O Guilhotina HC sempre foi marcado por suas características
desfavoráveis, apesar de sempre fazer excelentes shows ao vivo, A banda acabou perdendo
em mudanças e formação e falta de estrutura.
Há um ano e meio atrás as metas da banda foram melhor estabelecidas e o
Guilhotina Hc conseguiu gravar um bom CD que pode ser conferido em algumas
faixas no youtube. Esbarrando ainda em questões estruturais comuns de bandas
undergrounds, sem apoio e sem recursos o grupo passou mais um “apuro” que pode
ser conferido no descontraído texto de
Rodolfo (Vocal e baixo) onde nosso leitor pode facilmente perceber que é
preciso muita vontade para seguir nos caminhos do Rock! (Editor Heavy Metal)
Com vocês:
O Diário de bordo “RUMO AO RODA VIVA”.
Mais uma fatídica sexta feira sem nada pra fazer, pensando
em muitas coisas, dentre elas alguns rumos com as bandas das quais eu toco
(Guilhotina HC e Tragedy Garden). Fuçando o Facebook em uma página voltada para
os fãs dos Raimundos descubro que alguns membros ali mais ativos estavam preparando
um tributo a essa banda que é grande influencia para mim, se não for a maior.
Conversei com alguns idealizadores e logo recebi o convite
para participar desse cd que seria lançado de maneira independente e online –
um cd virtual – e logo aceitei. Minutos depois liguei para o Vitor e expliquei
como seria, e enfim decidimos por fim participar com o Guilhotina HC em um
tributo para o Raimundos, algo que muitos aqui jamais iriam considerar tal
possibilidade. Por fim escolhemos a musica “Sanidade” do CD “Éramos 4”, o
primeiro pós saída do Rodolfo Abrantes. Porque escolhemos essa musica? Simples.
É a musica mais “séria” dos caras, e a que melhor se encaixava no perfil do
Guilhotina HC. Não tem como uma banda de crossover que tem em suas letras, toda
a ira e revolta com o governo, corrupção e a desigualdade social tocar uma
musica no estilo de Tora Tora por exemplo. Enfim, desafio aceito, mãos a massa.
Tínhamos aproximadamente 45 dias para preparar uma versão e grava-la. Mas como
pro Guilhotina HC nada é simples, enfrentamos várias adversidades, mas
conseguimos colocar a nossa “cara” na musica e não apenas fazer um cover.
Devidamente ensaiada (ou não rs) vamos a gravação. Olha, apesar de ser um lance
“meio caseiro” você logo percebe a diferença entre tocar ao vivo e fazer uma
gravação. São dois mundos completamente diferentes. Ao vivo tem toda a energia
do publico (?). Você se empolga e entra na pira da galera. Em estúdio é aquela
tensão constante de não errar, pois em uma gravação você NÃO pode errar para não
“queimar o filme”. Sofrendo pressão do dono do estúdio com relação ao horário,
gravando em três membros, já que uma semana antes tivemos de mudar a formação
drasticamente, a falta de experiência (minha no caso) na situação. Em estúdio
você não pode ser tão agressivo quanto ao vivo, você tem que explorar mais a
qualidade e a sutileza do que a energia, se conseguir equilibrar a balança
nesses quesitos , ótimo! Tínhamos a meta de gravar três musicas - 2 covers e
uma própria - mas devido a tensão e a falta de tempo, gravamos apenas o cover destinado ao tributo
ao Raimundos e uma própria que logo estará disponível. Fizemos apenas a
captação do áudio no estúdio e em apenas 20 minutos (foram mais de 1 hora
tentando regular instrumentos e mesa de som) e apenas 2 takes. Não podíamos
errar ou doeria um pouco mais no nosso bolso...rsrs...
Então gravamos e “pegamos” o áudio. Chegando em casa fui
escutar e pensei “que merd*” ahahahaha -
tinha ficado extremamente abaixo do que
eu tinha planejado, e bem abaixo do que tínhamos feito nos ensaios. Mas era o
que tínhamos para o momento.
No dia seguinte deveríamos fazer a mixagem – vale
lembrar que gravamos e fizemos a mixagem 1 dia antes de entrega-la pronta para
os responsáveis pelo cd – Eis que ligo para o Vitor e recebo a ótima notícia
que o computador dele tinha dado problema hahahahaha. Tive que levar o meu
computador na casa do Vitor, e
instalamos os programas necessários e fomos fazer milagre na musica. Na
gravação eu toquei guitarra, fiz os vocais e os backing, Vitor tocou o baixo e
o Alexandre foi o batera. Um power trio, só que com condições desfavoráveis.
Mas vamos para a mixagem que fico a cargo do Vitão e da minha pessoa... Para não alongar
demais fizemos o que podíamos em cerca de 2 hrs. O resultado pode ser conferido
no link do youtube. E apesar de desprovido de qualidades maiores de gravação, nessa musica contém a nossa essência e
atitude que nos faz sempre seguir a diante, trilhando novos rumos e aceitando
novos desafios.
Por Rodolfo Santana
Confira abaixo a participação do Guilhotina HC com a música "Sanidade".
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