A frente de diversos projetos o multi-instrumentista e
vocalista Anderson Morphis é um batalhador incessante do underground.
Dedicando-se as sonoridades mais extremas do underground o inquieto músico leva
sua arte sempre com um latente desejo de produzir e se expressar nos mais
profundos porões da música pesada. Ainda, contrastando com suas várias
empreitadas o músico se aventura por um projeto voltado ao pop dos anos 80!
Confira os projetos e bandas e procure o material, vale apena conhecer!
1 - Anderson!!! Gostaria de um breve relato sobre as
suas atividades musicais, como começou e quais são suas principais influências!
Saudações a todos!
Comecei em 1995, com violão básico e convidado a
ser guitarrista de uma banda de Death Doom chamada Carnage, que mais tarde veio
a ser a Harmony Hate (Metal da Morte), onde sigo trajetória até os dias atuais.
As preferências sonoras que desencadearam meu
trabalho foram: Sarcófago, Amen Corner, Mystifier , Silent Cry e Paradise Lost.
2 – Quais os projetos que atualmente estão sobre
seus cuidados?
Venho trabalhando com a Harmony Hate (Death Metal)
, Mortiferik (Doom Metal), Bosque Lunar (Medieval Dungeon Synth), O Quarto de Helena
(Darkwave) , Presença Nas Sombras (Darkwave) e Andersongs 80's (Flashback Anos
80)
3 – Seu envolvimento com sonoridades mais obscuras
e depressivas são destiladas em mais de uma banda, quais as diferenciações para
compor em diferentes projetos?
Priorizo a característica dos trabalhos com a exata
essência das sonoridades, como filhos que nunca são iguais em personalidade. As
energias diferem e cada “personagem musical” e cumprem o seu papel neste palco
de mistérios. A absorção nos inúmeros momentos existenciais, entregam-me a
oportunidade de criação.
4 – Você faz apresentações ao vivo, como funciona?
Com a Harmony Hate, apesar de várias mudanças de formação, sempre estive com pelo menos mais um integrante para executar o som ao vivo.
Com a Mortiferik o processo de execução ao vivo, o que muitos não sabem, é que foi idealizada na modalidade One Man Band desde a sua fundação em 1998, porém naquela época não havia condições de equipamento e principalmente psicológicas para tal realização. Com o passar do tempo foi feito um intenso trabalhado, vindo a ocorrer aparições ao vivo por volta do ano de 2000 e oficializando-se a partir de 2013, onde percorri vários territórios para emanação ao vivo do Metal Lento e Obscuro.
Faço a composição no teclado com sequência das trilhas de baixo, bateria, teclas e efeitos. Ao vivo libero todas as trilhas e acompanho com vocalizações e guitarra, realizando em alguns momentos atuações nas teclas junto a programação.
5 – Quais os meios de divulgação que você utiliza para divulgar seu material?
Divulgo meus trabalhos através da internet nas redes sociais, blogs e zines.
6 – Quais os planos para o ano de 2024?
Para 2024 pressinto que surgirá novas composições e apresentações ao vivo. Se não houver convites para apresentações, entrarei em estúdio para executar e filmar novas criações e set list atualizado.
Sempre no aguardo do momento propício para o emanar artístico dos antigos e novos seres imortais sonoros.
O Túmulo sem Cruz, composição amaldiçoada e carregada com os mais impetuosos venenos, já está em aprimoramento para que logo em breve possa vagar eternamente junto aos demais de sua espécie.
7 – Gostaria que desse uma dica para quem não conhece ainda seu som, quais as principais músicas que funcionariam como um cartão de visitas para os recém-chegados?
Sobre minhas criaturas sonoras da Mortiferik, as que eu aconselho em sua primeira audição são as faixas Death Infection, Lamentations of Lost Dreams e Mármores Negros.
Sobre a Harmony Hate, indico como primeira audição as faixas End’s Desire, The Destiny of All Flesh e Estábulo das Mentiras.
8 – Qual a sua opinião sobre o underground Brasileiro, o que motiva seus trabalhos?
O Underground Brasileiro é a força do Headbanger que mantém a chama acesa, independente de quantos são e onde estão. Para estes que cultuam, respeitam e valorizam eu estarei aqui sempre para somar forças e fazer as engrenagens se movimentarem, sempre em prol de nossa arte, música e estilo de vida.
Vale ressaltar que o Verdadeiro Underground está intrínseco naquele que não age com disputa, interesses pessoais e falsidade. São estes que sempre terão o meu respeito!
A motivação dos meus trabalhos está mergulhada nos abismos de minha essência, pois são através deles que exponho minha arte, me alimento dela e espalho para todos que verdadeiramente conseguem sentir.
9 – Gostaria que citasse seus discos favoritos!
Esta pergunta é difícil por existirem muitas preferências.
Vou tentar citar algumas.
Evoken - Quietus
Mystifier - Göetia
Amen Corner – Fall, Ascenscion Domination
Amorphis - Privilege of Evil
Desire - Locus Horrendus The Night Cries of a Sullen Soul...
Contempty - Trauma
Poeticus Severus - Ser Guerreiro é a Nossa Lei
Flesh Grinder – Libido Corporis
Bethlehem - Sardonischer Untergang Im Zeichen Irreligiöser Darbietung
Cradle Of Filth – Dusk And Her Embrance
Obituary – Cause of Death
10 – O CHM agradece a sua participação, deixo o espaço para suas considerações finais!
Agradeço pela oportunidade oferecida para divulgação de meus trabalhos. É prazeroso falar sobre a essência... alimento da criação dos seres sonoros.
Desejo força a todos no underground com a certeza de que a nossa trajetória jamais terá um fim.
Por Vitor Carnelossi
COLORADO HEAVY METAL - MÚSICA ALÉM DA OBVIEDADE!
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Desde 2013 produzindo matérias e entrevistas para grande rede.
Editor responsável - Vitor Carnelossi