quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A NOVA ONDA DOS "BOLACHÕES"...

    
   O tempo passa e realmente um comentário que se disse por ae faz todo o sentido  do mundo  “ ...Os anos 70 criou tudo que é determinante para os dias de hoje”. E após muitas crises, desempregos e novas tendências, os LPs (vinil) estão de volta! Na verdade muito tempo passou até que a ideia ‘’cult’’ de ouvir uma “bolacha’’ se tornasse uma curtição em tempos modernos. O gosto desta coleção hoje em dia sai caro, geralmente um vinil usado começa  na faixa  dos 30 reais, um novo quase sempre é comercializado na casa dos 100 reais, e dependendo do grau de procura e disponibilidade, alguns ultrapassam facilmente os 500 reais... Ou seja, é muito complicado alcançar coleções de alguns tiozinhos que são apaixonados deste os anos 70, 80 por esse itens nostálgicos... Alguns relataram  que na época que  chegou o CD as prateleiras de vendas houve uma grande oferta de discos no mercado, onde você poderia comprar materiais por preços quase simbólicos, 3 reais, 5, 10 reais... ou seja, muito caboclo fez a festa e “rapou” tudo que pode. É claro que com muita pesquisa na net e “garimpadas” em sebos é possível achar itens bem mais em conta, é questão de pasciencia e autocontrole pra dar o bote certo... Não é difícil entender por que há tanto amor por esse tipo de mídia musical, o encarte gigante valoriza muito mais a arte gráfica do encarte e apesar de muita gente achar que não, o vinil tem uma definição de áudio bem mais contrastante que o CD, mp3 etc... Muitos Colecionadores  dizem que gostam também da história do vinil, e preferem até os usados, pois geralmente foram prensados a muito tempo, alguns até mais de 30 ou 40 anos... então haja histórias relacionado a esse artefato.


    Nos dias de hoje o mercado de LPs novamente parece ser promissor, até chega a dar uma esperança de preços melhores e menos abusos nas negociações. O lance esta tão bem encaminhado que esta rolando até uma inauguração de uma nova fábrica  em São Paulo, prometendo injetar uma dose generosa de ‘’bolachões’’ no mercado, e adivinha? Coisa de apaixonado... o cara curte tanto vinil que decidiu fazer da inauguração dessa fábrica uma questão de princípios e a realização de um sonho.  Nas mídias sociais também podemos ver um numero crescente de pessoas reunidas para negociar, trocar e vender os LPs, chega a ser até um “revival” das épocas dos “trocadores de fitas K7”, é uma brincadeira nostálgica que faz gente grande parecer criança. Eu, sempre gostei na cultura do vinil, mais só agora comecei acidentalmente minha coleção de míseros 15 discos, mais fico namorando e com um desejo quase doentio de que possa comprar mais e mais... Acompanhando a fixação de ouvintes por esse tipo de material, já é possível achar umas vitrolas bem legais no mercado, coisa que há algum tempo era raro de se ver...  



    Existe muito material rodando por ae, infelizmente aos que estão começando a coleção agora assim como eu, o Heavy Metal / Rock são estilos mais onerados  e caros para se adquirir... A paixão dos apaixonados por rock move o submundo dos LPs graças ao estilo atual e sempre de muita qualidade que tanto apreciamos. A razão dos materiais de rock serem mais caros é simples, um álbum do Black Sabbath ou Deep Purple, por exemplo, até hoje conquistam novos fãs, e indiscutivelmente a galera  adora comprar um material de sua banda favorita! Então  fico por aqui sempre de olho em alguma boa oferta, e em breve fazendo mais matérias relacionadas a este universo! Valeu galera!

Vitor Carnelossi

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

RxDxPx: ANARKOPHOBIA – QUANDO OS RATOS ENGOLIRAM OS GATOS



Vivíamos o ano de 1991 e o mundo roqueiro saboreava um banquete thrash metal com direito a Sepultura, Slayer, Metallica, Exôdus, Megadeth, enfim, um festival de palhetadas e bumbos de deixar qualquer um maluco.
Como em todo movimento, ocorreram um´´ boom´´  de bandas, nem todas necessariamente interessantes.
É neste ponto que acho que os Ratos engoliram os ´´gatos´´. O Ratos de Porão concebeu um disco extraordinário, que desde sua primeira audição coloco sem qualquer sombra de dúvida como um dos maiores discos já lançados no Brasil.
O que muitas bandas tentaram, e muitas não conseguiram, o RDP conseguiu com maestria. Sonoridade rápida, pesada, agressiva, como os preceitos do bom thrash metal recomenda.
Mas o RDP não nasceu punk e depois adicionou o hardcore? E daí?? Este é o grande barato: uma banda fora do estilo gravou um dos grandes álbuns, para desespero dos ´´radicais´´ e adesão em massa da nova safra que bangers que se formava.
Cantado em português o disco é uma avalanche ´´na cara´´ sob o vocal inigualável do João Gordo. O guitarrista Jão despeja riffs equivalentes e 02 guitarristas, com um peso assustador, e a cozinha formada por Jabá e  pelo Spaghetti (substituído em seguida pelo Boka) se encarregam de adicionar a qualidade complementar. A gravação na Alemanha e a produção do Harris Johns também merecem citação. Trampo de primeiríssima qualidade.
Faz o seguinte: escolha qualquer uma das faixas e aproveite este disco sensacional. De quebra tem um cover matador para Commando, do Ramones.
Valeu!!!

Marcão Azevedo.