NIGHT OF TERROR – A MENSAGEM UNDERGROUND FORTALECENDO A CENA METAL REGIONAL E NACIONAL
Nosso cenário underground regional é de
extrema qualidade, com várias bandas reconhecidas em boa parte do território
nacional, em vários gêneros. Enxergamos, no canal Night Of Terror, um veículo de extrema qualidade e
responsabilidade dentro do trampo proposto, que é dar espaço para bandas e
personalidades do underground regional e nacional conversarem sobre suas obras
e temas diversos, e nesse quesito Rodrigo Leonardi (Vozão) e Julião Silva –
idealizadores do canal N.O.T o fazem com grande habilidade, de forma bem sacada
e sendo uma das vitrines de expressão para quem realmente batalha a cena, quer
como banda, músico ou qualquer outro
derivativo ligado à cultura underground. Rodrigo e Julião receberam o Colorado
Heavy Metal de forma muito solícita, e à partir deste momento você é nosso
convidado para curtir essa conversa muito bacana com dois dos porta-vozes do
underground nacional:
CHM - Como surgiu a
proposta do Night Of Terror e como tem sido a aceitação do público em geral com
o conteúdo apresentado?
Rodrigo – O Night Of Terror surgiu em 2005. A intenção era ser um fanzine, tanto que chegou a sair um exemplar. Depois disso, percebi o quão era difícil fazer um fanzine e acabou por aí. Depois disso, virou uma espécie de selo da minha banda na época (Abuso Verbal) onde os integrantes realizaram várias coisas com esse nome. O Caxa fez alguns eventos e o Feliz chegou a dar suporte como selo para algumas bandas. Passado- se anos, precisamente em 2016, queria reativar e fazer algo que envolvia artistas independentes, mas foi só em 2018 que comecei a fazer entrevistas com os artistas. Como as primeiras impressões foram ótimas por parte do público, resolvi chamar o Julião para ser meu socio no canal. Com a pandemia, adotamos o formato de lives e seguimos até hoje.
Julião – Bom, como o Rodrigo citou a cima fui convidado por ele para ser sócio e também participar da elaboração dos conteúdos. Aceitei na hora rsrsrs. Quando iniciei no N.O.T. comecei fazendo entrevistas das bandas que iam tocar no Tribos. A gente fazia o convite para as bandas. E o Juninho liberava o quartinho dos fundos para a gente realizar a entrevista. E relação a aceitação do público acho está sendo acima do esperado. Pois tenho recibo várias mensagens elogiando que eu e o Rodrigo estamos fazendo ao decorrer deste espaço tempo.
CHM - O canal Night Of Terror propicia ao público conhecer uma gama bem ampla de figuras de destaque na cena underground autoral. Quais os critérios do canal para seleção dos entrevistados?
Rodrigo – O Canal é voltado para a cultura underground, tantos
escritores, cineastas, donos de bares e etc. acho que o maior critério é ter
algo a apresentar. Ter um motivo para estar com a gente papeando. Nos casos das
bandas, desde que se enquadre no rock está tudo bem, já entrevistei bandas de
rap também. Porem acredito que não há espaço para outros gêneros musicais.
Julião – Em relação aos convidados, buscamos sempre por bandas, músicos
donos de estabelecimentos que abrem as portas para o nosso estilo musical que
se enquadra no rock e metal. A gente envia o convite para os entrevistados,
explicamos os procedimentos e o chicote
estala kkkk.
Rodrigo Leonardi |
CHM - Tive o prazer de ser um dos entrevistados pelo canal, e
posso atestar o quanto à vontade o entrevistado se sente e o nível de preparo
da equipe do NOT como um todo, tendo literalmente conhecimento de causa para
cada entrevistado, além da interação de um público também muito identificado.
Comentem sobre isso.
Rodrigo- Quando entrevistamos alguém, geralmente no começo, o convite
partia da gente, então, conhecíamos os trabalhos de cada um. Isso ficaria mais
fácil o bate papo. Mas sempre pedimos para os artistas enviar uma mini
biografia, para podermos elaboras as pautas. No meu caso, uma hora antes, peco
para o artista entrar para passarmos a pauta juntos, ali o artista ajuda a
acrescentar algo e diz sobre o que quer falar ou não. Mas nas lives, pelo menos
no meu caso, a pauta é apenas uma guia para conversarmos. Muitas perguntas
surgem no momento das entrevistas. Quanto ao publico interagir, para mim é uma
forma deles participarem ao máximo das lives, se sentirem à vontade para
perguntar curiosidades sobre o entrevistado.
Julião – Na minha opinião, tentamos deixar o entrevistado em uma
situação que ele fique confortável. Para realizar a entrevista, pois pode se
notar que é o N.O.T. faz parte de alguns poucos canais de entrevistas. Que
apresentador e o entrevistado pode beber umas e fumar sem censura algumas.
Situação essa acredito que deixa ambas partes a vontade como estivessem em uma
de bar bebendo umas e jogando conversa fora kkkk. E também rola que os
entrevistados quando possível enviam algumas informações para que possamos
saber mais sobre o seu trabalho. Quando isso não acontece, fazemos algumas
pesquisas sobre o entrevistado.
CHM - Os Podcasts e afins tornaram-se um dos maiores espaços para
interação com artistas e personalidades em geral. Como o NOT avalia e observa
esta realidade?
Rodrigo - Olha, eu sempre gostei de programas de entrevistas e sou uma
pessoa que quando gosta de uma banda, um escritor, um cineasta, eu não fico
apenas na sua obra, fico curioso por bastidores e suas influências. Para mim,
acho que demorei ate para ter um canal de entrevistas. Particularmente eu acho
muito interessante, porém muitos podcasts ficam na panelinha, ou seja,
entrevista as mesmas pessoas. Já caiu nas mesmices. Acho que o foco é mais as
visualizações do que o próprio conteúdo. Isso é algo que visamos, mas não em
primeiro lugar. Em primeiro vem o grande acervo de entrevistas lives que
fazemos, deixando registrado nas plataformas o nosso trabalho, que para mim tem
e terá ainda mais um valor histórico artístico no decorrer dos anos.
Julião – Na minha opinião é muito gratificante, fazer parte deste ramo de
entretenimento em nosso seguimento. Pois sempre fui apreciador de revistas e
fanzines onde no passado era a única maneira de nós saber sobre as bandas que
gostamos. Com o passar do tempo e o avanço da tecnologia. Conseguimos levar
estas informações para os hellbrothers e hellsisters de maneira rápida e
objetiva. De bandas e artistas, escritores e etc. Que fazem parte do nosso
submundo.
CHM - Estamos localizados no eixo Maringá-Londrina-Presidente
Prudente. Qual a percepção do NOT sobre a cena underground (em todas as
vertentes) neste circuito?
Rodrigo- Sempre foi muito rica. Logico que tem seus altos e baixos, mas
sempre tivemos ótimos artistas na região. O que as vezes acontece é que deparamos
com muitos rockeiros que na verdade se tornam um de fim de semana, quando tem
bandas covers tocando. Quem leva o rock e o underground como estilo de vida são
bem poucos. Percebe-se que em shows de bandas autorais quase não da gente. Mas
os poucos são fieis e é isso que não deixa a cena morrer.
Julião- Em relação o nosso cenário, já foi bem mais rico que hoje
podemos que tem várias bandas fudidas que sabem
e representam o que é o verdadeiro sentido do undergroud. Mais acho que
precisamos de mais cooperação entre bandas e não competição! Tipo assim a banda
do brother vai tocar o que custa compartilhar ou curtir o flyer do show. Em
relação ao público percebo que hoje esta dando pouca gente.
Julião Silva |
CHM - Quais projetos o NOT pensa em momento futuro, e como avalia
o comportamento do público atual? Vocês enxergam uma renovação na cena,
principalmente regional, quando em algum momento bandas de expressão em
atividade não estiverem mais presentes? Vocês sentem que há barulho e ebulição
nas garagens?
Rodrigo- Temos muitas ideias para o NOT. Talvez um podcast futuro, ou
começar a ser um selo dando suporte para artistas, mas no momento posso dizer
apenas isso (Risos)
Quanto a cena, como disse há pouco, são poucos que levam o rock e
o underground como estilo de vida. Pelo menos em Maringá, pude perceber uma
galera bem jovem colando nos shows autorias, isso de fato, já me alegra em
saber que tem uma galera dessa nova geração dando continuidade para tudo isso
não morrer.
Julião- Igual o Rodrigo, quem sabem em um futuro próximo um postcast. E
também se tornar selo para que possamos lançar bandas que do nosso cenário
underground. Talvez rolar um fest com o nome Night Of Terror Inc. E quanto a
cena não para sempre surgindo bandas e conhecendo bandas de outros estados que
estão destacando em nosso cenário vou citar algumas para que você e os leitores
possam sacar caso não conheçam: Sevo, Rötö, Malignant Exclemental, Totemtabu,
Sestro, Total Desastre.
CHM - Quais os 05 discos preferidos?
Rodrigo-Mainstream
1. Sepultura- Chaos A.D.
2. Ratos de Porão- Brasil
3. Iron Maiden- Killers
4. White Zombie – Astro
Creep 2000
5. Ministry- The Mind is a
Terrible Thing To Taste
(Black Sabbath, Slayer, Metallica, vixi, tem um monte,
rsrsr)
Underground
1. Corpse Grinder-
Apocalipty Terror
2. Torture Squad-
Pandemonium
3. Necrotério- Lamment of
Flesh
4. Subtera- Nothing to
Death
5. Holder- Eternal Flames
Julião – Meu brother ai você me quebra kkk, vamos fazer assim vou citar
alguns rsrsrs, ok!
Deicide – Deicide
Slayer – Reign In Blood
Cannibal Corpse – The Bleeding
Death – Simbolic
Mercyful Fate – Don’t Break The Oath
Headhunter D. C. – And The Sky Turns To Black
Ancestral Malediction – Demoniac Holocaust
Mystifier - Wicca
Infernal – Ritual Humilation
Holder – Merciful Scourge
Krisiun – Conquerors Of Armageddon
Ratos de Porão – Brasil
Sepultura – Schizophrenia
Torture Squad – The Unholy Spell
Vou para por aqui senão vou mandar uns 100 kkk!!!
CHM - Espaço para suas considerações finais.
Rodrigo- Agradeço imensamente o convite, agradeço a todos que acompanham o canal. espero nos encontrarmos em breve para botar o papo em dia.
Julião – Muito obrigado brother, pelo espaço cedido para podemos expressar nossas opiniões referente ao nosso trabalho valeu mesmo. Em breve a gente se tromba para beber umas e trocar umas ideias valeu.
*Por Marcão Azevedo
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