terça-feira, 1 de março de 2016

ETERNAL SORROW: WAY OF REGRET – OBRA-PRIMA DO DOOM METAL NACIONAL


Lançado em Novembro de 1998 pelo selo mineiro Demise Records, o disco Way of Regret(Caminho do Remorso) é uma  declaração de amor incondicional ao soturno, ao depressivo, ao  lúgubre – sinfonia depressiva ´´made in Brazil´´ com requintes de talento e musicalidade dignos de embalar os sonos mais sombrios em qualquer lugar do mundo, ou seja, uma banda Paranaense(Curitiba) produz um uma obra-prima do gênero.
Convenhamos, como qualquer gênero, uma gama enorme de bandas flertando com o doom e gótico assolam então a cena, algumas muito boas, outras nem tanto, e só ficam quem tem o DNA da proposta.

Para quem acompanhou, penso que seja desnecessário dizer da forte influência desta banda entre os integrantes do Tragedy Garden, que aplicaram uma proposta soturna à sua musicalidade, onde o exímio guitarrista Vitor Carnelossi supria a falta de teclados com trampos de guitarra muito acima da média. Quem viu e presenciou, sabe. A faixa Final State of Depression sempre rolava no ensaio da banda.
O vocalista e tecladista  Júlio é o vocal cinzento com requintes de funeral da banda, encaixando timbres como uma luva ao que se propõe a banda, adicionando ainda linhas de teclados de extremo bom gosto e melancolia ímpar.
Quanto ao batera Adriano, confesso que poucas vezes ouvi e vi (tive o prazer....) um baterista com tamanha destreza no fundamento de pedal duplo. Um mestre nos contra-tempos e ´´ghost-notes´´, desfilando sua técnica e velocidade ao longo de todo o cd. Tudo na dose certa. Uma aula de bateria.
Anderson e Gustavo despejam riffs melancólicos com peso e melodias de grande inspiração, sem firulas, no tamnho e dose necessários, aumentando o clima desolador do cd. Excelente trampo dos guitarristas.

As quatro cordas ficam por conta de Maurício, que também faz os ´´backings´´. A exemplo da dupla de guitarristas, um trampo de grande qualidade, tocando para a banda.
Vale registrar que acompanhamos um show deles no Tribo´s em Maringá e assistimos então  à uma execução fiel das músicas, além da competência de cada um em seu instrumento e da simpatia e simplicidade dos músicos no antes do show e no back-stage. 
Dentre os ´´troféus´´ do rock que me fiz presentear, a capa desde disco autografada merece destaque especial.
Ouçam Final State of Depression, Dreams of Sanity, Funeral Walz, Twilight of Life e as outras deste grande disco e tire suas conclusões.
A nível de supresa e estágio, classifico este disco no mesmo nível de Songs for Moors and Misty Fields, do Empyrium.
Ambos não são recomendados para ouvidos despreparados e psicológicos abalados.
Ouça alto!!
Marcão. 

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