O Blog COLORADO HEAVY METAL hoje traz uma entrevista bem
legal com o baixista e vocalista Fábio Paulinelli! No comando de seu voraz GREY
WOLF Fábio bateu um papo bem descontraído e de maneira bem humilde deu essa
moral para nosso blog. Para quem gosta do Heavy Metal nos antigos padrões de
qualidades, adquiram o quanto antes os materiais do GREY WOLF! Confiram!
1 – Fábio, quem segue o GREY WOLF, sabe que a banda é fruto
de sua dedicação, sendo totalmente direcionada por você! Como você desenvolve
as composições e administra o processo criativo dentro da banda?
Fábio: Bem, primeiramente eu crio as bases de guitarra,pego
um violão velho da minha mulher e começo a experimentar uns riffs. Gravo as
idéias principais e a partir daí monto a estrutura da musica.Escrevo as letras
em cima dessa estrutura e por incrível que pareça deixo o Baixo que é o meu
instrumento de verdade por ultimo rsrsrsrs.Flui tudo naturalmente ,não forço
nada ,tanto que acabo me repetindo muitas vezes rsrsrsr.
2- BH teve uma grande repercussão no passado como grande
celeiro de bandas mais extremas, o GREY WOLF levanta o estandarte do Metal
tradicional, como foi a ideia de fazer
uma sonoridade nestes padrões?
Fábio: Bem , o Heavy Metal Tradicional e o Hard Rock
Oitentista sempre foram a minha veia mais forte.Então naturalmente um trabalho
meu tinha que soar Heavy Metal. Minhas raízes metálicas são Scorpions e Iron
Maiden. Até o surgimento do Grey eu praticamente apenas tocava em bandas dos
outros contribuindo apenas com as linhas de Baixo.Vez ou outra eu arriscava uma
composição.
3 –Seguindo aquela linhagem de baixistas como Steve
Harris, Joey DeMaio, você não somente
exerce a liderança como também evidencio seu instrumento de maneira
primorosa. Como você analisa o papel do
baixista como um instrumento “ativo” na musica e não somente como um acompanhamento?
Fábio: Não é nada forçado entende.Bem,na verdade só um
pouco,kkkkkk.Pois fui eu quem mixei e coloco o Baixo em evidencia mesmo hehehe.
Não tem nada mais frustrante pra um musico do que desenvolver um trabalho legal
com seu instrumento e na hora da mixagem vc não conseguir ouvir. Mas a própria
história do Heavy Metal conta a importância dos Baixistas para uma banda.Black
Sabbath(Geezer Butler),Manowar(Joey DeMaio),Iron Maiden(Steve
Harris),Rush(Geddy Lee),Kiss(Gene Simons),Metallica(Cliff Burton).Todos esses
Baixistas são destaques e deixaram sua marca na historia.Quanto à
liderança,isso eu não abro mão,acho que toda banda deve ter alguém com a rédea
nas mãos no que diz respeito ao direcionamento musical da banda,senão vira
aquela bagunça,acaba perdendo o padrão,e eu me baseio em bandas como Running
Wild e Manowar ,duas das minha preferidas,que nunca fugiram da proposta inicial
graças aos cabeças Joey DeMaio e Rock’n Rolf.
4 – O primeiro Álbum autointitulado GREY WOLF colocou no
nome da banda no underground! Qual a importância desse trabalho para você,
pessoalmente falando, pois acredito que deva ser um grande marco em sua vida
materializar um CD de puro Heavy Metal!
Fábio: Com certeza foi uma satisfação enorme e a realização
de um sonho.A repercussão foi muito,mas muito maior do que eu esperava.Foi uma
grata surpresa com certeza.
5 –‘’GREY WOLF’’ é um
trabalho muito coeso, você já tinha participado antes de alguma banda assumindo
as composições e produção?
Fábio: Não, não. Essa foi a primeira experiência, mas os
créditos não são só meus não. O Rudolf,Guitarrista nos 2 primeiros álbuns foi
de extrema importância para que o resultado final em termos de qualidade fosse
esse.
6 – Existem grandes músicas neste trabalho, sei que é
complicado enumera-las, mais qual música você por exemplo escolheria para
representar este álbum em alguma coletânea?
Fábio: King Kull, The Elephant Tower, 300 e The Frost Giant’s Daughter acho que são
as menos ruins,kkkkkk.
7 – Ainda continuando a falar sobreo CD ‘’GREY WOLF’’ , é
legal ver que o álbum é regido com uma influencia lírica influenciada por
Roward, autor de CONAN... Quando os
trabalhos de composição começam você busca inspiração em materiais épicos como
este?
Fábio: Sim, com certeza,mesmo porque cresci com Conan, acompanhando
as Hqs desde os 9 anos até hj.Tenho quase tudo do personagem e ainda tem muita
coisa a ser explorada.Tenho vontade as vezes de escolher uma saga específica do
Cimério e compor um álbum conceitual em cima dela,mas não sei se teria
capacidade para isso.É muito complexo.
8 – Quais filmes e materiais você indicaria para quem gosta
dos temas épico-medievais?
Fábio: O Primeiro Conan de 82, Rei Arthur, 300, O 13º
Guerreiro, Coração Valente, Tróia,Gladiador,Senhor dos Anéis,A Lenda de
Grendel, A Maldição do Anel,os seriados Spartacus e Vikkings e os livros
contendo as historias originais de Conan escritas por Howard.
9 – Muitos dizem que o segundo álbum é desafiador para uma
banda, como foi o processo de composição de ‘’ WE ARE METALHEADS’’?
Fábio: Na verdade as musicas já existiam.Foram 6 Demos
gravadas antes do lançamento do primeiro álbum.Eu simplesmente dividi as
musicas escolhendo duas ou três de cada Demo para o primeiro álbum e deixando o
restante para entrarem no segundo.
10 – A capa continua com o “mascote” GREY WOLF na capa,
desta vez em uma motocicleta seguindo o horizonte. É legal ver aquela “pegada”
dos anos oitenta na parte da arte gráfica, remetendo a antigas bandas do estilo
mais desconhecidas para o grande público. Mais resumindo, qual o significado do
conceito envolvido em ‘’ WE ARE METALHEADS’’?
Fábio: Bem, a musica We Are Metalheads é a única em que a
temática não é 100% épica.O restante do álbum sim,mas nela eu mesclei o
contemporâneo com a fantasia,uma coisa meio louca do tipo “combata o
mundo,monte seu cavalo de fero(moto),empunhe sua espada e corte as cabeças dos
inimigos do Metal”.Meio viagem assim rsrsrsrs.
11 – Mesmo se tratando dos mesmos elementos, cada álbum
possui particularidades, em sua opinião quais destas particularidades são
notáveis entre eles?
Fábio: Acho que no quesito instrumental,o segundo é um pouco
mais trabalhado,o primeiro acho um pouco mais cru.O vocal nos dois ficou um
lixo,mas no segundo ficou pior.Não sei cantar e pra te falar a verdade não
gosto.Faço pra não depender de mais um,minha paixão mesmo é o Baixo,mas
acontece que o vocal eu acho que acabou criando uma certa identidade pro Grey. Aí
fudeu,tenho que cantar kkkkkkkk.
12 – Como estão as apresentações da banda ao vivo?
Fábio: Nunca tivemos um Baterista fixo.Fizemos alguns shows
esse ano com pessoas emprestadas de outras bandas,mas nunca tivemos um
fixo.Isso complica um pouco,mas foram bacanas os shows,com certeza.Shows mantem
a banda viva.
13 – Quais os planos futuros para o GREY WOLF?
Fábio: Terceiro álbum deve pintar no início do ano,nosso
foco agora é esse,já esta gravado,falta só a mixagem.Se tudo der certo Janeiro
sai.E conseguir um Batera fixo,pois só assim teremos condições de dar
continuidade ao trabalho no que diz respeito aos shows.
14 – Gostaria que você listasse seus álbuns preferidos?
Fábio: Iron Maiden – Piece of Mind
Manowar –
Sign of The Hammer
Running
Wild – Masquerade
Iron Maiden
– Killers
Riot –
Thundersteel
Bewitched –
At The Gates of Hell
Thor – Only
The Strong
Deaf Dealer
– Journey Into Fear
Esses e mais uns 100 kkkkkkkkk. Difícil listar tudo.
15 – Com quais bandas você gostaria de dividir o palco com o
GREY WOLF?
Fábio: Com os
Brothers of Sword, com certeza. Cruzadas, HazyHamlet, Thunderlord,Yuri
Fulone.Com o Outlaw ,Túmulo de Aço e Suffocation of Soul isso deve acontecer em
breve.Com Battalion, Blackchest, Nosferatu, Firestrike, Metaltex também seria
foda.
16 – Quais bandas nacionais você destacaria ultimamente?
Fábio: Todas essas aí de cima citadas,hehehe
17 – O Que é o Heavy Metal para sua vida?
Fábio: O Heavy Metal é simplesmente a trilha sonora da minha
vida.Desde os 11 anos ele esteve presente em praticamente tudo que eu fiz e
faço.
18 – Deixo o espaço livre para suas considerações finais!
Muito obrigado por sua participação!
Fábio: Eu que agradeço e foi uma honra ter participado.Gostaria
de agradecer a todos os apoiadores que levantam essa bandeira do Heavy Metal
Tradicional, longe das tendências e das modinhas atuais. Abraço a todos!!!
Por Vitor Carnelossi
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