Leonardo Blonski, ou simplesmente “Leo Blonski” é um músico
talentoso de Colorado que participou de alguns momentos inesquecíveis para
nossa cena local de outrora! O Multi-instrumentista marcou presença na primeira
formação do Space Travelling, Via Trilha, Black Sabbath Cover, Invaders , sempre
“roubando a cena” com seu talento. Dono de um poderoso vocal e um senso musical
forte, após se desligar do trio “Banda Trilha” (famosa banda comercial de nossa cidade) intensificou seu lado
profissional e atua ativamente na cena musical de Maringá. Ao lado do grande
amigo Eduardo Jorge foi responsável por aquela tradição nos covers de bandas
clássicas dos anos 70 em Colorado, angariando muitos novos fãs para o velho em
bom rock n´roll. Confira abaixo o que anda fazendo esse grande “frontman” e
quais suas visões sobre a música!
1 - Como surgiu o seu envolvimento
com a música?
Bem, o meu saudoso avô (David Da
Silva) me despertou a vontade. Foram muitos os fins de tarde após a escola em
que eu ficava sentado vendo o velho tocar violão, eu ficava maravilhado com
aquilo. Minha prima (Ângela Peliceu) dava aulas de música na época (1993-1994)
e me passou os primeiros acordes e alguns fundamentos. À partir daí não parei
mais, enfim, sou muito grato pelas influências que tive e desde muito cedo a
música mora comigo.
2 - Qual a primeira banda que lhe
chamou a atenção para o rock?
Minha mãe gostava muito de pop/rock nos anos 90, tinha uma radiola
Gradiente que era foda!
Lembro-me como se fosse ontem, várias performances usando escova de cabelo como
microfone... (risos).
Entre alguns dos vinis dentro da estante, se destacavam em meu gosto:
GREASE - (Jhon Travolta e outra mina que não lembro o nome)
A-HA – ( As faixas Take On Me e Crying In The Rain eram do caralho).
E o magnífico Use Your Ilusion II do Guns que escuto até hoje esporadicamente.
Mas o som que me abriu os olhos pro mundo foi uma fita K7
que eu e meu pai compramos numa feira de rua na cidade de Rolândia-PR, tinha
uma morte na capa tipo caveira e eu achava radical kkk... Forbidden do Black
Sabbath. Foi sem dúvida a melhor coisa que eu já tinha ouvido na minha vida,
após 20 anos ainda é uma das melhores.
3 - Você já vivenciou os dois lados
da moeda com a música underground e comercial. Na sua opinião porque é tão
difícil manter a harmonia entre os músicos que fazem o rock e suas variações
sobre o mesmo teto?
Bom, eu acredito que a divergência de opinião é o principal fator. No
comercial os músicos são mais receptíveis e levam tudo de acordo com o mercado.
A galera do rock já é um pouco mais determinada, gosta de se impor um pouco
mais, é mais extrema.
Mas o legal é aprender a levar de boa, fazer amigos e a música em todas as suas
vertentes.
Acredito que já superei esta fase de “tenho o melhor gosto musical do mundo”,
deixo a mesma para a próxima geração.
4 – Qual o perfil de um bom músico
para você?
Na minha modesta opinião, o bom músico tem que ter
identidade (musical), gostar de tudo o que é bem feito independente de gênero,
saber diferenciar amizade de trabalho, manter-se sempre atualizado nos
segmentos em que atua. Coisas que o tempo vem me ensinando com as porradas da
vida.
5 – Como organizar as metas e se
programar para ser um músico profissional, mesmo no seguimento “underground”?
Bem, se o cara tem vontade e é bom no que faz ele já andou metade do
caminho, um musico profissional tem que caminhar conforme vão lhe dando as
pernas, portanto tem que saber escutar, encarar como trabalho até mesmo aquele
momento que reserva pra escutar a música que vai ser executada. A meta
principal é sempre viver de música, portanto organize-se.
6 – Desde que lhe conheço sei que
possui muito material composto, qual o motivo para eles não terem sido
produzidos ainda?
Tenho alguns materiais produzidos, Algumas músicas Pop/rock, algo no
Sertanejo e algumas regravações também. Como vivo de música acabo tendo pouco
tempo pra um trabalho autoral profissional, venho escrevendo e produzindo à
alguns meses e em breve irei realizar mais este sonho, produzir algo 100% meu.
Em breve terei novidades pra galera que me acompanha.
7 – Podemos encontrar algo seu no CD
“ Sem Razão” da Banda Trilha (Colorado). Como você analisa este registro nos
dias de hoje?
Foi uma experiência incrível que tive com dois músicos de alto nível
(Sued Sérvulo e Neimar Assoni), 10 das 12 faixas do disco são composições minhas,
mas muito bem arranjadas pelo Sued. É um registro muito valioso e sou grato por
todo o aprendizado que tive com essa galera.
8 – Ainda em Colorado você
participou do Invaders, banda que até hoje é lembrada. Existe muita
musicalidade empenhada neste estilo (Classic Rock). Você acredita que a sua
formação de base (rock) lhe dá mais facilidade em analisar a música como um
todo?
Acredito que o Rock faz a mente!
Sim, comigo foi exatamente o que aconteceu. Atualmente até mesmo na música
comercial é evidente a influência do rock, às vezes até com resultados
catastróficos.
Quando algo abre sua mente, sua visão fica mais ampla pra tudo. O rock tem esse
poder.
9 – Trabalhando profissionalmente
com a música, você consegue separar mentalmente o que faz parte do seu estilo
“intimo” e o que você apenas tem que executar?
Perfeitamente. Claro que entre o repertório tem aquelas que amamos e as
que detestamos, mas ali não se trata do que você gosta, e sim do gosto de quem
está lhe pagando e de seus convidados. É uma prestação de serviços como todas
as outras.
10- Como organizar-se antes de um
show em relação ao “extenso” repertório que uma “banda baile” possui. Como
fazer pra não dar aquele “branco”?
Eu sempre tive a sorte e o prazer de trabalhar com músicos muito bons,
então facilita bastante. Faço apenas aquecimento vocal com exercícios antes do
evento pra suportar as 4/5 horas de repertório, mas quando é baile sempre
dividimos o repertório entre 2 ou 3 cantores.
Depois de muito tempo fazendo a gente
vai pegando o jeito e fixando as músicas na memória, Se der “branco” lascou!
kkk
11 – Sei que você é muito fã de Back
Sabbath, gostaria que citasse um álbum de cada vocalista da banda! To ligado
que você curte até o material do Tony Martin nos vocais!
Realmente sou fãzaço!
Dos principais:
Com Ozzy: Master Of Reality
Com Ronnie James Dio: Heaven And Hell
Com Tony Martin: Forbidden
Gosto também do Born Again (Único Com Ian Gillan) e do Seventh Star que tem até
o fantástico Glenn Hughes (ex-Purple). Sabbath é foda!
12 – Quais o vocalista(s) que mais
lhe influenciou até hoje?
Do maior para o menor:
Dio, Bruce Dickinson, Ian Gillan, Robert Plant, Toni Martin, Geddy Lee, Glenn
Hughes, Axl Rose, Ozzy, Rob Halford, André Matos, Zezé, Ralf e Chitão (Risos).
São vários, mas os 5 primeiros me ensinaram o pouco que sei.
13 – Quais seus álbuns favoritos?
São muitos!
Vou fazer um top 10 dos que estou escutando este mês:
1-Mob Rules – Black Sabbath
2-Ballbreaker – Ac/dc
3-Pendulum-Credence
4-The Wake for Magellan - Savatage
5-Machine Head –Deep Purple
6-Cowboys From Hell – Pantera
7-A Dramatic Turn Of Events – Dream Theater
8-Tudo Foi Feito Pelo Sol – Mutantes
9-Physical Graffiti – Led Zeppelin
10-Black Rock – Joe Bonamassa
14 – Diga um disco esquisito que
você curte e indicaria para uma audição dos leitores de forma descompromissada!
Se quiserem se deliciar com o rock psicodélico mais rico em técnica de
suas vidas, escutem o álbum “Tudo Foi Feito Pelo Sol” dos Mutantes. Orgulha a
música Brasileira.
15 – Uma música que faz você parar no
tempo....
Since i’ve been loving
you – Led Zeppelin
16 – Quem é Leonardo Blonski?
Um cara cheio de sonhos e
defeitos, amante da boa música, da boa comida, da boa bebida, dos amigos
verdadeiros.
Atualmente estou morando em Maringá-PR e trabalho como vocalista na “Banda
Syntonia”, tenho alguns projetos no underground com nosso power trio “Sponge
Soul” e um “Dio trubute” que vem logo mais, e minha carreira solo de musico
independente “Leo Blonski”.
Vida longa ao rock’n roll!
17 – Deixo o espaço aberto para suas
considerações finais, foi um grande prazer reencontrar por aqui!
Eu que
agradeço o convite e a oportunidade, valeu a todos os colaboradores
deste blog recheado de cultura. Queria agradecer aos parceiros de Colorado que
fizeram parte desta minha trajetória musical: Eduardo Jorge, Humberto Piru,
Você Vitor Carnelossi que também passou pelo Invaders e é um cara massa e um
ótimo músico, Alexandre Higino, Rafael “Senhor”, Sued Servulo, Neimar Assoni,
Raffael Vinícius, João Carlos, Eliseu Inocêncio, e toda a galera que conhece e
acompanha meus projetos musicais. Muito obrigado a todos!
Colorado Heavy Metal!
Por Vitor Carnelossi
Um prazer imenso pra mim ser citado por meus amigos de música, pessoas competentes que carregam a bandeira do "underground" Assim como nosso amigo Vitor Carnelossi.
ResponderExcluirMuitíssimo obrigado pelo espaço cedido, deixo aqui meu apreço a você e aos demais organizadores do blog.
Valeu mesmo galera. Grande abraço! \m/
Obrigado Leo! Tamo junto!
ExcluirGrande pessoa e grande. Musico. Socesso leo abraço.
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