segunda-feira, 11 de setembro de 2023

WILLIAM CASTILHO – A BATERIA, O MÚSICO EM ESTÚDIO, A MÚSICA EM SUA VIDA

Nosso convidado desta edição é o baterista William Castilho, um talentoso e versátil batera que trilha seu caminho e espaço na música de forma muito ampla, deixando sua marca à cada nota tocada com muita alma, e também  com muita propriedade e personalidade. Estudioso do instrumento, discreto, William Castilho nos recebeu de forma muito receptiva para essa entrevista bem abrangente e que traz em seu conteúdo dicas super importantes para os amantes da música em geral.

CMH - Como começou sua relação com a música e a bateria?

A minha relação com a música começou desde muito cedo. Venho de uma família de músicos e desde minha infância sempre estive habituado neste universo musical, participando de shows juntamente com minha família.

Vendo meu pai tocar bateria, sendo ele minha primeira referência, comecei a me interessar por instrumentos rítmicos, e o primeiro instrumento que tive contato foi o pandeiro, por não ter coordenação motora ainda suficiente para tocar bateria, porém sempre observando meu pai para assim conseguir aprender.

 Aos 08 anos de idade em um momento oportuno substitui meu pai em um show na região, encarei o desafio de frente sem nunca ter tocado “pra valer”, e desse momento então percebi que a bateria era meu instrumento, a extensão do meu corpo. Sou baterista a 20 anos, duas décadas de paixão imensurável ao instrumento e a música como um todo. A música em seu sentido mais puro é a poesia da alma.

CHM - -Você é um baterista habituado aos estúdios. Como é pra você a relação com os registros que ficarão literalmente gravados em cada música, em cada obra?

Costumo sempre dizer que cada música é uma obra atemporal. No processo de composição de linhas de bateria, assim também com todos os outros instrumentos, todo baterista pode deixar sua essência, sua marca registrada, sua forma de tocar, sua “pegada” o “feeling” individual. Particularmente gosto de compor variando em compassos 4/4, 3/4, 4/8 e 6/8. Isso me chama atenção, pois segura a atenção do ouvinte para descobrir o “que vem depois” ou até mesmo um desconforto na finalização de cada compasso. Isso é incrível. Ter isso registrado também é uma forma de ler e entender o próprio processo de compor e escrever as linhas rítmicas e olhar para a obra e pensar, “o que eu poderia acrescentar aqui ou ali”. Aprender com a própria obra é a melhor forma de desenvolver a musicalidade.



CHM - -Voce se sente mais à vontade em estúdio, ao vivo ou ambos?

Posso dizer que me sinto a vontade nas duas ocasiões, porém ambas exigem sensibilidade diferente e transmite sensações diferentes. Vamos lá:

ESTÚDIO: O estúdio é a casa de qualquer músico. Ali é o momento de criar e ser completamente técnico. A música exige regras, e uma boa educação musical. Cada instrumento tem seu papel fundamental dentro de uma melodia, divididos em rítmicos, harmônicos e melódicos. A bateria em regra geral por ser rítmica ocupa um espaço gigante na composição, e no campo harmônico, mantendo a base e envolvendo todos os outros instrumentos. A ideia é nenhum instrumento ocupar o espaço do outro dentro do campo harmônico.

Ex: No momento da mixagem da bateria, é interessante tirar as sobras de grave (high pass) do kick (bumbo) da bateria, pois essa região do campo harmônico o contrabaixo estará em destaque, pois é um instrumento que naturalmente soa grave. As frequências altas da guitarra e dos violões precisam necessariamente estar em regiões distintas para não “chocar” o som, não tendo cancelamento de fase, dessa forma precisa-se equalizar ambos e descobrir em qual frequência cada um dos instrumentos se encaixa melhor dentro do contexto musical. E quando dois instrumentos ocupam a mesma região, cada um tem seu momento certo de aparecer, isso serve para todos os instrumentos.

Tocar em estúdio exige técnica e estudo, o som deve soar limpo e linear do começo ao fim do take. A famosa pegada do baterista deve ser fluida a fim de vir “quente” e “grande” termos usados em estúdio quando se tem amplitude e corpo na senoide da gravação.

O estúdio é o lugar para tirar da mente a criação, errar muitas vezes e desenvolver e pôr em prática, para assim depois subir em um palco e poder executar.

Não é segredo para ninguém que meu estilo é o Heavy Metal, com pegada Progressiva ou Metal Sinfônico e com uma quedinha enorme para a cultura nórdica no processo de criação. Porém, dentro de um estúdio tive que aprender diversos outros estilos (sertanejo, forró, baião, pop) para gravações que tive que executar e também para conhecimento musical, meus gostos são específicos, mas minha educação é eclética, facilitando assim a hora de produzir outros músicos que me procuram.

Em resumo o estúdio é um lugar muito técnico e que se precisa de uma educação musical aflorada para soar musical a gravação. É o momento de criar, deixar fluir. Gosto sempre de dizer que cada ideia é válida, e serve para cada momento certo dentro do contexto de uma composição.

Ao VIVO (Palco): O palco é o espelho do estúdio, porém sem o momento para errar e poder começar de novo. A ideia é executar o que já foi gravado da forma mais fiel possível. Claro que nesse momento pode-se acrescentar outros elementos e dar “uma brincada” no instrumento, porém sem exageros, respeitando sempre a educação musical de que cada instrumento tem seu momento certo de aparecer. Estar no palco é uma emoção sem limites, pois existe um público ali que curte aquele som e esta ali para te ver executar aquela obra. Existe claro uma tensão maior pois não se pode errar. Todos os músicos devem estar alinhados, ensaiados e com o metrônomo em dia. Principalmente quando se é utilizado o famoso VS (instrumentos pré-gravados que o baterista ou tecladista solta durante o show), onde o músico deve acompanhar os instrumentos base do VS sem acelerar ou atrasar o tempo. Quem é baterista sabe como sofremos com o metrônomo.

Palco é uma mistura de emoções como adrenalina e medo, principalmente com eventos adversos que podem aparecer, como: Falta de retorno, som falhando, sobras de frequências, ou a falta delas. Problemas estes que toda banda pode estar sujeita a enfrentar em qualquer momento. Seja no começo de carreira ou com ela já consolidada.

Palco e estúdio são fantásticos. A tensão é diferente, mas a paixão pela música e pelo instrumento é o mesmo sempre.

 

CHM -  Sobre dicas: Quais dicas você daria para o baterista que vai entrar em estúdio? Quais dicas você daria para o baterista iniciante no instrumento?

Para aqueles que vão iniciar suas primeiras gravações, minha maior dica, ou conselho é estudar o metrônomo, e estudar muito. O baterista não precisa dominar a arte de escrever partitura ou figuras rítmicas (breve, semibreve, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa). Mas precisa entender de “tempo” e compasso, que são os dois princípios que regem o instrumento. O importante é fazer pouco e bem feito do que fazer muito e não soar musical. Todo baterista que vai começar deve se fazer essa pergunta, como posso fazer isso soar musical? E é claro, respeitar os outros instrumentos e entender que seu momento de brilhar vai aparecer.

Para quem está iniciando no instrumento, já afirmo de antemão que é o melhor instrumento para se aprender. Afinal, desenvolve de forma geral a coordenação motora, e desenvolve o raciocínio criativo.

Aprender bateria pode ser árduo, com exercícios intermináveis de resistência, por isso, não desistam, vai valer a pena treinar só bumbo, só caixa, viradas básicas repetidas vezes, desenvolvendo assim memória muscular e facilitando nas etapas seguintes. Gosto de dizer sempre a todos que tocar bateria é matemática pura, contar compasso, contar tempo, metrônomo. Por isso estejam com a matemática em dia. Brincadeiras a parte, para quem for iniciar no instrumento, desde o primeiro contato e interessante já começar os estudos com o metrônomo e é claro, se inspirar em alguma referência. É nesse momento que a familiarização com cada estilo é formada, para assim desde cedo já começar a ter a própria identidade.

 

CHM - Você participou da organização de eventos de grande envergadura para os padrões locais ao trazer tanto o Aquiles quanto sua banda. Como foi esse momento e como você avalia essa experiência?

Posso dizer que foi um momento de realização pessoal. Colorado sempre foi referência no âmbito sertanejo, e ter aqui um dos maiores nomes do Instrumento foi surreal.

 Desde o começo dos anos 2000 sempre gostei da banda Angra, com aqueles rifs pesados de guitarra, baixo com Trhee Finger Technique, composição orquestral e aquela linha de bateria complexa com pedal duplo e sextinas, principalmente do álbum TEMPLE OF SHADOWS que para mim é sem dúvidas a maior referência de Power Metal no Brasil.

Em 2014 tive a oportunidade de conhecer o Aquiles Priester de perto em um WorkShop na cidade de Londrina PR. Para mim, abriu a minha menta em relação à bateria podendo entender um pouco do seu processo de criação e como consegue executar com tanta precisão e maestria o instrumento, fielmente ao que foi gravado em estúdio. Nos anos seguintes pela sua influência me dediquei em estudar de forma árdua o instrumento no processo de criação e composição.

Em 2018, Aquiles anunciou nas suas redes sociais que viria para o Brasil em uma turnê de WorkShop novamente. E pensei de forma ousada porque Colorado não poderia receber um evento desse porte? Nesta época, eu estava lecionando em um Estúdio Musical um curso de produção musical juntamente com meu grande amigo Ney Farias. O mesmo abraçou a ideia comigo e entendemos que seria fundamental para nossos alunos ver de perto esse grande artista, e ver na prática o que estávamos ensinando.

Assim entrei em contato com o Aquiles através das redes sociais, então, formalizamos a data e contrato para a apresentação. Imediatamente, iniciamos uma campanha árdua de propaganda para a região para prestigiar o grande Aquiles, sendo ele eleito por 16 anos seguidos um dos 5 maiores nomes do Mundo da Bateria.

Para conhecimento de muitos, Aquiles foi cotado para uma audição com o grande Dream Theater, maior nome do Metal Progressivo desde a década de 80. Aquiles esteve entre os 7 melhores do mundo para essa audição.

Durante semanas ficamos nos preparativos para o evento, recebi da sua equipe o Setlist de palco e fomos atrás de cada detalhe para ser impecável. Som, estrutura, iluminação e é claro, o público.

No dia da apresentação, posso dizer que chorei, em estar frente a frente com uma das minhas maiores referências do instrumento. Logo pela manhã, lhe dei um abraço e disse que naquele momento eu estava realizando um sonho, e também o sonho de diversas outras pessoas que levam o instrumento com paixão.

Puder ser ali o contratante de um dos maiores nomes do Power Metal, e com orgulho pessoas lembram de mim e do Ney Farias como dois personagens que ousaram, que quebraram crenças limitantes em Colorado, uma cidade do interior totalmente sertaneja e que foi palco de uma noite de Metal.

À noite, no momento do show, me vi ali aquela criança de 08 anos que teve seu contato com a bateria pela primeira vez. Uma explosão de sentimentos em ver aquele cara na minha frente, comendo na minha casa e falando comigo sobre música de igual por igual. Foi mágico!

Em julho de 2019, Aquiles entrou em contato comigo dizendo que sairia em turnê com alguns músicos de sua banda Hangar para comemorar o Álbum Somewhere in Time da banda Iron Maiden na íntegra, e me perguntou se eu tinha interesse em trazer tal evento. Prontamente disse que sim e que precisava de dois dias para assinar o contrato.

Em dois dias formei uma comissão com amigos e simpatizantes do Metal para tornar realidade esse evento. Contrato assinado, começamos novamente 4 meses de divulgação intensa para o evento que aconteceria no Evidence Eventos em Colorado Pr.

Tensão a mil, pois o cachê dessa vez era de uma banda completa e precisávamos por público no local. As divulgações foram pesadas em Maringá, Londrina, Presidente Prudente e Paranavaí.

Nesse meio tempo, Aquiles permitiu que uma banda fizesse a abertura do show. De imediato um colega se pôs de prontidão para tal feito, porém seu baterista não poderia comparecer naquela data, e foi me feito o convite para substituir. Fazendo assim a abertura do grande Aquiles Priester e sua banda aqui e Colorado. Nessa altura eram duas emoções, trazer o evento e agora, tocar na frente do meu ídolo.

Nos preparamos com ensaios intensos para ficar tudo perfeito, criei uma rotina de estudos diários para ocorrer tudo perfeito e não fazer feio na frente de uma das minhas maiores referências do instrumento.

Chegou então o grande dia, recebemos um público diverso, até quem não curtia metal veio prestigiar tal evento. Curiosos queriam saber como uma cidade tão pequena poderia receber um show a nível internacional.

Subimos no palco com a banda de abertura às 20:30 em ponto, toquei com a alma, cada nota, cada virada fiz aquilo com dedicação e paixão. Logo após terminar o show, me encaminhei para o camarim para ver se o Aquiles e a banda estavam prontos, tremendo, suando frio de emoção em tocar naquele momento. Aquiles veio, me deu um abraço e me deu os parabéns por ter tocado tão “redondo”. Receber um elogio dele foi fundamental para eu entender que, tocar com dedicação e amor, vale a pena.

A noite foi um sucesso, Somewhere in Time na íntegra e demais outras músicas da banda Inglesa. Público foi a loucura e recebemos até elogios do dono do espaço locado, pois em anos fazendo eventos, foi a primeira vez que viu um público respeitoso, educado, que realmente vai para curtir uma boa música.

O público do Metal é diferenciado mesmo!

 

CHM - Quais seus projetos atuais?

Atualmente meu foco é estúdio. Estou em um hiato com minha banda principal, a Alpha, mas em processo de composição e criação de linhas de bateria de alguns singles instrumentais com características de Metal Sinfônico e cultura nórdica, algo que venho estudando a um bom tempo. Algo poético em cada nota executada.

Em paralelo, estou participando colaborativamente como compositor em um disco de um grande amigo, João Carlos. Álbum este que irá trazer as raízes do Blues. Letras intensas e reflexivas para quem realmente gosta de sentar, tomar um bom Whisky e curtir uma música de qualidade.

Também, estou envolvido em projetos de outros artistas em estúdio, dessa vez com a produção técnica juntamente com o grande amigo Ney Farias. Estilos como sertanejo, Gospel e rock estão fazendo parte desse Roll.

E é claro, para finalizar, estou como técnico de áudio e diretor de palco de eventos recentes da cidade. Fico imensamente feliz por amigos artistas estarem me convidando a fazer parte dessa história de suas carreiras.

CHM -  Você foi convidado de forma pontual para criar e moderar a página Cartas Para o Outono, que é a versão em português   das letras da banda Tragedy Garden ao longo de seus mais de 20 anos na cena underground regional e nacional. Como você recebeu esse convite e comente sobre essa experiência:

Conheci a Banda Tragedy Garden em 2007 através de um amigo chamado Vitor Carnelossi (ele que é membro da banda Tragedy Garden) e um excelente multi-instrumentista aliás. Nessa época, eu frequentava sua chácara todos os sábados para treinar bateria, bateria essa que também era usada para ensaios pelo famoso Marco Aurélio Azevedo, conhecido como Marcão.

Vitor sempre me falava desse tal Marcão, me mostrava na prática as levadas que ele executava na bateria, e como era alguns sons do Tragedy Garden, e eu sempre curioso para saber quem era esse nome da bateria regional. Em certo momento fui convidado pelo Vitor, para assistir um ensaio da banda, eu como bom simpatizante da música na época aceitei de imediato.

Nunca fui de sair, de ter muitos amigos, de brincar por ai, sempre estive atrás de música, então meus pais sabiam que se eu demorasse para chegar, ficavam despreocupados pois já sabiam onde me encontrar, na casa do Jota Silva (um ícone e radialista na cidade) ou na chácara do Vitor, sempre vendo músicos grandes tocarem.

Pude assistir um ensaio do Tragedy Garden e então conhecer o grande Marcão, cara sério, centrado e com uma musicalidade surreal. Onde fazia e faz com maestria o domínio do instrumento dentro do contexto Doom Metal e Gothic Metal. Aquilo pra mim era novidade, era diferente, me causava sentimentos inexplicáveis em sentir notas em escalas menores e tríades e trítonos. E logo, pedi para o Vitor gravar para mim em um Cd um álbum da banda, sendo Enemy Times meu primeiro Cd do Tragedy Garden, cópia essa gravada no quarto do Vitor Carnelossi em 2007. Ali, eu já me considerava metaleiro, sendo Tragedy Garden a porta que me abriu para conhecer esse universo incrível que é o Metal e suas variantes.

Em determinada ocasião em um ensaio, Marcão me deixou tocar um pouquinho na bateria, e logo depois me disse que eu teria futuro nisso, pra eu me dedicar e pra tocar muito Rock’n Roll. A partir daí o Rock e Metal começaram a fazer parte da minha essência, eu com apenas 12 anos de idade.

Devido ao colégio e outras obrigações não consegui mais frequentar os ensaios e muito menos a chácara do Vitor. Porém a admiração e o respeito sempre permaneceram. Com o Marcão acabei perdendo o contato, o vendo apenas esporadicamente em alguns momentos no centro da cidade, não passando daquele cumprimento respeitoso de mim um jovem músico para um músico experiente como o Marcão.

Voltamos a ter contato mais próximo a partir de 2018 quando trouxe o Aquiles para o WorkShop. Marcão também sempre apaixonado pela música e pela bateria, foi o primeiro a comprar o ingresso e sendo um dos primeiros a chegar no local e o último a sair. Depois novamente em 2019 com o show com a banda em tributo a Somewhere in Time, Marcão como sempre, garantindo seu ingresso e de seu filho Igor, e fazendo questão de apoiar a causa.

Depois, em 2021 tiver o privilégio de entrar para trabalhar no Departamento de Tecnologia da Informação e Marketing do Hospital Santa Clara. Hospital esse, que o Marcão também trabalha como Gerente financeiro da instituição. Trabalhar ao lado desse cara é realmente uma aula todos os dias, não sendo à toa que seu apelido é Professor. Marcão sempre culto, respeitoso, paciente e sabendo lidar com as palavras com sinônimos, antônimos de forma precisa.

Em 2022, mais precisamente em maio, Marcão me disse que teria um projeto diferente, de trazer para as redes sociais as composições da banda, tornar acessível toda a poesia por trás do Tragedy Garden e que gostaria de contar com meu apoio para tornar isso possível, de prontidão disse sim. Pois assumir esse projeto ao lado do Grande Marcão era algo de se orgulhar. Demos início em junho e até hoje fazemos a moderação da página Cartas para  o Outono.

Ao ser convidado me senti lisonjeado pois o Marcão estava confiando em mim uma tarefa de proporção e importância enorme, sabendo o quanto ele cauteloso e o quanto se orgulha de sua banda e suas composições. Alinhamos os detalhes e fizemos acontecer. Até aqui tem sido gratificante realizar este trabalho e conhecer Tragedy Garden e Marcão em suas essências.

 

CHM - Quais seus 5 discos favoritos?

1 – Imagens And Worlds – Dream Theater

2 - Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory – Dream Theater

3 – Temple Of Shadows – Angra

4 – Omega – Épica

5 – Infallible - Hangar

9-Quais seus 5 bateras favoritos?

Em primeiro lugar, não poderia deixar de citar o meu pai, Altemir Castilho. Homem íntegro, honesto que é amante da música assim como eu, que em todos meus projetos ele quer saber como está, me apoia e adora me ver tocar. O cara que me mostrou que a música é bela e que uma bateria bem tocada é linda de se ouvir, não se passando por um mero batuque de tambores.

Em segundo lugar, é Mike Portnoy, baterista versátil em todos os estilos mas se consagrou no Metal Progressivo com a Banda Dream Theater, aquela que no começo da entrevista disse que Aquiles foi convidado para fazer audição justamente para substituir Mike.

Em terceiro lugar, é Aquiles Priester, sem comentários descrever o quanto esse cara toca e o quanto ele me influenciou musicalmente.

Em quarto lugar, Mike Mangini, atual baterista do Dream Theater, baterista extremamente técnico, preciso, veloz e muito musical.

Agora, fugindo um pouco da cena Metal, coloco em quinto lugar dois nomes em paralelo, Jeff Porcaro/Simon Phillips, ambos que foram bateristas da banda TOTO, banda essa que em questão de musicalidade e forma de compor possuem um nível sem igual.



 CHM -  Espaço para suas considerações finais.

Gostaria imensamente de agradecer ao Marcão pelo convite a esta entrevista, realmente escrever tudo isso me trouxe memórias nostálgicas em poder lembrar um pouco da minha história da música. Sou um músico em processo de aprendizagem constante e olhar para atrás da para mensurar o quanto consegui evoluir musicalmente e tecnicamente, e perceber que lá atrás eu me imaginei trabalhando com isso e realizando e vivenciando música e hoje estou aqui, posso dizer que vou conseguir deixar registros atemporais para as próximas gerações, e um dia alguém ouvir e dizer, “aquele é o Will Castilho tocando”. É sempre muito bom ressignificar e lembrar da própria história e ver quem esteve junto desde o começo apoiando e incentivando. Deixo para aquele que vão ler que, a música é o sentimento mais puro do homem, a música em sua essência transmite, toca, emociona e realiza. E para quem for iniciar na bateria ou algum outro instrumento, vale a pena, mergulhem de cara nos estudos. Vivam a música assim como eu vivo, sintam como eu sinto e se orgulhem de suas histórias.

Por hora, vou ficando por aqui e até breve. Quem quiser me conhecer um pouco mais e também um pouco dos meus trabalhos, me sigam no Instagram, @castilho.will

Um abraço a todos e bora fazer música!

 

*Por Marcão Azevedo.

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

NIGHT OF TERROR – A MENSAGEM UNDERGROUND FORTALECENDO A CENA METAL REGIONAL E NACIONAL

 


NIGHT OF TERROR – A MENSAGEM UNDERGROUND FORTALECENDO A CENA METAL REGIONAL E NACIONAL

Nosso cenário underground regional é de extrema qualidade, com várias bandas reconhecidas em boa parte do território nacional, em vários gêneros. Enxergamos, no canal Night Of Terror,  um veículo de extrema qualidade e responsabilidade dentro do trampo proposto, que é dar espaço para bandas e personalidades do underground regional e nacional conversarem sobre suas obras e temas diversos, e nesse quesito Rodrigo Leonardi (Vozão) e Julião Silva – idealizadores do canal N.O.T o fazem com grande habilidade, de forma bem sacada e sendo uma das vitrines de expressão para quem realmente batalha a cena, quer como banda, músico ou  qualquer outro derivativo ligado à cultura underground. Rodrigo e Julião receberam o Colorado Heavy Metal de forma muito solícita, e à partir deste momento você é nosso convidado para curtir essa conversa muito bacana com dois dos porta-vozes do underground nacional:

CHM -  Como surgiu a proposta do Night Of Terror e como tem sido a aceitação do público em geral com o conteúdo apresentado?

Rodrigo – O Night Of Terror surgiu em 2005. A intenção era ser um fanzine, tanto que chegou a sair um exemplar. Depois disso, percebi o quão era difícil fazer um fanzine e acabou por aí. Depois disso, virou uma espécie de selo da minha banda na época (Abuso Verbal) onde os integrantes realizaram várias coisas com esse nome. O Caxa fez alguns eventos e o Feliz chegou a dar suporte como selo para algumas bandas. Passado- se anos, precisamente em 2016, queria reativar e fazer algo que envolvia artistas independentes, mas foi só em 2018 que comecei a fazer entrevistas com os artistas. Como as primeiras impressões foram ótimas por parte do público, resolvi chamar o Julião para ser meu socio no canal. Com a pandemia, adotamos o formato de lives e seguimos até hoje.

 Julião – Bom, como o Rodrigo citou a cima fui convidado por ele para ser sócio e também participar da elaboração dos conteúdos. Aceitei na hora rsrsrs. Quando iniciei no N.O.T. comecei fazendo entrevistas das bandas que iam tocar no Tribos.  A gente fazia o convite para as bandas. E o Juninho liberava o quartinho dos fundos para a gente realizar a entrevista. E relação a aceitação do público acho está sendo acima do esperado. Pois tenho recibo várias mensagens elogiando que eu e o Rodrigo estamos fazendo ao decorrer deste espaço tempo.  

CHM - O canal Night Of Terror propicia ao público conhecer uma gama bem ampla de figuras de destaque na cena underground autoral. Quais os critérios do canal para seleção dos entrevistados?

 

Rodrigo – O Canal é voltado para a cultura underground, tantos escritores, cineastas, donos de bares e etc. acho que o maior critério é ter algo a apresentar. Ter um motivo para estar com a gente papeando. Nos casos das bandas, desde que se enquadre no rock está tudo bem, já entrevistei bandas de rap também. Porem acredito que não há espaço para outros gêneros musicais.

 

Julião – Em relação aos convidados, buscamos sempre por bandas, músicos donos de estabelecimentos que abrem as portas para o nosso estilo musical que se enquadra no rock e metal. A gente envia o convite para os entrevistados, explicamos os procedimentos  e o chicote estala  kkkk.

 

Rodrigo Leonardi


CHM - Tive o prazer de ser um dos entrevistados pelo canal, e posso atestar o quanto à vontade o entrevistado se sente e o nível de preparo da equipe do NOT como um todo, tendo literalmente conhecimento de causa para cada entrevistado, além da interação de um público também muito identificado. Comentem sobre isso.

 

Rodrigo- Quando entrevistamos alguém, geralmente no começo, o convite partia da gente, então, conhecíamos os trabalhos de cada um. Isso ficaria mais fácil o bate papo. Mas sempre pedimos para os artistas enviar uma mini biografia, para podermos elaboras as pautas. No meu caso, uma hora antes, peco para o artista entrar para passarmos a pauta juntos, ali o artista ajuda a acrescentar algo e diz sobre o que quer falar ou não. Mas nas lives, pelo menos no meu caso, a pauta é apenas uma guia para conversarmos. Muitas perguntas surgem no momento das entrevistas. Quanto ao publico interagir, para mim é uma forma deles participarem ao máximo das lives, se sentirem à vontade para perguntar curiosidades sobre o entrevistado.

 

Julião – Na minha opinião, tentamos deixar o entrevistado em uma situação que ele fique confortável. Para realizar a entrevista, pois pode se notar que é o N.O.T. faz parte de alguns poucos canais de entrevistas. Que apresentador e o entrevistado pode beber umas e fumar sem censura algumas. Situação essa acredito que deixa ambas partes a vontade como estivessem em uma de bar bebendo umas e jogando conversa fora kkkk. E também rola que os entrevistados quando possível enviam algumas informações para que possamos saber mais sobre o seu trabalho. Quando isso não acontece, fazemos algumas pesquisas sobre o entrevistado.



CHM - Os Podcasts e afins tornaram-se um dos maiores espaços para interação com artistas e personalidades em geral. Como o NOT avalia e observa esta realidade?

 

Rodrigo - Olha, eu sempre gostei de programas de entrevistas e sou uma pessoa que quando gosta de uma banda, um escritor, um cineasta, eu não fico apenas na sua obra, fico curioso por bastidores e suas influências. Para mim, acho que demorei ate para ter um canal de entrevistas. Particularmente eu acho muito interessante, porém muitos podcasts ficam na panelinha, ou seja, entrevista as mesmas pessoas. Já caiu nas mesmices. Acho que o foco é mais as visualizações do que o próprio conteúdo. Isso é algo que visamos, mas não em primeiro lugar. Em primeiro vem o grande acervo de entrevistas lives que fazemos, deixando registrado nas plataformas o nosso trabalho, que para mim tem e terá ainda mais um valor histórico artístico no decorrer dos anos.

 

Julião – Na minha opinião é muito gratificante, fazer parte deste ramo de entretenimento em nosso seguimento. Pois sempre fui apreciador de revistas e fanzines onde no passado era a única maneira de nós saber sobre as bandas que gostamos. Com o passar do tempo e o avanço da tecnologia. Conseguimos levar estas informações para os hellbrothers e hellsisters de maneira rápida e objetiva. De bandas e artistas, escritores e etc. Que fazem parte do nosso submundo.

 

CHM - Estamos localizados no eixo Maringá-Londrina-Presidente Prudente. Qual a percepção do NOT sobre a cena underground (em todas as vertentes) neste circuito?

 

Rodrigo- Sempre foi muito rica. Logico que tem seus altos e baixos, mas sempre tivemos ótimos artistas na região. O que as vezes acontece é que deparamos com muitos rockeiros que na verdade se tornam um de fim de semana, quando tem bandas covers tocando. Quem leva o rock e o underground como estilo de vida são bem poucos. Percebe-se que em shows de bandas autorais quase não da gente. Mas os poucos são fieis e é isso que não deixa a cena morrer.

 

Julião- Em relação o nosso cenário, já foi bem mais rico que hoje podemos que tem várias bandas fudidas que sabem  e representam o que é o verdadeiro sentido do undergroud. Mais acho que precisamos de mais cooperação entre bandas e não competição! Tipo assim a banda do brother vai tocar o que custa compartilhar ou curtir o flyer do show. Em relação ao público percebo que hoje esta dando pouca gente.

 

Julião Silva


CHM - Quais projetos o NOT pensa em momento futuro, e como avalia o comportamento do público atual? Vocês enxergam uma renovação na cena, principalmente regional, quando em algum momento bandas de expressão em atividade não estiverem mais presentes? Vocês sentem que há barulho e ebulição nas garagens?

 

Rodrigo- Temos muitas ideias para o NOT. Talvez um podcast futuro, ou começar a ser um selo dando suporte para artistas, mas no momento posso dizer apenas isso (Risos)

Quanto a cena, como disse há pouco, são poucos que levam o rock e o underground como estilo de vida. Pelo menos em Maringá, pude perceber uma galera bem jovem colando nos shows autorias, isso de fato, já me alegra em saber que tem uma galera dessa nova geração dando continuidade para tudo isso não morrer.

 

Julião- Igual o Rodrigo, quem sabem em um futuro próximo um postcast. E também se tornar selo para que possamos lançar bandas que do nosso cenário underground. Talvez rolar um fest com o nome Night Of Terror Inc. E quanto a cena não para sempre surgindo bandas e conhecendo bandas de outros estados que estão destacando em nosso cenário vou citar algumas para que você e os leitores possam sacar caso não conheçam: Sevo, Rötö, Malignant Exclemental, Totemtabu, Sestro, Total Desastre.

 

CHM - Quais os 05 discos preferidos?

 

Rodrigo-Mainstream

1.     Sepultura- Chaos A.D.

2.     Ratos de Porão- Brasil

3.     Iron Maiden- Killers

4.     White Zombie – Astro Creep 2000

5.     Ministry- The Mind is a Terrible Thing To Taste

(Black Sabbath, Slayer, Metallica, vixi, tem um monte, rsrsr)

Underground

1.     Corpse Grinder- Apocalipty Terror

2.     Torture Squad- Pandemonium

3.     Necrotério- Lamment of Flesh

4.     Subtera- Nothing to Death

5.     Holder- Eternal Flames

 

Julião – Meu brother ai você me quebra kkk, vamos fazer assim vou citar alguns rsrsrs, ok!

 

Deicide – Deicide

Slayer – Reign In Blood

Cannibal Corpse – The Bleeding

Death – Simbolic

Mercyful Fate – Don’t Break The Oath

Headhunter D. C.  – And  The Sky Turns To Black

Ancestral Malediction – Demoniac Holocaust

Mystifier - Wicca

Infernal – Ritual Humilation

Holder – Merciful Scourge

Krisiun – Conquerors Of Armageddon

Ratos de Porão – Brasil

Sepultura – Schizophrenia

Torture Squad – The Unholy Spell

 

Vou para por aqui senão vou mandar uns 100 kkk!!!

 

CHM - Espaço para suas considerações finais.


Rodrigo- Agradeço imensamente o convite, agradeço a todos que acompanham o canal. espero nos encontrarmos em breve para botar o papo em dia.

 

Julião – Muito obrigado brother, pelo espaço cedido para podemos expressar nossas opiniões referente ao nosso trabalho valeu mesmo. Em breve a gente se tromba para beber umas e trocar umas ideias valeu.

 

*Por Marcão Azevedo

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

A JUVENTUDE E O HEAVY METAL

 

Foto: Hermes de Paula 

    A adolescência é uma fase determinante na vida de um Cidadão, personalidade, gostos e preferencia se moldam nesta fase, o que para alguns dura pela vida toda.

O Encontro do vigor da adolescência com o “rock pesado” geralmente deixa marcas profundas, inclusive na ideologia. Muitas camisetas pretas desbotadas que vemos hoje em dia, são usadas por jovens senhores atravessaram décadas curtindo suas bandas favoritas. Ainda que o Heavy Metal tenha muitos fãs caricatos e equivocados (assim como todo movimento), uma parte importante do público consome a música de maneira mais profunda. Temas históricos, fantasiosos, letras de protesto e de terror fazem parte de um imenso contexto literário distribuídos em muitos subgêneros desconhecido pela maioria das “pessoas comuns”. O contato com esse material é capaz de preencher espaços vazios dar sentido a vida de muitas pessoas. 

    Mas será que a “molecada de hoje em dia’’ ainda tem esse despertar? Pode ser que sim, talvez não tão forte quanto as gerações anteriores, mais o despertar está ali, escondido em algum lugar no subconsciente. O fato é que nas décadas de 80 e 90 essa necessidade de uma afirmação musical era mais latente, quando alguém conseguir comprar um disco ou uma camiseta de banda favorita, era destaque no grupo de amigos. O rock ainda é contracultura, e está sempre a contramão do popular, inegavelmente o estilo sempre esteve na vanguarda e consigo carrega toda uma bagagem que provoca no indivíduo uma abertura para um caminho que pode ser pra vida toda. Quem fez essa descoberta e conseguiu atravessar as demandas que surgem na vida adulta, provavelmente envelhecerá dentro de um universo que é um link direto com a sua juventude!


Por Vitor Carnelossi

COLORADO HEAVY METAL - MÚSICA ALÉM DA OBVIEDADE!


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Desde 2013 produzindo matérias e entrevistas para grande rede.
Editor responsável - Vitor Carnelossi

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

CD FIRST PRESS, UM NOVO NICHO DE MERCADO

 

    Nostalgia: “É a sensação de saudade originada pela lembrança de um momento vivido no passado ou de pessoas que estão distantes.’’ Esse sentimento também extrapola suas especificações no real sentido da palavra para viagens, músicas e objetos, no caso mais especificamente no ponto que nos interessa, CDs...   
A famigerada “era” dos CD First Press....

    Mais o que seria essa nova tendência? Oque é CD First Press? Esse tipo de CD não tem nada de diferente para você está se deparando com o termo agora, simplesmente é o primeiro lançamento de um determinado álbum, a primeira prensagem feita na época que o dito cujo foi concebido. Os anos 90 foram o ápice da comercialização dos CDs encontrando uma forte decadência na década seguinte com a chegada dos MP3. Muitos se desinteressaram do formato CD nos meados dos anos 2.000, tratando-os de maneira obsoleta e com isso causando um declínio na popularidade.

    Então, seguindo uma valorização já esperada, chegou o momento de pagar caro em CDs “antigos’’, que a exemplo dos Lps tem a valorização constantemente dobrada por alguns motivos, o maior destes motivos é o próprio interesse dos fãs em validar sua devoção por determinados álbuns tendo o item em suas prateleiras. Muitos na adolescência venderam, outros emprestaram, outros “pirateavam” os originais em fitas K7 ou mídias virgens, agora esses jovens de outrora querem adquirir suas relíquias com suaves prestações.

    Um outro motivo é que alguns Cds ainda não tiveram novas versões recentes lançadas no mercado, e como se encontram fora de catálogo o preço fica salgado. Alguns relançamentos também não atendem as expectativas da clientela, ficando aquém da primeira versão. A arte gráfica alterada e a pouca fidelidade de cores em formatos Digipack recebem bastante críticas de colecionadores, pois muitos não abrem mão do tradicional acrílico. As vezes os interessados compram a versão recente, mais quando encontram oportunidade investem na versão de época também.

    É importante falar que alguns relançamentos que andam sendo feitos são infinitamente melhores que os “Firts Press”, tendo músicas bônus, encartes com bastante páginas, posters, slipcase entre outros agrados. Então a questão final entre adquirir um CD de primeira prensagem ou um material caprichado relançado fica por conta da nostalgia de quem irá comprar! Afinal tem preferencias que não se guiam pela razão!!!!


Por Vitor Carnelossi

COLORADO HEAVY METAL - MÚSICA ALÉM DA OBVIEDADE!


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Editor responsável - Vitor Carnelossi

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

CLÁUDIO LOPES - UM LEGADO DE PESO E ATITUDE!

Claudio Lopes, o baixista... Uma lenda do Thrash Metal Nacional, ainda quando termo estava sendo criado nos bastidores do underground Mundial. 

Na linha de frente de um monstro ácido que cuspia em cima da estética e do estereótipo do rock até então, imortalizou-se com obras atemporais como ‘’Antes do Fim’’ e “Dividir e Conquistar”. 

Ao lado do visionário Carlos Lopes,  Cláudio “Cro-Magnon” segurava bases genuinamente complexas, levadas insanas e pesadas que assustaram o embrionário Heavy Metal Brasileiro. “Antes do Fim” é um registro que extrapola tudo que havia sido feito até o momento, e cria uma ruptura para que de sua violência vulcânica efervescesse um novo horizonte em meio a fumaça do caos. A aventura da “Dorsal” só estava tomando forma, e após o histórico “Dividir e conquistar” a banda ainda confabularia discos que iriam desafiar a todo momento os limites de cada ouvinte.

Gravando os baixos de "Searching for the Light" (1990), "Musical Guide from Stellium" (1992) e "Alea Jacta Est" (1994) Cláudio retornaria a cena apenas em "2012" (2012), "Imperium" (2014), "Canudos" (2017) e "Pandemia" (2021). Suas linhas graves estão eternizadas para cada audição destes registros, milhares de Notas e sentimentos contidos nas 4 cordas. Descanse em paz!


Por Vitor Carnelossi

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