O programa STAGE DIVING esta trazendo para Presidente Prudente a clássica banda ANVIL, uma das mais pesadas bandas do heavy metal (tradicional) desde sua fundação no início dos prolíferos anos 80! Para falar sobre os detalhes deste evento, falamos com o legendário Cesinha Crepaldi, Radialista, promotor responsável por grandes momentos do rock em nossa região! Confiram!
1 – Cesinha, mais um aniversário do programa STAGE DIVING,
podemos dizer que esse programa agrega um valor impar ao cenário rock da
região! Qual o combustível para promover um evento dessa magnitude?
R: Paixão pelo Rock !
digamos que seja uma mistura de compromisso com os amigos e ouvintes, as
oportunidades aparecem, os riscos existem, mas tudo acaba sendo prazeroso. Costumo dizer que no final tudo dá certo.
2 – Qual o “termômetro” para a escolha das bandas que se
apresentam no aniversário do STAGE DIVING?
R:Antigamente o acesso era o cenário nacional, o que estava
ao alcance, bandas não cobravam nem cachê, queriam se promover........me
recordo de levar uma excursão para ver o 1º show do Blind Guardian na cidade de
Sto. André (1998), a abertura foi feita pelo Tuatha de Danann e Symbols, no
final do set das bandas comentamos: “Que isso !!? Acho que podemos ir embora”
hahahahahha, nesse mesmo dia conversei com os grupos e deixei meio acertado que
levaria eles para a festa do Stage Diving, e tudo se confirmou em novembro de
98 o Symbols tocou no Stage e em 1990 foi a vez do Tuatha de Danann,
Dragonheart e Petallon Ainda combinamos shows com as bandas nacionais mas derrepente o Brasil
virou rota de bandas Internacionais, aquelas que tanto sonhamos ver no passado
agora é uma realidade, o Stage Diving ficou conhecido e chega proposta de shows
durante o ano todo. Eu decido quem vai tocar, meu termômetro tem me ajudado a
escolher heheheheheh, na verdade todos palpitam e isso é de grande valia, busco
uma grande expressão que esteja passando pelo país nos dias que se realiza o
show de aniversário.
3 – Esse ano teremos a presença quase surreal do legendário
ANVIL! O que podemos esperar desta apresentação em Presidente Prudente?
Para o organizador dá uns altos e baixos, preocupação e
responsabilidade, tem que dar certo! Podemos esperar que os caras vem para
fazer o show da vida deles, é assim que o ANVIL se sente.
4 - O documentário “Anvil!
The Storyof Anvil’’ foi um sucesso e deu um gás para banda continuar suas
atividades! Como você classifica a importância do ANVIL dentro do rock pesado
mundial?
A mesma paixão que temos pelo Rock, quantas bandas iguais ao
ANVIL não continuam insistindo e acreditando que uma hora as coisas podem
acontecer, (é bom lembrar que o documentário está sendo exibido no canal
NETFLIX) o sonho de cada um de nós era poder ver uma banda como o ANVIL bem de
perto, apostaríamos nosso maior tesouro que isso nunca poderia acontecer em
nossa cidade, o mundo é muito pequeno,
dia 22 de setembro eles estarão por aqui.
Vejo o ANVIL do mesmo tamanho que o IRON MAIDEN, MOTORHEAD,
SAXON, apenas não decolaram, não conseguiram a parceria certa na hora certa e
faltou um bocado de sorte, essa é a verdade. Para os leitores indico um álbum
fundamental da história do heavy metal “ANVIL-Forged in Fire.
5 - Como a galera da
região pode garantir antecipadamente seus ingressos para essa grande celebração
do rock n´roll?
Os ingressos (antecipados com valor de meia entrada R$90)
estão a venda na AUDIOTECH MUSIC STORE (antiga Sonotec) Av. Manoel Goulart, 756
– Pres.Prudente (info-18-991056294)
6 - Além dos convites antecipados, haverá vendas no local no
dia do show?
Sim, haverá venda no local valor R$110
7 – Esse evento novamente coloca o STAGE DIVING em contato
com artistas expressivos do Heavy Metal Mundial! Deixo o espaço aberto para
suas considerações, reforçando o convite para essa grande festa!
Primeiramente obrigado Vitor pela atenção que sempre teve
com nossa programação, pessoas como você contribuem e multiplica nossas ações
em prol da musica mais amada do planeta.
Será uma satisfação receber os fans e admiradores para mais
um capítulo de nossa história, o programa Stage Diving está a 5 anos na NET (www.stagediving.com.br), e mantém a
mesma prática na programação, desde 1991 .
A banda Canadense ANVIL está completando 40 anos de estrada
e com certeza os fans e curiosos presentes na festa sairão em êxtase em mais
uma grande produção do STAGE DIVING em parceria com a AUDIOTECH.
STAGE
DIVING “ You deserve it”
Por Vitor Carnelossi
COLORADO HEAVY METAL - PEQUENAS AÇÕES QUE FAZEM A DIFERENÇA!
Um momento literalmente antológico no rock brasileiro. Momento em que o Barão Vermelho provou que era muito mais que a banda do filho mimado e pirado no pó do Diretor da Som Livre. Momento em que a poesia marginal de Cazuza encontrou na guitarra e Frejat e no baixo preciso do Dé um muro para ser escrita, e invadir rádios, TVs e toca-discos por mais de uma década.
Produzido por Ezequiel Neves (Zeca Jagger), em 1984, Maior Abandonado explodiu, sendo premiado por público e crítica, e mostrava claramente que o sucesso anterior, Pro Dia Nascer Feliz, era sim uma pequena mostra do poderio de fogo destes cariocas da gema, pois inicialmente ficou conhecida na voz de Ney Matogrosso, e gradativamente Cazuza e sua trupe a trouxe de volta com uma interpretação e swing magistral, que marcaria toda a trajetória da banda enquanto teve Cazuza como letrista principal e vocalista.
Bete Balanço, Baby Suporte, Por que Que a Gente é Assim, Dolorosa, Milagres, Não Amo Ninguém, enfim, basta escolher uma faixa aleatória e nos deparamos com os versos marginais e viscerais de Cazuza, com seu vocal singular, numa performance de toda a banda de altíssimo nível. Não estou nem comentando a faixa-título Maior Abandonado, um petardo que assolou o rock nacional e colocou o talento do Barão em seu devido lugar.
Estava gravado então Maior Abandonado, um clássico dos anos 80, um disco venenoso, um disco de poesias cantadas.
Revisite este disco em seu acervo. Você corre o sério risco de bater de frente com poesia ácida e um instrumental de primeira linha.
1 - É um prazer tê-los aqui no blog
COLORADO HEAVY METAL falando sobre o trabalho de estreia do KADABRA,
“DEVASTATION´S SONGS”. Primeiramente
pergunto, há quanto tempo a banda existe?
Pois uma estreia com uma intro + 10 sons inéditos autorais é uma ótima
produção não concorda?
Paulo: Olá, sinceramente, o prazer é
todo nosso. A cada parte do processo de construção da banda até agora, nós
sonhamos os acontecimentos. Poder falar do nosso trabalho, com certeza, é uma
grande realização. Sobre o tempo de banda, existimos a cerca de um ano. Em
nossas cabeças, no entanto, já existimos a mais tempo. Foi mais uma questão de
encontrar o time certo, depois disso, tudo fluiu de modo trabalhoso, mas
natural.
2 – Em um release anterior que fiz
sobre “DEVASTATION´S SONGS”, citei algumas bandas “oitentistas” como exemplos,
qual as referências principais que o KADABRA utilizou para formatar essas
canções?
Paulo: Não acredito que tenhamos
“usado” influências. Apenas jogamos para fora o que tinhamos para falar e
deixamos as influências apareceram naturalmente. De todo modo, em nossa
educação músical, escutamos demais bandas como Iron Maiden, Judas Priest, Ozzy,
Black Sabbath, Pentagram, Motorhead, Metallica, Slayer, Anthrax, Megadeth e
etc. Sem falar no Nervochaos, Korzus, Sepultura, Kamala, Blackning, Executer e
tantas outras do metal nacional. Tem algumas que conheci recentemente também
que são o Master, Cauldron, Cérebro de Galinha e o Necrohunter. Enfim, tem de
tudo, dentro do rock.
3 –Apesar da ligação aos moldes
“oitentistas” vocês não abriram mão de uma gravação atual e de boa qualidade,
como foi o processo de produção deste material?
Paulo: Nós quisemos deixar a coisa bem
real, bem orgânica mesmo, porém sem perder a qualidade. É preciso achar um
equilibrio entre a técnologia e o saudosismo. Foi essa a proposta da produção.
Também quisemos gravar editando o menos possível, tirando o melhor de cada um
no momento. Veja, gosto de muitas coisas modernas e mais ainda das antigas,
então foi um direcionamento dado de acordo com o que queriamos fazer agora. Não
há dogmas aqui.
4 – A ideia de filmar esse
processo de gravação e disponibilizar no youtube foi muito legal e ousada! Como
controlar a ansiedade em estúdio, produzindo o material oficial e ainda com o
bônus da filmagem neste momento tão delicado!
Paulo:Cara, foi muito espontaneo para falar a verdade. O Marcio Pacheco (produtor de audio) e o Adolpho Zamboni (Produtor de imagem e video) souberam conduzir bem o processo, deixaram livre para a gente tirar sarro e contar piada. Até para brincar com eles era tranquilo. Ao mesmo tempo, existia uma ideia comum de quando tinha que ser sério e fluía. Eu tenho mais claro na lembrança a parte das vozes. A gente tava sem saber como seria, a voz é mais delicada para mim do que a guitarra. Lembro da gente estar batendo um papo antes e eu fui me retirando, fui tirando o sorriso da cara, chegando mais perto do equipo, arriscando um grito ou outro. Felizmente, para mim, foi só escutar as músicas e curtir o que estava fazendo. Houveram pouquissimas repetições para os meus vocais dessa vez. Conforme a concentração ia acontecendo, eu meio que esquecia do resto. Não atuei para a camera, só fiz o melhor que dava pra a música.
Danilo:Confesso que fiquei nervoso pra caramba nas gravações, tanto do baixo, quanto da voz, mas todo mundo me ajudou, pois fazia muito tempo que não pegava o baixo pra tocar e estava bem enferrujado e ai ficava com medo de o pessoal ficar irritado por eu estar travando. O Paulo chegou com suas experiências de bandas passadas e disse: “cara faça o que sabe fazer o que não sabe foda-se ,divirta se...”. Sério, isso que ele disse foi legal e irei levar para a vida toda, pois eu fico meio nervoso com as coisas mesmo. Depois foi bem tranquilo, no mesmo tempo em que estávamos nos divertindo e vendo uma coisa sair do papel, estávamos focados e concentrados para que o saísse o melhor de todos, e o resultado foi esse, cd o clip e a e de ter ganho amigos, além de terem feito um ótimo trabalho de produção, são muito gente boa
Frassão:Realmente um desafio e tanto, algo novo pra mim, pois a câmera estava o tempo todo ali me vigiando. No início ela causou um certo desconforto, depois me adaptei à ela e a gravação fluiu numa boa, pois tínha certeza que estava trabalhando com excelentes profissionais e todos focados no trabalho a ser feito.
5- Antes do KADABRA vocês já participaram de outras bandas?
Paulo: Eu fundei uma outra banda, hoje extinta, a Collatera,
de metal também. Eu pelejei muito com ela em todos os sentidos, seja para
arrumar bons companheiros, seja para conseguir tocar, escrever e etc. Foram
mais ou menos 06 anos da minha vida músical dedicada a ela. Apesar de todos os
perrengues, foi ai que eu meio que aprendi a admininstrar o negócio, a me apresentar
ao vivo, a tocar melhor, me equipar melhor, conhecer as pessoas, usar as redes
sociais e mais tudo que se pode pensar. São muitas histórias para contar. Essa
noção sobre a condução de uma banda de Metal no Underground, foi bastante
responsável por nós termos produzido tudo isso até agora. No que se trata da
minha parcela de contribuição, claro.
Danilo: Eu já participei de varias bandas, minha primeira
banda chamava sick nunca conseguimos baterista e acabou, depois entrei para uma
banda chamada crazy queen a banda até estava ficando legal mas ae o vocalista
infelizmente faleceu, tentamos continuar a banda mas não deu certo, depois
entrai para cantar em um a banda chamada metal slug era muito da hora, só cover
e quando decidimos trabalhar com as próprias a banda acabou, depois foi
cavaleiro dragão onde não fiquei muito tempo, pois eu não tinha os requisitos
que a banda queria, nfw veio logo em seguida mas também teve problemas e
acabou, ae toquei em uma banda de igreja que nunca teve nome e novamente por problemas
acabouo e depois entrei cantando também para a banda dead generation que foi
mesma pegada do metal slug então me senti em casa fizemos algumas musicas
próprias mas infelizmente a banda não foi pra frente ....uma pena, os caras
eram bons ..........montei ma banda chamada glasgow3 com o guitarrista e o
baixista do dead generation e chamei o baterista da antiga metal slug, ai
pensei agora vai, ensaiávamos todas as
sextas feiras cada sexta um musica, mas a banda parou por um tempo pois o
baterista virou pai, e como isso é uma puta de uma responsabilidade e tenho
certeza que muito fariam o mesmo, ae a banda parou.
Eu brinco e meu amigos ficam me zuando dizendo que sou um
câncer de banda pois eu entrava e a banda acabava ou o pessoal já me tirava mas
aprendi muito com todas essas bandas e nunca desisti de ter banda e de querer
algo sério, e foi ae que um dia qualquer recebi uma mensagem do Paulo querendo
montar uma banda, confesso que fiquei com um pé atrás mas o Paulo queria o
mesmo que eu, então trabalhamos duro e montamos o kadabra.
Frassão: Foram várias bandas, minha primeira chamava-se
Bélica, depois Arquivo Vivo, Atritos, Greystoke, Atlântica, Flores do Beco
dentre outras. Atualmente toco na Banda Amazon (Heavy Metal), Banda cover Fuzz
Light (Classical Rock, Pop e Nacional), Seven (Tributo Avenged Seven
Fould) e atuo como freelancer com
algumas bandas aqui da região.
6 – Logo de cara, em um primeiro
momento o que me chamou a atenção foi o vocal bem agudo e melódico,
contrastando positivamente com o instrumental! Isso me remeteu a sonoridade de
bandas como Forbbiden e até mesmo Nevermore, da onde vem essa mistura de
refrãos melódicos em meio ao thrash metal?
Paulo: Muito legal essa pergunta,
porquê é uma história que eu nunca contei. A verdade é que anos atrás, na minha
antiga banda, não tinha quem cantasse. Eu só tocava guitarra até então.
Contudo, tive de aprender a cantar pela falta de outro membro e, fui fazer
aulas de canto com um professor da minha cidade, o Roberto Prieto. Cheguei lá
querendo cantar como o Max Cavalera, mas não tinha o grave necessário. Minha
voz é aguda naturalmente. Então, muito inteligentemente, ele foi me guiando
para um estilo mais Anthrax. O que foi providencial, foi ai que aprendi a
cantar limpo e afinado. Depois de anos fui me atualizar com o Raphael Olmos do
Kamala. Ele trabalhou para me trazer pro drive e para a agressividade, sem
perder o que eu já sabia fazer e deu esse resultado da minha parte. Sobre o
instrumental, no entanto, ele surge meio sem pensar na voz. Ela a gente encaixa
depois, na maioria das vezes, pensando em dar dinâmica para a música.
7– Falando em timbre, as guitarras
ficaram bem “gordas” e gostosas de se escutar, a escolha da sonoridade da
guitarra influencia o resultado final do trabalho?
Paulo: Com certeza. Nós fizemos 4
guitarras, duas de cada lado. Nós queriamos que soasse apenas como um
guitarrista tocando, assim como é ao vivo. Não queriamos que ficasse
artificial. Foram dois timbres diferentes, um de um pedal de distorção e outro
do drive do próprio amplificador. Depois foi uma questão de ir esculpindo até
dar no que deu. Na verdade, no final mesmo, não saiu muito do que eu já tento
preparar nas gigs.
8 - Após preparar o terreno com a
intro INTROSPECTIVE, THE CAGE entra representando muito bem a proposta da
banda, creio que seja um ótimo motivo para escolhê-la para abrir o álbum não é?
Danilo: Na verdade a THE CAGE
sempre foi à primeira musica desde quando o Paulo e eu começamos a ensaiar, mas
ela tem essa vibe de tipo ae galera, chegamos e esse é nosso som, e a
INTROSPECTIVE foi o tempero que faltava para a THE CAGE se tornasse
amusica perfeita para ser a primeira e, para mostrar o que temos a
oferecer.
9 – Comentei na resenha que fiz,
que RITE OF DISORDER tem uma “vibe” SLAYER, porém no refrão vocês utilizam uma
linha vocal que diversifica muito o sentimento da música. Qual a importância
das estruturas melódicas na sonoridade do KADABRA?
Danilo: Adoro um barulho e, ver o
bicho pegando mesmo, mas em minha opinião essa sonoridade do kadabra faz com
que o repertório não fique cansativo só por conta da paulera e nem chato só por
partes melódicas, e sim, bonito e pesado ao mesmo tempo Ex: pantera.
10 – Essa música também foi a
escolha para o primeiro clip da banda, como vocês chegaram a conclusão para
essa música de trabalho? ... Alias, ficou muito legal, parabéns!
Danilo: Muito obrigado, gostamos
bastante do resultado desses clip e da musica!! .A escolha da musica não foi
difícil, nos reunimos, cada um escolheu três musicas e entre as três escolhas
de cada um tinha a RITE OF DISORDER ai optamos por ela.
11- CHOSEN FEW, além de um puta arranjo de batera
tem uma ótima energia! Acredito que seja a música que mais repeti no álbum!
Porque a opção de deixar a batera e baixo “na cara” durante todos os solos?
Frassão: Essa é a tendência do
nosso som, somos um Power Trio e queremos deixar essa característica bem
nítida. Esse é o resultado que buscamos, pois na hora do solo de guitarra, nos
preocupamos em manter o groove e em não perder o peso para que a música fique
bem preenchida e tudo soe de maneira bem natural.
12 – O PANTERA utilizava esse
recurso, sempre achei muito legal, a cozinha do KADABRA está bem munida!
Danilo: O PANTERA é minha banda
favorita, e eu adoro o som do baixo do rex brown o timbre, e em bandas que já
participei nunca tinha pensado em usar um pedal, só no kadabra que notei a
falta desse peso pantera no baixo e coloquei um Overdrive pra deixar o som bem
pesado como o do rex , e isso casou perfeitamente com com a sonoridade do
kadabra
13 - Para mim como ouvinte, BACK HOME tem um clima
bem Heavy Metal, mais com aquelas levadas típicas do thrash... algo que hoje em
dia é difícil de se ver! O Kadabra realmente tem composições bem equilibradas
que soam naturalmente genuínas, sem se preocupar com a velocidade estonteante
praticadas por muitas bandas, as vezes até de maneira plástica!
Frassão: Somos fãs de música e nos
preocupamos em fazê-la com qualidade, porém dentro dos limites de cada um e
dessa forma, esperar que isso toque as pessoas. O virtuosismo não é regra em
nossas composições, claro que há espaço para isso, mas aí vai de cada um em sentir o momento
adequado para tal.
14– OBLITERATE e PAY THE PRICE dão uma caminhada nos
terrenos prolíferos do thrash “BayArea” . É interessante que existem muitas
variações vocais e instrumentais durante o CD, e especialmente neste momento do
CD fica muito a banda investe em uma sonoridade própria. O KADABRA é uma banda
aberta a experimentalismos musicais com outros generos?
Frassão : Sim, mas dentro do Rock,
pois dentre seus vários estilos, sempre buscamos novidades para acrescentar em
nosso som.
15 – Em DEVASTATION´S SONG
chegamos a faixa título, esse som é muito legal! Chega um ponto que o baixo
captura a atenção do ouvinte! Um belo trabalho que mostra um momento suave e
instrospectivo. Me corrijam se eu estiver errado, mais lembrei do Cliff neste momento!
Danilo: Esse pré solo e o
acompanhamento do solo são os meus favoritos , poxa fiquei lisonjeado em saber que soou como Cliff
hahahaha, o cara é um dos meus ídolos mas a inspiração não foi nele, como o
Paulo disse .. ¨Apenas jogamos para fora o que tínhamos para falar e deixamos
as influências apareceram naturalmente.
16 – Em todas as músicas os solos de
guitarra são bem melódicos e de certa forma profundos, é muito agradável ver
que existe uma naturalidade na execução dos mesmos, qual as influencias
principais nas guitarras do KADABRA?
Paulo: Eu gosto muito de caras como
Adrian Smith que tentam não ficar fritando demais, mas sim colocar as notas
certas em cada lugar respectivo, contar uma história, se preocupando com as
notas de repouso e a dinâmica. Tem Kirk Hammet que também me influênciou muito,
porque sabe criar melodias, além de usar muito bem a escala pentatônica, licks,
arpejos, ligados e assim por diante. O Marty Friedman também é muito importante
para mim, não pelo virtuosismo, mas sim pelo modo como estrutura os solos, o
modo como pensa o enredo. Não posso deixar de falar do Andreas Kisser que me
ensinou a usar harmonias em oitavas e os bends mais fortes ou mesmo Randy
Rhoades com o vibrato único. Puts, são muitos, mas de forma geral é por aí. Na
parte rítmica, sempre penso em Tony Iommi, em James Hetfield, Mustaine e toda
essa escola.
17 – YOU ARE A LIE e DEATH PENALT seguem mostrando uma generosa
dose de thrash metal, muito bem arranjadas e definidas. Existem possibilidades
de haver mais alguma música que seja trabalhada como clip?
Paulo: Infelizmente não, muito pouco
provável. Não por falta de vontade, mas pela questão financeira mesmo. De todo
modo, me orgulho muito dessas duas canções, vão funcionar demais ao vivo.
18 – PICTURE OF WAR encerra esse
lançamento do KADABRA com uma bela amostra do potencial da banda, qual o motivo
deste som para encerrar o trabalho?
Paulo: Ela foi a ultima que escrevemos
na verdade. Ainda, aos 45 do segundo tempo, resolvemos fazer mais mudanças e
assim se finalizou. Acabou sendo natural ela ser a ultima e fechar o processo
todo.
19 – Quais os planos seguintes ao lançamento de DEVASTATION´S
SONG
Paulo: Agora nós queremos tocar por ai, encontrar com os
headbangers no underground e tomar um caminhão de cerveja. Além disso, é muito
importante para nós poder divulgar nosso trabalho, conhecer o de outros músicos
e conversar com vocês da mídia. Sempre
um prazer.
Danilo: exatamente o que o Paulo disse, agora é só tocar por
ae, divulgar a banda, fazer amizade com outras banda, e dominar o mundo.
Frassão : Fazer uma das coisas que mais gosto, estar no palco
com grandes amigos tocando com toda aquela energia pra galera presente nos
shows. E paralelo a isso, ir compondo o nosso segundo CD!
20 – Gostaria se possível saber os 5 álbuns favoritos de cada
um do power trio!
Paulo: Só cinco?! Aí é duro em!!! Vamos lá: Piece of Mind do
Iron Maiden, Kairos do Sepultura, Master of Puppets do Metallica, Rust in Piece
do Megadeth e Master of reality do Sabbath.
Danilo: Peste do Claustrofobia, The Great Southern Trendkill
do Pantera, Reign Supreme do Dying Fetus, Christ Illusion do Sllayer, Tempo of
the Damned do Exodus........só cinco foi foda mesmo!!!
Frassão : 1- Van Halen - Best Of Volume 1 / 2- Metallica - Black Álbum / 3- Pantera -
Vulgar Display Of Power / 4- Kiss
Alive III / 5- Iron Maiden - Fear Of
The Dark
21 – Agradeço imensamente a participação do KADABRA em nosso BLOG, estamos de portas abertas!
Deixo o espaço abero paras considerações finais!
Paulo: Nós que agradecemos sinceramente pela tamanha
disponibilidade e pela oportunidade de conversar com vocês. Foi um prazer e
espero que nos encontremos logo. Hail!!!
Danilo: Nós que agradecemos pelo
espaço, valeu valeu COLORADO HEAVY METAL.......foi um prazer !!!!
Frassão : Obrigado pela oportunidade e a
todos que acompanham nossa banda.
Por Vitor Carnelossi
COLORADO HEAVY METAL - PEQUENAS AÇÕES QUE FAZEM A DIFERENÇA!
Eu ainda era adolescente quando alguém da minha família me
mostrou um vinil do Uriah Heep, um disco com uma capa meio bege, e me disse:
´´ouça este disco, e preste atenção na faixa The Shadows and the Wind, pois o
vocal durante a música se alterna e é algo espetacular´´.
Pois bem – três décadas de passaram, e ainda continuo
ouvindo este disco, esta faixa, e o Uriah Heep.
Wonderworld é um disco gravado em 1974. Um repertório
inspiradíssimo, numa fusão ímpar de melodia com progressivo, numa overdose de
órgãos Hammond comandando um instrumental impecável, pano de fundo para o
vocal técnico e preciso de David Byron.
Liderados por Ken Hensley, que executava as linhas de
teclado, era o guitarrista e ainda contribuía nas linhas vocais, a formação
contava com a batera Lee Kerslake , Mick Box num trampo inspiradíssimo de
guitarras em I Wont Mind, e o baixo soberano de Gary Thain desenhando linhas de
extremo bom gosto, ou seja, uma super banda concebia neste momento um dos
grandes discos de rock da história.
Se você não conhece este disco, comece pela recomendada The
Shadows and The Wind, com sua introdução
silenciosa e final soberbo – uma verdadeira aula de rock pesado e progressivo
onde a técnica permitiu ousar – realmente sensacional.
A faixa de abertura é a faixa-título Wonderworld, onde já é
cartão de visita a execução refinada de uma melodia apuradíssima.
Somente ouvindo as faixas Suicidal Man, So Tired, The Easy
Road, Dreams, é possível então dimensionar o poderio de fogo destes britânicos,
e sua importância ao lado de nomes como Deep Purple, Led, entre outros.
Fica a dica para buscá-lo no fundo do seu baú, ou
descobrí-lo, e então mergulhar numa audição de um grande momento do rock.
Essa semana tive o prazer no conforto de meu lar receber
o material do KADABRA, de forma promocional, fiquei lisonjeado e sedento para
escutar o material deste trio de Vinhedo -SP. O Blog COLORADO HEAVY METAL vem
se destacando sorrateiramente e chamando a atenção de bastante leitores que
procuram informação de qualidade e um conteúdo diversificado em vários
segmentos do rock, heavy, punk... Como arte-finalista gráfico/fotógrafo sempre considero a parte
visual importante, e a misteriosa arte
do DEVASTATION’S SONGS me deixou curioso, aquele poderia ser invólucro de qual
gênero do heavy metal? A primeira faixa, começa com timbres e uma batera que já
me ligou ao thrash metal, INTROSPECTIVE com seu 1 minuto de duração cumpre sua
meta de preparar o terreno para a marcante faixa THE CAGE, guitarra pesadas e
ótimos riffs precedem a surpresa que está por vir, o vocal calçado em uma
identidade mais “oitentista”, lembrando bandas como Overkill, Sanctuary,
Heathen, Forbidden... uma grata surpresa... Ok, acho que me situei quanto ao
estilo que o KADABRA neste disco, é o Heavy/thrash metal, um estilo que eu sempre
curti muito! RITE OF DISORDER começa com um “climão” Slayer, mais logo
envereda-se por caminhos mais melódicos, algo que lembra o método Anthrax de
composição! Gosto sempre de citar bandas clássicas para situar o leitor no som,
é claro que a banda tem suas particularidades e isso é apenas algo como tentar
descobrir as referências sonoras! CHOSEN FEW é um puta som que é um mix
perfeito do Heavy/thrash, o instrumental é muito legal, destaque para a batera
muito bem arranjada e para o refrão que gruda na cabeça! BLACK HOME começa
calma e rapidamente evolui para um Heavy Metal Tradicional, essa faixa
realmente pra mim é um puro heavy metal, e dos bons! Um lance legal é que toda
vez que o guitarrista/vocalista Paulo Bertoni faz seus solos, a cozinha
formada por Danilo Souza (baixo) e Marcos Frassão fica bem na cara, mostrando muito
peso, garra e técnica!
A faixa OBLITERATE é bem influenciada pela Bay Area , os
riffs , vocais e levadas vão fazer a festa de que curte um bom e atualíssimo
Thrash Metal, ótima faixa com potencial para ser um destaque no disco! PAY THE
PRICE segue uma velocidade mais intensa com o Marcos mandando muito bem nos
pedais duplos! O Peso acompanhado de momentos mais melódicos nos refrãos parece
ser uma marca evidente neste trabalho, em especial nesta 7º faixa que usa muito
bem este artificio! Ahhh... solo bem legal, assim como nas outras faixas,
sempre melódicos e marcantes! Chegou o momento da faixa que leva o nome do
disco.... DEVASTATION’S SONGS mostra um som pesado com riffs e ritmo coesos e
compassados. O chimbal aberto ficou muito empolgante, e em um
momento no meio da música antecedendo o solo e durante, o baixista Danilo manda
ver em uma linha bem legal de baixo, ficou irado!! Tudo isso culmina é uma
mistura que realmente faz DEVASTATION’S SONGS uma ótima música para levar o
nome do trabalho, pois apresenta a essência do KADABRA. YOU ARE A LIE tem um
ótimo trampo de batera, acompanhado por ótimos riffs, a propósito, os timbres e
mixagem do disco é bem orgânica e agradável. YOU ARE A LIE não deixa o clima
esfriar e é outra grande faixa do disco!
DEATH PENALTY segue uma vibração
totalmente calçada no metal oitentista tanto nos riffs quanto nos vocais, os
agudos de Paulo certamente intensificam a ligação com os saudosos mestres do
thrash metal! PICTURE OF WAR encerra o disco com grande estilo, é a faixa mais
versátil, novamente me fazendo lembrar de SANCTUARY, essa última faixa tem
alguns elementos interessantes, gostei muito do timbre vocal no refrão! Enfim,
foi um prazer conhecer o som destes caras, hoje em dia que tudo é “extrematizado”
é interessante ver algumas bandas como o KADABRA investirem em uma sonoridade
despreocupada como as tendências, buscando fazer sua música de forma honesta e
empolgante, sem aquela necessidade de ser mais rápido ou pesado ou brutal....
Se você gosta de um Heavy/Thrash corra atrás do material destes caras!
KADABRA!
Por Vitor Carnelossi
COLORADO HEAVY METAL - PEQUENAS AÇÕES QUE FAZEM A DIFERENÇA!
A banda Camisa de Vênus adicionou poesia e acidez em doses generosas ao tempero baiano, sendo um dos grandes nomes que aportaram no circuito do rock nacional na década de 80, determinando um espaço precioso na mídia e público ao lado de bandas como RPM, Ultraje, IRA!, Barão e tantas outras que participaram da efervescência de um momento inspiradíssimo da música brasileira.
É perfeitamente possível ainda lembrar vários amigos manuseando o vinil Correndo o Risco, com sua capa azul, onde os toca-discos tocavam à exaustão clássicos como Só o Fim, Simca Chambord, Deus me dê Grana.....
Pois bem, Correndo o Risco possui uma produção esmerada, e sucede o disco Batalhões de Estranhos, um discaço que ao conter faixas como Eu não Matei Joana Darc, Gotham City, Lena, acendia o pavio para explosão do Camisa, consagrando Correndo o Risco como um dos grandes discos do rock brasileiro.
Sob a produção de Liminha e Pena Schmidt, os baianos Marcelo Nova, Robério Santana, Karl Hummel, Gustavo Mullem e Aldo Machado executam um repertório de altíssimo nível, com a veia metafórica das letras de Marcelo recebendo pitadas das posições contestadoras e sarcásticas que sempre acompanharam o trabalho da banda.
Petardos como Morte ao Anoitecer, Mão Católica, Tudo ou Nada e a Ferro e Fogo sacramentam a riqueza das composições deste disco.
O tempo e destino transformaram alguns de seus integrantes em praticamente inimigos, nos tempos atuais, inclusive com disputas judiciais sobre execução de repertório pelas formações que pleiteam o nome Camisa de Vênus.
Nada, porém, absolutamente nada, seria capaz de apagar a importância de um disco como Correndo o Risco, sua mágica, atmosfera, poesia, e veneno.
Decisões mudam uma vida. Discos mudam uma carreira. A partir
de agora os leitores do blog ColoradoHeavyMetal são convidados a compartilhar
conosco discos antológicos da música ao redor do mundo, e obviamente com
créditos de sobra ao eterno rock. Tomaremos a liberdade de conduzí-los a
revisitar discos memoráveis de grandes bandas gringas e brasileiras. Ninguém nasceu
grande. A explosão ocorreu em dado momento, e é o núcleo, o exato momento desta
explosão, que convidamos você leitor do blog ColoradoHeavyMetal a embarcar
conosco nesta deliciosa viagem pelo tempo com riffs marcantes, hinos da música,
capas consagradas, enfim, tudo o que um verdadeiro amante da música aprecia.
Nosso disco de estréia data dos idos de 1984........bandas
pop como Alphaville, Modern Talking disputavam os clips do Fantástico com
bandas como Van Halen, Scorpions, Twisted Sister e Queen........QUEEN???
Sim – você realmente acha que o Queen nasceu aos acordes de
Radio GA GA?? Saibamos, então, que The Works foi gravado à meio uma das maiores
crises de relacionamento entre os integrantes do Queen, a ponto de, Bryan May,
o guitarrista, ter se considerado fora da banda por várias vezes. As razões?
Várias, porém o fracasso do disco antecessor, Hot Space, parecia ser de
digestão quase impossível, aumentando a temperatura entre todos da banda e seus
staffs.
Eis que, maior que tudo isso, vem à luz The Works, um disco
extraordinário e indispensável ao acervo de todo amente do rock. O convite é
desviarmos a atenção da hipnose provocada, e não poderia ser diferente, por
faixas como Radio GA GA, I Want to Break Free, e mergulhar em faixas
espetaculares como Its a Hard Life, Man on the Prowl, Keep Passing the Open
Window,Hammer to Fall.....
Ouça Tear It Up – uma faixa 100% rock n´roll, com solo
inspiradíssimo de Bryan May na introdução, ataques precisos de Roger Taylor nos
pratos, vocais singulares de Freddie Mercury e o baixo preciso, soberbo, como
sempre, de John Deacon.
Ok – o tempo anda corrido, o relógio é implacável....sabemos
de tudo isso.....mas colocar The Works para ouvir após muito tempo é uma
experiência maravilhosa, nostálgica, que remete o ouvinte à uma época onde a
música primava pelo qualidade, e discos antológicos foram então concebidos.
Nossa dica?? Aumente o som!!!!!!
Um GRANDE abraço!!
Marcão Azevedo.
COLORADO HEAVY METAL - PEQUENAS AÇÕES QUE FAZEM A DIFERENÇA!