E
aqui estamos com eles, os mamutes do thrash/crossover nacional, uma das bandas
mais legais da atualidade e que além dessa entrevista, também estará
participando da coletânea do Colorado Heavy Metal, com os ótimos “Deliver us from
ourselves” e o EP “Couch Potato” na praça, em breve devem lançar seu novo
trabalho, informações que vocês poderão conferir a seguir no papo que tivemos
com Dinho Guimarães, vocalista do Imminent Attack!!!
Salve
galera!!! Começando com um pouco de história, como foi que surgiu o Imminent Attack?
Dinho: Opa, como vai? Cara,
nesses dez anos de vida da I.A. tivemos muitas histórias, algumas mudanças na
formação, e não é fácil escrever sobre nós rsrs, mas vamos lá...A banda formada
em 2004 por Erick Veles(G), Carlos Cananea(D), Glaubeer(B) e Dinho
Guimarães(V). Ficamos com esta formação por pouco tempo, cerca de uns 4/5
meses, pois o Carlão resolveu levar a vida a sério e foi estudar no interior de
São Paulo e desde então o André assume as baquetas e a banda segue até meados
de 2008 com essa formação e devido a divergências de pensamentos, a banda
resolve dar um tempo pra gente poder respirar novos ares e discutir outras
ideias...Passados pouco mais de 1 ano a banda retoma seu caminho com nova
formação, agora com 2 guitas “Erick Veles e Ivan Skully” e a outra mudança é no
baixo que assume Jonas Guedes (Total Mayhem), ficamos com essa formação até o
final da gravação do álbum, quando Jonas resolve dar andamento a alguns de seus
projetos pessoais. Logo após a saída do Jonas recrutamos o Alan Magno, hoje no
Warsickness, que fica com a gente por pouco mais de um ano...Depois de várias
mudanças e maioria delas no baixo, resolvemos mudar as coisas e o Ivan que
antes era guitarrista, agora assume as quatro cordas e pro seu lugar entra o
ex-Torture Squad “Rafael Augusto Lopes”. Esperamos a partir de agora não
alterar mais essa formação rs...
“Deliver us from ourselves”
é um disco afiado, certeiro e mortal, que em minha opinião colocam vocês entre
os grandes nomes do Thrash/Crossover e que pelo que observo tem agradado
bastante a público e crítica especializada, como vocês observam esse
reconhecimento pelo trabalho da banda?
Dinho: Melhor impossível, sabíamos que estávamos fazendo
um material de qualidade para colocar na praça, porém não tínhamos ideia de que
chamaria tanto assim a atenção dos críticos e do público em geral...pra gente
foi uma grata surpresa!
A
capa do play foi muito bem sacada, como foi concebida essa arte gráfica do
disco? E como vocês chegaram ao nome de Carlos Cananéa?
André:Na verdade nossas ideias sempre são influenciadas
pelo que de mais inexplicável e irracional a sociedade tem a nos mostrar, seja
pela inegável predisposição da raça humana de se auto destruir e cometer crimes
com o consentimento de sua própria vontade e baseada no voto de crítica da
opinião pública manipulada e influenciada nós tentamos ilustrar de forma mais
racional possível o quanto o ser humano é capaz vendar os olhos para o que ele
próprio faz com o mundo em que vive. Quanto
ao Carlão...Ele foi nosso primeiro baterista...
Vocês
produziram um clipe para “Splact”, como foi a experiência para a banda? Existe
idéias de estender isso a mais alguma faixa?
Dinho: Sim, sem dúvida!!! Em estamos desenvolvendo as
ideias para o próximo vídeo, acredito que no máximo até o primeiro trimestre de
2015 já estará tudo pronto...É que no momento estamos terminando algumas
composições para a gravação do próximo disco e com isso acabamos que deixando
um pouco de lado esse trabalho com o clipe e assim que terminarem as gravações
voltamos a trabalhar nisso.
Certamente
as faixas do “Deliver us from ourselves” funcionam muito bem ao vivo, então que
descrição vocês dariam das apresentações que tem feito até então?
Dinho: Pra gente as apresentações ao vivo é que faz uma
banda, digo, não adianta a banda ter um super disco, com músicos fantásticos se
o show dos caras é um saco!!! Quando estamos criando, nos imaginamos assistindo
ao show e tals, e por isso quando estamos no palco queremos fazer o melhor show
de nossas vidas, o que a gente faz é tocar da forma que gostaríamos de estar
assistindo sacou?!!! É tentar fazer com que o cara não se esqueça do show que
está vendo!!!
“Couch
Potato” saiu em vinil 7’, com quatro faixas inéditas, tem mais material inédito
vindo aí? Quando o Imminent Attack pretende soltar um novo full lenght?
Dinho: Estamos até meio sumidos dos palcos, justamente
para terminar algumas músicas que farão parte do próximo álbum, a idéia é que
saia ainda no primeiro trimestre de 2015. Posso lhe garantir que vem coisa boa
por ai...hehe
Gostaria
que vocês nos contassem um pouco a respeito da participação no tributo ao
Zumbis do Espaço e como foi se apresentar ao lado dos caras?
Pra gente participar desse tributo é uma puta honra, uma
banda que ouvimos desde sempre e que é influência marcante nas nossas
composições. O convite para participar veio quando participamos do documentário
Metal das Ruas, que foi encabeçado pelo Tor do Zumbis, ali começou uma aliança
entre Imminent e Zumbis que acabou culminando em vários shows juntos, várias
risadas, vários rolês, outros apuros e com certeza uma amizade que vai ficar
pro resto da vida.
Em
que vocês se inspiram na hora de escrever e compor para o Imminent Attack?
Dinho: Escrevemos sobre diversos temas, mas creio que o
que mais utilizamos é sobre as formas que o ser humano utiliza pra se auto
destruir, as artimanhas usadas para se sobressair passando por cima de tudo e
de todos, destruindo tudo em sua volta.
É
notável que há várias bandas surgindo com uma proposta de som mais direto,
assim como vocês, o que vocês destacariam dentro dessa nova safra de bandas?
Dinho: Nos últimos anos tenho ouvido muitas bandas e
algumas realmente vem me chamando atenção, posso citar o Skate Pirata e o Encéfalo,
ambas de Fortaleza-CE, a primeira tivemos o prazer de conhecê-los em uma tour
que fizemos ano passado no Nordeste e fazem um punk rock de cair as pregas dos
ouvidos, fudido demais, já os xaropes do Encéfalos, tocamos juntos em 2012 e de
lá pra cá não consigo parar de ouvir os som desses caras, um Thrash a lá
Benneth the remais, banda sensacional e com um futuro fantástico, tem também o Surra proveniente de Santos-SP que faz
um crossover animal, Manger Cadaver do
Vale do Paraiba-SP que faz um crust de tirar o chapéu, Warsickness de Jandira-SP acho que é uma das melhores bandas de
thrash/crossover na atualidade, os caras tocam muito, as musicas ficam
martelando na cabeça e vem aquela vontade de quebrar tudo a sua volta, vale
muito a pena todos ouvirem!!!!
Os
últimos tempos tem sido bem movimentados, álbum, EP, Tributo, tour de promoção,
quais são as novidades que a banda reserva para o restante de 2014?
Dinho: Na verdade esse restante de ano ficaremos apenas
trancafiados no estúdio para terminar a gravação do novo álbum, finalizar as
ideias para o vídeo clipe, organizar documentação para a primeira tour na
gringa, enfim...Novidades mesmo ficarão apenas para 2015, a partir de janeiro
voltamos aos palcos e aí sim com músicas novas, material novo e com a mesma
vontade de destruir os tímpanos desavisados!!!kk
Quais
as impressões que vocês têm da cena underground em geral no Brasil, concordam
com pontos de vista como o de Edu Falaschi dado há algum tempo atrás ou tem uma
visão mais positiva?
Dinho: Cara, no Brasil é muito difícil se discutir sobre
cena, o problema vai muito além de bandas e público...todo mundo tem muita
vontade de fazer as coisas, porém poucos querem fazer da forma
correta...Tivemos a felicidade de tocar em muitas cidades do país e em quase
todo lugar é a mesma coisa, casas de show sem estrutura, equipamento horrível,
diversas bandas num mesmo dia, show acabando muito tarde, enfim... E não
adianta as bandas reclamarem que o público não vai a seus shows se na hora em
que deveria estar tocando, os integrantes estão no bar da esquina enchendo a
cara...Não adianta o produtor reclamar que as bandas não levam público, se o
sujeito organiza um evento num local onde no banheiro você tem que urinar numa
lata de tinta...Eu sinceramente não vou sair de casa, deixar minha família,
minha filha pra ir a um evento onde terão 8,9,10 bandas e que está marcado pra
começar as 20hrs mas a gente sabe que sempre vai começar as 23,23:30hs...e vai
acabar com a última banda tocando pra dois caras...Enfim, no Brasil enquanto
não mudar essas coisas não adianta ficar reclamando que os shows estão
vazios...Quanto ao que o Edu falou...Ele estava nervoso né e quando ficamos
nervosos falamos muita merda...Mas no geral ele não disse nada mais do que
todos já sabemos...
Aqui
como somos cara de pau, em todas entrevistas plagiamos a Roadie Crew e pedimos
aos entrevistados para listarem seu top Five de discos favoritos, e vocês claro
não podem ficar de fora, o que andam escutando?
Dinho: Puts difícil isso hein...mas vamos lá
Anthrax – Among the
Living
D.R.I. – Thrash Zone
Sepultura – Beneath
the Remains
Suicidal Tendencies –
How will I laugh tomorrow…
Cryptic Slaughter – Convicted
não necessariamente são meus 5 discos preferidos, mas com
certeza está entre meus discos preferidos...
Gostaria
de agradecer a atenção e disponibilidade e reservar este espaço para que mandem
sua mensagem e digam o que quiser!!! Valeu!!!
Dinho: Nós que agradecemos o espaço e a força que vocês
sempre nos deram, valeu mesmo!!!
Abração
Mammoth maniax!!!
Imminent Attack
contatos:
Por Evandro Sugahara
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