Representante genuíno dos primórdios do Heavy Metal
Brasileiro e do Metal Extremo mundial, o
Blog COLORADO HEAVY METAL tem a honra da participação no grande
baterista Luck Arnold. Em uma entrevista
bem legal vamos poder saber das
preferencias e um pouquinho da trajetória desse grande músico, que na minha opinião registrou um dos principais
“massacres” sonoros da história do Death Metal, o álbum “FUNERAL SERENADES”.
O SEXTRASH que
hoje conta com: KRUEGER - BASS /
DANIEL MEDICI – GUITARS / LUCK ARNOLD - DRUMS
/ DOOM – VOCALS, esta em plena
atividade e logo mais participará do grande festival ZOMBIE RITUAL OPEN AIR
2014 – Sem dúvidas uma grande chance para a galera presenciar essa lenda
tocando os antigos clássicos do metal extremo mineiro.
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LUCK ARNOLD - NAS BAQUETAS DO SEXTRASH |
1 – Luck Arnold, é um imenso prazer ter o batera do
legendário SEXTRASH em nosso humilde meio de comunicação! Diga-nos, como foi
inicio de sua carreira como baterista,e sua principal influencia nesse período?
Luck Arnold: Obrigado pelo espaço
e o prazer é todo meu. Sempre convivi com bateristas na minha família. Assim,
adquiri gosto pela batera. Aos 12 anos, comecei a tocar em algumas bandas com
amigos. Aos 14 anos entrei numa banda chamada Drunkard, de Sampa, juntamente com
o guitarrista Daniel Médici, em 1989.
Minhas principais
influências na época foram Dave Lombardo, Mick Harris, Pete Sandoval, Ken Owen
entre outros do cenário Death da época.
2 – Em termos mundiais o SARCOFAGO escreveu um capítulo a
parte na história da música pesada. É impossível desligar o nome do SEXTRASH ao
do SARCOFAGO, seja pelos fundadores quanto por seu pioneirismo. Qual seu
sentimentoao levar um legado tão
grande nos dias de hoje?
Luck Arnold: Para mim é uma grande
honra em fazer parte da história do SexTrash, pela banda ser uma das pioneiras
do estilo tanto no Brasil quanto no mundo.
3 – Os Materiais "XXX" (EP, 1989) - "Sexual
Carnage" (1990), são clássicos que ajudaram a definir o metal extremo. Como
a banda trata esse material nos shows atuais, que segundo ando lendo, estão
“bagaçando”com os atuais membros.
Luck Arnold: Tratamos com muito
respeito e honra esses trabalhos, e tocamos grande parte desses materiais ao
vivo, praticamente metade dos nossos shows são dedicados a eles.
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CLÁSSICO VANGUARDISTA DO DEATH METAL MUNDIAL |
4 –O disco “Funeral Serenades” é um dos melhores discos de
Death Metal já lançado no mundo. Sem exageros,como é escutar esse disco gravado em 1992 e ainda tão atual
e desafiador em termos de execução ?
Luck Arnold: Na época buscamos
fazer algo parecido com o que gostávamos de ouvir (Carcass, Morbid Angel, Death),
assim fluiu naturalmente o som do Funeral Serenade. E mesmo hoje, nós membros
da banda, escutamos o som do álbum e achamos bem atual.
5 – Mostrei esse disco para muitos amigos e sempre todos
ficaram espantados com a velocidade e técnica das composições. Muitos
comentavam “ Que batera foda!!!”... Eu digo sem rodeios que você merecia um
destaque muito maior como um exímio baterista que é, como você analisa sua
carreira?
Luck Arnold: Bom, em primeiro
lugar, nunca tive muita grana para investir na minha carreira. Gosto de tocar
batera, nunca busquei status no social e no financeiro, sempre curti o
underground. E, apesar de tudo o que rolou no decorrer desses anos, família,
trabalho, filhos, nunca deixei de fazer
o que gosto que é tocar Death Metal. Então me sinto feliz com a minha carreira
e com o reconhecimento dos meus fãs., e isso me basta.
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"FUNERAL SERENADES" FANTÁSTICO E BRUTAL DISCO DE 1992 |
6 – O SEXTRASH éuma banda de músicos legendários . O
Vocalista “OswaldPussyRipper”, lamentavelmente se foi, porém deixou sua marca como vocalista e
letrista. Em “Funeral Serenades”assim
como em seus outros registros ele sempre me pareceu o cara responsável pelo
visual “pervertido” que se tornou uma marca registrada da banda. O que você
pode dizer nós sobre Oswald e o conceito do SEXTRASH?
Luck Arnold: Quando conheci o
Oswaldo (1990) ele já era como você descreveu. Ele era o letrista e o frontman
da banda, porém todos nós tínhamos o mesmo conceito, luxúria, festas e o
obscuro. Isso todo mundo curtia na época, mas o Oswaldo deu voz a isso por meio
das suas letras e pelo visual.
7 – Ainda sobre o “Funeral Serenades”, asguitarras dão um
show à parte no disco com um som encorpado e nítido, com bastante qualidade
para a época. Quais as lembranças na gravação desse trabalho que alinha grandes
composições com uma ótima qualidade de gravação?
Luck Arnold: Na época não era
comum gravações de estúdio com muitos recursos, por exemplo, bateria com
triggers, amplificadores e pedais bons para a guitarra, e conseguimos esses
recursos com o nosso produtor, o João, da Cogumelo. Ele investiu na banda
depois que ouviu nossas músicas no ensaio, e achou que valia à pena investir na
banda com os recursos tops da época, por isso esse trabalho é atual até hoje,
pela qualidade sonora, técnica e velocidade tanto da banda, quanto do estúdio.
Me lembro que a banda
estava bem entrosada e bem ensaiada, matei a gravação em 45 minutos. Ninguém
acreditou que consegui gravar tão rápido o som. Mas isso foi o resultado de
muito ensaio de todos nós. Isso foi o que mais me marcou dessa gravação. Virou
lenda no estúdio em BH (rsrsrsrs).
8 – Você e o ótimo guitarrista Daniel Médici já estão juntos
há muito tempo como parceiros de banda. Além do SEXTRASH vocês também
integraram o PENTACROSTIC, porque você não esta integrando mais o PENTACROSTIC?
Luck Arnold: Eu e o Daniel de fato
sempre caminhamos juntos, desde o Drunkard. Tocamos juntos também no Unreal.
Entrei no Pentacrostic para dar uma assistência para o Marcelo (vocal e baixo).
Por sermos amigos e nos conhecermos desde o Drunkard, banda na qual ele era
vocal, acabei ficando um pouco mais na banda. No entatanto, por motivos
pessoais e de estilo musical, optei por continuar somente no SexTrash, que
segue a linha mais brutal do Death metal.
9 – Após um hiato de muitos anos a banda lançou o álbum “
Rape fromHell” .Você tinha contato com a banda nessa época? E qual sua opinião
sobre esse álbum?
Luck Arnold: Desde a morte do
Oswaldo perdi totalmente o contato com os outros membros da banda, pois eu
morava em São Paulo e os demais em BH.
Acho o Rape from Hell
um álbum de composições pesadas, mas que foge um pouco da essência dos outros
álbuns do SexTrash em termos musicais.
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FORMAÇÃO DO "FUNERAL SERENADES" |
10 – Quais são suas principais
influencias como baterista?
Luck Arnold: O John Bohan foi a minha primeira influência como baterista quando eu
era criança. Com o decorrer dos anos surgiram novos bateristas com uma maior
velocidade e técnica que me impressionaram de cara, tais como : Witch Hunter,
do Sodom, Dave Lombardo, Slayer e Pete Sandoval (Terrorizer). Eles foram a
minha principal influência.
11 – Se não fosse abusar de sua
paciência, gostaria que listasse seus álbuns preferidos para nossos leitores!
Luck Arnold: Persecution Mania –
Sodom;
Reign Blood – Slayer;
Altars od Madness –
Morbid Angel;
Necroticism Descutimg Insalubrius - Carcass;
Simbolic – Death.
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SEXTRASH 2014 - A FORMAÇÃO ATUAL PROMETE UM NOVO "PLAY" |
12 – Quais os planos dos SEXTRASH
para o futuro?
Luck Arnold: Atualmente estamos trabalhando as composições do novo álbum e
pretendemos montar algumas turnês no Brasil e exterior.
13 – O que você acha da atual fase
do Heavy Metal brasileiro?
Luck Arnold: Com muitas bandas de músicos com muita teoria e técnica mas sem o
brilho da essência do metal. Hoje em dia, muitos headbangers tocam instrumentos
pela facilidade de comprá-los e, também, é muito fácil agora conhecer muito som
em pouco tempo, pois na minha época havia poucas bandas de grande nome.
14 – Agradecemos imensamente sua
participação e tempo despendido para nos atender!Deixo o espeço pra suas
considerações finais! Muito Obrigado!
Luck Arnold: Primeiramente, gostaria de agradecer a você, Vitor, pelo espaço
concedido.
Quero dizer que o SexTrash está trabalhando um som porrada e com a
mesma essência de antes.
Os fãs que se preparem, vem Death Metal pesado por aí! Vamos todos
apoiar o metal nacional!
Por Vitor Carnelossi
Fui amigo de escola de um dos componentes dessa banda (Krueger, que até a época, não tinha adotado esse nome artístico), nos idos da década de 1990, na então FAFI-BH. desde aquela época, ele já era louco por este estilo de música e de vida. Grande amigo, éramos bem jovens, tomamos muita cerveja juntos, porém, ele saiu da faculdade e nunca mais o vi. A vida é assim, leva-nos por diversos caminhos e nos distanciamos de pessoas e coisas que estão marcadas nas páginas da nossa história, mas que de uma forma ou de outra, jamais serão esquecidas. Tô na área, meu irmão.
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