domingo, 17 de novembro de 2013

PEDAL DUPLO – ACELERANDO O HEAVY-METAL

Unanimidade entre quase 100% dos bateristas modernos;
Fundamento que requer alta destreza e resistência física;
Efeito que causa admiração e curiosidade no público em geral, principalmente no rock e  especialmente nos aficcionados pelo heavy metal.
Tendo a bateria evoluído e ganhando cada vez mais  destaque conforme grandes bandas surgiam, performance como a de Ginger Baker (Cream) e Keith Moon (The Who), juntamente com a mão pesada e o swing de John Bohan (Led Zepellin) e Bill Ward (Black Sabbath) passaram a serem cada vez mais evidenciada, e a busca por elementos criativos a partir de seus kits de bateria foram os percursores para o surgimento e aperfeiçoamento do pedal duplo.

Max Kolesne

Phil Taylor, um dos primeiros bateristas do Motorhead é considerado o pioneiros dos tempos atuais. Em entrevista, o vocalista Lemmi disse que um dia chegou no local de ensaio da banda com os demais músicos e lá de fora ficaram ouvindo uma ´´novidade´´ que vinha do som da bateria de Phil, que estava sozinho ensaiando seu instrumento naquele momento. Era então o andamento do que seria a faixa ´´Overkill´´, considerada a música que ficou marcada pela levada rápida e presença explícita do pedal duplo.
Bateristas consagrados como Dave Lombardo (Slayer) e Pete Sandoval (Morbid Angel) são considerados grandes referências neste fundamento, mas para orgulho de todos nós o grande nome mundial tido como unanimidade é o grande Max Kolesne, do Krisiun. Quem já esteve com ele, como muitos bangers daqui nas várias passagens deles por Maringá, sabe o quão gente boa, simples e humilde o cara é, bem como ouve nitidamente a velocidade de seus bumbos em relação às bandas de abertura, seja ela qual fosse. Numa das passagems deles pelos EUA, os músicos do Morbid Angel estavam plantados em frente ao palco durante um dos shows, prova do reconhecimento e respeito conquistado. Segundo Max, suas sessões de ensaio duram cerca de 08h/dia, o que o elevou a patamares nunca antes atingidos pelos bateristas. Utilizando a técnica dos blast-beats, impõe uma velocidade avassaladora nos andamentos, parecendo literalmente um triturador incansável.
Um segundo nome a se destacar e que considero a sombra do Max vem da banda Vital Remains, de nome Eddy Hoffman, que imprime uma velocidade absurda em seus bumbos. Se vc ainda não conhece este trampo, vale a pena, até porque é a banda paralela do Glen Benton, do Deicide, que aliás tem outro monstro como baterista no próprio Deicide, o Steve Asheim.

Pete Sandoval

Estilos com o power metal, death metal, metal sinfônico, true metal, grindcore, black metal passaram a usar cada vez mais, encorpando mais o som e acelerando de forma que a sensação de velocidade é sempre intensa.
Lento ou rápido, a verdade é que dá um colorido a mais nas composições.
A nível conceitual, o que se pede a nível de dominar o fundamento do pedal duplo é que se faça com ambos os pés, com a mesma velocidade e precisão em cada perna, o que se faz com as mãos.
O pedal duplo, porém, requer o mesmo cuidado por parte do baterista em relação ao uso dos pratos: é preciso podar exageros, como não poluir os andamentos com colocações ´´deslocadas´´. Não tenha dúvida – se encaixado na hora certa, ou na base certa, com certeza o efeito será muito agradável. Caso contrário a sensação é de música ´´ardida´´ ou apenas barulhenta.
Um GRANDE abraço a todos os leitores do coloradoheavymetal.



Marcão Azevedo.

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