um monte e continuo escutando... Uma pedra preciosa do metal nacional, garimpem já!






Por Vitor Carnelossi - CHM - COLORADO HEAVY METAL