sexta-feira, 26 de abril de 2013

O ROCK EM COLORADO – VOLTANDO NO TEMPO...

Por Marcão Azevedo

Virga Ferrea No Femucic, sendo apresentado pelo batera/apresentador Serginho Halabi.
Houve um tempo em que Who Made Who e Jailbreak do AC/DC tocavam na Maringá FM.
Houve um tempo em que Scorpions, Queen, Asia, Europe eram ´´carimbados´´ com a vinheta ´´toca de novo!!´´, na mesma Maringá FM.
Houve um tempo em que Twisted Sister era o clip da noite, no Fantástico.
Houve um tempo em Colorado que o programa das tardes de domingo era ouvir rock e heavy metal no calçadão de Colorado.
Não! Não era os ´´paqueras´´ da vida. Eram riffs cortantes e levadas de batera insanas.
Houve um tempo em que, após o almoço dominical, após a soneca das noitadas de sábado, ficava olhando o relógio para dar 15/16h para ver o Virga Férrea tocar ao vivo em algum lugar de Colorado (D. Catita, Skimell....), onde detonavam clássicos do metal mundial, inclusive no portão de entrada do Colégio Monteiro Lobato, em cima de um caminhão. No repertório, muito Deep Purple, Led, Celso Blues Boy e outras coisas boas.
Voltando um pouco mais o implacável relógio do tempo, e tendo em mãos os vinis tipo Machine Head (Purple), Wonderfulworld(Uriah Heep), o compacto simples do Secos e Molhados, adquiridos à época dos seus respectivos lançamentos, percebo então que em Colorado, desde o princípio da década de 70 já havia um flerte, mesmo que inocente para os dias atuais, com o rock e suas variações.
Digo que Colorado sempre teve uma cena, adequada à cada época. É diferente de uma cidade que tem seus adeptos do rock, com suas camisetas, cd´s etc....., mas aqui a ebulição silenciosa sempre houve no formato de idealizadores e no formato de bandas.
Quando a Rádio Colorado funcionava ainda no prédio do antigo cinema, o Bili (Bilieri) já com um som mecânico agitava o calçadão do Bradesco. A vinheta de abertura era a introdução de Breaking All The Rules, do Peter Frampton. Pra quem não sabe, nesta época o calçadão, nos dois lados, era lotado nos finais de semana, com mesas e cadeiras disputadas quase que à tapa.
Reconheço o Bili com um dos batalhadores do movimento rock em Colorado.
Não bastasse isso, todo sábado à noite das 19 às 20h na extinta Cultura FM de Apucarana rolava o Rock Station. Só vinheta, ZZ Top e muito heavy metal, sem comercial.
Guarde estes nomes: Virga Férrea, Trama, Sex Hansen, Tumulto (Foz). Se não os tivesse conhecido, o Tragedy Garden não existiria. Qual a relação? Música boa, em sua maioria autoral.
Almir (guitarrista), ao Fundo o vocalista Edir (camiseta preta)
O Virga Férrea teve sempre uma relação muito forte com Colorado, pois o baterista era o Serginho Halabi. A formação clássica que gravou a demo que tenho e ainda ouço com freqüência era o Edir (vocal), com voz potente e postura de palco que lembrava o Freddie Mercury; Almir (guitarra), um virtuose de solos longos e técnica apurada; Jump (baixo), bases  competentes e na bateria Serginho Halabi, com nítida influência setentista. Tempos depois, o posto de baixo e batera sofreriam substituições. No baixo entrou o Benê, e numa das apresentações deles em Maringá tinha um batera substituto que se não me falha a memória era canhoto, e sua técnica era notória. Smoke on the Water e Child in Time(Purple), Rock´n Roll (Led), Running Free e Transylvania(Iron), Sempre Brilhará (Celso Blues Boy) eram algumas das pérolas que tocavam. Por  uns tempos tiveram um tecladista, chamado Boca, que estudou com o meu irmão Marcio.
Edir e Benê (baixo) – Show memorável no Femucic.
Tocavam, então, Jump (Van Halen). Certa vez ganhei a logo do Virga em 02 formatos, presente de um amigo. Um era no formato adesivo para vidro de carro. Conforme ia trocando de carro com o tempo, ia repassando o adesivo  para o novo carro.
A demo do Virga Ferrea traz somente músicas próprias, das quais uma instrumental. Defino como hard rock de alta qualidade.
A banda Trama contava com o Bili, Zé Roberto, Dalberto, César Viais, e alguns outros que se alternavam com o tempo. Lembro-me do Leandro Valério, Dinei Mostachio e do Ademir(hoje banda Luan Santana). Barão  Vermelho, Titãs, Engenheiros e muitos outros clássicos foram tocados por eles no circuito de bares da cidade e região. Pude Vê-los muitas vezes. Contribuíram para a construção da musicalidade local.
Sex Hansen ao vivo no Balaio, em Maringá.
O Sex Hansen surgiu em Maringá em meio à explosão do thrash metal. A banda foi formada pelo Juninho(Tribo´s) e seu irmão. O guitarrista era muito bom, e lembro-me dele saindo da banda para ir para os E.U.A., salvo engano seu nome era Clives. Fomos muitas vezes ao Balaio de Frango em Maringá assistí-los ao vivo.
Por falar em Balaio de Frango, lembro-me de uma noite com o Virga Férrea ao vivo, onde na época o baixo e batera tinham sido assumidos por dois irmãos. Um gordinho começou a agitar com o som dos caras, deu uma ´´topada´´ na coluna de som e deu conta de pifar o som, que demorou pra voltar. Imaginem os ´´elogios´´, e como lembraram da mãe dele....(rssssss).Tinha mais gente de Colorado neste dia, que podem comprovar esta passagem inusitada.
Tumulto(Foz)-tem choques que a gente toma na vida e mesmo que morra com 150 anos não esquece. Tomei alguns na vida. Um deles foi o Tumulto ao vivo no Femucic no Chico Neto em Maringá. A aparelhagem era da banda Metrópole. Sem comentários. Ao vivo, era peso e som de gente grande.Adquiri em seguida o vinil do Tumulto na extinta loja O Porão. Lembro ainda hoje que o baixista usava uma camiseta do Benediction.
Sendo o destino caprichoso, descobri mais de 20 anos depois que o guitarrista do Tumulto é irmão de meu concunhado Ronaldo, que mora em Foz. Hoje é formado em jornalismo e mora em Curitiba.
Sim, tudo e todos foram e sempre serão importantes. Reconhecer a importância de cada etapa é um ato de grandeza. O ponto de conforto é poder enxergarmos que tínhamos rock em Colorado na década de 70,80,90,2000, temos hoje e teremos amanhã. Que a juventude de hoje possa ser influenciada pela boa cena local, como foram um dia os bangers mais ´´antigos´´´.
Soa leve? Soa pesado? Não importa. O que importa é o quanto de verdade está contida na proposta de cada banda. Pinçando o melhor de cada proposta, molda-se a musicalidade completa e versátil.

Aumenta o som. Isso aí é rock´roll.


Marcão Azevedo - Tragedy Garden, Sleepless 

Fotos de arquivo pessoal e texto por Marcão Azevedo



O Blog Colorado Heavy Metal agradece todos os colaboradores, juntos vamos relatar a luta de gerações pelo rock em Colorado. Em especial agradecemos o Marcão por essa riquíssima matéria que explica nossas origens! (Vitor Carnelossi)


JOÃO CARLOS ROCK



João Carlos Rock, assim se intitula o trampo do nosso já velho conhecido da cena, até o momento foi liberado três músicas, que podem ser conferidas no Youtube e no site do cara, vide os links no final do texto.
Com letras baseadas em obras do cinema e uma produção notável, muito acima da média, João Carlos mostra que tem um material com bom potencial, “Encanto dos lobos” é uma bela balada, com arranjos movidos a piano e cordas, com uma atmosfera densa e vale destacar a citação no meio da canção que deu um diferencial legal a música.
Em seguida temos “Labirinto do fauno”, como o titulo já entrega baseada no filme homônimo, pessoalmente a que eu mais gostei, sonoridade carregada, me lembrando algo vindo do grunge no trampo de guitarra e com arranjos de corda acompanhando que serviram pra enriquecer a canção e contribuir para o clima “dark” que ela passa.
Por fim, “Crepúsculo”, a audição desse som vale pelo conjunto da obra, segue as características das musicas anteriores, sendo que este som tem um riff com uma inclinação para o metal que a tornou bem interessante, mas sem fugir do contexto das demais canções, enfim, o que deu pra constatar foi um lance bem produzido e diversificado, com uma proposta lírica interessante. Não deixem de conferir, vale a pena.

Site oficial:


Crepúsculo


Encanto dos lobos

Labirinto do Fauno

Por Evandro Sugahara



quarta-feira, 24 de abril de 2013

A ORIGEM DO FUTTY ROCK FEST


A figura emblemática de Luiz "Futty"
Antes de tudo é necessário ressaltar quem foi essa figura chamada de Luiz, apelidado ainda na infância de Futty. O Luiz “Futty” era um amigo em comum para todos que gostavam de curtir o som pesado, além de ser um cara que tinha inúmeras amizades em todas as vertentes da sociedade. Irmão do Manuel (Mané) que fez parte do Confront e outros projetos de rock, Futty sempre foi aquele cara da retaguarda, nunca tocou nenhum instrumento, mas sempre estava em todos os shows independente do subgênero que fosse. Ele gostava mesmo era de apoiar a cena e curtir um som pesado agitando pra caramba e fazendo umas caretas e gestos que empolgavam a galera em sua volta. Talvez muitos que irão ler esse texto puderam ter bem mais intimidade e conhece-lo há muito mais tempo que eu, porém como resolvi escrever esse texto conto com a compreensão de todos se falhar em algum fato.
Quando eu conversava com o Futty, ficou evidente que um dos principais fatos da vida dele foi poder curtir um show do Korzus em Santo Anastácio e tomar umas “geladas” com os caras em um barzinho próximo ao evento. Caras como o Futty, Peru, Marcão, Marcelo Big, fazem parte de um grupo que viveu momentos muito especiais no Heavy Metal brasileiro, podendo acompanhar lançamento de discos como “Angels Cry” do Angra, “ Arise” do Sepultura, shows do Korzus, Dorsal Atlântica e muito outros nomes do metal nacional. Futty sempre teve um lado mais Hardcore, curtia muito Cólera, Korzus, Sepultura e sempre enfatizava o metal nacional, até hoje me lembro dele falando sobre um disco do Harppia que o Peru (Umberto Calegari) tem com muita empolgação.
Futty também era conhecido por ser um grande fã de Brujeira, sua camiseta sempre chamava atenção por onde passava. Em um Show do Invaders ( Na época Space Travelling) com o Guilhotina Hc em um evento organizado pelo Marlon Lazarin, antes do Guilhotina HC começar a tocar, enquanto organizava o equipamento, Futty fez uma introdução macabra com dizeres fúnebres aos presentes. Todo mundo ficou assustado, exceto os amigos que se divertiam com o clima mórbido que logo mais foi coroado com um show ríspido e pesado do Guilhotina HC. Naquele dia o vocalista Pioio gritou para uma galera da alta sociedade que estava lá: “Pau no cú da Burguesia”, frase que me deixou muito feliz e orgulhoso, apesar de 95% da galera ter saído do salão. Muitos ficaram espiando pela janela os “loucos” que se empurravam no local agitando. Nesse Dia o Futty cortou a boca e agitou sangrando e assustando bastante o público feminino e intimidando o masculino. Fico pensando o quanto foi traumático para algumas pessoas esse show na época (kkkkkkkkk). Após o show do Guilhotina HC,a galera do Space Travelling fizeram um ótimo show ascendendo a chama do Classic Rock em Colorado.
Nessa época o Futty criou uma simpatia muito grande pelo Guilhotina HC, naquela época a banda era bem ríspida , porém com a energia de bandas que ele curtia como, Garotos Podres, Cólera, Korzus (do início de carreira). Em todo show que fizemos naquela época ele gritava aos berros “guiiiiilllhhhotinaaaaahhhhhh!”, era muita massa... Dava uma confiança legal para nós. Futty foi o primeiro cara a falou que curtia o nosso som e era fã das músicas, algo que transcende as barreiras da gratidão! No Show com os Garotos Podres, entre centenas de pessoas eu escutávamos o Futty  gritando e incentivando a banda.
Mais o Luiz Futty era mais que isso, agitava e curtia todas as bandas que tinham na cidade. Curtia umas comidas estranhas, briga de galo, os “rabos de galo” no antigo bar do Zé, meretrizes da noite, tudo com bastante vontade e continuidade. Sempre um cara simples e transparente, tinha uma personalidade própria e cheia de coisas engraçadas!

Após sua partida, que não merece ser evidenciada, visto que o cara foi e continua sendo o Futty que iremos ver em outros planos, eu tive a ideia de convidar meus amigos para fazer um Tributo para ele, um Tributo como ele merece cheio de gente alegre, rock, cerveja e amizades. Esse tributo acabou sendo chamado de “FUTTY ROCK FEST”, a maior manifestação de rock que Colorado já teve, o Futty lá de cima deve ter dado a benção de fazermos ótimas festas.
É importante salientar que a festa além de mim (Vitão) já contou com a organização de Billy e Alexandre Hygino, sempre com o apoio de toda a galera envolvida nas apresentações.  O evento precisa rever alguns fatores e se moldar novamente para se tornar algo simples e festivo, assim como nosso Homenageado. Vamos ver quando o FUTTY ROCK FEST irá emergir para novos tempos.

OBS. As experiências aqui relatadas por eu tem bastante relação com o Guilhotina HC, por isso  o nome da banda foi citado de maneira mais evidenciada. 

Por Vitor Carnelossi



Cólera em Maringá!

O Cólera, banda pioneira do punk rock nacional, estará se apresentado em Maringá-PR no dia 27 de abril, estreando a nova formação por aqui, após a fatídica morte de seu vocalista, guitarrista e membro fundador, Redson, em 2011.
Uma banda que fez história e que já influenciou muita gente, verdadeiros heróis do underground e que merecem o apoio e prestigio de toda a cena da região, portanto, quem estiver livre, vale a pena curtir uma noite com muito punk rock e atitude!
Divulgação - Evandro Sugahara

domingo, 21 de abril de 2013

Colorado Heavy Metal - Mais de 1.000 acessos a favor de nossa Cultura!



Após alguns dias de inicio das atividades o Blog Colorado vem agradecer a todos que deram uma conferida nas nossas reportagens e “garimpadas”, pois alcançamos o expressivo numero de mais de 1.000 acessos. Alguns de nós com certeza acessamos mais de uma vez por dia, no entanto mesmo levando isso em conta podemos ter a certeza de um tráfego virtual bastante considerável de interessados pelo Blog. Reforço aqui meu desejo de esse ser um espaço em comum entre nós para falarmos sobre o “nosso rock” e evidenciar nossa cultura. Quero agradecer todos os envolvidos de alguma forma, ao pessoal das bandas, pessoas que tem acessado o conteúdo do BLOG, meus Colaboradores, Evandro, Rodolfo e outros que estão surgindo. Vamos continuar com nosso pequeno trabalho em prol ao Heavy Metal e ao nosso modo de ver as coisas de maneira diferentes aqui em Colorado.

O Rock ultrapassa o conceito de ser apenas um estilo de música, quem curte um “sonzeira” é rock n´roll até a alma!


E para comemorar de maneira especial o espaço de nossa cultura, um som do grande Invaders Classic Rock, Valeu!


sábado, 20 de abril de 2013

METAL OPEN AIR – DESRESPEITO COM OS HEADBANGERS


Nosso amigo e colaborador Evandro Sugahara participou de uma experiência e tanto há um ano. A tentativa de tornar o Metal Open Air em um Wacken Open Air brasileiro foi algo que me faz refletir o que a copa pode ser para o Brasil. Ou seja faltou organização, repeito e profissionalismo, além da falta de estrutura. Mais nem tudo foi perdido, muitas bandas se apresentaram e um roqueiro de colorado esteve por lá, Evandro. Acompanhe a matéria que nosso colaborador viveu de maneira inesquecível!

Colorado Heavy Metal


Evandro e amigos com a legendária banda Alemã - Destruction
Pra quem não sabe, o Metal Open Air, foi um festival idealizado pela Negri Concerts do senhor Felipe Negri,junto a alguns produtores locais, pra acontecer em São Luís-MA, em abril de 2012, infelizmente como a maioria pôde acompanhar através da mídia, foi um enorme desastre, devido a falta de estrutura, atrasos e cancelamentos.
Eu pude ter o desprazer de certa forma, já que não tenho apenas aspectos negativos a ressaltar, de estar presente durante os três dias em que supostamente iriam rolar o festival, que no fim acabou só tendo dois dias de duração, mas consegui ver algo além do descaso nesse período, comprovei algo que somente quem vivencia este meio, tem a grata oportunidade de saber, a união entre pessoas que mal se conheciam e que estavam ali reunidas em prol de uma paixão em comum, o heavy metal.
Tenho muitas frustrações a respeito desse festival, já que ambicionei ali a realização de grandes sonhos que possuía, de poder estar vendo ídolos que admirei e admiro por toda a vida, porém, por outro lado, conheci grandes pessoas, que assim como eu descobririam que estavam sendo lesados, restaram disso ótimas amizades e apesar de tudo uma gama de lembranças, em sua esmagadora maioria, muito boas.
Além disso, vivi algumas experiências que levarei para o tumulo comigo, coisas que não tem preço, afinal, posso orgulhosamente bater a mão no peito e dizer que assisti ao vivo, Exciter, Destruction, Exodus, Megadeth, Orphaned Land, Anvil, entre outros, e acima de tudo isso, conhecer junto com meus amigos, Marcel Schmier e Mike Sifringer pessoalmente,(vocalista e baixista e o guitarrista do Destruction respectivamente), duas lendas do metal mundial e membros de uma instituição do Thrash Metal alemão, fora tantos outros ícones do metal nacional que estavam circulando por São Luís nessa oportunidade.
Portanto, apesar da canalhice do senhor Felipe Negri, ainda posso dizer que ele não conseguiu me fazer sair no prejuízo, e fica aí registrada a lembrança e essa matéria como uma forma de celebração pelos bons e maus momentos vividos nessa ocasião, que exatamente hoje, 20 de abril de 2013, está completando um ano e acredito que merecia ser lembrada.


Por Evandro Sugahara

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Entrevista Márcio, vocalista do Tragedy Garden.


Galera, em breve teremos materiais do fundo do Baú, estamos garimpando e conversando com bastante pessoas para ter um “raio X” completo do rock em Colorado! Se a banda, pessoa, projeto, acontecimento ainda não saiu por aqui, aguarde! O Espaço e o tempo são nossos!

Editor Heavy Metal

HEAVY METAL COLORADO – NOSSA CULTURA EM EVIDÊNCIA

No quadro de entrevistas hoje, mais um importante membro a serviço do Heavy Metal!
Entrevista Márcio Valério , vocalista do Tragedy Garden para o Blog Colorado Heavy Metal!


1 – Márcio, desde o Inicio do Tragedy Garden seu vocal sempre foi à referência mais sólida e forte do grupo. Como você enxerga suas referencias do Death metal na sonoridade da banda?

Márcio - Eu conheci o Metal verdadeiramente falando ouvindo Death/ Thrash, como Sepultura e Obituary.

Os vocais do John Tandy (Obituary) sempre foram minha maior referência, mas aos poucos fui criando meu próprio estilo de vocal, sempre moldando ao tipo de som que o Tragedy Garden pedia, mas sem dúvidas o Death Metal foi minha inspiração.

2 – No 3º trabalho da banda ‘ Follow the Insanity’ , foi usado uma variedade maior de vocais, alguns limpos e góticos, outros mais  ríspidos na linha do Black Metal. Como você avaliou seu trabalho nesse disco?

Márcio - Nesse trabalho pude colocar em prática algo que sempre quis fazer, usar uma variação maior de vocais, sem que as músicas perdessem a energia. Foi um trabalho satisfatório, mas sinto que ficou algo a se fazer, não sei te dizer o que, mas ficou.

3 – No inicio da banda o Tragedy Garden passou muito perto de seguir uma sonoridade aproximada do Death metal oldSchool praticada por bandas como Unleashed, Sepultura , etc...  Como o grupo moldou sua sonoridade tão rapidamente para o próximo trabalho “Enemy Time”?

Márcio - Como disse anteriormente, todos na banda curtiam Death Metal, então seria lógico que as músicas tivessem influências do estilo, mas na música “ En our lives” do ep “Silent Symphony” a banda já demonstrou que o caminho seguiria. A partir dai as composições do “Enemy Time” já viriam carregadas de melancolia e com um clima sombrio, praticando um som com pegadas Doom / Death/ Heavy.

4 – É possível afirmar que o “Enemy Time” é o pequeno clássico da banda?

Márcio - Com certeza, no “Enemy Time” creio eu que estão as melhores letras, os melhores riffs, as melhores bases e levadas que tenhamos criado, sem contar a produção e mixagem que ficou exatamente como queríamos, não que os outros não tenham ficado bons, mas esse é meu preferido.

5 – As revistas RoadieCrew e Rock Brigade tiveram dificuldades para classificar a sonoridade da banda na época, mais ambas enumeraram uma veia Black metal , algo inesperado não é?

Márcio - Sem dúvida, pois o Black Metal nunca foi nossa maior referência, não que não gostei, curto pra caralho Amen Corner, Samael (Old), Murden Rape, entre outras, mas rotular estilo é foda, creio que o metal sombrio sugerido pela Roadie Crew foi o que melhor se encaixou.

6 – Primordialmente o Tragedy Garden já nasceu estabelecendo que seria uma banda de musica próprias , como você animaliza as influencias dos músicos no processo de composição?

Márcio - É interessante, pois a primeira formação cada músico vinha de uma vertente diferente, mas o estilo a ser seguido já havia sido pré estabelecido, com isso as coisas ficaram mais fáceis a partir do “Enemy Time”, sempre tomando alguns cuidados para que o som não seguissem um estilo único.

7 – As apresentações ao vivo do grupo sempre foram adequadas e bastante admiradas por sua essência em passar um clima denso e carregado de sentimentos em meio à força das várias referencias do Heavy Metal. Porque a banda sempre teve uma postura de se apresentar relativamente pouco durante sua trajetória?

Márcio Primeiramente a nossa região não contribui, não há locais nem pessoas com vontade de alavancar a cena metal. Há também o fato grana, que muitas vezes impediu que pudéssemos alcançar vôos mais altos, pois na maioria das vezes eramos convidados, mas não rolava nenhuma ajuda de custos, penso que seja isso que tenha acontecido.

8 – Alguns conhecedores do Tragedy Garden  tem até uma impressão da banda ser uma espécie de projeto liderados pelos  irmãos  Márcio e  Marcão, como vc encara a saída do baterista Marcão?

Márcio - Engana-se quem pensa assim, a banda começou com Marcão Azevedo(drums) , Vitor Carnelossi (guitar), depois sim, eu fui convidado a fazer os vocais. Quanto a saída do Marcão não me surpreendeu, pois o cara não estava conseguindo conciliar seus compromissos profissionais com os da banda, mas confesso que fiquei muito triste, pois além de grande baterista ele foi um dos mentores da banda, além do  que é meu irmão, quem sabe no futuro...

9 – Marcio, em algum lugar perdido no tempo existiu uma formação chamada Sleepless, que fazia covers de varias bandas, foi nesse período quevocê e o Marcão conheceram até então o baixista Vitor, pode-se dizer que o Sleepless foi um embrião inicial do Tragedy Garden?

Márcio - Nossa! Que lembrança, aqueles ensaios intermináveis regados a pinga 88(risos), com certeza foi um embrião sim. A partir dali cada um de nós pôde se conhecer melhor, musicalmente falando, e com o fim do Sleepless(felizmente), nasce o Tragedy Garden, com músicos um pouco mais tarimbados e que este ano completa doze (12) anos de luta prol metal.

10 – Que tipo de pensamento você acha que o Tragedy Garden provoca em que escuta suas músicas?

Márcio - É difícil dizer, mas creio que na maioria das pessoas deva rolar uma viagem insana por lugares que o ser humano jamais chegará em vida.


O Diário de bordo “RUMO AO RODA VIVA”.


O Guilhotina HC sempre foi marcado por suas características desfavoráveis, apesar de sempre fazer excelentes shows ao vivo, A banda acabou perdendo em mudanças e formação e falta de estrutura.  Há um ano e meio atrás as metas da banda foram melhor estabelecidas e o Guilhotina Hc conseguiu gravar um bom CD que pode ser conferido em algumas faixas no youtube. Esbarrando ainda em questões estruturais comuns de bandas undergrounds, sem apoio e sem recursos o grupo passou mais um “apuro” que pode ser conferido no descontraído  texto de Rodolfo (Vocal e baixo) onde nosso leitor pode facilmente perceber que é preciso muita vontade para seguir nos caminhos do Rock!  (Editor Heavy Metal)

Com vocês:

O Diário de bordo “RUMO AO RODA VIVA”.


Mais uma fatídica sexta feira sem nada pra fazer, pensando em muitas coisas, dentre elas alguns rumos com as bandas das quais eu toco (Guilhotina HC e Tragedy Garden). Fuçando o Facebook em uma página voltada para os fãs dos Raimundos descubro que alguns membros ali mais ativos estavam preparando um tributo a essa banda que é grande influencia para mim, se não for a maior.
Conversei com alguns idealizadores e logo recebi o convite para participar desse cd que seria lançado de maneira independente e online – um cd virtual – e logo aceitei. Minutos depois liguei para o Vitor e expliquei como seria, e enfim decidimos por fim participar com o Guilhotina HC em um tributo para o Raimundos, algo que muitos aqui jamais iriam considerar tal possibilidade. Por fim escolhemos a musica “Sanidade” do CD “Éramos 4”, o primeiro pós saída do Rodolfo Abrantes. Porque escolhemos essa musica? Simples. É a musica mais “séria” dos caras, e a que melhor se encaixava no perfil do Guilhotina HC. Não tem como uma banda de crossover que tem em suas letras, toda a ira e revolta com o governo, corrupção e a desigualdade social tocar uma musica no estilo de Tora Tora por exemplo. Enfim, desafio aceito, mãos a massa. Tínhamos aproximadamente 45 dias para preparar uma versão e grava-la. Mas como pro Guilhotina HC nada é simples, enfrentamos várias adversidades, mas conseguimos colocar a nossa “cara” na musica e não apenas fazer um cover. Devidamente ensaiada (ou não rs) vamos a gravação. Olha, apesar de ser um lance “meio caseiro” você logo percebe a diferença entre tocar ao vivo e fazer uma gravação. São dois mundos completamente diferentes. Ao vivo tem toda a energia do publico (?). Você se empolga e entra na pira da galera. Em estúdio é aquela tensão constante de não errar, pois em uma gravação você NÃO pode errar para não “queimar o filme”. Sofrendo pressão do dono do estúdio com relação ao horário, gravando em três membros, já que uma semana antes tivemos de mudar a formação drasticamente, a falta de experiência (minha no caso) na situação. Em estúdio você não pode ser tão agressivo quanto ao vivo, você tem que explorar mais a qualidade e a sutileza do que a energia, se conseguir equilibrar a balança nesses quesitos , ótimo! Tínhamos a meta de gravar três musicas - 2 covers e uma própria - mas devido a tensão e a falta de tempo,  gravamos apenas o cover destinado ao tributo ao Raimundos e uma própria que logo estará disponível. Fizemos apenas a captação do áudio no estúdio e em apenas 20 minutos (foram mais de 1 hora tentando regular instrumentos e mesa de som) e apenas 2 takes. Não podíamos errar ou doeria um pouco mais no nosso bolso...rsrs...

Então gravamos e “pegamos” o áudio. Chegando em casa fui escutar e pensei  “que merd*” ahahahaha -  tinha ficado extremamente abaixo do que eu tinha planejado, e bem abaixo do que tínhamos feito nos ensaios. Mas era o que tínhamos para o momento.
No dia seguinte deveríamos fazer a mixagem  –  vale lembrar que gravamos e fizemos a mixagem 1 dia antes de entrega-la pronta para os responsáveis pelo cd – Eis que ligo para o Vitor e recebo a ótima notícia que o computador dele tinha dado problema hahahahaha. Tive que levar o meu computador na casa do Vitor, e  instalamos os programas necessários e fomos fazer milagre na musica. Na gravação eu toquei guitarra, fiz os vocais e os backing, Vitor tocou o baixo e o Alexandre foi o batera. Um power trio, só que com condições desfavoráveis. Mas vamos para a mixagem que fico a cargo  do Vitão e da minha pessoa... Para não alongar demais fizemos o que podíamos em cerca de 2 hrs. O resultado pode ser conferido no link do youtube. E apesar de desprovido de qualidades maiores de gravação,  nessa musica contém a nossa essência e atitude que nos faz sempre seguir a diante, trilhando novos rumos e aceitando novos desafios.

Por Rodolfo Santana 

Confira abaixo a participação do Guilhotina HC com a música "Sanidade".




terça-feira, 16 de abril de 2013



Por Evandro Sugahara


Como já abordei outrora, existe uma nova geração de músicos na cidade, interessados em se desenvolver e fazer um som, o que é importante para a continuidade da nossa cena, a banda Forehead é um bom exemplo disso, com uma história recente, mas que tem tudo pra crescer e se destacar por aí, conversei com o vocalista da banda Larson Costa, pra saber um pouco mais sobre essa empreitada e o que eles esperam com isso, confiram em seguida aí o que rolou!

1) Antes de tudo, gostaria que você nos contasse um breve histórico da banda, como surgiu, qual a proposta do som de vocês, objetivos, influências.

Larson Costa: A vontade de ter uma banda sempre foi bastante presente na minha vida, até que no começo de 2012, junto com alguns amigos, conseguimos formar uma. Em Fevereiro de 2012 tivemos nosso primeiro ensaio, a idéia inicial era apenas tocar covers, mas com o tempo vimos que não iria dar certo, então em Abril de 2012, encerramos nossas atividades.
Muito tempo depois, Agosto de 2012, em uma conversa com o atual guitarrista, Pedro Michelin, surgiu o assunto de que haveria um “Show de Talentos” no colégio, então pensamos que seria legal chamar uns amigos para tocar, sinceramente eu pensei que não daria certo, mas acabou funcionando, tocamos alguns sons conhecidos no dia das apresentações, e mesmo tendo apenas ensaiado três vezes com os caras, acabou dando tudo certo, e a galera curtiu, depois desse dia, resolvemos continuar juntos, então a Forehead voltou, de cara nova.
A nossa proposta, fora os covers que tocamos, é a de fazer um som simples, similar ao Hardcore Melódico e ao Skate Punk, e de alguma forma, tratar de assuntos variados que acontecem com freqüência ao nosso meio. Nosso principal objetivo é crescer, compor cada vez mais, gravar os nossos sons, enfim, fazer tudo o que for bom para o desenvolvimento da banda.
 As nossas influências são bem variadas, no cenário nacional, buscamos inspiração em bandas como Raimundos, Ultraje A Rigor, Capital Inicial, a fase inicial do Charlie Brown Jr. , Detonautas, e até mesmo as outras bandas daqui de Colorado, já no cenário internacional, Ramones, Bad Religion, Anti-Flag, Millencolin, System Of A Down, enfim, tem bastante nos influência bastante!  


2) Pelo que pude acompanhar até o momento, vocês estão trabalhando com músicas autorais, como se dá o processo de criação da Forehead e que tipo de temas vocês costumam abordar em suas letras?

Larson: No momento estamos bastante empolgados em compor nossos próprios sons, já temos duas músicas, “Skateboard” e “Patricinha”, que tratam de assuntos que acontecem em nosso próprio cotidiano, ‘Skateboard” fala sobre o preconceito que as pessoas que andam de skate sofrem muitas vez, e ‘Patricinha’ fala sobre garotas que fingem gostar da cena, quando na verdade é só para pagar de diferente ou se enquadrar em algum tipo de grupo... Estamos terminando mais uma música, ainda não tem nome, mas nela trataremos de assuntos que denigrem a imagem de nosso país, como a Corrupção, por exemplo. Enfim, os assuntos que mais vamos abordar em nossas músicas são: Política, Preconceito, Corrupção, Desigualdade, e até mesmo Humor.


3) Quais as suas expectativas a respeito do futuro da banda pretendem gravar algum material, fazer mais shows?

Larson: As expectativas que temos são as melhores possíveis, gostamos muito de ensaiar e compor, mesmo nesse pouco tempo de banda, e sim, temos muita vontade de lançar nosso próprio material, e vamos lutar muito pra isso! Sobre os shows, vamos fazer o possível para aproveitar da melhor forma as oportunidades que surgirem!



4) Falando sobre shows, vocês fizeram algumas apresentações no Colégio Monteiro Lobato, conte-nos como foi a experiência de tocar ao vivo? Foi a estréia da banda ao vivo?

Larson: Sim, foi a nossa primeira experiência ao vivo, no show de talentos de 2012. Tivemos apenas três ensaios antes do dia, e eu sinceramente achei que a apresentação seria um desastre (risos), pois nós estávamos bastante nervosos, mas no fim tudo deu certo, a galera curtiu, e depois até fomos chamados para tocar no encerramento das aulas. Esse último já foi mais tranqüilo, o repertório já tinha bastante coisa, como Ramones, Detonautas, Mamonas Assassinas, Raimundos e rolou até Bon Jovi, além da gente tocar as nossas duas músicas pela primeira vez, e o pessoal curtiu, o que nos deixou bastante satisfeitos com o trabalho e dedicação, e serviu como fortalecimento para continuar com a banda, enfim, foi uma experiência incrível, e que jamais iremos esquecer!



5) Como vocês enxergam a cena de Colorado, qual a perspectiva da banda sobre as dificuldades encontradas por aqui?

Larson: Nossa cidade infelizmente não tem muitas pessoas que conhecem o que é boa música, nós fazemos parte da minoria, mas acreditamos que o mais importante é a união entre todos que fazem parte dessa cena. Nós da Forehead vamos tentar fazer o possível para abrir a mente das pessoas e acabar com essa “discriminação” que o Rock e o Metal sofrem na nossa cidade. Mesmo tendo poucas pessoas como a gente aqui, a verdade é que todo mundo presente na cena realmente curte, e isso é o que realmente importa!


6) Pra finalizar, deixem aí o seu contato e fiquem a vontade para considerações finais. Obrigado pela entrevista.

Larson: Em nome da Forehead, gostaria de agradecer a todos que curtiram o nosso som, tanto no colégio, como em vídeos, e também, a todos que acreditaram e apoiaram a gente até hoje. Gostaria de agradecer também vocês do Colorado Heavy Metal, por dar esta oportunidade pra gente, afinal, o Blog foi uma ótima iniciativa, parabéns!
Por fim, deixo a nossa página do Facebook, para contato e demais informações:
Mais um vez, obrigado, e um grande abraço a toda galera que faz parte da cena Underground de Colorado!

Sangue novo no Rock em Colorado!

Colorado Heavy Metal

O Rock n´ Roll nasce até em Colorado!



Sempre tem um irmão mais velho, uma amigo maluco, uma reportagem na TV, algo que chamou sua atenção, ou alguém que lhe mostrou aquele som, existem várias formas de entrar nesse mundo chamado, Heavy Metal, que move uma nação, é uma grande paixão na vida de muitos, assim como o futebol, por exemplo, a diferença, é que nossa paixão, não é uma arma de alienação da mídia para conosco, inversamente, o underground é marginalizado pelos meios de comunicação, mas o que garante que o estilo sobreviva não é a divulgação via canais vendidos e sim a fidelidade acima de toda prova de uma legião de maníacos, que tem esse lance correndo nas veias e que mantém acesa essa chama que movimenta o nosso mundo!
O metal a meu ver é uma contra cultura, contestador por natureza, subversivo, logo atrai de modo geral aqueles que não se sentem confortáveis em aderir à cultura massificada imposta normalmente e aceita como “conceito do que é socialmente aceitável”.
Dentro destes termos fica fácil visualizar Colorado, e difícil imaginar, como surgem pessoas interessadas nesse “lado negro da força”, mas a pergunta já está respondida ali em cima no texto, a influência de terceiros é importante, mas antes de qualquer coisa, vale a natureza do individuo, quem naturalmente não se interessa por essa zona de conforto, que é seguir as regras da maioria, já tem uma pré-disposição a se identificar com esse movimento.
Logo é só uma questão de tempo para que encontre seus semelhantes, e mesmo num cenário improvável como nossa cidade, esse processo ocorre como em qualquer lugar no mundo, com maiores dificuldades é claro, mas o fato é que as coisas acontecem, e isso só me lembra uma coisa amigos, um som pra ser mais exato, The Plague Never Dies – Violator, é isso aí, é como uma praga que por mais que seja combatida, estejam certos, de que nunca irá morrer.
Através de meios e formas improváveis, temos novos seguidores, a galera old school seguindo firme e hoje vivemos um momento em que as coisas andam meio estagnadas, mas que com iniciativas como essa do blog Colorado Heavy Metal, esperamos dar uma sacudida nessa cena e quem sabe reacender a vontade de participar da galera,  afinal, vamos relembrar aqui alguns conceitos importantes, curtir um som é legal, mas é necessário apoiar a cena da sua cidade, ainda mais quando se vive num lugar predominantemente sem tradição no underground, portanto, compareçam a ensaios, shows, compartilhem os trabalhos de nossas bandas, hoje temos muitas ferramentas pra isso, e o mais importante de tudo, somos poucos por aqui, então vamos nos unir em função do crescimento do lance, participar e apoiar galera!!! #UniãoUnderground

 Por Evando Sugahara
|\\Evandro - \Colorado \Heavy Metal

domingo, 14 de abril de 2013

Entrevista Alexandre Hygino


O blog Colorado Heavy Metal estreou essa semana de maneira tímida e simples. A principal meta do blog é aproximar um pouco mais nossa tribo, uma tribo que nem sempre esta unida por questões pessoais de cada um. Vamos estrear nossa um pequeno quadro de entrevistas hoje com o batera Alexandre! Um cara sempre simpático e solicito com as bandas de Colorado, muito ativo e importante para a cena. É legal saber o que cada um de nós tem a contar sobre o rock em nossas vidas, vamos acompanhar algumas perguntas com o baterista atarefadíssimo Alexandre!




1)      Alexandre, como você descobriu o rock e começou a tocar?

Alexandre: Nasci e cresci em COLORADO e assim como toda criança daqui gostava de sertanejo e afins ,mas quando cheguei aos 15 anos me mudei para MANDAGUARI,tive a felicidade de ter um vizinho “muito loco” que escutava musicas que me chamaram muito a atenção,”homem primata “ (titãs), faroeste caboclo(legião),have you ever(creedence),herdeiro da pampa pobre (engenheiros)... percebi que esse era o tipo de musica que eu queria ouvir..dai em diante fui sempre buscando novas bandas e curtindo..
Desde criança já batucava em tudo quanto é lugar..a primeira vez que “fiz um som “ foi numa sala de aula..eu estava na sexta série e tinha um cara bem mais velho que estudava com a gente..ele sempre cantava RAPs  na sala,ai um certo dia ele canto a musica” FIM DE SEMANA NO PARQUE”dos RACIONAIS MC e do nada eu comecei a acompanhar ele batucando na carteira imitando um som de bumbo e caixa e ele curtiu..todo dia ele falava “vamo La meu batera,vamo mandá um som “ e eu ficava todo orgulhoso..kkkkk.minha primeira bateria foi de lata e meu chimbal era uma gaiola..haha,mas iniciei  teoricamente tarde,aos 21 anos,nunca fiz aula,apenas comprei uma bateria e comecei a tocar

2)      Quais as bandas que lhe influenciaram no começo e quais bandas hoje em dia lhe influenciam?

Alexandre : No inicio minha grande influencia como baterista eram Ramones,green Day,off spring,nofx e outros do gênero,hj busco inspiração em bandas como rush,Black sabbath,fear factory,dream theather..bandas de estilos diferentes que torna mais abrangente a mente para  novas idéias a serem aplicadas nas bandas que toco
3)      O que leva você a continuar firme na cena e em especial tantos anos no Guilhotina HC?

Alexandre: Gosto muito do que faço,não vejo sentido em parar,enquanto houver força pra prosseguir o GUILHOTINA vai continuar na batalha,sempre com muita dificuldade porém com a sensação de dever cumprido a cada musica nova composta, a cada show que agrade a meia dúzia de pessoas.

4)      Seu desenvolvimento como musico sempre é notável, você acredita que os músicos envolvidos com o rock em colorado buscam evolução?

Alexandre: Eu procuro sempre  evoluir  apesar de nunca ter ido atrás de fazer aula,mas to sempre de olho  na internet buscando inspirações nos grandes bateristas,quanto aos outros músicos daqui noto que alguns têm muita vontade de evoluir enquanto outros preferem fazer o arroz com feijão básico,e alguns até regrediram na minha opinião,em contrapartida muitos já evoluíram notavelmente.

5)      Qual música que você mais gosta de tocar ao vivo?

Alexandre: Pergunta bastante difícil de responder pois curto tudo o que eu toco,mas alem das musicas próprias do Guilhotina HC e do Tragedy, adoro tocar SEPULTURA,BLACH SABBATH,METALLICA,IRON MAIDEN,CREEDENCE, ACDC, RATOS DE PORÃO,todas as musicas dessas bandas me agradam muito.

6)      A dupla sua com o Vitão já persiste a mais de 10 anos, qual a receita pra longevidade na cena para novos músicos?

Alexandre: Acima de tudo respeito,isso é primordial em qualquer setor da vida...eu nunca tentei passar por cima das idéias do Vitor e vice-versa..alem disso é essencial que você goste do que está fazendo e procure evoluir como músico sem se preocupar com o rendimento do resto da banda,a melhora da banda começa por você mesmo,e é claro,tem que haver objetivos,se você monta uma banda e não tem uma meta a ser alcançada consequentemente a possibilidade da banda terminar é grande.

7)      Recentemente você assumiu as baquetas do Tragedy Garden, uma banda muito diferente de todas que você já integrou. Quais os desafios nessa nova empreitada?

Alexandre: O TRAGEDY é uma banda que venho acompanhando desde a sua fundação,assisti os primeiros ensaios e sempre curti e admirei muito,realmente ela faz parte de um  estilo diferente de tudo que eu já tinha tocado,mas to me adaptando muito bem e curtindo cada vez mais fazer parte dela.

8)      No Guilhotina HC gostaria que você comentasse a trajetória da banda:

- Inicio da banda:
Alexandre : No inicio tudo era mais difícil,equipamentos precários,falta de informações e principalmente falta de experiência.Mas tínhamos o principal..vontade de ensaiar..íamos de bicicleta no sitio do piru ensaiar 3 vezes por semana.Nessa fase compomos 12 musicas em apenas 6 meses,portanto fase extremamente rentável.

- Fase da banda em 2 integrantes:
Alexandre : Essa já foi uma fase mais difícil,pois ensaiar sem baixo já é complicado,imagine sem vocal também,mas como sempre tínhamos objetivos e muita determinação,não podíamos (Vitor e eu) deixar um trabalho de vários anos se acabar,portanto seguimos ensaiando até surgirem novo integrantes

- Momento final, a gravação tão sonhada:
 Alexandre :Ver uma luta sua coroada após 10 anos de muitas dificuldades e percalços foi realmente gratificante..a sensação de vitória é muito grande,mas sabemos que podemos alcançar vôos mais altos.

9)      Obrigado Alexandre, suas considerações finais:

Alexandre:  Agradeço a você e a todos que me ajudaram nesses 12 anos de caminhada musical,músicos,amigos,apoiadores,enfim..muita gente,rs e deixo como mensagem final:
“Que todos os fiéis seguidores e apreciadores da cena rock and roll de nossa cidade possam realmente se unir e procurar colaborar de uma forma ou de outra, seja direta ou indiretamente a manter o rock  sempre vivo.

Colorado Heavy Metal