sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

SARCÓFAGO: THE LAWS OF SCOURGE – UM PETARDO ´´CULT´´ NACIONAL



O Sarcófago rompeu as fronteiras de Minas Gerais praticando um death/black metal cultuado em diversas partes do mundo. Já li em muitas revistas especializadas músicos de bandas de ponta da cena heavy mundial de vários estilos colocarem vários discos do Sarcófago entre seus preferidos. Realmente a quantidade me impressionou.
Em 1991 presenteiam seus fãs com um disco mais polido, com bastante sustentação de bumbos, guitarras carregadas e por vezes um gélido teclado pode ser ouvido. Era uma pausa na pancadaria tradicional de seus trabalhos anteriores, justamente os mais valorizados lá fora.
Como sempre,  houve quem olhasse com desconfiança esta sonoridade. Mal sabiam que este disco é uma prateleira de clássicos, que colocou a banda em palcos europeus, com a produção de clips para algumas faixas.
Já escrevi anteriormente que é prazeroso você ouvir um disco que demonstra que a banda estava de bem e a fim do negócio. Como se percebe?  A resposta é bem simples: não se concebe clássicos, hinos ou petardos se não estiver neste estágio, e o Sarcófago estava.
Wagner Lamounier (vocal), Gerald e Fabio  (baixo e guitarras, respectivamente) e o batera Lucio Oliver promovem um festival thrash/death de altíssima  qualidade.  Mesmo na época o vocalista discordando da mídia quanto ao termo thrash, é inegável elementos do gênero neste grande disco.
Qual ouvir primeiro? Midnight Queen? Ou talvez Screeches from the Silence?  Ou seria a faixa título The Laws….?
Pode ser também Piercings, Prelude to a Suicide, Little Julie…..enfim, não tem escolha – selecione qualquer faixa e curta este grande disco do metal nacional, a começar bela bela capa.
Ouça alto!


Por Marcão Azevedo.



sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

SILVER BLADE: OLD AND REAL THOUGHTS – TESOURO DO METAL PARANAENSE


A cidade de Londrina é um celeiro de bandas e músicos extraordinários, cuja boa parte destes nomes pude acompanhar durante um período de minha vida que morei e trabalhei em sua região metropolitana. Shows e eventos aos montes – cena muito boa que procurei aproveitar bastante.
Bandas como Subtera, Pactum, Perpetual Disgrace, Masakra, Dominus Praelli são alguns nomes oriundos desta cena.
E também o Silver Blade. Falar deste cd é prazeroso, uma porquê hoje é uma relíquia fora de catálogo, e outra porque tive o prazer de vê-lo executado ao vivo, com toda energia da banda, adicionado de um super cover do Manowar.
Gravado em 1999, o disco foi logo abraçado pela Megahard de São Paulo.
Carpe Diem abre o trampo em grande estilo, sendo um cartão de visita mais que suficiente.
Faixas como End of The World e In The Land of Losts trazem todos os elementos do bom heavy metal, com solos inspirados e cozinha sustentando bases mais fincadas e bases com bumbos acelerados. Vale destacar sempre o trampo do grande batera Fabio Vieira, que junto com o baixista Eliseu Peretti propiciam o pano de fundo para os vocais do Marcos Brandfer destilar técnica, com uso de notas agudas por várias vezes.
A sutileza da introdução de Sands Of Time denotam o bom gosto, seguido por riffs poderosos e cozinha com forte marcação.
Em todo do cd a performance dos guitarristas Ramon Malaguido e Roney Lopes é matadora. Técnica e entrosamento em alta escala. Realmente digno de elogios.
Fecham o cd com Live Again....Forever, com um vocal extraordinário do Marcos Brandfer mais o acompanhamento de violões insanos gravados pelos guitarristas. Literalmente fechado com chave de ouro.
Se você não conhece este atestado de competência do metal paranaense, dê um jeito de conseguir e confira heavy metal de personalidade e qualidade.
Ouça alto!!


Marcão Azevedo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

ENTREVISTA BANDA MATTILHA

Infelizmente por uns motivos técnicos acabei perdendo o timing pra publicar a entrevista com os caras da banda Mattilha, no entanto como recuperei o material achei justo tirar da gaveta e colocar no ar, até porque o papo foi massa e o som dos caras é de primeira, entrevista realizada no final de Agosto e começo de Setembro, conheçam o rock n’ roll da cachorrada e apoiem a cena independente nacional, valeu!



Vocês estão na estrada desde 2010, com certeza devem ter muita história para contar, então primeiramente gostaria que vocês descrevessem a jornada da banda desde sua formação até o lançamento de seu primeiro full, “Ninguém é Santo” em 2014.
Gabriel - De 2010 até o meio do ano passado a banda teve algumas mudanças na formação. O início foi com quase todos integrantes no bairro da Pompéia, se conheceram daquele jeito clássico de trombar 'na zueira' pra fazer um som com amigos e o lance foi ficando sério. Eu (Gabriel) entrei na banda no início de 2013, vão fazer 3 anos agora, conseguimos nos consolidar desde então e manter o time firme pra pegar a estrada e lançar vários trabalhos...No início mesmo de 2013 lançamos o 1º single que foi 'Noites no Bar’, depois veio o EP homônimo com 3 faixas e em 2014, o full álbum. Já na estrada com a divulgação do 'Ninguém é Santo', tivemos uma mudança na cozinha, nosso ex-baixista Henrique Nunes saiu e no lugar entrou o Andy Einech, consolidando de vez a nova fase da banda que já dura 1 ano e meio e esperamos ir até o fim juntos assim! Nessa turnê do disco já estamos chegando a marca de 100 shows, com certeza muitas histórias pra contar haha. Desde integrante de cueca em um bar x numa cidade x comendo batata crua na cozinha da casa de show em que tocávamos a integrante morrendo de medo em viagens de avião haha As 'roubadas' na estrada, aprendizados, amizades que fazemos por aí. A vida e a trajetória honesta em que seguimos é uma das melhores coisas em que já vivemos, é mágico, muito trampo, muita luta, mais a satisfação de ver o som se proliferando é surreal.

O nome Mattilha casa muito bem com a proposta de som da banda, quem surgiu com a ideia de batizar a banda com esse nome?
Victor - Fui eu! Como em toda banda autoral, foi o nosso maior desafio até hoje. Desde o início a nossa proposta foi fazer um som que passasse o nosso recado, independente das críticas que estamos sujeitos a ouvir. A "cachorrada" pode ser interpretada de várias formas, e nenhuma está errada. Mas a ideia principal surgiu enquanto eu pensava em algo que representasse a nossa amizade e a nossa união entre todos os envolvidos. Daí veio a ideia dos dogs e do coletivo e assim foi batizada oficialmente a Mattilha, no dia 13 de Novembro de 2010, na Vila Pompéia.

Cantar em português foi uma opção desde início da banda? Como vocês avaliam a cena pras bandas que investem em compor no idioma pátrio?
Ian - Sim! Desde o primeiro ensaio da banda a proposta foi "som autoral e em português", as Velhas Virgens eram a nossa maior inspiração naquele momento, não tinha como começar de outro jeito!

Sobre seu primeiro disco, gostaria que nos contasse como tem sido a recepção ao mesmo até aqui?
Gabriel - A recepção vem sendo sensacional! Desde de o lançamento do disco em 2014, saímos em turnê de divulgação, e desde então, já estamos chegando a quase 100 shows...Tocamos em alguns estados diferentes e principalmente agora em 2015, estamos tocando cada vez mais fora de São Paulo...Inclusive estaremos fazendo uma nova turnê no Sul do país agora em outubro, isso é positivo demais pra banda! Alguns sons do disco foram veiculados em rádios como a KISS FM e a 89 FM Rádio Rock. Uma das coisas mais incríveis é ver o público cantando todas nossas músicas nos shows, é algo impagável! Além da nossa loja online (www.MATTILHA.tanlup.com), já vendemos pra Manaus, pra vários estados do Sul do país, Minas Gerais, Rio de Janeiro, até pro Acre já foi material, pra nós é sensacional!

Além de ter feito um ótimo disco de rock n’ roll, vocês também foram muito felizes na escolha das participações especiais no mesmo, como chegaram aos nomes de Paulão e Coruja, do Velhas Virgens e Cracker Blues respectivamente?
Ian - O Paulão foi um convite que eu fiz na maior cara de pau... Mandei uma demo horrível em algum dos perfis dele no Orkut, não esperava que ele fosse responder, depois disso o convite era inevitável. Foi uma puta honra, somos muito gratos a ele e toda banda pela força! Já o Coruja é um grande amigo, conheci a Cracker Blues em uma edição da Feira da Pompéia, virei fã desde o primeiro show! A letra de ˜Blues Para Acalmar" foi muito inspirada nas letras da banda, e como um bom blues, não podia faltar a gaita.


Em breve vocês estarão lançando mais um vídeo clipe, para a faixa “Feita pra mim”, qual a razão que os levaram a escolher esse som pra fazer o clipe e o que vocês podem nos contar a respeito da produção desse trabalho que vai ao ar dia 27/08?
Victor - Um dia eu estava na casa do Ian, e, durante um papo sobre a vida, surgiu uma ideia. Puxei um riff e logo a gente começou a canetar ali com uma única proposta: fazer um som que tivesse potencial pra bombar nas rádios. Esse é o nosso som mais romântico depois de Duro de dizer, rs. Chegou a hora de trabalhar ela do jeito que realmente queríamos e imaginávamos, desde aquele dia.
Gravamos o clipe inteiro em duas diárias, que foram das 8 da manhã até as 4 da matina do dia seguinte. Foi bem puxado, mas extremamente satisfatório. Contamos com o roteiro do Raphael Fucciolo, direção da Pier 66 e o apoio da Caverna do Mamute, apoio de vários brothers e de nossos familiares. Inclusive, fica aqui um agradecimento a todos os envolvidos, em especial ao meu irmão, Bil, por ter feito o que era quase impossível pra nos ajudar. O clipe narra a história da força de uma mulher em cima dos pontos fracos que todo homem tem. Aguenta coração que dia 27 da chegando! Como já dizia o Galvão Bueno, "isso é teste pra cardíaco!"


Vocês lançaram um single acústico pra faixa “Sem hora marcada”, que ficou muito legal por sinal, existe a intenção de lançar mais materiais nesse formato?
Gabriel - Valeuu haha..Esse single foi especial, tivemos a participação de uma lenda viva do Rock n' Roll nacional, o Luiz Carlini..Estamos colhendo ótimos frutos desse trabalho, e é o trampo em que mais tivemos destaque, atualmente, ele tá com aproximadamente 250.000 plays no Spotify, que é uma das maiores plataformas digitais do mundo! Com certeza pensamos em trabalhar mais nesse formato, gostamos muito também desse lance 'desplugado', em breve teremos muitas novidades acústicas, inclusive em shows, aguardem haha!

Falando em novos materiais, já existem planos pra um segundo ataque da cachorrada? Já existem novos sons prontos? O que podemos esperar do segundo disco do Mattilha?
Ian - Estamos trabalhando no novo single ˜Qual é o Seu Veneno?" que deve sair no final do ano na coletânea do coletivo Gang da 13! Fora isso já há algumas composições em andamento, não temos datas em mente, mas a partir do final do ano vamos acalmar um pouco de shows e focar 100% na criação do novo álbum!

Que outras bandas vocês destacariam na cena que vocês curtem e indicariam pra galera que acompanha o blog?
Gabriel - Temos váaarias bandas pra poder indicar, grandes parceiros e muita gente boa que tá fazendo um grande corre por aí...Não queria ser injusto e citar vários nomes e acabar esquecendo de um ou outro, já que a leseira é grande hahaha Então, dou um toque na galera pra conhecer os coletivos de bandas no qual a Mattilha participa, dentro dos coletivos tem todos detalhes, som e muito mais das bandas parceiras ...se liguem então nos canais e facebook da BASE ROCK ( https://www.facebook.com/baserock.sp ) e da GANG DA 13 ( https://www.facebook.com/GangDa13 ), e também, indico outro coletivo, dos parceiros de Florianópolis, chamado O CLUBE ( https://www.facebook.com/oclubesc ) , ROCK ON !

Continuando no campo das indicações, tradicionalmente fazemos essa pergunta a nossos entrevistados, quais são seus cinco discos preferidos, aqueles de cabeceira?
Ian: 

-Black Sabbath (Vol. 4)
-Led Zeppelin (I)
-Deep Purple (Machine Head)
-Pink Floyd (Dark Side of The Moon)
-Velhas Virgens (Vocês Não Sabem Como É Bom Aqui Dentro!)

Victor 
- Led Zeppelin - IV
- Skid Row - Slave to the grind
- Zakk Wylde - Book of shadows
- Charlie Brown Jr - Acústico Mtv
- Slash - World on fire

Gabriel
-Guns N' Roses - Appetite for Destruction
-Bon Jovi - Slippery When Wet
-Cinderella - HeartBreak Station
-Skid Row - Slave to the Grind
-Guns N' Roses - Use Your Illusion I e II
-Kiss - Alive vol.III

Gostaria de agradecer a atenção e reservar esse espaço pra que deixem sua mensagem pra galera! Valeu!
Gabriel - Um salve pra vocês do blog Colorado Heavy Metal pelo espaço, um salve pra todos nossos fãs que estão sempre na caminhada com a Cachorrada...Pra quem quiser saber mais sobre nós, a nossa agenda, nossos corres, lançamentos, é no MATTILHA.com.br, fiquem ligados que no próximo dia 27/08 tem o lançamento do nosso novo vídeo clipe, de 'Feita pra Mim', é isso ae, nos vemos na estrada, Rock n' Roll VIVO, sempre, FORZA MATTILHA!



Por Evandro Sugahara