Vivíamos o ano de
1991 e o mundo roqueiro saboreava um banquete thrash metal com direito a
Sepultura, Slayer, Metallica, Exôdus, Megadeth, enfim, um festival de
palhetadas e bumbos de deixar qualquer um maluco.
Como em todo
movimento, ocorreram um´´ boom´´ de
bandas, nem todas necessariamente interessantes.
É neste ponto que
acho que os Ratos engoliram os ´´gatos´´. O Ratos de Porão concebeu um disco
extraordinário, que desde sua primeira audição coloco sem qualquer sombra de
dúvida como um dos maiores discos já lançados no Brasil.
O que muitas bandas
tentaram, e muitas não conseguiram, o RDP conseguiu com maestria. Sonoridade
rápida, pesada, agressiva, como os preceitos do bom thrash metal recomenda.
Mas o RDP não nasceu
punk e depois adicionou o hardcore? E daí?? Este é o grande barato: uma banda
fora do estilo gravou um dos grandes álbuns, para desespero dos ´´radicais´´ e
adesão em massa da nova safra que bangers que se formava.
Cantado em português
o disco é uma avalanche ´´na cara´´ sob o vocal inigualável do João Gordo. O
guitarrista Jão despeja riffs equivalentes e 02 guitarristas, com um peso
assustador, e a cozinha formada por Jabá e
pelo Spaghetti (substituído em seguida pelo Boka) se encarregam de
adicionar a qualidade complementar. A gravação na Alemanha e a produção do
Harris Johns também merecem citação. Trampo de primeiríssima qualidade.
Faz o seguinte:
escolha qualquer uma das faixas e aproveite este disco sensacional. De quebra
tem um cover matador para Commando, do Ramones.
Valeu!!!
Marcão Azevedo.
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