domingo, 11 de setembro de 2016

ROGÉRIO MEANDA – OS RIFFS QUE ANUNCIARAM UM MITO

Nosso convidado de hoje é o grande guitarrista Rogério Meanda, músico conceituadíssimo na cena musical brasileira, tendo gravado e trabalhado com grandes nomes da MPB e do rock brasileiro. Sendo o talento cúmplice da versatilidade, Rogério (ou Roger) Meanda pode ser aquela guitarra pirada que você ouve em alguns trabalhos de artistas como Gal Costa, Lenine, Flávio Venturini, entre outros, pois seu estilo próprio e sua técnica apurada o credenciam a figurar nas fichas técnicas de alguns dos maiores trabalhos da música brasileira ao longo das últimas três décadas. Rogério Meanda atendeu ao ColoradoHeavyMetal de maneira muito cordial, e aceitou conversar com nosso blog para que nossos leitores conheçam um pouco mais de seu brilhante trabalho, bem como sobre um capítulo particular e histórico na música brasileira, que foi a gravação de Exagerado, primeiro disco solo do Cazuza. Prontos para uma descarga de talento?? Então vamos lá!

-Rogério, revisitando o passado,  hoje sabemos que seus poderosos riffs na introdução da faixa  Exagerado, do Cazuza, seria a trilha sonora que marcava então um novo marco da música brasileira, pois Cazuza,  um jovem e talentosíssimo vocalista e letrista rebelde e pirado dava, a partir daí, seus primeiros passos para entrar para a histórica da Música Popular Brasileira, com o merecido status de poeta. Sendo você o músico que despejou tais riffs, qual sua reflexão sobre este processo?
      Antes de mais nada , quero agradecer as palavras gentis e generosas que compõe o texto introdutório `a essa entrevista , e que é para mim uma honra participar do Blog de vocês ! Bem...voltando à questão levantada...Na época da gravação do primeiro disco solo do Cazuza eu tinha apenas 21 anos e foi para mim um maravilhoso presente o convite feito pelo fantástico Nico Rezende . Como todo jovem guitarrista , principalmente naquela época , em que o mundo encontrava-se imerso num momento musical onde Van Halen , Steve Vai , Ingwie Malmsteem , Steve Lukather e muitos outros produziam trabalhos com performances de guitarra maravilhosos , eu também , como se pode imaginar , adorava ( e ainda adoro ) solos de guitarra ! E foi para mim muito natural entrar no estúdio para gravar aquele disco , mérito do fantástico produtor Nico Rezende , que como grande produtor que é , teve a sensibilidade de reunir as pessoas adequadas à proposta almejada naquele trabalho. Primeiro fazíamos as bases de bateria e baixo e já nesse momento tentávamos achar a melhor abordagem das guitarras base e mantê-las , sempre que possível , e quando não o era , as refazíamos ainda na mesma sessão de gravação , tentando assim deixar tudo pronto da forma mais crua e natural possível para , num outro momento , gravarmos os solos e detalhes adicionais . Quanto ao solo de  “ Exagerado “ especificamente , fui deixado totalmente a vontade para elaborar a melodia e a abordagem técnica , que eu tinha preparado em casa , uma vez que houve um espaço de tempo entre as gravações de base e as de solo . Eu apresentei a minha idéia “passando” o som de guitarra para o produtor , Nico Rezende e para o outro produtor do disco Ezequiel Neves , pois esse disco teve, na verdade , dois produtores , de vital importância a meu ver, assim como para os outros músicos e técnicos que se encontravam no estúdio naquele momento , e todos puderam opinar , como sempre acontecia . Apresentei a minha idéia que foi , felizmente , e prontamente aceita e aprovada , e repetimos algumas vezes até chegarmos ao “take” perfeito , foi bem rápido , acho que toquei apenas três vezes , mas não foi de primeira , de “primeira”  mesmo ...é como o próprio nome diz...rs...tem que ser na “primeiríssima” vez...onde não é raro surgirem grandes solos , uma vez que o musico está , digamos assim , “relaxado” e livre da pressão de “acertar” , já que está apenas “passando o som”... e isso me faz lembrar de uma ocasião quando fui convidado pelo igualmente fantástico Ricardo Cristaldi para gravar um solo de guitarra com a “diva” , espetacular e maravilhosa Gal Costa , lembro , inclusive , que no momento desse convite eu estava dentro do estúdio gravando o disco “ Exagerado “ ( na verdade o disco se chama “ Cazuza” , mas vamos chama-lo assim para facilitar a compreensão )....estava eu aguardando o momento em que seria chamado para gravar alguma coisa que falta-se , enquanto outros músicos gravavam as suas partes , quando o Ricardo Cristaldi me telefonou , naquela época não existia celular , portanto fui chamado a atender a ligação numa linha telefônica da Som Livre , e o Cristaldi me disse que eu precisava ir “ Imediatamente “ para Polygram para gravar no disco da Gal Costa , argumentei que estava gravando no disco do Cazuza naquele instante , e ele me disse que tinha que ser “ Já “ , que a Gal estava no estúdio e que a gravação teria que acontecer ainda naquele dia , lembro perfeitamente que já passava da meia noite ( as sessões ocorriam das 21:00 às 03:00 ) disse que iria requisitar a minha liberação dos trabalhos junto aos produtores e que , a menos que ocorresse um “terremoto” , “máre-moto” ou que um “asteróide” errante caísse sobre o Rio de Janeiro eu lá estaria...rsrs... dentro de no máximo uma hora . Pedi encarecidamente que eu fosse liberado para partir nessa maravilhosa aventura , no que fui prontamente apoiado pelos fantásticos Nico Rezende e Ezequiel Neves . E lá fui eu , tinha uma hora para colocar o amplificador e efeitos no carro , desembarcar na Barra na Polygram e estar pronto para gravar , e assim o fiz ! Lembro-me da minha felicidade e excitação ao dirigir para lá . Consegui ! Cheguei ! E antes das 02:00 H já estava tudo pronto para eu gravar , lembro como se fosse hoje quando o  , também fantástico , Carlão de Andrade , engenheiro de gravação responsável por aquela sessão , querido companheiro de tantas outras jornadas , deu play na maquina e tocou para que eu ouvisse uma vez a parte em que eu gravaria , ouvi com atenção enquanto já me “localizava” na guitarra que ecoava nas caixas da sala de gravação , naquele momento eu me encontrava na técnica com a pedaleira e a guitarra e o amplificador estava no estúdio em outra sala , eu estava , desta forma , a dois metros de distância da “diva” , maravilhosa e espetacular Gal Costa , que , diga-se de passagem , estava linda ! Ricardo Cristaldi , que era o arranjador da faixa , também estava , assim como todos , aguardando num clima que eu descreveria como um misto de “gravidade” e “camaradagem” o momento da gravação , estávamos , acredito eu , todos um pouco cansados devido ao adiantado da hora , portanto pouco se falou ou conversou , foi quando Carlão de Andrade proferiu : “ – Passando ! “ . Fiz o solo de forma muito natural  , saiu fácil , pra mim estávamos apenas passando o som . Foi quando a maravilhosa Gal Costa , linda , sussurrou para o Carlão : “ – Gravou ? “ , ao que prontamente Carlão respondeu : “- Gravei . “ , e Gal então , encerrou o diálogo dizendo , em tom decisivo : “- Morreu . “ . Eu,  no momento , achei até que eles estavam brincando , mas logo a seguir o Carlão explicou que tinha passado “gravando” e imediatamente voltou a fita e deu “play” . Eu tentei argumentar dizendo que : Se eu tinha feito algo de que eles de que eles haviam gostado na primeira vez , eles deveriam acreditar que eu faria algo ainda melhor nas vezes subsequentes , lembro de eu argumentando isso com a “ Deusa “ Gal Costa, mas não houve jeito , eles estavam determinados e não me deixaram tocar de novo , passando a seguir para à parte final onde eu faria uns comentários e um solo no “fade-out” da musica , que também “morreu” de primeira . Me lembro de ter pensado com os meus “botões” ao gravar a parte final :        “ – É bom eu caprichar , porque o pessoal não vai deixar eu tocar de novo “....rsrsrsrsrsr.....dou risada me lembrando disso agora ! Me lembro que 02:30 eu já estava no meu carro pra ir embora , um tanto ou quanto indignado ...rsrsrs . Bem , depois de refletir , tomei o acontecido , é claro , como um elogio ao meu trabalho , pois dada a excelência de todas as pessoas envolvidas nesse episódio , o fato de eles terem acolhido o meu trabalho de “primeiríssima” ,  não poderia me levar a pensar de forma diferente . É a isso que eu chamo de um solo feito de “primeira” . Tomei a liberdade de contar aqui esse ocorrido pois sempre gostei de ler em entrevistas essas “histórias de estúdio” e achei que seria interessante para os leitores do Blog . Mas , voltando à questão do solo de “ Exagerado “ , gostaria de dizer humildemente , sem falsa modéstia , que ele é um solo que tem o equilíbrio adequado entre  , técnica ,“feeling” e melodia, ele é um legítimo solo de rock tocado de “ pau duro “ sem frescuras , e se mantém atual até hoje , e se alguém acha que ele é “ exagerado “...rs..., ou seja, que tem “ muita nota “ , eu deixo aqui a seguinte pergunta, convidando os leitores à reflexão : Como deveria ser um solo de guitarra , num rock que se chama “ Exagerado “ num disco do Cazuza ?!...rsrsrs...  Eu sempre que o escuto no radio fico empolgado e tenho a sensação clara de “dever” muito bem cumprido .

-Para gravar o disco Exagerado, você foi recrutado pelo produtor Nico Rezende para compor uma espécie de ´´tropa de choque´´  de músicos competentíssimos, e o resultado foi magistral. Quais recordações você tem deste período, da convivência e das  gravações intensas?
  Foi um momento maravilhoso ! Nico Rezende , Décio Crispim , Fernando Morais e eu nos dedicamos muito para fazer o Cazuza feliz , foi montada uma banda de rock num estalar de dedos , todos profissionais acostumados a estar em estúdios gravando discos e fomos nos entrosando como uma banda a cada dia . Para ilustrar o que se passava na minha cabeça naquele momento , vou descrever como tudo começou : Cheguei no primeiro dia de gravação e a primeira musica a ser gravada era “ Mal nenhum “ , parceria do Lobão com o Cazuza , naquele momento nada era garantido , tudo dependeria de como tudo transcorre-se para que eu continuasse no disco , portanto a pressão era grande . O Cazuza já era nacionalmente famoso vindo de um estrondoso sucesso com o Barão Vermelho , lembro que a sua saída do grupo tinha sido noticiada no Fantástico com grande destaque , então não havia outra saída a não ser chutar a bola no “ângulo” , lá onde a coruja dorme...rsrs . Bem... gravei a primeira faixa e todos ficaram muito satisfeitos  , e o meu entrosamento com o Cazuza foi imediato , fui convidado a gravar todas as outras faixas , sempre precisando matar “um leão por dia” pois a pressão por bons resultados continuaram até o fim dos disco . Além disso comecei a compor com o Cazuza durante as sessões de gravação , foi assim que nasceu   “ Medieval II “ , eu estava passando o som da guitarra tocando uma sequência de acordes que eu havia composto a alguns dias , quando ele se aproximou e disse que tinha gostado “daquilo” ,  e começamos a testar melodias ali mesmo , depois nos encontramos e finalizamos a musica , que acabou entrando no disco . Foi realmente uma grande felicidade isso ter acontecido . Passamos a compor varias musicas que viriam a integrar o álbum “ Só se for a dois “ .

-Você também assina um trabalho autoral de qualidade, em faixas como Medieval II, que ´é um tesouro que passou batido pela grande mídia (e tem um dos melhores trampos de guitarra da música brasileira que já ouvi....), e várias faixas do disco Só se For a Dois, todos trabalhos ainda com o Cazuza. Qual a importância e como você se identifica com a poesia marginal?
  Agradeço os gentis e generosos elogios! É claro que tenho um grande orgulho de ter tido a chance de trabalhar com o Cazuza , ele era um enorme , IMENSO talento , além de um ser humano muito especial ! Quanto ao que você se referiu como “poesia marginal” , eu acho que o que difere os trabalhos artísticos e o que pode classificá-los ou não como legítima “arte” é uma questão de postura , é o artista estar disposto a fazer , escrever , cantar , tocar o que realmente quer , aquilo que vem do fundo do seu coração , independente das conjunturas vigentes estando ele ( ou ela ) disposto a arcar com o ônus e com o bônus de suas escolhas . Isso é uma luta de toda uma vida , é algo a ser conquistado dia a dia , e , mesmo sendo necessário que se faça algumas concessões para se ganhar a vida , sempre haverá uma forma de se imprimir , de uma forma ou de outra  , em cada manifestação artística , um pouco dessa verdade intrínseca aos verdadeiros artistas . É dessa forma que eu descreveria a minha identificação com a “poesia marginal” , é algo com que continuo a sonhar e que tento buscar a cada dia da minha vida , a cada vez que tento compor ou tocar alguma coisa .

-Você gravou as guitarras para o disco Mediterrâneo, da Vanessa Rangel, que teve uma grande aceitação pela crítica, tanto no quesito voz quanto instrumental,  e dentre várias faixas que se destacaram, temos Palpite.  Uma linha de trabalho bem consonante com o refino e sutileza típicos da MPB. Como você avalia o atual patamar da legítima Música Popular Brasileira?
 Grande Vanessa Rangel , talento IMENSO ! Até hoje lamento profundamente ela ter se afastado da vida artística . Acho que a MPB passa por um processo que é , na verdade , um processo mundial de reestruturação diante da revolução tecnológica que vivemos nesse momento , principalmente no que diz respeito à indústria da musica , acho natural que o processo artístico musical , nas suas mais variadas formas , leve algum tempo para absorver , digerir e se organizar , produzindo e nos oferecendo assim , grandes obras . Esse , mais aparente do que real hiato , está ligado , a meu ver , dentre muitas outras coisas , `a dificuldade do mercado musical se reorganizar através das novas formas de se chegar ao grande publico . Pois a imensa quantidade de oferta de artistas que a internet propicia , não apresentou , ainda , uma forma clara que substitua as grandes multinacionais do disco , que , apesar das obvias distorções , eram quem se encarregavam de fazê-lo . Mas eu acho a MPB rica demais para que possamos afirmar que , não obstante o momento complicado sob alguns aspectos por que passamos , ela tenha , de fato , se empobrecido, como alguns propagam . Mas acho eu teria que escrever um livro para abordar todas as nuances que envolvem essa questão, históricas e culturais  . Acho que só o tempo se encarregará de mostrar a verdadeira face da nova MPB .

-Como músico, você de identifica mais gravando em estúdio ou tocando ao vivo? Por quê?
 Me identifico com ambas as situações , acho que cada uma tem um “ sabor “ específico . É bem verdade , que com o surgimento de tantas  ferramentas de edição que as atuais plataformas de gravação propiciam , uma boa parte da alma de uma sessão de gravação corre o risco de se perder e dar lugar a grandes “ editores de áudio “  ao invés de dar lugar a “ grandes músicos “ , mas isso depende do gosto e das possibilidades de cada um , sempre haverá , a quem interessar possa , a possibilidade de se preservar o que se julgar “saudável” dependendo das circunstâncias de cada produção . Acho que quando se está gravando em estúdio há um compromisso intrínseco com a história e com a posteridade , e se tem a oportunidade de uma elaboração mais aguçada .  Já ao vivo , fica mais fácil de se perceber , como eu costumo dizer , “ Quem é do ramo “...rsrsrs....E fica fácil de se perceber , por menor que seja a participação de um musico , as suas qualidades como instrumentista e/ou cantor , e essa “ verdade “ é , a meu ver , um fator importante para salvaguardar a evolução da “ boa musica “ como um todo . Soar bem , preciso e afinado numa apresentação ao vivo requer um comprometimento profundo com a musica , em inúmeros aspectos , e isso torna esse tipo de experiência um desafio constante e muito atraente para músicos que pensam constantemente em evoluir , dentre os quais me incluo .
-O Rock ´n Rio de 1985 colocou o Brasil no circuito dos grandes shows mundiais. Você acredita que isso também contribuiu para a evolução dos músicos enquanto profissionais, de fato, a ponto de hoje termos músicos brasileiros sendo contratados ou fazendo testes para grandes nomes da música mundial, nos mais diversos estilos?
Sim , com certeza . Nada se compara a experiência de ter ali , na sua frente , diante dos seus olhos , a presença de um grande musico ou ídolo executando performances de alto nível num evento onde aspectos fundamentais no mundo da musica são cuidadosamente observados , isso instiga os músicos a evoluir,  e o surgimento do Rock ‘ in Rio em 1985 diminuiu consideravelmente a distância , que até então existia , entre o show business mundial e o brasileiro , aproximando os músicos brasileiros do resto do mundo e instigando-os a crescer e evoluir .

-A Blitz, lendária banda carioca, recrutou você como guitarrista. Escrevem, assim, mais capítulos em toda nostálgica e saborosa história do rock brasileiro dos anos 80.  O quanto você tem curtido estar na banda e reencontrar os fãs de toda uma época?
  Eu sempre fui um grande fã da Blitz e sou fã do Evandro Mesquita desde os tempos do grupo teatral “ Asdrúbal trouxe o Trombone “,  a quem assisti muitas e muitas vezes bem antes do surgimento da Blitz , e ele já se destacava dentre os muitos grandes talentos que compunham o elenco daquele grupo teatral , e com a Blitz ele teve a oportunidade , junto com os demais integrantes , de dar um passo , fundamental na época , quando estouraram a musica “ Você não soube me amar “ nas rádios do Brasil inteiro , rompendo uma resistência que havia por parte das gravadoras em investir em bandas nacionais  . Isso foi de suma importância , pois propiciou o surgimento de muitas e muitas bandas que , sem o sucesso estrondoso da Blitz , talvez nunca tivéssemos tido a felicidade de conhecer , portanto , não poderia deixar de ser uma grande honra para mim fazer parte dessa grande banda , essa trupe de desbravadores que eu sempre tanto admirei . Como bem me avisou o grande tecladista Billy Forguieri , um dos fundadores da Blitz , que tocou com grandes nomes da musica brasileira , e que tem um dos trabalhos de teclado mais relevantes dentro do cenário pop nacional , disse-me ele na oportunidade em que fui convidado : “ Nunca teve um show da Blitz que não tenha sido Bom !!! “ . E é a mais pura verdade ! Pude constatar pessoalmente nesses anos em que estou com eles , os shows da Blitz são sempre um estrondoso sucesso , as musicas que estouraram nas rádios nacionais são excelentes , e , como o Evandro vez por outra diz nos shows : “ Musica boa não tem prazo de validade “.

-O que a música brasileira ainda pode esperar do Rogério Meanda?  Projetos ou novos
trabalhos à vista?
 Existem vários projetos e idéias em andamento e  ,no momento propício  , será um prazer compartilhá –los com vocês aqui do Blog . Pretendo continuar  , humildemente , a contribuir para que a musica e a arte no Brasil ocupem cada vez mais espaço .

-Rogério, o blog ColoradoHeavyMetal agradece sua preciosa contribuição, quer por compartilhar com nossos leitores sua vivência, quer pela simpatia e atenção dispensados desde nosso primeiro contato. Como sabe, citamos você na matéria ainda em 2015 sob o título ´´artistas pop e suas faixas heavy metal´´ pois seu trabalho de guitarra sempre nos impressionou. Parabéns pelo seu talento e profissionalismo, e deixamos este espaço para suas considerações finais:
  Eu é que agradeço o interesse e a gentileza dessas palavras a mim direcionadas . Está sendo uma grande honra poder contribuir com o ColoradoHeavyMetal , que vem realizando um trabalho de alto nível , sempre com matérias muitíssimo interessantes e que muito tem contribuído com o cenário musical brasileiro . Parabéns a todos os envolvidos nesse trabalho ! E sempre que precisarem , contem comigo ! Um enorme abraço aos idealizadores , gestores e leitores !!!


Por Marcão Azevedo

EQUIPE COLORADO HEAVY METAL, DESDE 2013 FAZENDO A DIFERENÇA!!!!!!

sábado, 3 de setembro de 2016

ROBERTINHO DE RECIFE: TRANSCENDENDO O PATAMAR DA GENIALIDADE

Se você me pedisse como definir Robertinho de Recife, eu responderia: Midas.  E por uma razão muito simples – onde este músico excepcional coloca sua mão (leia-se talento) com certeza virá um projeto grandioso e vitorioso. Simplesmente o maior guitarrista do Brasil. Um gigante da música brasileira, respeitado dentro e fora do País, e que há muito transcendeu os patamares da genialidade. Musicalidade genuína na acepção da palavra, e que trafegou em sua brilhante  carreira da sonoridade lúdica ao heavy metal. Robertinho de Recife gentilmente atendeu ao ColoradoHeavyMetal, e a partir de agora você que navega em nossas páginas poderá saber as novidades da volta do Metalmania e outros aspectos marcantes da carreira deste grande músico/produtor.


1-Robertinho, nosso blog em 2015 publicou uma matéria nostálgica sobre o Metalmania, e eis que você  presenteia a todos seus fãs com um retorno avassalador (quem esteve no Sesc Belenzinho-SP em 06/8 que o diga). O que foi determinante para esta volta?
RR: Muito obrigado pela matéria, parabéns, ficou muito boa, fico muito feliz em ter esse carinho e respeito de vocês com nosso trabalho.

2-Você manteve o grande Lucky Leminski no vocal, e revigorou de forma letal seu poderio de fogo com o Rob Khalil no baixo (tocando uma enormidade e quebrando tudo em Ace of Spades), a Isa Nielsen(Detonator & As Musas do Metal) como sua companheira de guitarra reforçando a imagem de personalidade que a mesma transmite e a entrada recente do batera Naciffe, que mantém o pique da banda com precisão. Como você chegou a tais nomes e como eles, todos novos, estão lidando com a responsabilidade de compartilhar um retorno desta magnitude ao lado do maior guitarrista do Brasil?
RR: A banda está a cada show se entrosando mais, estar de novo junto com Lucky é muito prazeroso, pois traz a vibe da formação original de 1984. A Isa é minha amiga no facebook, daí eu fiz o convite e ela topou na hora. O Rob Khalil é meu filho, o Naciffe eu já tinha produzido uma banda que ele tocava e sempre pensei em chamar para tocar no Metalmania. Vejo que eles todos são muito profissionais e levam muito a sério o trabalho, tenho  a impressão que estão muito tranquilos, e temos um clima muito bom na banda.

3-Ao tocarem clássicos do Metalmania e covers de bandas consagradas esta formação liderada por você quase colocou o Sesc abaixo. Como mensurar esta resposta de um público parte saudosista  e parte conhecendo o novo?
RR: Tem sido uma maravilha tocar e ao mesmo tempo um desafio, pois praticamente somos desconhecidos para a nova geração, e temos um estilo Vintage Metal (kkkk), muito diferente das bandas atuais....veja bem, eu estava 30 anos fora do mercado, mas, quando sentimos a resposta positiva do público, é uma sensação de ´´waw! Ainda funciona!!!!´´.

4-O Metalmania tem planos para tour nacional e lançamento de material inédito?
RR: Estamos fazendo poucos shows, pois estamos só em lugares que nos dê uma boa condição de apresentar uma boa produção. Estamos sim gravando um remake do disco de 1984, pois, só existe em vinil e vamos rechear com músicas  que tocamos no show e nunca gravamos, como ´´Como um Animal´´, ´´Feiticeira´´ ´´Stupid Ballad´´ e outras. Algumas com versões em inglês. Em breve estará à venda.

5-Sua riqueza musical foi além dos palcos, e nossos leitores que já curtiram a música Revelação, do Fagner, por exemplo, e a estupenda antologia acústica no cd duplo do Zé Ramalho saborearam indiretamente seu trabalho, como músico no primeiro, e assinando a produção deste trabalho do Zé Ramalho, que abrangia toda uma obra (produziu também outros ícones da música brasileira).  Qual o nível de vivência e maturação musical que tais desafios requerem?
RR: Eu passei muito tempo trabalhando como sideman desses artistas e produzindo eles também, eles me escolheram porque eu conhecia profundamente o trabalho deles, confiam em mim e sabiam que eu poderia dar uma contribuição substancial no resultado final. Fiz esses trabalhos  como se fosse meu próprio trabalho, temos que fazer as coisas para os outros como se fosse para nós mesmos.
METALMANIA -FORMAÇÃO 2016
6- Em 1983, o disco ´´Ah! Robertinho do Mundo``  nos dava o primeiro contato com sua versão para Bachianas nro 05, de Villa Lobos, que você  regravaria posteriormente no estupendo Rapsódia Rock, um de seus discos mais aclamados pelo público e crítica. Você  avaliaria a possibilidade de reescrever a obra de algum autor clássico ou lançar um trabalho nos moldes do Rapsódia Rock?
RR: Bem, a minha ligação com a música clássica é por intermédio da música sacra, estudei teologia e toquei em igrejas, mosteiros e missas na minha adolescência, muito, ....talvez um disco da parte sacra do Bach ou Mendelssohn. Se bem que Villa Lobos seria uma boa idéia, obrigado pela sugestão, está anotada aqui comigo.

7-Ao fundar o Yahoo, nos anos 80, você frequentou todos os programas de auditórios da TV brasileira e o top das rádios do Brasil por anos. Não que isto não ocorreu em outros trabalhos, pelo contrário, e até citamos isto na matéria do blog sobre o Metalmania, mas a própria proposta do Yahoo ia de encontro a isto. Como você avalia o mainstream e que aprendizado é possível extrair de tal nível de exposição?
RR: Sabe o que aprendi e vi acontecer comigo e com todos os que exploraram essa super-exposição? O público se enjoa de você e começa a te odiar. Foi isso o que aconteceu com o Yahoo, eu na época cansei de chamar a atenção do departamento de divulgação da gravadora, eles nos mandavam para todos os programas de TV, até para alguns que trariam desgaste para nossa imagem, pois, não eram programas musicais.

8-Como músico e produtor, você  proporcionou momentos inesquecíveis ao enveredar na seara infantil, e quem conhece temas como O Elefante e A Onda certamente sente falta de um projeto ou produção de qualidade, que pudesse provocar saudades daqui a 20 ou 30 anos, como no seu caso. Musicalmente falando, e considere a indústria fonográfica neste contexto, é correto afirmar que há uma lacuna a ser preenchida?
RR: A lacuna existe, é correta a sua observação, hoje temos um problema sério de transição de formato de mídia, o formato CD está acabando, as lojas fecharam, os downloads são uma realidade e ninguém quer pagar por isso e acham que o áudio do CD é melhor. A indústria fonográfica está voltada atualmente à exploração do seu catálogo e sem muito interesse de lançar material inédito, porque realmente está muito difícil de emplacar uma música nova.

9-Robertinho de Recife, receba do ColoradoHeavyMetal e de sua legião de fãs espalhadas pelo Brasil e pelo mundo um MUITO OBRIGADO por sua consagrada trajetória e por elevar e levar musicalmente o nome da música brasileira mundo afora. Deixamos este espaço para suas considerações finais:

RR: Eu agradeço a ColoradoHeavyMetal, foi um prazer responder essas perguntas tão oportunas e inteligentes, estarei sempre à disposição e espero todos os fãs em show da Metalmania na sua cidade; HEY HEY É A METALMANIA!!!!!!!

Por Marcão Azevedo

Equipe Colorado Heavy Metal - Desde 2013 fazendo a diferença!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

HOLDING THE FLAG OF WAR




HOLDING THE FLAG OF WAR, lançado em 2001 é o álbum de estreia da banda DOMINUS PRAELII! Eu sempre digo para quem quiser ouvir, HOLDING THE FLAG OF WAR é uma joia do Heavy Metal Nacional! O Equilíbrio e força deste trabalho são incontestáveis, e para nós do norte do paraná, motivo de orgulho! Em meio a “Febre do Power Metal Melódico” Ricardo Pigatto (Vocal), Rene Warrior (Baixo), Silvio Rocha (Guitarra), Evandro Romero (Guitarra), Rafael Guilhen (Bateria) lançaram um “trampo” cheio de personalidade e Força. Guiado por ótimos riffs de guitarras e com uma “cozinha poderosa” HOLDING THE FLAG OF WAR trazia o vocal fantástico de Ricardo, fugindo daquele timbre exagerado e cheio de falsetes típico de bandas de Power Metal melódico. Na verdade as músicas apresentadas neste disco forjam um trabalho baseado no "Revival" do “True Heavy Metal”, e nesta nova "leva" de bandas que resgatam o espirito mais purista do Metal certamente o  Dominus Praelii de  Londrina –PR é pioneiro!
 O CD é foda amigo leitor... “Hard Deadly Wheels” começa com um ritmo forte recheado de pedais duplos e um super refrão! Tudo que o Headbanger gosta! “Scent of Death” foi o 1º som que conheci da banda, mais um grande som pesado com um ótimo riff cadenciado, outra vez um super refrão! “Khan´s Warrior” e “Khan´s Legacy” seguem velozes e com ótimos andamentos, eu pude acompanhar a banda se apresentar e Presidente Prudente em uma oportunidade e lembro-me do poder destes sons ao vivo!  “Khan´s Legacy” tem grande momento em seu solo memorável! “Cold Wings” é uma canção mais cadenciada e mostra a face mais tradicional da banda, uma “ode” as batalhas medievais! No entanto é chegada em minha opinião a faixa obra prima do Heavy Metal Nacional “ Knight of the Silver Moon”, uma "balada power" com muito sentimento e pedal duplo! Isso mesmo, muito pedal duplo e bruto, pensa num som legal que é pesadíssimo e emocionante ao mesmo tempo! Uma grande sacada deste CD, que aliás...  foi também lançado em um número limitado em vinil! Eu sairia no tapa por um destes! “ Saga of Killing Riders” entra com uma velocidade empolgante, o batera Rafael tocou muito neste disco, grande baterista! O baixo nesse refrão faz um trampo muito legal, este a cargo de Rene! Uma Observação, todos os solos deste “Play” são de muito bom gosto, grandes guitarristas. “Hall Power” é mais um som de muita qualidade, puramente “True Power Metal”! “Waves of War” finaliza HOLDING THE FLAG OF WAR em grande estilo! Sem dúvidas o DOMINUS PRAELLI deixou um grande legado para o Heavy Metal nacional com sua postura e sonoridade fincadas no metal raiz . A banda continua sua jornada com mais 2 excelentes álbuns, BASTARDS AND KILLERS e KEEP THE RESISTANCE, sendo o último de 2010 já contando com um novo vocalista Jorge Bermudez... mais isso já é assunto pra outra matéria! Procure material desdes caras, vale apena! Abraços Galera!


Por Vitor Carnelossi



domingo, 21 de agosto de 2016

ROCK MINUTES – FALANDO DE ROCK NA WEB



Doses homeopáticas com o supra-sumo do rock e  suas vertentes. É o que propõe o Rock Minutes, projeto idealizado pela jornalista e locutora Cinthia Carla, que além grande conhecedora do assunto,  ainda manda muito bem nos microfones da Rádio Mundo Livre FM (102,5 FM). A partir de agora o leitor do ColoradoHeavyMetal é convidado  a conhecer um pouco mais desta grande sacada, numa entrevista com a própria Cinthia Carla, que já conhecia o blog, e gentilmente atendeu ao ColoradoHeavyMetal:

1-Cinthia, como surgiu a idéia de abordar o rock neste formato?
Nós (público do rock – em especial  aqui na nossa região) somos carentes de produções voltadas ao gênero. Então eu resolvi somar junto com a galera que já está aí fazendo vários corres (bandas, festivais, bares, etc..) tornando conhecido estes eventos através da fanpage e do canal no Youtube. A página, surge para informar coisas cotidianas do gênero e divulgar o canal. Este segundo, traz uma abordagem mais leve e descomplicada sobre assuntos diversos ligados ao rock. Eu já tinha produção voltada pro assunto, então por quê não expandir o raio de alcance e dividir meu conhecimento, minhas impressões, opiniões, etc.. com o público? É o que tenho tentado fazer. Na verdade, a idéia e o apoio veio do meu namorado, Cláudio, que, além de ser um grande admirador do meu trabalho, é um aficcionado pelo rock. Eu abracei a idéia e tenho curtido muito fazer.

2-Como você avalia o alcance e aceitação do projeto?
Ainda estamos muito no início. Há um longo trabalho a ser feito. Porém, o feedback tem superado as expectativas. Como não há limitação territorial na web e eu busco trabalhar temas amplos (dentro da proposta de falar de rock), será possível atingir fãs do gênero em qualquer lugar, desde que mantendo a qualidade do conteúdo produzido, já que estamos falando de um público exigente. Músicos independentes têm dado  retornos também muito bacanas. Atualmente, já temos seguidores em vários países (tanto do Facebook como no Youtube), incluindo Reino Unido, França, Irlanda, Estados Unidos, Japão e outros. Afinal, estamos falando de um estilo de música (e de vida) que é universal. Estou muito feliz e satisfeita até o momento.

3-Percebe-se nitidamente um ecletismo musical ao longo das postagens, sempre conectado ao Rock. Comente sobre isso:
O rock não é mainstream no Brasil, mas há ainda um grande público. Dentro desse grande público, há uma divisão imensa: aqueles que curtem metal, os do hard rock, a galera do indie, alternativo, enfim...Segmentar o gênero, reduziria muito o público potencial. Por isso resolvi tratar sobre as várias vertentes do rock, a fim de atender a um público mais amplo.

4-A trilha sonora do Rock Minutes leva o som Cidadão Vigilância, do Virga Férrea. Como se deu esta grande escolha?
Stone Ferrari, baixista da banda, é meu amigo pessoal. Quando estava na fase de projeto do canal, cogitei  criar uma trilha sonora para o mesmo. Alguns podem pensar: por que  não usar um riff famoso? Simples: direitos autorais.....Pra não ter problemas com isso, entrei em contato com o Stone, que tem um estúdio (Pé de Manga), pra ver a possibilidade de criarmos algo. Ele estava terminado a produção de Cidadão Vigiância, com o Virga Férrea. Eu já conhecia a faixa, pois eles haviam apresentado dias antes num festival de bandas independentes. A idéia então veio dele: ´´o que você acha da intro de Cidadão? PORRA!!!! A música era foda!...claro que eu curti a idéia.....então, gentilmente, eles me cederam o uso da música.

5-Compartilhe com nossos leitores sua vivência dentro do jornalismo e do rock;
Minha vida é a comunicação. Estou em rádio há oito anos e, por isso, entrei no jornalismo. Já trabalhei em vários segmentos de rádio, mas é a primeira vez com rock. Além de locutora, também sou coach (instrutora) de locução,  redatora de uma revista, assessora de comunicação de um barzinho e faço algumas discotecagens......Na adolescência, tive banda cover de rock. Sempre foi minha referência musical....Desde que a Mundo Livre veio para Maringá, estou dentro da empresa (também sou locutora da mesma rádio para Curitiba). Trabalhar com o rock e com a comunicação é uma baita realização. Unir as duas coisas, interagir com o público com o qual me identifico, isso tudo é muito massa...e foi o que me motivou nos projetos pessoais.

6-Algum outro projeto em vista ou em andamento?
Nesse momento, estou totalmente focada no Rock Minutes, até porque ainda é um projeto muito recente (um mês do canal e pouco mais de dois meses da página). Há idéias vinculadas ao Rock Minutes para o ano que vem, como festas, eventos, shows...mas ainda são só idéias.

7-Você acredita que já foi superada aquele conceito tipo ´´nossa!! Ela ouve rock!!!...´´ ou ainda temos muito a se avançar?
HAHAHA.....Ótima!!!....acho que estamos progredindo, sim. Ainda há muito pra se avançar, mas se de um lado Maringá é muito interiorana e sertaneja, por outro, também é uma cidade de muitas tribos. Isso torna menos difícil a aceitação. Aliás, estamos num momento em que há muita discussão em torno da valorização da mulher ,inclusive, se você der uma olhada rápida para locutores de rádio rock, jornalistas especializados no gênero, youtubers de canais voltados para este segmento, blogueiros e administradores de fanpage e quase tudo voltado à área, a maioria esmagadora é homem.  Quase não há mulheres.....Então se para quem está fora deste universo do rock rola sempre um estranhamento nesse ´´nossa!! Ela ouve rock: que bizarro´´, pra quem é da área, rola uma identificação e uma sensação de ´´nossa!! Ela ouve rock: que foda!!´´...Estou preocupada apenas com esta segunda galera.

8-Cinthia, o ColoradoHeavyMetal agradece sua gentileza em nos atender, e sua generosidade em compartilhar com nossos leitores uma postura de atitude e estilo de vida. Deixamos este espaço para suas considerações finais:
Quero agradecer a abertura de espaço, e dizer que é muito bom falar sobre rock, sobre trabalho ,sobre sonhos e projetos. E também aproveito para convidar o público a continuar curtindo, se inscrevendo e acompanhando o Rock Minutes. Espero seguir por muito tempo compartilhando o rock que corre nas minhas veias com vocês. Por fim, parabéns pelo trabalho com o ColoradoHeavyMetal. Tamo junto!!
Finalizando, segue o currículum desta fera: Cinthia Carla, 29 anos, Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade Maringá (2013); Locutora das rádios Mundo Livre  Maringá e Curitiba; Coach da Escola de Formação de Locutores Active Produções; Redatora da  Revista Menu Magazine; Assessora de Comunicação do Firula Bar; Youtuber do canal Rock Minutes.
Curtam – é rock na web!!!!!!! 
         

Por Marcão Azevedo.


COLORADO HEAVY METAL - DESDE 2013 FAZENDO A DIFERENÇA!


terça-feira, 9 de agosto de 2016

ENTREVISTA MENTOR ROSSI - METAL BRASIL EM PORTUGUÊS

Hoje nosso bate papo é com o entusiasta do metal nacional Mentor Rossi. Há algum tempo o Brother Mentor vem catalogando e divulgando bandas em um grupo no facebook. O Grupo se chama Metal Brasil em Português, ele dá a chance de seus convidados sempre ter contato com alguma velharia ou novidade cantada em nossa língua pátria. Achei legal a iniciativa, bem como o conhecimento de causa de nosso entrevistado! Confira a baixo mais essa produção para o blog COLORADO HEAVY METAL


1 – Mentor é um prazer tê-lo por aqui! Como você teve o “start” para montar uma page no facebook e promover bandas que cantam em português?
Primeiramente quero agradecer a oportunidade, e parabeniza-los pelo blog, e ainda, que não sou contra o metal cantado em inglês, ou que não escuto, muito pelo contrário.
Quanto ao começo da Page, partiu da falta de espaço nas mídias, para mim “metal nacional” é o cantado em português, a partir do momento que a banda grava em inglês, ela se equipara às gringas, tendo assim que ter competência para tal, daí a proposta do grupo, visto que nem mesmo para as chamadas bandas de “metal nacional” em inglês são poucas as mídias exclusivas.

2 -  Atualmente o Grupo  “Metal Brasil em Português” tem aproximadamente 1.500 pessoas. Como funciona os critérios e convites para o grupo?
Alguns convidei simplesmente porque vi que gostavam de metal em português, também procuro fazer uma divulgação pelo youtube, face da banda etc... Com os seguintes dizeres “Esta publicação foi compartilhada no Metal Brasil em Português, grupo voltado para divulgação do metal/rock cantado em português: e deixo o link do grupo, caso haja interesse a pessoa pede para participar.

3 – Você conhece basicamente a maioria dos sons  pelo youtube, ou há ferramentas que você usa para garimpar o material?
Devo dizer que a maioria vem do youtube, mas também consulto o site metal-arquives.com e garimpo em outras mídias como Palco Mp3, soundcloud, Blogs, revistas etc.

4 – Como começou essa paixão pelo metal cantado em português?
Principalmente com as bandas dos anos 80, mas sempre pensei, não podemos ficar vivendo do passado, foi muito bom, mas e daí, é só isso, vou ficar bitolado, dando um like toda vez que alguém postar “A ferro e fogo” no meio de um monte de publicação gringa, pra mim esse comodismo não serve.


5 – Por que é tão difícil uma banda que canta em português ter uma exposição maior em nosso pais?
Porque somos preguiçosos e radicais, temos preguiça de ouvir algo que a revista, ou o amigo não indicou, a ladainha é a mesma, português “não combina”, aí o neguinho não entende o que o cara canta e acha a banda fudida, ouve por exemplo Mortification, mas não ouve Antidemon, por outro lado, a banda vai fazer um show, ninguém conhece suas músicas, não tem onde ouvir, já vi promoção de shows, que o cara cria a página para o show, e publica e  um monte de banda nada haver com o mesmo, ao invés de publicar as bandas que estarão se apresentando, apesar que esse não é um problema específico das bandas quem cantam em português, outra questão, são as bandas covers, deveriam acabar, da mais neguinho emum show de banda cover do que em shows de bandas autorais, fala se não é preguiça kkk.

6 -  Parece que o metal ainda é mais resistente ao nosso idioma que outros gêneros pesados não é ? O Hardcore/punk é até comum ouvir canções em nossa língua...
Realmente concordo contigo, acredito que o hardcore/punk com uma filosofia mais agressiva ou debochada consiga passar uma mensagem mais rápida e direta.

7 - Você acredita que para escrever em português tem a banda tem que ter letras bem sacadas para fixar a atenção do ouvinte?
Sim, no inglês uma palavra tem vários significados, o português é complexo, depende de maior explanação, outra questão é que o ouvinte normalmente não quer pensar na letra, ao passo que em português o animal entende, e aí requer atenção kkk, é interessante, mas principalmente hard rock, o gringo bota um som meloso nas composições e o cara delira, no Brasil o mesmo cara fala que a banda é de merda, vai entender?

8 – Agora pra gente aproveitar um pouquinho do seu conhecimento vou pedir para você indicar bandas em determinados estilos ok? Gostaria que citasse bandas mais undergrounds para a galera pesquisar:
 • Hard Rock
Loucomotiva, Batrákia, Elffus, Exxótica, Ossiação, Staurus, Rosa Tattooada, Stranhos Azuis, Sioux 66, Cris Carcará,  Veritas, Motoravella, Velho lobo, Novociclo, Sigma 7,  Kábula etc.

• Heavy Metal
Maquinários, Draco, Além Tumulo, Conquistadores, Ministério da discórdia, Armadilha, Cruzadas, Aço Negro, Flores de Fogo, Válvera,  Clenched Fist, Comando Etílico, Carro Bomba, Licantropos, Confronto, Harpago, Profanah, Portas Negras etc.

• Hardcore
Bravura, Galinha preta, Oitão, Homens Cinzas, Worst, Santa Morte, Pray for Mercy, Oponente, D.F.C., Ataque Periférico, Gloria, Norte Catel, Puritan, Gritando HC, Maiêuttica, Nossa Fúria, A Mentira Oculta, Ação Libertária, I In Bad etc.

• Black Metal
Velho, Sangue Antigo, Wodanaz, Luxuria de Lillith, Miasthenia, Florestas negras, Amazarak, Lástima, Aqueronte, Pentaculo Místico, Brutal Morticinio, Missas Negras, Maleficarum, Krieg Filosophy, Sodoma etc.

• Rock em geral
Água Pesada, M26, Deadliness, Baba de Sheeva, Trem do Futuro, Cemitério, Motorocker, Brutal Exuberância, Stoneria, Forsik, Bruto, Licantropos, Basttardos, Cracker Blues, Batrákia, Baranga, 18Voltz, Carapuça, Alkaizers, Reiketsu, Gramofocas, Ataque nuclear, Cattarse, As Radioativas, Overdose Alcoolica, Via crucis, Marrero, Nacionarquia, Maldita, Sanatörrio, Projeto Trator,Trator BR, Necrose, Messias Elétrico, Mattilha, Makinaria Rock, Irvin, Ironbound, Uganga, Tublues, Desdominus, Hate Embrace, Acefalia, Vulture, Insanity Force, Retaliação Infernal, Lemúria Abissal, Galwen, Bando Celta, Braia, Namente, Desrroche, Peso Morto, Tressultor, Ágona, Atropina, Briga de Bar, Feartone, Bornkill, Hora Hard, Sociedade Voodoo, Confraria da Costa, Centro da Terra, Sigma 5, A.V.C., Quarto Ácido,  Quinto dos Infernos etc...

9 – Quais as 3 grandes bandas em sua opinião que melhor representam o som pesado cantado em português?
Caraca kkk, Cruzadas, Anthares e Taurus.

10 – Que banda você escolheria para gravar um álbum em português? Vale qualquer uma kkkkk
Cara atualmente Wodanaz acho.

11 – Por que o “Rock Brasil” e o Heavy Metal Brasuca tem tanta distância um do outro?
Porque nós de uma forma geral, somos radicais, não estou dizendo que temos que ouvi-las, mas sim respeita-las, no meu ver, de certa forma um precisa do outro, imagine um casal tradicional com um garotinho assistindo TV, o que eles assistem hoje? Dupla sertaneja, ou fank, o que o garotinho vai querer ser quando crescer? Agora imagina essa mesma criança vendo sempre bandas de rock “rock Brasil” até porque metal ele não vai ver mesmo, essa vai tender a querer tocar rock, vai ligar na rádio e pedir rock, essas por sua vez, começaram a abrir mais espaço para outras áreas do rock era assim no passado, já vi Banger hostilizando a banda Malta (não curto) mas também não vejo razão para tanto.

12- Quais os seus álbuns favoritos?
Os clássicos dos anos 80 e atuais: Totem-Gallo Azhuu, Ministério da discórdia, Cavaleiro Dragão, Selvageria, Intacto-Maquinários, Mundo de Cadáveres-Luxuria de LIllith, Brados trovoantes-Wodanaz, Fissura-Taurus, Vingança Metal-Comando Nuclear, América Latrina-Nacionarquia, Do Caos a Razão-Anthares, Trans Mysterium-Maleficarum.


13 – Qual álbum você indicaria para alguém que esteja interessando em se aprofundar no som pesado em português?
Cavaleiro Dragão.

14 – Banda da atualidade que merece atenção
Ministério da Discórdia.

15 – Gostaria de deixar o espaço aberto para suas considerações finais! Muito obrigado por sua contribuição!
Na verdade esse é um trabalho que esta só começando, existem muitas bandas, porém dispersas, eu diria que agora estamos catalogando, posteriormente vai ser uma fase de conhecimento, de união, de mostrar força, nosso metal é tão bom quanto, a diferença é que o feito lá fora é mais antigo, porém, já tem neguinho se perguntando o que vai ser feito quando essa ou aquela banda acabar, simplesmente porque não sabe ouvir bandas novas, principalmente as nacionais, obrigado a todos.



Por Vitor Carnelossi

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

ENTREVISTA LEO BLONSKI

Leonardo Blonski, ou simplesmente “Leo Blonski” é um músico talentoso de Colorado que participou de alguns momentos inesquecíveis para nossa cena local de outrora! O Multi-instrumentista marcou presença na primeira formação do Space Travelling, Via Trilha, Black Sabbath Cover, Invaders , sempre “roubando a cena” com seu talento. Dono de um poderoso vocal e um senso musical forte, após se desligar do trio “Banda Trilha” (famosa banda comercial de nossa cidade) intensificou seu lado profissional e atua ativamente na cena musical de Maringá. Ao lado do grande amigo Eduardo Jorge foi responsável por aquela tradição nos covers de bandas clássicas dos anos 70 em Colorado, angariando muitos novos fãs para o velho em bom rock n´roll. Confira abaixo o que anda fazendo esse grande “frontman” e quais suas visões sobre a música!




1 - Como surgiu o seu envolvimento com a música?

 Bem, o meu saudoso avô (David Da Silva) me despertou a vontade. Foram muitos os fins de tarde após a escola em que eu ficava sentado vendo o velho tocar violão, eu ficava maravilhado com aquilo. Minha prima (Ângela Peliceu) dava aulas de música na época (1993-1994) e me passou os primeiros acordes e alguns fundamentos. À partir daí não parei mais, enfim, sou muito grato pelas influências que tive e desde muito cedo a música mora comigo.


2 - Qual a primeira banda que lhe chamou a atenção para o rock?

Minha mãe gostava muito de pop/rock nos anos 90, tinha uma radiola Gradiente que era foda!
Lembro-me como se fosse ontem, várias performances usando escova de cabelo como microfone... (risos).
Entre alguns dos vinis dentro da estante, se destacavam em meu gosto:

GREASE - (Jhon Travolta e outra mina que não lembro o nome)

A-HA – ( As faixas Take On Me e Crying In The Rain eram do caralho).
E o magnífico Use Your Ilusion II do Guns que escuto até hoje esporadicamente.

Mas o som que me abriu os olhos pro mundo foi uma fita K7 que eu e meu pai compramos numa feira de rua na cidade de Rolândia-PR, tinha uma morte na capa tipo caveira e eu achava radical kkk... Forbidden do Black Sabbath. Foi sem dúvida a melhor coisa que eu já tinha ouvido na minha vida, após 20 anos ainda é uma das melhores.

3 - Você já vivenciou os dois lados da moeda com a música underground e comercial. Na sua opinião porque é tão difícil manter a harmonia entre os músicos que fazem o rock e suas variações sobre o mesmo teto? 

Bom, eu acredito que a divergência de opinião é o principal fator. No comercial os músicos são mais receptíveis e levam tudo de acordo com o mercado. A galera do rock já é um pouco mais determinada, gosta de se impor um pouco mais, é mais extrema. 
Mas o legal é aprender a levar de boa, fazer amigos e a música em todas as suas vertentes.
Acredito que já superei esta fase de “tenho o melhor gosto musical do mundo”, deixo a mesma para a próxima geração.


4 – Qual o perfil de um bom músico para você?
Na minha modesta opinião, o bom músico tem que ter identidade (musical), gostar de tudo o que é bem feito independente de gênero, saber diferenciar amizade de trabalho, manter-se sempre atualizado nos segmentos em que atua. Coisas que o tempo vem me ensinando com as porradas da vida.

5 – Como organizar as metas e se programar para ser um músico profissional, mesmo no seguimento “underground”?

Bem, se o cara tem vontade e é bom no que faz ele já andou metade do caminho, um musico profissional tem que caminhar conforme vão lhe dando as pernas, portanto tem que saber escutar, encarar como trabalho até mesmo aquele momento que reserva pra escutar a música que vai ser executada. A meta principal é sempre viver de música, portanto organize-se.



6 – Desde que lhe conheço sei que possui muito material composto, qual o motivo para eles não terem sido produzidos ainda?

Tenho alguns materiais produzidos, Algumas músicas Pop/rock, algo no Sertanejo e algumas regravações também. Como vivo de música acabo tendo pouco tempo pra um trabalho autoral profissional, venho escrevendo e produzindo à alguns meses e em breve irei realizar mais este sonho, produzir algo 100% meu. Em breve terei novidades pra galera que me acompanha.


7 – Podemos encontrar algo seu no CD “ Sem Razão” da Banda Trilha (Colorado). Como você analisa este registro nos dias de hoje?

Foi uma experiência incrível que tive com dois músicos de alto nível (Sued Sérvulo e Neimar Assoni), 10 das 12 faixas do disco são composições minhas, mas muito bem arranjadas pelo Sued. É um registro muito valioso e sou grato por todo o aprendizado que tive com essa galera.


8 – Ainda em Colorado você participou do Invaders, banda que até hoje é lembrada. Existe muita musicalidade empenhada neste estilo (Classic Rock). Você acredita que a sua formação de base (rock) lhe dá mais facilidade em analisar a música como um todo?

Acredito que o Rock faz a mente!
Sim, comigo foi exatamente o que aconteceu. Atualmente até mesmo na música comercial é evidente a influência do rock, às vezes até com resultados catastróficos.
Quando algo abre sua mente, sua visão fica mais ampla pra tudo. O rock tem esse poder.


9 – Trabalhando profissionalmente com a música, você consegue separar mentalmente o que faz parte do seu estilo “intimo” e o que você apenas tem que executar? 

Perfeitamente. Claro que entre o repertório tem aquelas que amamos e as que detestamos, mas ali não se trata do que você gosta, e sim do gosto de quem está lhe pagando e de seus convidados. É uma prestação de serviços como todas as outras.


10- Como organizar-se antes de um show em relação ao “extenso” repertório que uma “banda baile” possui. Como fazer pra não dar aquele “branco”?

Eu sempre tive a sorte e o prazer de trabalhar com músicos muito bons, então facilita bastante. Faço apenas aquecimento vocal com exercícios antes do evento pra suportar as 4/5 horas de repertório, mas quando é baile sempre dividimos o repertório entre 2 ou 3 cantores.
 Depois de muito tempo fazendo a gente vai pegando o jeito e fixando as músicas na memória, Se der “branco” lascou! kkk


11 – Sei que você é muito fã de Back Sabbath, gostaria que citasse um álbum de cada vocalista da banda! To ligado que você curte até o material do Tony Martin nos vocais! 

Realmente sou fãzaço! 
Dos principais:
Com Ozzy: Master Of Reality
Com Ronnie James Dio: Heaven And Hell
Com Tony Martin: Forbidden
Gosto também do Born Again (Único Com Ian Gillan) e do Seventh Star que tem até o fantástico Glenn Hughes (ex-Purple). Sabbath é foda!


12 – Quais o vocalista(s) que mais lhe influenciou até hoje?

Do maior para o menor:
Dio, Bruce Dickinson, Ian Gillan, Robert Plant, Toni Martin, Geddy Lee, Glenn Hughes, Axl Rose, Ozzy, Rob Halford, André Matos,  Zezé, Ralf e Chitão (Risos).
São vários, mas os 5 primeiros me ensinaram o pouco que sei.


13 – Quais seus álbuns favoritos?

São muitos!
Vou fazer um top 10 dos que estou escutando este mês:
1-Mob Rules – Black Sabbath
2-Ballbreaker – Ac/dc
3-Pendulum-Credence
4-The Wake for Magellan - Savatage 
5-Machine Head –Deep Purple
6-Cowboys From Hell – Pantera
7-A Dramatic Turn Of Events – Dream Theater
8-Tudo Foi Feito Pelo Sol – Mutantes
9-Physical Graffiti – Led Zeppelin
10-Black Rock – Joe Bonamassa


14 – Diga um disco esquisito que você curte e indicaria para uma audição dos leitores de forma descompromissada!

Se quiserem se deliciar com o rock psicodélico mais rico em técnica de suas vidas, escutem o álbum “Tudo Foi Feito Pelo Sol” dos Mutantes. Orgulha a música Brasileira.


15 – Uma música que faz você parar no tempo....

Since i’ve been loving you – Led Zeppelin


16 – Quem é Leonardo Blonski?

Um cara cheio de sonhos e defeitos, amante da boa música, da boa comida, da boa bebida, dos amigos verdadeiros.
Atualmente estou morando em Maringá-PR e trabalho como vocalista na “Banda Syntonia”, tenho alguns projetos no underground com nosso power trio “Sponge Soul” e um “Dio trubute” que vem logo mais, e minha carreira solo de musico independente “Leo Blonski”.
Vida longa ao rock’n roll!


17 – Deixo o espaço aberto para suas considerações finais, foi um grande prazer reencontrar por aqui!

Eu que agradeço o convite e a oportunidade, valeu a todos os colaboradores deste blog recheado de cultura. Queria agradecer aos parceiros de Colorado que fizeram parte desta minha trajetória musical: Eduardo Jorge, Humberto Piru, Você Vitor Carnelossi que também passou pelo Invaders e é um cara massa e um ótimo músico, Alexandre Higino, Rafael “Senhor”, Sued Servulo, Neimar Assoni, Raffael Vinícius, João Carlos, Eliseu Inocêncio, e toda a galera que conhece e acompanha meus projetos musicais. Muito obrigado a todos!

Colorado Heavy Metal!

Por Vitor Carnelossi