Fizemos um bate papo
com a banda ZED de São Paulo através do Baixista Leandro Naves e com a
participação do Vocalista e “guitar” Alex!
Leandro que hoje em dia integra o ZED é um multi-instrumentista,
vocalista e participou de inúmeros projetos em sua vida musical, todos eles
dedicados ao som pesado! Em terras paranaenses (Paranacity / Colorado)
participou da banda GUILHOTINA HC (banda da cidade natal do BLOG) em um momento
muito promissor da banda, chegando até abrir para consagrada banda punk GAROTOS
PODRES. Hoje em SP Leandro colhe os frutos de sua dedicação com a banda ZED que
promete se destacar na cena rock da “Capital” musical do Brasil! Acompanhem!
1 - Leandro! A banda
ZED lançou o EP “ O Baile não para”, como tem sido a recepção deste material
junto a galera que acompanha a banda?
Leandro: O EP está
sendo muito bem aceito, as músicas estão um pouco mais leves se comparadas ao nosso primeiro trabalho que foi uma demo
gravada em 2012, mas a galera tem assistido aos vídeos, baixado as músicas pra
conhecer o trabalho e assim mesmo compram o material físico, isso tem sido
muito bacana.
2 – Como foi o
processo de gravação deste material, vi que a banda também é responsável pela
produção, a sonoridade alcançou os resultados que vocês esperavam para este EP?
Alex: O processo foi decisivo para definir a identidade
sonora da banda, o clima dentro do estúdio foi dos melhores e conseguimos mais
do que o esperado, há muitas novidades para 2016 que ainda não divulgamos,
fruto deste EP.
3 – Dentre as 5
canções gravadas, qual a música que em
geral que o ZED acredita que possa representar a banda como a “musica de trabalho”?
Leandro: Bem, na verdade todas as músicas ganharam vídeos
onde a banda as toca no estúdio, mas a primeira música de trabalho que ganhará
um clipe oficial, é a música “Baile de Máscaras”.
4 – Você passou um
período desligado da banda, mas retornou as atividades, como compositor podemos
esperar contribuições suas para o
próximo trabalho?
Leandro: Quando eu me desliguei da banda as músicas já
estavam prontas, só não participei das composições de letras das músicas, mas
do arranjo participei de todas elas. Sobre o próximo trabalho, esperamos lançar
mais um EP até o final deste ano com mais 5 ou 6 músicas, eu e o Alex
(guitarrista e vocalista) estamos trabalhando nas músicas novas enquanto o
Allan (baterista) está tirando um tempo com a família dele aguardando a chegada
do primeiro filho dele, após esse período ele fará as linhas de bateria dele e
finalizamos a pré-produção pra entrar em estúdio e gravá-las.
5 – O ZED possui uma
boa base de seguidores em Sampa, como tem sido a frequência de shows na grande
capital?
Leandro: No começo da banda, em 2012, nós fizemos os
primeiros shows em alguns lugares do centro de São Paulo participando de
shows com outras bandas underground que
já tinham o público deles, bandas de estilos variados dentro do rock, foi muito
bacana porque a galera que ia ver as outras bandas ficavam para nos assistir
por curiosidade e acabavam gostando dos sons, a gente mesclava um repertório de
covers de bandas que gostamos com as nossas, tem dado certo e hoje temos tocado
como banda principal, foi algo que exigiu muita paciência de nossa parte porque
demorou 3 anos pra acontecer.
6 – Você é um músico
multi-função, toca guitarra, baixo, canta... No ZED você assumiu no baixo,
quais suas influencias em relação a este instrumento?
Atualmente tenho escutado muito death metal, hardcore ogro e
metal progressivo, isso tem me ajudado a adquirir mais conhecimento, mas pra
banda nem tudo que me influencia cabe nos arranjos, pois nosso som é mais
simples, porém objetivo e já possui uma identidade musical, então não coloco
muita coisa nas músicas pra não correr o risco de fugir dessa identidade que
adquirimos ao longo desses 4 anos.
7 – Além do ZED você
participa de algum outro projeto em Sampa?
Toco baixo e faço guturais num Epica cover, estou gravando também com a ajuda de alguns
amigos algumas músicas que fiz ao longo dos anos, é bem pesado, mas ainda não
passa de demos e experimentos, é death metal.
8 – Os recursos
visuais do ZED são bem legais! A banda possui um bom “merchan”, além do EP,
Camisetas, Site, Canais de Música. Como funciona a divisão de tarefas na banda
pra manter tudo funcionando?
Alex: Allan Ribeiro (baterista) é o responsável por tudo,
além de ser nosso baterista é o marketeiro da banda, nosso homem de negócios
kkk
9 – A banda tem um
importante apoio do Canisso (Raimundos) como se deu essa amizade com este
importante músico do cenário rock nacional?
Leandro: Cara, conhecemos ele na gravação dos vídeos
promocionais do cd “Cantigas de Roda” dos Raimundos, contracenei com ele em um
dos vídeos que participei, pra mim que sou um fã da banda desde a minha
infância foi incrível, pro Alex e pro Allan também, participamos de vídeos de
músicas diferentes. À partir daí trocamos ideias algumas vezes com o Canisso, por
redes sociais e nos shows deles quando conseguimos ir, convidamos ele pra atuar
no nosso novo clipe e ele aceitou na hora, ouviu nossos sons e curtiu, isso é
muito lega, ainda não podemos dizer quando o vídeo vai sair porque ele tem uma
agenda lotada e nós também temos nossos compromissos, mas estamos bolando uma
estratégia pra que isso aconteça o mais breve possível, vai ser demais!
10 – Sua passagem
pelo blog CHM tem um importante significado para nossa história musical, pois
após anos de desentendimentos nos resolvemos em relação ao GUILHOTINA HC, (uma
banda bem legal que existiu em Colorado) Parece que resolver isso deixou as 2
partes livres para seguir seus caminhos musicais não é mesmo?
Leandro: Claro, participei da banda GUILHOTINA HC por um bom
tempo, junto com a banda realizei um sonho na época de abrir o show de uma das
bandas que eu mais curtia, o Garotos Podres em 2003, gosto muito das músicas do
Guilhotina HC e as ouço até hoje, devido a uma briga particular com dois
integrantes da formação mais recente decidi registrar as músicas e impedi-los
de tocar, hoje vejo isso como uma atitude prematura de minha parte na época,
mas quando realmente me arrependi decidi abrir mão das músicas e entrar em
contato com a banda para me redimir, fiquei muito feliz que minhas desculpas
foram aceitas e adoraria que essas músicas fossem divulgadas, porque essa banda
tem um trabalho a nível de bandas consagradas e a banda merece ser ouvida.
11 – Ainda em
Paranacity, sua cidade Natal, você teve alguns grupos locais! Quais as
lembranças dessas épocas longínquas onde você estava começando a se envolver
com a música, em especial o pop e punk rock?
Leandro: Cara, quando os Mamonas morreram naquele acidente
de avião me juntei com os amigos Wagner e Renato Drociúnas, Igor Vidotto e
Fabio Lucio e decidimos que teríamos uma banda, ninguém sabia tocar nada ainda,
fizemos o Porcentagem Negativa, cada um foi aprender seu instrumento e gravamos
uma fita bem divertida que virou um cdzinho, pra nós que éramos crianças ainda,
foi um sonho hahahahaha! Após isso comecei tocar com o Alexandre Hygino, a
história é longa, mas por lá fizemos o Indecentes (punk rock) com o Fernando
Hygino também, depois me convidaram a integrar o Guilhotina HC com Vitor
Carnelossi, Alexandre Hygino, Fernando Hygino e Eduardo Jorge por um tempo, desfizemos
o Indecentes para nos dedicar a esse trabalho que era bem mais sério e mais
trabalhado. Toquei um tempo com um Raimundos cover de Colorado com o Rodolfo
Adriano, Hudson Bello, Alexandre Hygino (mais tarde substituído pelo Douglas
Gomes), em 2008 fiz o Strange Dreams com meu irmão Leonardo Naves no baixo, eu
no vocal, Cleyton Oliveira na batera e o William Vieira na guitarra, depois
entrei no Darkest, uma banda de hardcore com o Vinicius Miazato (Baixista da
banda NOar de Maringá) e com o Cleyton que havia tocado comigo no Strange
Dreams, depois fui vocalista da banda Tio Yu com o Paulo Sol, Jean Tamimori e o
Felipe Freitas, que foi uma banda mais pop rock mesmo, mas infelizmente a vida
vai distanciando os amigos aos poucos, por causa dos estudos, trabalhos, enfim.
Em São Paulo fui guitarrista de um Tristania Cover Oficial também, foi uma
experiência legal, também toquei em São Paulo com a banda Shadow Hostile que é
uma banda de Trash Metal com som autoral, na ocasião tocamos por uma vaga pra
abrir o show do Marky Ramone com um ex-integrante do Mistfis no Chão Selvagem,
casa de show badalada da minha atual cidade, Suzano - SP. Eu tenho muita
saudade de cada uma dessas bandas e de todos os envolvidos, tudo isso faz parte
da minha história na música e me ensinou muita coisa boa, tanto nos erros como
nos acertos!!!
12 – Gostaria que você citasse seus álbuns preferidos!
Leandro: Take Off Your Pants and Jackets do Blink 182, The
Enemy Inside do Dream Theater, Século Sinistro do Ratos de Porão, War Eternal
do Arch Enemy, Lapadas do Povo do Raimundos, Loco Live do Ramones... são
inúmeros, mas esses eu ouço ainda quase todo fim de semana hahahaha!
13 – Quais os
próximos planos para sua vida musical?
Leandro: Me preparar com o Zed para um show que faremos pela
primeira vez no Rio de Janeiro em setembro abrindo o show da banda de rock
nacional mais consagrada no nosso país (ainda não podemos falar mais sobre
isso, nem citar nomes, mas logo será divulgado oficialmente), e continuar
fazendo os trabalhos que tenho feito com o Zed, temos um clipe novo pra gravar
e um EP novinho nascendo.
14 – Agradeço sua
passagem por aqui Leandro, deixo o espaço livre para suas considerações finais!
Leandro: Cara, eu agradeço de coração a consideração e o
apoio, e espero sinceramente que vocês continuem com esse trabalho maravilhoso
que estão fazendo, o underground precisa disso no nosso país, amantes da boa
música que literalmente metem a mão na massa pra dizer algo de bom sobre música
boa e abrir espaço pro novo, conheci várias bandas fantásticas através deste
blog, e pra terminar, adoraria que continuassem surgindo bandas fodas ai em
Colorado pra gente poder mostrar no país inteiro que tem muita banda foda que a
galera precisa conhecer, abração à todos!!!
Por Vitor Carnelossi
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