Tendo sua musicalidade classificada como pós-punk e/ou rock de combate, a banda paulista 365 possui em sua politizada discografia seu début ´´365´´, disco homônimo, datado de 1987, descortinando por trás da garoa paulistana uma música energética, com versos fortes e reflexivos.
A faixa São Paulo foi o grande destaque do disco, porém existem várias outras faixas de muita qualidade que transformaram este disco num clássico. Lembro deste som rolando nas festinhas dos sábados à noite. O peso do baixo de Luiz Cecílio merece destaque. Sem dúvida uma faixa muito agradável.
Uma faixa muito cultuada deste trabalho, verdadeiro hino do chamado rock de combate é Canção para Marchar. Os backings desta música atestam a atmosfera punk contestadora. Sonzeira que vale conferir.
Carlos Finho (voz), Ari Baltazar(guitarra), Miro Melo (batera) e o já citado baixista Luiz Cecílio abrem o disco com Way of Life. Bastam os primeiros acordes e batemos de frente com a revolta e a atitude do 365. Grande cartão de visita.
Nunca Mais Seremos os Mesmos é outra sonzeira. Finho consegue fazer uma impostação melódica muito legal, acompanhada por fraseados de guitarras e linhas de baixo que sustentam de forma muito, mas muito legal esta ótima faixa.
Os rulos na caixa de Miro Melo anunciam Futuro, que lembro-me bem era uma das minhas preferidas do então vinil. Grande letra e trampo instrumental de primeira.
E tem mais. Vale destacar Grândola, que é em sua versão original uma música que servia de senha entre os militantes durante a Revolução dos Cravos, em Portugal. Grande som, que ganha contornos de emoção pelos fatos que a originaram.
Sim, é rock de combate que rompeu a garoa paulistana e ganhou uma legião de fãs por todo o Brasil.
Ouça alto!!!
Marcão Azevedo.
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