domingo, 30 de março de 2014

STAGE DIVING - 22 ANOS DE MÃOS DADAS COM O ROCK E TODAS SUAS VERTENTES


Apresentador Cesinha Crepaldi - 22 anos a frente do programa STAGE DIVING
Nesta foto com o ícone do Metal Nacional André Matos!

Imagine como as coisas eram há 22 anos, ainda mais especificadamente dentro do Heavy Metal... Épocas de disco de Vinil, fitas K7, revista com a suas páginas em quase na totalidade preto e branco, informações ainda difíceis de obter...  Ainda estávamos distantes da explosão famigerada da  internet.  Justamente nessa época surge o programa STAGE DIVING em Presidente Prudente, ajudando difundir até os dias de hoje o Rock em todas suas vertentes. Quem vivenciou essa época sabe muito bem o quanto era difícil ficar a par até mesmo de nossas bandas preferidas... Pioneiro na região ( e no Brasil) o Programa STAGE DIVING mantem a sua programação há 22 anos, muita água correu por baixo dessa ponte. Comandado pelo apresentador Cesinha Crepaldi as ondas do programa foram muito mais longe do que apenas P.Prudente, cidades do interior do Paraná também foram beneficiadas por essa iniciativa. Mantendo uma programação eclética e bastante abrangente o programa retratou e retrata muito bem a cena do rock pesado, isso repercutiu no intuito de promover uma união maior entre diferentes de fãs Blues, Rock, Heavy Metal, Punk Rock, Progressivo. Muitos assim como eu tornaram-se fãs de todas as ramificações acimas especificadas, pois em um só programa o STAGE DIVING abraça todos esses estilos.
Programa STAGE DIVING - Nesses vários anos,formando fãs de rock em
todas suas vertentes! 
Fazendo novamente uma analogia com o passado o STAGE DIVING era uma fonte de sedentos “TAPES TRADING” afim de gravar as novidades e também as velharias que tocavam por lá...Impossível tornar essa matéria impessoal, pois eu mesmos era um desses. Durante a semana eu já comprava uma Fita K7 virgem para garantir a gravação do Domingo, quando não havia grana pra comprar, dava um jeito de “surrupiar” algum K7 de “dance” ou músicas românticas de minha prima e gravar a programação por cima. Crepaldi tinha as “moral” e dava um “tempinho” para dar o corte, além de informar o nome das músicas no final do bloco formato que segue até hoje.
Cesinha Crepaldi - Veterano na Divulgação de bandas
nacionais, com certeza uma figura muito  importante no interior de São Paulo!

Outro ponto legal do STAGE DIVING  é que o programa sempre manteve um nível de informações bem completo,  novidades e informações sobre as bandas sempre fizeram parte da programação. Além das entrevistas, sorteios e promoções o STAGE DIVING também  promoveu inúmeros eventos sempre trazendo  ótimas bandas e expoentes no cenário nacional, grupos do porte de ANGRA, SHAMAN, VIPER, KING BIRD, CÓLERA, THUATHA DE DAMMAN  e inúmeras  grupos que alcançaram expressividade em seu lançamentos pelo Brasil a fora, DOMINUS PRAELLI, TIGER CULT, EXXÓTICA, PETTALON, EMINENCE, DRAGONHEART. Presidente Prudente sempre  contou com a visita de inúmeras bandas, reflexo do programa STAGE DIVING que através de Cesinha Crepaldi criou esse “corredor de shows”  no interior de São Paulo, distante da grande capital, berço dos grandes eventos. Enfim, após se recriar para novos tempos, o programa STAGE DIVING pode ser acompanhado através dos canais e links abaixo, divulguem e curtam... Tomara que o programa dure mais 22 anos! Rock na cabeça!


Um dos inúmeros eventos organizados pelo programa STAGE DIVING
Tradicional no interior de SP




Por Vitor Carnelossi

sexta-feira, 21 de março de 2014

ENTREVISTA MUQUETA NA OREIA


Divulgando seu segundo trabalho de estúdio, “Blatta”, o Muqueta na Oreia é uma banda peculiar, os caras realmente confirmam seu talento e criatividade no sucessor do também excelente “Lobisomem em lua cheia”, com letras ácidas e cheias de humor negro, os caras falaram com o Colorado Heavy Metal Blog e contaram um pouco mais sobre a banda e seus projetos! Confiram a seguir!!!
Fala galera, muito obrigado por nos conceder um pouco de seu tempo pra essa entrevista, pra começar vocês poderiam nos contar como vão as coisas em relação à receptividade ao seu segundo disco, “Blatta”?

Cris:Nós que agradecemos pelo espaço e apoio. A receptividade tem sido ótima, até agora todas as resenhas foram muito positivas e a galera têm pirado ao vivo.

Ouço bastante o som de vocês, acho realmente muito bom, e senti certo amadurecimento neste segundo registro em relação ao “Lobisomem em lua cheia”, quais aspetos a banda ressaltaria no que tange as diferenças musicais entre os dois álbuns?

Ramires:Amadurecemos muito desde a gravação de “Lobisomem em Lua Cheia”. Fizemos uma seqüência grande de shows promovendo nosso primeiro álbum, viajamos bastante, aprendemos muito com as novas experiências, trabalhamos duro e abrimos muitas portas, mas também entramos em várias furadas. Tudo isso nos fez crescer, inclusive musicalmente, e isso se reflete no novo álbum. “Blatta” traz arranjos mais técnicos e elaborados, com timbres melhores e letras mais consistentes.


As letras do Muqueta são sempre carregadas de certo humor negro, encaixado na medida certa pra somar ao peso do instrumental, que tipo de inspirações vocês se utilizam na hora de compor suas músicas?

Bruno:A parte instrumental sempre vem primeiro, depois elaboramos as melodias e só então compomos as letras. Digamos que são feitas sob medida para cada música. Depende do clima e da intenção dos arranjos, a gente sente o que aquela música quer dizer e escreve sobre isso. E a inspiração vem da própria vida, do que lemos, assistimos, vivenciamos tudo o que está ao nosso redor e também dentro de nós.

Por falar em inspirações, quais são as referências musicais da banda, quem os influencia ou influenciou?

Henry:A lista é extensa. Gostamos de coisas diferentes, e acreditamos que grande parte da sonoridade do Muqueta Na Oreia se deva a isso. Resumindo muito a questão, o ponto em comum entre os quatro é o rock pesado, o Metal, ou seja, lá qual denominação queira dar, principalmente Sepultura, Pantera e Metallica.

Praticar um som extremo cantado em português é sempre um desafio, por inúmeras questões, vocês acham mais difícil cantar na língua pátria? Desde o inicio vocês optaram por usar o português nas letras?

Ramires:Sempre. Essa é nossa língua, nossa terra e cantamos para nosso povo. A galera tem reconhecido isso, têm se identificado não só com o Muqueta Na Oreia, mas com uma porção de bandas brasileiras excelentes. Nada contra cantar em outra língua, aliás, muitas de nossas bandas favoritas cantam em inglês, mas sinto que os roqueiros do Brasil tem se voltado mais para o que é produzido aqui, o que é nosso. É uma questão cultural mesmo, de busca de identidade.

Uma pergunta que já devem ter feito a vocês, mas gostaria de sanar uma dúvida pessoal, como foi escolhido o nome da banda? Admito que me causou certo estranhamento quando ouvi o nome da banda pela primeira vez, mas após ouvir o som, achei que combina perfeitamente com a proposta.

Ramires:Quando eu era moleque um amigo gravou uma fita K7 só com bandas pesadas e na etiqueta ele nomeou sua compilação de Muqueta Na Oreia, e não por acaso ela acabou sendo a minha fita favorita. É um nome que não passa despercebido e sempre causa alguma reação, a maioria positiva, algumas nem tanto, mas ele define exatamente nosso som, pesado e sarcástico.

Vocês vêem a internet como uma inimiga ou uma aliada das bandas underground? De que forma a divulgação virtual impacta no alcance que a banda pode ter?

Ramires:Com certeza é uma grande aliada. É uma das ferramentas mais importantes de uma banda, principalmente as do underground. Por exemplo, o videoclipe de “Muqueta News” tem mais de 60.000 visualizações, alcançar essa marca somente com distribuição física seria muito complicado nos dias atuais. Acredito que seja fundamental para um artista se expressar e se comunicar e a internet possibilita a qualquer um apresentar seu trabalho para o mundo.

Que dificuldades vocês destacariam no sentido de produzir, gravar e prensar um material de qualidade?

Ramires:Para produzir com qualidade é preciso muita dedicação, estudos, testes, e muito bom senso. Mas a principal dificuldade é a financeira. Levou muitos anos para conquistarmos nosso estúdio e nossos equipamentos. Outro exemplo é o encarte do “Blatta” com tamanho de pôster e detalhes dourados, isso pesa no preço da prensagem do CD. Mas não abrimos mão de oferecer o melhor que podemos.



A falta de espaços e de profissionalismo no underground brasileiro ainda é um problema, vocês acham que isso acaba por se tornar uma barreira que acaba impedindo o crescimento das bandas nacionais?

Bruno:Com certeza. Uma banda que queira levar seu trabalho a sério tem que matar um leão por dia. A questão aqui em São Paulo é complicada, as bandas cover, ou tributo, como queira, têm tomado muito o espaço das bandas autorais. No interior a cena está fortalecida, mas existe a dificuldade financeira dos produtores levarem bandas de outras regiões. É desproporcional o retorno que uma banda tem pelo dinheiro investido. E muitos ainda querem que as bandas toquem de graça, como micos de circo, para entreter o público das casas. De qualquer maneira é muito importante tocar o máximo possível para divulgar seu som, e é aí que ficamos numa sinuca de bico.


Voltando ao “Blatta”, gostaria de elogiar dois sons que já são os meus preferidos do CD, uma delas é “Exu caveira”, apesar de ser super pesada eu saí cantando o refrão dela na primeira vez que ouvi, achei a melodia super bem sacada e a outra é “Hardware, Software e Tupperware”, que tem uma letra impagável, vocês tem eleitas suas músicas preferidas do disco?

Henry: Gostamos de todas, são como nossas filhas, nós as parimos (rs).

Na minha ótica o “Lobisomem em lua cheia” foi muito bem sucedido, com clipes lançados e matérias elogiando o disco em vários veículos reconhecidos do meio underground, como a banda enxerga esse reconhecimento? Vocês obtiveram os resultados que esperavam?

Henry: Véio... acho que fomos além do que esperávamos. Apesar de termos tocado em outras bandas anteriormente, começamos o Muqueta Na Oreia sem conhecer ninguém do ramo, só músicos amigos mesmo, mas não tínhamos contato com casas de shows, produtores, revistas, rádios, TV, nada disso. Fomos batendo de porta em porta e muitas se abriram. Somos muito gratos a pessoas como você que nos dão força nessa caminhada. É muito gratificante estar na programação das rádios, às vezes entre as mais pedidas, junto com Black Sabbath, Iron Maiden, e outros gigantes. Ver o videoclipe na TV. Ler uma resenha positiva. É de arrepiar.



Como já é tradicional em todas as entrevistas do blog, vamos plagiar a Roadie Crew, gostaria que a banda listasse o seu top Five por aqui, os seus discos preferidos!
Sepultura – Chaos A.D.
Metallica – Metallica (Black Album)
Pantera – Far Beyond Driven
Titãs – Titanomaquia
Faith No More – King for a day, fool for a life time.

Pra finalizar, deixo esse espaço para as considerações finais da banda, e pedir que mandem um alô pra galera de Colorado que curte o som de vocês, e agradecer novamente a atenção! Valeu!

Muito obrigado a todos os roqueiros de Colorado, queremos tocar por aí em breve. Vamos trocar umas idéias, escrevam para nós: muquetanaoreia@muquetanaoreia.com
Valeeu!


Por Evandro Sugahara

sábado, 15 de março de 2014

NEKROST - THRASH METAL MADE IN MANAUS


Talvez você ainda não tenha ouvido falar desses caras, mas certamente ouvirá esse nome muito em breve, a Nekrost, formação thrasher  oriunda de Manaus-AM, já tem várias conquistas alcançadas ao longo dos mais de dez anos de carreira e vem chegando ao lançamento de seu primeiro full lenght, intitulado “The dark path”, como você poderá conferir na entrevista que conduzimos com baixista da banda, o brother Eduardo Ribeiro, se liguem aí logo menos!!!

1 - E aí galera, muito obrigado por ceder um pouco de seu tempo pro Colorado Heavy Metal Blog, gostaria de começar falando logo sobre a faixa que a Nekrost lançou recentemente, “Escape”, o que vocês poderiam nos adiantar a respeito de seu debut, “The dark path”? Como anda o processo de gravação e como foi o contato com Heros Trench pra mixagem e masterização desse material no Mr, Som?
Duda Ribeiro: Primeiramente agradeço pela força, obrigado ao Colorado Heavy Metal. Então… falando sobre o disco, já terminamos as garavações, a masterirazção e a mixagem, o disco já está pronto, foi gravado em um ano e meio no Estudio Supersonico aqui em Manaus com o Beto Montrezol e conta com nove faixas, produzido juntamente com Rodrigo Mosca e Leland Dantas ambos guitarristas da Nekrost e masterizado/mixado no Mr.Som em SP. A capa foi elaborada por Abrarão Lucas Design Gráfico, e estamos atrás de gravadora para lançar, pois lançar independente está complicado diante de todo investimento que fizemos. Já o contato com Mr. Som foi através da vinda do Korzus a Manaus, onde dividimos o mesmo palco, já conheciamos o trabalho do Heros como produtor musical, então o Rodrigo Mosca (Guitarra Nekrost), manteve contato via internet e assim foi feito esse trampo no Mr. Som, com a ida do Rodrigo Mosca e Leland Dantas (Guitarra Nekrost) para acompanhar essa master e mix.
 2 - Que diferenças vocês apontariam entre os novos sons que a Nekrost vem apresentando e os sons presentes na Demo, “All my hate”?
Duda Ribeiro: Com toda certeza a qualidade em termos de gravação, produção e resultado final desse conjunto. Iremos relançar com uma nova roupagem três músicas da demo “All my hate” com uma qualidade melhor, então mantivemos a mesma pegada de composições com passagens progressivas que haviamos iniciado na demo, e acredito que é o diferencial em nossa música, é o que dá identidade a Nekrost.
3 - Manaus parece ter entrado definitivamente na rota de shows internacionais, e vocês tem se apresentado ao lado de grandes nomes do metal nacional e mundial ao longo dos últimos tempos, que experiências mais marcaram a banda nessas oportunidades que puderam abrir shows em grandes eventos underground da cidade?
Duda Ribeiro: Bom... vou citar alguns mais marcantes na minha opinião, pois houve vários. Quando fomos pré-show do Korzus acho que em 2000 ou foi 2001 não me lembro bem ao ano, quando fomos pós show do Sepultura onde pensavamos que ninguém ia ficar pra ver a gente e nos enganamos, pois a galera ficou é detonou junto com a gente, o pré-show no anfiteatro da ponta negra junto ao MX e SoulFly em 2013 e o pré-show que fizemos de última hora abrindo para o Destruction em 2013, pois o Forka não pode vir.
4 - Voltando um pouco no passado, mas não poderia deixar de citar, conte-nos como foi representar o Brasil lá na Alemanha, no Wacken Open Air e como isso impactou na carreira da banda?
Duda Ribeiro: Essa sim foi a maior experiência já vivida da banda e com certeza a que ficará na memória e na história do metal Amazonense. Tocar no Wacken e representar o Brasil em 2011 foi como acertar na loteria, mais não somente no sentido de sorte mais sim de algo que é uma relização de quase todo brasileiro (risos). E isso nos deu um reconhecimento nacional muito bom, e acabamos ficando como uma ‘’referência’’ de banda de metal de Manaus/AM, e claro nos proporcionou muitos contatos, entrevistas, ou seja, uma divulgação a mais do nosso trampo.
5 - Quais são as influências musicais da Nekrost e como vocês definiriam o seu som pra situar alguém que ainda não conhece o seu trabalho?
Duda Ribeiro: Nossas influências vêm das grandes bandas de thrash e prog metal, então acabamos nos encaixando no estilo musical Technical Thrash Metal (se é que existe) mais foi como definimos o som que produzimos, devido algumas passagens prog com alguns contra tempos.
6 - A banda passou por muitas instabilidades na formação no que diz respeito à bateria, isso atrapalhou muito o trabalho de vocês? Como está soando a banda agora com sua formação original novamente, já que João Meireles retornou ao posto?
Duda Ribeiro: Atrapalhou sim, isso atrasa a banda no sentido de continuarmos o trabalho, pois aqui em Manaus é escasso de baterista de metal, então foi quando Helmut Quacken (Glory Opera) entrou na banda e ajudou nas composições e na gravação, pois é um baterista muito experiente e toca muito, ele quem gravou o disco todo, mais devido a sua agenda de trabalho e alguns problemas particulares não pode ficar na banda, então foi aí que o João Meireles retornou


7 - Existe a possibilidade de uma tour pelo sul e sudeste após o lançamento de “The dark path”? O som da Nekrost teria uma ótima aceitação por essas bandas creio eu.
Duda Ribeiro: A intenção é essa, depois que lançarmos o disco, queremos divulgar o máximo para que as pessoas conheçam nossa música e assim  manter contato com produtores afim de que possamos levar nossa música para o Brasil inteiro se possível. Mas no momento não há nada fechado sobre tour.
8 - Aproveitando o gancho da pergunta acima, vocês acham que a cena da região norte fica de certa forma restrita devido à logística do negócio? Vocês acreditam que também haja de certa forma algum preconceito ou regionalismo quando se trata de contratar bandas aí da região para shows fora de seu eixo?
Duda Ribeiro: Isto é fato que fica restrito devido à logistica, o custo se torna alto tanto para trazer bandas quanto para sair daqui e tocar em outros estados. Mais tem melhorado bastante com relação shows, pois a uma produtora muito competente atualmente no mercado do metal no Amazonas. Com relação a preconceito acredito que não sofremos, o que não somos é escutados. Devido essa logistica atrapalhar em termos de produção musical, pois não temos grandes estudios em Manaus pra se fazer uma produção excelente, o custo sai muito, mais miuto grande pra se gravar um cd com uma qualidade boa. Aí não gravando algo de qualidade, seja música ou clip, fica dificil as pessoas se interessarem pela musicalidade daqui a ponto de querer contratar um show. Por isso investimos pesado em nossa produção.
9- Mantendo a tosca tradição de plagiar a Roadie Crew por aqui, vamos a nossa sempre presente pergunta, quais são os seus cinco álbuns favoritos de todos os tempos?
Duda Ribeiro:
 Death – The Sound Of Perseverance
 Megadeth – Rust in Peace
Slayer  - Reign Blood
 Kreator – Violent Revolution
Carcass –Heatwork
10 - Que outras bandas da cena manauara você destacaria pra quem estiver afim de conhecer o produtivo underground amazonense?
Duda Ribeiro: Há muitas bandas que posso falar, mais vou indicar aqui a Evil Syndicate(DeathMetal) que está fazendo trabalho muito bom, e Eutanase(ThrashMetal).
11 - Pra finalizar, novamente aquele salve pela atenção concedida e gostaria de destinar esse espaço para que deixasse sua mensagem final aos leitores do Colorado Heavy metal Blog, Valeu!
Duda Ribeiro: Agradeço em nome da Banda Nekrost pelo espaço, pois graças ao trampo arduo de blogs, revistas, zines , assim como o Colorado Heavy Metal, ajudam e muito na digulgação do metal nacional. Espero que os leitores do blog escutem nosso trampo. Abraço e mantenham-se no metal.

Contato Nekrost:

Por Evandro Sugahara

terça-feira, 11 de março de 2014

DEAD REWARD - LONDRINA SEMPRE REVELANDO ÓTIMAS BANDAS


“Crossing Over” é o trabalho que apresenta a banda DEAD REWARD, mais uma representante do Norte Pioneiro do Paraná, mais especificamente em Londrina, cidade com tradição em “abrigar” ótimas bandas e lançando-as em notoriedade nacional.  Pesquisando através de redes sociais e por conta de um contato estabelecido com o TRAGEDY GARDEN cheguei  ao guitarrista Felipe Cortes que me enviou o CD- PROMO da banda para curtir e também somar ao nosso blog. Procurei não escutar o som na internet antes da chegada do CD para ouvi-lo olhando a arte gráfica para tentar pegar a ideia principal da banda. Até então pensei que faziam um Doom/Death calçado nas referencias dos anos 90... É claro que essas influências são a base para todo esse gênero, mais ao pegar o encarte na mão já deu pra sacar que o DEAD  REWARD possui uma roupagem mais sútil e extensiva em sua sonoridade. Apesar manter um “pé” no  Doom/ Death  o material possui suas singularidades bem vindas por dar uma identidade ao grupo, podemos notar algo que transita entre o  Doom Metal tradicional com alguns toques de gótico e até algo mesmo progressivo.

 “CROSSING OVER”   abre o  EP ( que possui 02 faixas), sendo uma  excelente composição. Com um clima melancólico e belas melodias de guitarra a música se inicia com uma competente mescla de vocais limpos e guturais. As guitarras iniciam o trabalho bem na antiga linha dos pioneiros ANATHEMA, promovendo um clima muito intimista e ao mesmo tempo melancólico! Apesar de sua longa duração (12 minutos e 4 segundos) a faixa é muito agradável , pois Saulo, Alysson, Rogério e Felipe são excelentes músicos e souberam dar uma ótima interpretação individual, usando muito bem as mudanças de andamento para  não deixar a  música maçante.
O DEAD REWARD apesar de envereda-se  pelos caminhos do  Doom Metal tem uma conexão com o que esta acontecendo com as bandas que ousam em sonoridades mais densas, apesar de até mesmo o guitarrista Felipe em uma conversa  (comigo Inbox)se surpreender com a comparação, não é difícil identificar traços de bandas como o OPETH no som do DEAD REWARD  que também investem em uma sonoridade mais progressiva, sem perder aquela aura lúgubre.


“CHOICES” a segunda faixa se mostra bastante autentica, começando com uma levada agressiva que remete  ao clássico PARADISE LOST, no decorrer da faixa surge um dueto inesperado  com a participação da vocalista Carol Calliari trazendo um  clima interessante para a música. “CHOICES” segue com uma ótima ambientação de sonoridades triste e introspectivas, podemos dizer que há uma escala bem interessante de flertes de gótico nessa faixa mostrando que a banda além de ter muito peso, também tem algo bastante refinado em sua musicalidade.


DEAD REWARD é uma agradável surpresa ,com muito potencial para futuros trabalhos. Além de das músicas serem ótimas, ainda contamos com uma agradável apresentação gráfica, mostrando um bom gosto na concepção da imagem da banda. Nós do Colorado Heavy Metal nos achamos no dever de divulgar esse promissor grupo, e brevemente traremos mais novidades sobre  o DEAD REWARD. O Paraná realmente esta bem servido de ótimas bandas.

FORMAÇÃO:
Saulo Marlier - Bass and Vocals
Alysson Farinazo - Drums
Rogério Marlier "Black" - Guitar
Felipe Côrtes - Guitar an Vocals

Confiram as Músicas:

Dead Reward - Crossing Over


Dead Reward - Choices

Curtam a Page da banda:



Por Vitor Carnelossi - vitorcarnelossi@gmail.com

domingo, 9 de março de 2014

ENTREVISTA COM A BANDA SANTA MORTE

O Blog COLORADO HEAVY METAL sempre esta nos bastidores dando uma boa garimpada no que há de interessante na cena, e se possível nos é dado a chance de cooperar com as bandas que curtimos para criar conteúdo de divulgação e pesquisa. A internet é gigante, porém consciência no conteúdo é o que temos a oferecer! Confiram essa entrevista bem legal com o Viruz representando a banda SANTA MORTE, mais um material a cargo do sempre conectado e produtivo EVANDRO SUGAHARA!



1 -  Fala Galera, obrigado por falar conosco, o Blog Colorado Heavy Metal agradece, pra começar gostaria que vocês descrevessem um pouco da história do Santa Morte para nós e como você se envolveram com o som underground?
Viruz - Salve Sugahara! Primeiramente obrigado pelo espaço, pelo apoio, e o agradecimento é todo nosso! Bom, a Santa Morte foi formada em 2011, e todos nós já tocávamos em outras bandas, de diferentes estilos...hardcore melódico, ny hardcore, punk, metal , e o Fernando Muniz foi a ponte...ele conhecia os outros caras, mas a gente não se conhecia, apenas o Henrique e o Caio se conheciam antes, e o Fernando veio com essa ideia da banda, num ótimo momento pra todo mundo, acho que todos estávamos descontentes com nossos projetos anteriores, e queríamos dar uma mudada, fazer algo novo, e do zero. Ele juntou todo mundo, e deu no que deu!
2 -   Em suas palavras, o que é a Santa Morte?
Viruz - Cara, pra mim, antes de tudo, Santa Morte é amizade. Somos uma banda, e hoje em dia nos levamos muito mais a sério do que levávamos no começo. Temos ideia de que é algo importante não só pra nós, mas pra outras pessoas que estão envolvidas e que curtem a banda. Nosso intuito quando montamos a banda era juntar uns amigos e fazer um som do jeito que a gente curte, e acho que temos conseguido fazer isso. Cada vez com mais amigos, e cada vez mais longe.
3 -  Tenho acompanhado os progressos da banda e vejo que vocês cresceram bastante na cena, como vocês analisam essa evolução, e qual a fórmula pra se manter de pé em uma cena em que sobram problemas e falta apoio?
Viruz - É muito difícil dizer o porquê crescemos, ou o quanto crescemos. Nós temos noção que temos uma galera que acompanha nosso trabalho, mas isso ainda é meio novo pra gente. É difícil se manter porque todos nós temos outras coisas pra fazer por fora, e é muito difícil viver de um hardcore mais pesado no Brasil. Todos trabalhamos, alguns estudam, o Caio é casado, e pai, então tem muita coisa pra conciliar, por isso as vezes é difícil "se manter em pé" como você disse, mas a gente vai levando, tentando sempre compor coisas novas, evoluir musicalmente, e nos virando com a pouca grana que da pra tirar de shows e merchandising pra sobreviver no underground, e acho que se você perguntar, 99% das bandas da cena vão ter uma resposta parecida com essa.
4 - Como foi a experiência da gravação do clipe para “Lixo informativo”?
Viruz - Cara, foi uma loucura! Rs... nós fizemos no extremo do "Do It Yourself"... ! O Caio chegou com essa ideia maluca do clipe, e pra ser sincero, quando li o roteiro eu fiquei meio cético de que pudesse dar certo, achei que ficaria uma merda mesmo, porque a ideia era muito boa, mas a execução parecia extremamente difícil. Um dia a gente cansou de discutir se dava pra fazer ou não, e resolvemos descobrir tentando. Gastamos 38 reais, chamamos alguns amigos, ligamos a câmera, e o clipe aconteceu! Foi simples assim! Foi uma experiência única e inesquecível! Não ficou nada profissional, mas pra maneira como foi feito, o clipe ficou muito bom, e é muito importante pra nós, tanto pela divulgação que deu pra banda, quanto pela importância da atitude de simplesmente ir, e fazer!
5 -  Vocês já possuíam experiência em estúdio ou a gravação de “Aos Verdadeiros” foi o primeiro contato com um estúdio?
Viruz - Todos da banda já tinham gravado materiais com seus projetos antigos, mas nada no nível que a gente trabalhou pro Aos Verdadeiros. Antes do Aos Verdadeiros já foi um choque, quando gravamos a single Dopado, com o Marcello Pompeu, e o Heros Trench, ambos do Korzus, no MrSom Estúdio. Tínhamos gravado em estúdios pequenos anteriormente, nada muito sério, e de repente topamos num estúdio onde tinham gravado bandas que admirávamos, como Ratos de Porão, Claustrofobia, Coração de Herói, e o próprio Korzus, e tinha um Grammy em cima da geladeira do estúdio, foi meio chocante, mas mesmo sendo apenas um single, acho que deu a experiência que precisávamos pra fazer do Aos Verdadeiros um álbum melhor. Quando chegamos no Magma Estúdios, pra gravar com o Léo, por indicação do nosso mano Douglas Melchiades, do Worst, que na época tocava no One True Reason, foi o que posso descrever como "amor à primeira visita"...o Léo é um cara extremamente profissional, e é como a gente, é parecido com a gente, que fala um monte de merda, que zoa, brinca o tempo inteiro, e foi um clima muito gostoso, descontraído, leve...ao mesmo tempo que queríamos logo o resultado do disco, não queríamos terminar a gravação, porque era gostoso estar ali no estúdio, trabalhando nas músicas, conversando, e nos divertindo, foi animal! O cara manja muito do que faz, e foi tão importante quanto qualquer integrante da banda para que o álbum ficasse tão bom! O Léo virou um grande amigo nosso, e fazemos trabalhos juntos até hoje. No que depender de nós, muitos álbuns da Santa Morte ainda serão gravados por ele.
6 -  A banda se apresenta com certa freqüência ao vivo, como vocês enxergam a reação da galera ao som da Santa Morte? Como é poder levar a mensagem da banda a tantas pessoas diferentes?
Viruz - É uma loucura cara! Acho que é o "ganho" de quem escolhe ter uma banda! De resto, a maior parte do tempo, é árduo, sofrido, e difícil. Se manter, ensaiar, criar, evoluir, trazer novidades, comprar equipamento, consertar equipamento, e etc, etc, etc...é foda, mas tudo isso é recompensando quando você sobe no palco, e vê a galera cantando seu som! Eu lembro de uma época que ia muito em shows, e do sentimento que eu tinha quando via as bandas que eu gostava tocando, e imagino que quem está ali agitando no nosso show está sentindo a mesma coisa, e isso é fantástico! A forma como somos recebidos nos lugares fora de São Paulo também é impressionante! As vezes a ficha ainda não caiu que nosso som "saiu de São Paulo" saca? A gente percebia que tinha um público aqui, por causa da frequencia de shows, mas quando fomos chamados pra tocar a primeira vez em Santos, por exemplo, chegamos lá, e todo mundo conhecia a gente, e as nossas músicas, mesmo sendo uma cidade vizinha praticamente, foi surpreendente, assustador! Quando fomos tocar em Minas Gerais, tinha um moleque cantando nossas músicas, e chorando no meio do show! Quando vi aquilo quase travei, quase chorei junto Hahahaha. É só o que eu consigo descrever cara, essa sensação é difícil de ser colocada em palavras.

7 - Dando uma ênfase a parte lírica da Santa Morte, dá pra sacar que existe uma idéia forte além do som agressivo, vocês acreditam que é importante se preocupar com a mensagem transmitida pela banda?
Viruz - Absolutamente! Acho deprimente ver algumas bandas se preocuparem tanto com o instrumental absurdamente pesado, e fazer umas letras clichês, sem rimas, sem nexo, só um monte de frases de efeito enfileiradas! Dá angustia em ver que infelizmente tem bandas assim, e mais angustia ainda em saber que tem gente que apoia, e consome esse tipo de "música".
8 - Como foi que rolaram as participações especiais de Marcelo Soldado (Coração de Herói) e Rafael Camelo (Infecção Raivosa)?
Viruz - A do Rafa foi meio que de última hora. Nós iríamos fechar o álbum, e aquele instrumental ainda não tinha letra. O Fernando Muniz escreveu a letra de Tenha Fé, e quando estava pronta, e a gente foi pro estúdio ver como ficaria, um amigo nosso, o Arthur (Tutu), comentou: "Eu leio essa letra com a voz do Rafão!" e deu um estalo na hora, ligamos pra ele na mesma hora, e ele topou. A gente já se conhecia, já tínhamos tocado juntos, e éramos fãs de Infecção Raivosa, então foi assim que rolou. A participação do Soldado foi meio chocante pra nós. Eu escrevi a Aos Verdadeiros, pensando nas pessoas que me passavam verdade no que diziam, e na forma de ser e agir, não só de pessoas próximas, de amigos, mas de pessoas que eu admirava, e o Soldado é um cara que sempre curti o trampo dele, desde a época do Korzus. Quando ele lançou o CD do Coração de Herói, eu ouvia todos os dias, e ainda ouço com bastante frequencia, e na época ele era um ídolo pra mim particularmente, chamei o cara mas não tinha esperança nenhuma que ele fosse aceitar, ele nem me conhecia, nem sabia quem eu era, que eu existia, e o cara é simplesmente um dos maiores guitarristas do país. Mas o Soldado é um cara fantástico, de uma honra e um caráter inabaláveis. Ele foi extremamente humilde comigo, conversamos bastante, e ele curtiu muito a letra, e topou. Até hoje me sinto muito honrado em ter a participação dele no nosso disco, até porque, depois disso viramos amigos, e é um cara pelo qual o meu respeito só aumenta à cada dia.
9 -  Ano passado vocês divulgaram uma faixa inédita, “Escravidão remunerada” quais são os planos futuros da Santa Morte? O que vem por aí em 2014?
Viruz - Não podemos falar muito sobre isso no momento. Só posso falar que estamos trabalhando firme, e coisas boas virão num futuro próximo. Deixa no ar Hahahaha.
10 -  Vocês pensam em um próximo lançamento prensar um disco físico? Qual a razão de optarem pelo lançamento digital de “Aos Verdadeiros” (2012)?
Viruz - A razão foi única e exclusivamente GRANA! Nós queríamos muito fazer o físico, mas não tínhamos grana, e quando conseguimos juntar uma grana, foi tarde demais. O disco já estava espalhado pela internet, todo mundo já tinha, e tinha ouvido muito, não ia vender um físico à aquela altura. Pro nosso próximo trabalho, vamos nos planejar melhor, pra tentar lançar o físico, temos muita vontade de conseguir, é uma das nossas metas. Infelizmente custa bem caro, e pra bandas como nós, independentes, e sem apoio nenhum, é meio complicado. De qualquer maneira, vamos batalhar pra que isso aconteça.
11 - “Dopado” saiu como bônus em “Aos Verdadeiros”, ela foi gravada no Mr. Som em 2011, você poderia nos contar como foi trabalhar com Marcelo Pompeu (Korzus)?
Viruz - Bom, já falei um pouco sobre isso numa pergunta anterior, mas vou detalhar mais sobre aquele single em específico. Foi foda. Simplesmente. Em todos os sentidos, nos bons e nos ruins. Bom porque o resultado foi exatamente o que queríamos, e foi uma experiência fenomenal como banda, mas foi difícil. Difícil porque não estávamos acostumados com aquele nível de profissionalismo, nem esperávamos gastar tanta grana. Pra você ter uma ideia por cima, o que gastamos pra gravar só a Dopado, foi o preço de quase a metade do álbum Aos Verdadeiros. O Pompeu tem um Grammy, é um produtor e um músico renomado internacionalmente, e indiscutivelmente, um dos melhores produtores musicais do país. Acho que ele era areia demais pro nosso caminhão. Se fossemos gravar hoje com ele, seria bem diferente, mas estamos muito felizes no Magma, e como já comentei, não pretendemos sair de lá.
12  -  Vocês tocaram em Maringá-PR em setembro do ano passado, uma cidade bem próxima aqui de Colorado-PR, onde reside a galera do blog, conte-nos como foi esse role pelo interior do Paraná e quais as lembranças que vocês têm desse show?
Viruz - Na verdade, não tocamos. Esse rolê foi cancelado em cima da hora. Foi estranho porque convidaram a gente, e o DPR, e estava tudo certo, saiu flyer e tudo, mas os valores pra contratar a Van que nos levaria foram sempre ficando "pra semana que vem", e nunca vieram. Esperamos até um dia antes do rolê, mas infelizmente não rolou. Não acho que foi má índole dos organizadores, só que era uma galera mais nova que estava organizando, acho que faltou um pouco de experiência, mas tudo bem, acontece. Espero que possamos ir tocar em Maringá em 2014!
13  - A Santa Morte tem uma parceria forte com o Do Protesto a Resistência, do que se trata a “De La Rua Crew”?
Viruz - Crew sempre foi um assunto delicado, e nós nunca gostamos de nos envolver, porém, o Ricardo, vocalista do DPR, e criador da De La Rua nos trouxe uma proposta muito legal, com projetos juntos, e planos futuros de poder fazer algo maior por nós mesmos e pela cena. Nós e os caras do DPR de uns tempos pra cá nos tornamos bem próximos. Temos as mesmas ideias, o mesmo público, e somos amigos. Estarmos juntos é bom pras duas bandas, em todos os sentidos. Na questão musical, pelo público que é praticamente o mesmo, e pela questão pessoal, de sermos amigos, nos ajudarmos, e nos divertirmos muito juntos. É o que falei do Léo na outra pergunta, por exemplo, a mesma coisa se encaixa ao DPR, eles se parecem com a gente! Pensam iguais, são tão malucos quanto nós, e falam as mesmas merdas, e fazem as mesmas brincadeiras. A gente se dá bem. A De La Rua só fortalece essa amizade, e aproxima ainda mais as bandas. Definitivamente, a De La Rua é uma crew muito diferente de todas as outras.
14 -   Essa parceria com o DPR tem possibilidade de se estender para participações em músicas de ambas as bandas, creio que seria uma ótima combinação, não acham?
Viruz - Com certeza! Era pro Ricardo do DPR ter participado já no Aos Verdadeiros, na faixa Falso Comando, mas tivemos alguns problemas com as datas e os horários de cada um, e acabou não rolando, mas com certeza  queremos o DPR bem perto de nós no nosso próximo trampo. Nos shows sempre estamos juntos, já cantei com os caras em duas oportunidades, e é sempre sensacional estar com eles. O DPR é a nossa família, a De La Rua é a nossa família, e quem não quer a família por perto? Com certeza isso vai rolar, não só em músicas, mas em muitas coisas que uma banda fizer, a outra vai estar junto. Como diria o Ricardo: "Se é pra fazer panela, então que a tampa seja bem pesada!" Hahahaha e é isso aí!
15 -    Mantendo nosso péssimo hábito de plagiar a Roadie Crew e de adorar uma lista, gostaria que citassem seus cinco álbuns preferidos de todos os tempos!
Viruz - Eu odeio essas porras, sempre fico com a impressão de que fui injusto! Hahaha Mas vamos lá, vou tentar citar os cinco que acho que mais ouvi!
1 - Raza Odiada - Brujeria
2 - Rebel Meets Rebel - Rebel Meets Rebel
3 - Roots - Sepultura
4 - Ties of Blood - Korzus
5 - Nada como um dia, após o outro dia - Racionais MC's
16 - Continuando no clima da questão acima, gostaria que vocês deixassem uma dica, algo novo que vocês andam ouvindo e consideram como uma promessa do underground.
Viruz - Hoje em dia ouço muita coisa, não necessariamente nova, mas que pra mim tem um peso, e faz uma diferença muito grande no underground de um modo geral.
1 - DPR
2 - Zero Real Marginal
3 - Surra
4 - Maguila
5 - Disórdia
17 -   Reservo este espaço para as suas considerações finais, muito obrigado pela presa e esperamos nos falar em breve!
Queria agradecer à todo mundo que acompanha a banda, que curte o nosso som, e nos apoia! É por essa galera que a gente se mantém firme! Obrigado aos nossos amigos, à nossa crew, e todo mundo que sempre acreditou na gente! Obrigado vocês também do Colorado Heavy Metal pela consideração, e pelo apoio! Contem sempre conosco! Valeu!

É SANTA MORTE NESSA PORRA!!!


Por Evandro Sugahara

domingo, 2 de março de 2014

CAUTERIZATION, BLACKENED DEATH METAL ATTACK!!!

Nesta próxima entrevista do COLORADO HEAVY METAL contamos com talentoso e brutal baterista  Mauro Trojillo, dono das baquetas na banda CAUTERIZATION. O Grupo  vem sendo um destaque no cenário extremo nacional e  com certeza alcançará merecidamente o reconhecimento dos mais ávidos pelo som perverso e caótico praticado por esse Trio! Presidente Prudente é uma cidade localizada quase com a divisa com o Paraná, tendo um intercâmbio direto com as Cidades de Londrina e Maringá, ambas próximas da Cidade que acolhe esse Blog, Colorado... Achei interessante colocar essa informação, pois nessa região já se produziu muita coisa boa em termos de bandas, o CAUTERIZATION vem para mais uma vez elevar nossa região como uma promissora “cena” de ótimas bandas, que apesar das dificuldades sempre esta apta a quebrar paradigmas e surpreender.... ahhhhh  fico aqui pensando em  uma turnê com o CAUTERIZATION  e HOLDER... Brutal...Brutal...Brutal......

MAURO TROJILLO JR -  CAUTERIZATION

Desde já agradecemos Trojillo pela sua boa vontade em nos atender, provando ser um cara simples conectado com o underground desde aos mais simples veículos de divulgação, como o nosso, sem desmerecer os esforços para documentar o Heavy Metal em nossa região, CAUTERIZATION, BLACKENED DEATH METAL ATTACK!!!

CAUTERIZATION , brutalidade ao vivo..

1 - Como você começou a curtir Heavy Metal e qual a banda que lhe despertou para o Metal Extremo?
TROJILLO: Primeiramente obrigado pelo espaço! Cara, eu me lembro que comecei a me interessar quando assisti o KISS no programa fantástico quando vieram tocar no Brasil, acho que isso foi em 1984...por aí, vi aquilo e fiquei  louco(rsrs), aí com 9 anos assisti meu primeiro show aqui em P.Pte. que foi com as bandas VODU, VIPER e uma banda local aqui da época chamada MASSACRA. Nessa época já tinha alguns Lps de bandas como WASP, TWISTED SISTER, RUNNING WILD,..etc. Me lembro que fiquei realmente impactado quando conheci o SARCOFAGO na compilação WARFARE NOISE I, e também quando conheci as bandas SODOM, KREATOR, SLAYER, SEPULTURA,... daí em diante já sempre fui direcionando o gosto musical pras bandas mais extremas.
 2 - Presidente Prudente sempre teve uma cena Underground interessante, quais bandas e iniciativas você poderia nos destacar?
TROJILLO: Sim, P.Pte. sempre teve uma cena bem “movimentada” principalmente nos anos 80 e 90, onde foi rota de várias bandas de renome como SARCOFAGO, VOLKANA, HOLOCAUSTO, MUTILATOR, EMINENCE, VULCANO, VODU, VIPER, BLASPHEMER, COVA, NECROMANCIA, e P.Pte. tinha várias bandas nessa época como MASSACRA, SACRILEGIO, KADAVER, CONSPIRACY,... depois disso creio que final dos anos 90/2000 deu uma amenizada, tanto em termos de bandas como de shows, mas mesmo assim tivemos bandas legais como EPITAPH, FRIGHT NIGHT, HARGONATH(hails)..
 3 - Santo Anastácio (Cidade próxima a P.Prudente) também teve um papel importante para a região promovendo vários eventos, você acompanhou a cena por lá?
TROJILLO: Sim, Santo Anastácio foi uma cidade apesar de pequena, muito atuante em termos de shows, tive o prazer de presenciar muitos eventos lá, inclusive até tocando em 1 deles, muitas bandas tocaram lá: RDP, SUBTERA, HOLDER, KORZUS, AÇÃO DIRETA, e muitos outros, infelizmente a alguns anos que não rola mais nada de interessante por lá.
INDUSTRIAL NOISE - Primeira Banda de Trojillo ainda com material para ser compilado....

4 - O INDUSTRIAL NOISE foi muito ativo nas entranhas do underground da região fazendo um Crust/grind core extremamente violento, por que a banda encerrou as atividades?
TROJILLO: O INDUSTRIAL NOISE se manteve ativo como banda de 1998 até 2008, ficamos 10 anos ininterruptos tocando, gravando, ensaiando, tocamos em muitos lugares, fizemos muitos amigos, lançamos vários materiais, mas tudo um dia acaba(rsrs), Rodrigo depois que seu pai faleceu assumiu a Padaria, aí ficou complicado pra ele continuar com os ensaios, e sem ele nós não continuaríamos, então vamos dizer que a banda está adormecida, quem sabe um dia ela não volta?! Alias vai sair um cd compilando todo o material que foi lançado e não lançado nesses 10 anos de banda, aguardem!
 5 - Como foi a transição do grind/crust do Industrial Noise que carregava uma bandeira do “anti-music” para o som do CAUTERIZATION que faz um death metal brutal, porém com muita técnica?
TROJILLO: Vou te falar que não foi muito fácil!(rsrs) porque eu estava acostumado a tocar músicas apesar de rápidas eram curtas, e no CAUTERIZATION as musicas são longas, rápidas e com muitas variações de tempo, tive que começar a treinar e estudar, coisa que nunca havia feito antes, mas valeu muito a pena!

Brutalidade e precisão !
6- As partes de bateria são realmente insanas, como funciona seu condicionamento físico e ensaios para suportar o set list durante os shows?
TROJILLO: Eu além dos ensaios semanais, faço treinos com o pad em casa(quando dá tempo), e faço musculação pra dar mais resistência muscular, já que pra tocar o estilo é necessário, mas nada muito regular, procuro na semana antes dos shows ensaiar umas 3x, dou uma aquecida rápida e não bebo antes de tocar.
 7- Um diferencial do CAUTERIZATION que vem sendo bem comentado é a vocalista e “frontman” Maysa, como é a química desse “power trio” nos ensaios e shows?
TROJILLO: No CAUTERIZATION, antes de tudo, temos uma relação de amizade dentro e fora da banda, sempre estamos tomando uma juntos, e etc, é como fosse uma família, nada é decidido por 1 integrante, sentamos, conversamos e resolvemos tudo juntos: shows, lançamentos, músicas,.. hoje a formação não poderia estar melhor, para nós o trio é a melhor formação.
8 - Muito se fala das habilidades vocais de Maysa, porém olhando além desse detalhe que geralmente toma a frente das atenções é possível notar uma ótima estrutura de riffs que tornam a música ainda mais interessante. Como funciona o processo de composição da banda?
TROJILLO: Maysa Rodrigues realmente é uma pessoa atípica, porque desde muito cedo começou a tocar guitarra e com 15 anos já tocava e cantava ao vivo numa banda de DEATH METAL chamada SARCOMA, hoje ela é formada em música, e ela que escreve todas as músicas e letras, ela chega com os riffs no ensaio e encaixo a bateria, nada fora do normal, não temos pressa pra compor, só finalizamos uma musica quando realmente ela está pronta e com o “feelling” necessário, nunca tocaremos algum som por virtuosismo ou porque está na moda, todas as musicas são estudadas, as letras, tudo tem um significado.
Maysa, Frontman de peso em evidencia no CAUTERIZATION

9 - A música do CAUTERIZATION possui uma conexão com o que esta rolando no Brutal Death Metal, mesmo tendo suas próprias singularidades, quais as bandas que servem como fonte de aprendizagem e inspiração para a banda?
TROJILLO: Posso falar que todos na banda tem suas preferências, por isso irei falar por mim, eu escuto muito BRUTAL DEATH METAL, BLACK METAL e coisas antigas tipo THRASH 80´, também escuto DOOM, GRINDCORE(old), de bandas que nos influenciam posso citar DISSECTION, AZARATH, BELPHEGOR, KRISIUN, VITAL REMAINS,...
10 - Logo de cara o que chama a atenção CAUTERIZATION é o material de plena qualidade, acredito que deva ser trabalhoso fazer todo esse processo de gravação, a banda tem alguma parceria neste sentido?
TROJILLO: Uma das coisas que desde o inicio foi combinado entre nós é a questão “qualidade”, tudo o que fizermos, faremos bem feito, desde a gravação, material gráfico, equipamento, o que muita gente confunde é UNDERGROUND com “coisa mal feita”, não é porque é UNDERGROUND que tem que ser feito de qualquer jeito! Para isso temos o apoio da LAB SIX que nos dá um suporte nos instrumentos musicais e lançamentos, eu tenho o suporte das Baquetas PREMIUM, e temos os selos que nos apóiam e que são nossos parceiros: A MISANTHROPIC RECS(Brasil), CIANETO DISCOS(Brasil), TILL FUKKIN BLEED RECS(Polonia), MORBID SYNDICATE/METAL MUSIC(Austria), e nossos amigos e apoiadores que adquirem nossos materiais!

Wesley Moia, comandando os graves nas 4 cordas!
 11 - Como esta sendo a repercussão do EP “Males Infestus”?
TROJILLO: O EP “MALES INFESTUS” teve uma repercussão muito além do esperado, visto que além do lançamento em formato CD-Demo que fizemos em 2011, ele já foi relançado em vários outros formatos, em tape na Polônia, em Digipack na Austria, em Cd-pro no Brasil, então foi um lance muito legal, só falta a versão em vinil! rs
12 - Além do material promocional e um ótimo Clip ( Infernal Battlefield), quais os próximos passos da banda?
TROJILLO: Atualmente nós estamos com todo o material praticamente pronto e em abril sai nosso full 7´Ep com 1 Intro + 2 músicas novas pelos selos LAB SIX RECS e MISANTHROPIC RECS, serão 500 cópias numeradas a mão! Iremos também participar do CD tributo a banda HEADHUNTER DC pela MUTILATION RECS, e fora isso estamos compondo novas musicas para futuros lançamentos.
13- Quais os bateristas que você destacaria na atualidade que servem como referência para você?
TROJILLO: Pra mim um baterista que sempre admirei, e hoje tenho o privilégio de ter amizade, já ter tocado junto, e admiro não só pelo baterista espetacular que ele é, que revolucionou o DEATH METAL mundial, mas a pessoa humilde que é: o grande Max Kolesne do KRISIUN, eu acompanho a banda desde o inicio e quando o vi tocar ao vivo, fiquei chocado com tanta brutalidade e energia que ele tocava, realmente tenho ele como referência! Mas gosto também referência dos bateristas Inferno/AZARATH, Tony Laureano/ANGELCORPSE, Derek Roddy/HATE ETERNAL, George Kollias/NILE, Dave Lombardo/SLAYER, Thiago Nogueira/HEADHUNTER DC, e vários outros.
 14 -Gostaria que você listasse seus álbuns favoritos!
TROJILLO: Vixe cara, isso é difícil hein!!rsrs, vamos tentar: SLAYER – show no mercy / KREATOR – Endless pain / SODOM – In the sign of evil  / SARCOFAGO – INRI  / RUNNING WILD – gates to purgatory SEPULTURA – morbid visions /  EXODUS – bonded by blood  / METALLICA – kill´em´all  / BRUTAL TRUTH- Extreme condictions..  / VITAL REMAINS – forever underground  / AZARATH – praise the beast  / HEADHUNTER DC – And the sky turns to black  / KRISIUN – black force domain  / DISSECTION – Storms of light´s bane  / BLASPHEMY – fallen angel of doom  / ROTTING CHRIST – Ade´s winds  / SAMAEL – worship him  / MYSTIFIER – WIICA  / ROTTING FLESH – Infanticius monstrosities  / ROT – almighty god  /  MX – Simoniacal /  DARK ANGEL – Darkness descends /  E váriossss outros………
CAUTERIZATION - de Presidente Prudente para o Brasil!

15 - O COLORADO HEAVY METAL agradece sua participação Trojillo e estamos na torcida para o CAUTERIZATION destrua tudo! Deixo o espaço aberto para suas considerações finais!
TROJILLO: Obrigado! Cara, eu que agradeço o espaço! E desejo que o blog se perpetue por muitos anos, pois nossa região é carente disso!! E sigam seus corações, toquem o que sentem, não toque por moda, ou por imposição, tudo o que é feito com sinceridade e honestidade já por si só tem o seu valor! KEEP THE FLAME BURNING IN YOUR HEARTS! NASU IS COMING! PREPARE FOR THE NEW BLACKENED DEATH METAL ATTACK!!! HAILSSSSSSS!

Por Vitor Carnelossi

vitorcarnelossi@gmail.com

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