segunda-feira, 4 de setembro de 2023

NIGHT OF TERROR – A MENSAGEM UNDERGROUND FORTALECENDO A CENA METAL REGIONAL E NACIONAL

 


NIGHT OF TERROR – A MENSAGEM UNDERGROUND FORTALECENDO A CENA METAL REGIONAL E NACIONAL

Nosso cenário underground regional é de extrema qualidade, com várias bandas reconhecidas em boa parte do território nacional, em vários gêneros. Enxergamos, no canal Night Of Terror,  um veículo de extrema qualidade e responsabilidade dentro do trampo proposto, que é dar espaço para bandas e personalidades do underground regional e nacional conversarem sobre suas obras e temas diversos, e nesse quesito Rodrigo Leonardi (Vozão) e Julião Silva – idealizadores do canal N.O.T o fazem com grande habilidade, de forma bem sacada e sendo uma das vitrines de expressão para quem realmente batalha a cena, quer como banda, músico ou  qualquer outro derivativo ligado à cultura underground. Rodrigo e Julião receberam o Colorado Heavy Metal de forma muito solícita, e à partir deste momento você é nosso convidado para curtir essa conversa muito bacana com dois dos porta-vozes do underground nacional:

CHM -  Como surgiu a proposta do Night Of Terror e como tem sido a aceitação do público em geral com o conteúdo apresentado?

Rodrigo – O Night Of Terror surgiu em 2005. A intenção era ser um fanzine, tanto que chegou a sair um exemplar. Depois disso, percebi o quão era difícil fazer um fanzine e acabou por aí. Depois disso, virou uma espécie de selo da minha banda na época (Abuso Verbal) onde os integrantes realizaram várias coisas com esse nome. O Caxa fez alguns eventos e o Feliz chegou a dar suporte como selo para algumas bandas. Passado- se anos, precisamente em 2016, queria reativar e fazer algo que envolvia artistas independentes, mas foi só em 2018 que comecei a fazer entrevistas com os artistas. Como as primeiras impressões foram ótimas por parte do público, resolvi chamar o Julião para ser meu socio no canal. Com a pandemia, adotamos o formato de lives e seguimos até hoje.

 Julião – Bom, como o Rodrigo citou a cima fui convidado por ele para ser sócio e também participar da elaboração dos conteúdos. Aceitei na hora rsrsrs. Quando iniciei no N.O.T. comecei fazendo entrevistas das bandas que iam tocar no Tribos.  A gente fazia o convite para as bandas. E o Juninho liberava o quartinho dos fundos para a gente realizar a entrevista. E relação a aceitação do público acho está sendo acima do esperado. Pois tenho recibo várias mensagens elogiando que eu e o Rodrigo estamos fazendo ao decorrer deste espaço tempo.  

CHM - O canal Night Of Terror propicia ao público conhecer uma gama bem ampla de figuras de destaque na cena underground autoral. Quais os critérios do canal para seleção dos entrevistados?

 

Rodrigo – O Canal é voltado para a cultura underground, tantos escritores, cineastas, donos de bares e etc. acho que o maior critério é ter algo a apresentar. Ter um motivo para estar com a gente papeando. Nos casos das bandas, desde que se enquadre no rock está tudo bem, já entrevistei bandas de rap também. Porem acredito que não há espaço para outros gêneros musicais.

 

Julião – Em relação aos convidados, buscamos sempre por bandas, músicos donos de estabelecimentos que abrem as portas para o nosso estilo musical que se enquadra no rock e metal. A gente envia o convite para os entrevistados, explicamos os procedimentos  e o chicote estala  kkkk.

 

Rodrigo Leonardi


CHM - Tive o prazer de ser um dos entrevistados pelo canal, e posso atestar o quanto à vontade o entrevistado se sente e o nível de preparo da equipe do NOT como um todo, tendo literalmente conhecimento de causa para cada entrevistado, além da interação de um público também muito identificado. Comentem sobre isso.

 

Rodrigo- Quando entrevistamos alguém, geralmente no começo, o convite partia da gente, então, conhecíamos os trabalhos de cada um. Isso ficaria mais fácil o bate papo. Mas sempre pedimos para os artistas enviar uma mini biografia, para podermos elaboras as pautas. No meu caso, uma hora antes, peco para o artista entrar para passarmos a pauta juntos, ali o artista ajuda a acrescentar algo e diz sobre o que quer falar ou não. Mas nas lives, pelo menos no meu caso, a pauta é apenas uma guia para conversarmos. Muitas perguntas surgem no momento das entrevistas. Quanto ao publico interagir, para mim é uma forma deles participarem ao máximo das lives, se sentirem à vontade para perguntar curiosidades sobre o entrevistado.

 

Julião – Na minha opinião, tentamos deixar o entrevistado em uma situação que ele fique confortável. Para realizar a entrevista, pois pode se notar que é o N.O.T. faz parte de alguns poucos canais de entrevistas. Que apresentador e o entrevistado pode beber umas e fumar sem censura algumas. Situação essa acredito que deixa ambas partes a vontade como estivessem em uma de bar bebendo umas e jogando conversa fora kkkk. E também rola que os entrevistados quando possível enviam algumas informações para que possamos saber mais sobre o seu trabalho. Quando isso não acontece, fazemos algumas pesquisas sobre o entrevistado.



CHM - Os Podcasts e afins tornaram-se um dos maiores espaços para interação com artistas e personalidades em geral. Como o NOT avalia e observa esta realidade?

 

Rodrigo - Olha, eu sempre gostei de programas de entrevistas e sou uma pessoa que quando gosta de uma banda, um escritor, um cineasta, eu não fico apenas na sua obra, fico curioso por bastidores e suas influências. Para mim, acho que demorei ate para ter um canal de entrevistas. Particularmente eu acho muito interessante, porém muitos podcasts ficam na panelinha, ou seja, entrevista as mesmas pessoas. Já caiu nas mesmices. Acho que o foco é mais as visualizações do que o próprio conteúdo. Isso é algo que visamos, mas não em primeiro lugar. Em primeiro vem o grande acervo de entrevistas lives que fazemos, deixando registrado nas plataformas o nosso trabalho, que para mim tem e terá ainda mais um valor histórico artístico no decorrer dos anos.

 

Julião – Na minha opinião é muito gratificante, fazer parte deste ramo de entretenimento em nosso seguimento. Pois sempre fui apreciador de revistas e fanzines onde no passado era a única maneira de nós saber sobre as bandas que gostamos. Com o passar do tempo e o avanço da tecnologia. Conseguimos levar estas informações para os hellbrothers e hellsisters de maneira rápida e objetiva. De bandas e artistas, escritores e etc. Que fazem parte do nosso submundo.

 

CHM - Estamos localizados no eixo Maringá-Londrina-Presidente Prudente. Qual a percepção do NOT sobre a cena underground (em todas as vertentes) neste circuito?

 

Rodrigo- Sempre foi muito rica. Logico que tem seus altos e baixos, mas sempre tivemos ótimos artistas na região. O que as vezes acontece é que deparamos com muitos rockeiros que na verdade se tornam um de fim de semana, quando tem bandas covers tocando. Quem leva o rock e o underground como estilo de vida são bem poucos. Percebe-se que em shows de bandas autorais quase não da gente. Mas os poucos são fieis e é isso que não deixa a cena morrer.

 

Julião- Em relação o nosso cenário, já foi bem mais rico que hoje podemos que tem várias bandas fudidas que sabem  e representam o que é o verdadeiro sentido do undergroud. Mais acho que precisamos de mais cooperação entre bandas e não competição! Tipo assim a banda do brother vai tocar o que custa compartilhar ou curtir o flyer do show. Em relação ao público percebo que hoje esta dando pouca gente.

 

Julião Silva


CHM - Quais projetos o NOT pensa em momento futuro, e como avalia o comportamento do público atual? Vocês enxergam uma renovação na cena, principalmente regional, quando em algum momento bandas de expressão em atividade não estiverem mais presentes? Vocês sentem que há barulho e ebulição nas garagens?

 

Rodrigo- Temos muitas ideias para o NOT. Talvez um podcast futuro, ou começar a ser um selo dando suporte para artistas, mas no momento posso dizer apenas isso (Risos)

Quanto a cena, como disse há pouco, são poucos que levam o rock e o underground como estilo de vida. Pelo menos em Maringá, pude perceber uma galera bem jovem colando nos shows autorias, isso de fato, já me alegra em saber que tem uma galera dessa nova geração dando continuidade para tudo isso não morrer.

 

Julião- Igual o Rodrigo, quem sabem em um futuro próximo um postcast. E também se tornar selo para que possamos lançar bandas que do nosso cenário underground. Talvez rolar um fest com o nome Night Of Terror Inc. E quanto a cena não para sempre surgindo bandas e conhecendo bandas de outros estados que estão destacando em nosso cenário vou citar algumas para que você e os leitores possam sacar caso não conheçam: Sevo, Rötö, Malignant Exclemental, Totemtabu, Sestro, Total Desastre.

 

CHM - Quais os 05 discos preferidos?

 

Rodrigo-Mainstream

1.     Sepultura- Chaos A.D.

2.     Ratos de Porão- Brasil

3.     Iron Maiden- Killers

4.     White Zombie – Astro Creep 2000

5.     Ministry- The Mind is a Terrible Thing To Taste

(Black Sabbath, Slayer, Metallica, vixi, tem um monte, rsrsr)

Underground

1.     Corpse Grinder- Apocalipty Terror

2.     Torture Squad- Pandemonium

3.     Necrotério- Lamment of Flesh

4.     Subtera- Nothing to Death

5.     Holder- Eternal Flames

 

Julião – Meu brother ai você me quebra kkk, vamos fazer assim vou citar alguns rsrsrs, ok!

 

Deicide – Deicide

Slayer – Reign In Blood

Cannibal Corpse – The Bleeding

Death – Simbolic

Mercyful Fate – Don’t Break The Oath

Headhunter D. C.  – And  The Sky Turns To Black

Ancestral Malediction – Demoniac Holocaust

Mystifier - Wicca

Infernal – Ritual Humilation

Holder – Merciful Scourge

Krisiun – Conquerors Of Armageddon

Ratos de Porão – Brasil

Sepultura – Schizophrenia

Torture Squad – The Unholy Spell

 

Vou para por aqui senão vou mandar uns 100 kkk!!!

 

CHM - Espaço para suas considerações finais.


Rodrigo- Agradeço imensamente o convite, agradeço a todos que acompanham o canal. espero nos encontrarmos em breve para botar o papo em dia.

 

Julião – Muito obrigado brother, pelo espaço cedido para podemos expressar nossas opiniões referente ao nosso trabalho valeu mesmo. Em breve a gente se tromba para beber umas e trocar umas ideias valeu.

 

*Por Marcão Azevedo

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