No Final dos Anos 90 o mundo do Heavy Metal foi invadido
pelo metal operístico, encabeçado pelas bandas Nightwish e Tristania, gostem ou
não, essa “onda” chegou também ao Brasil. Obviamente, muitas bandas “modistas”
naufragaram na insignificância, outras alcançaram a fórmula com sucesso. No
âmbito nacional, na minha opinião segue no pódio em primeiro lugar o álbum
“Goddess of Tears” da banda mineira SILENT CRY, uma relíquia do Gothic Metal
Brasileiro. Liderado pelo guitarrista Dilpho Castro, o SILENTY CRY conseguiu
após o lançamento de seu primeiro álbum, “Remembrance” equilibrar os excelentes
vocais de Suelly Ribeiro com a parte soturna da banda com maestria. É claro que
o “Remembrance” também tem muita qualidade, além de ser amplamente mais lúgubre
do que em ““Goddess of Tears”, porém o equilíbrio nas composições fez deste CD,
um disco obrigatório para quem gosta de Gothic/Doom. Outro ponto forte do disco
foram os teclados, estes a cargo do finado Bruno Selmer (R.I.P. 2004), destaque
no instrumento no ano do lançamento, citado em várias resenhas e também eleito
como tecladista destaque pela Revista Roadie Crew. Uma pena Bruno ter sucumbido
a depressão e ter colocado fim a sua vida tão precocemente. Após “Goddess of
Tears” a banda desfez-se da formação, perdendo muito com a saída da genial
vocalista Suelly Ribeiro, que após apresentou um trabalho com a banda Dark
Eden. Além dela e Bruno Selmer outros integrantes saíram perdendo assim a base
instrumental deste clássico. Dilpho Castro fez outros discos, porém sem a
maestria incontestável de “Goddess of Tears”.
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Editor responsável - Vitor Carnelossi
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