Estava ouvindo um som e pensando na vida, na morte... Pensando
que a pouco perdemos PERCY HISS, grande
“frontman” de registros a frente do Made
in Brazil, Harppia e Patrulha do Espaço... Fiquei com algo na cabeça... Nossos pioneiros,
desbravadores do rock no Brasil começaram a nos deixar. Parece que faz tanto
tempo, mais o rock no Brasil ainda tem pouco mais de trinta anos... Aquele grito
radical que fez o RAUZITO “botar fogo na musica brasileira” começava a brilhar
lá nos anos 70, quando a maioria de nossos pais ainda eram jovens e
provavelmente alguns falavam “desse tal rock n roll” como algo tão novo quanto
eles... Pois bem, agora quando vemos alguns deles partirem e pensamos o quanto
eles foram “loucos” e destemidos em outrora. Jovens senhores marcados pelo
tempo e pelo esquecimento, tal como CORNÉLIO LUCIFER, a primeira voz do Made in
Brazil que partiu a pouco para o outro lado, muito pouco lembrado em um mar de
nomes que foram parte do passado... Antes dele mesmo o “Blues Man” CELSO BLUES
BOY, nosso herói que levou o blues a música popular brasileira...Eles voltam a ser “noticia”
somente quanto são mencionados em alguma simples nota de Adeus... Essa é a geração que abriu o espaço para
“efervescência metálica” do Brasil, às vezes é tratada de forma debochada pelos
mais “trues”, ou mesmo nem conhecido pela “molecada”. Quando se fala em
guitarrista não são muitos os que se lembram do saudoso WANDER TAFFO, que passou por 1 dúzias de bandas, inclusive pelo Made in
Brazil... O mesmo para o fabuloso HÉLCIO AGUIRRA, o herói do Hard Rock
Nacional! A partida desse “senhor ” me deixa até agora com um nó na garganta...
A discografia excelente do GOLPE DE ESTADO também é bem pouco lembrada quando o
assunto é bandas nacionais. De forma precoce muita gente foi embora mais
cedo, tais como REINALDO “CAVALÃO” (ex- The Mist, Gothic Vox), OSVALDO PUSSY
RIPPER ( do lendário Sextrash), RONALD (do festivo Punk rock Gritando HC) PAULO SCHROEBER ( Almah, Astafix)...
Ainda que a mídia só chore a morte de Renato Russo e Cazuza e lancem
tributos ao Rauzito para fazer uma graninha, sabemos muito bem que existem
muitas estrelas que brilham eternas em nossa história, em nosso underground...
Sei que meu conhecimento é limitado, e existem muitos outros que já
pegaram a “Stairway to Heaven” e estão
em alguma “Jam Session” Celestial. Ao nos
colocar em pensamentos enxergamos o legado dos mestres diluídos no rock
nacional, abrindo as portas para Heavy Metal em uma época que a música
brasileira não tinha acesso à estrutura, instrumentos ou mesmo dinheiro para se
gravar um LP. Que os mestres descansem no infinito e que a próxima geração
escutem seus trabalhos...
Por Vitor Carnelossi
Por Vitor Carnelossi
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