Nada como fazer o que se
curte, portanto aqui temos isso de ambas às partes, nós do Colorado Heavy Metal
Blog publicando tudo acerca do underground e os caras do Nada em Vão praticando
um punk rock de primeira e agora aqui nos concedendo essa entrevista pra falar
sobre seu primeiro EP e planos da banda. Formado por figuras conhecidas da cena
punk/hardcore do DF, o Nada em Vão vem com uma proposta de letras positivas e
um som simples e direto, mas que desempenha seu papel com primor ao nos
fornecer muita energia e atitude, sou suspeito pra falar, pois já ouvi o EP
dezenas de vezes, mas vocês podem tirar suas próprias conclusões conhecendo os
caras na entrevista a seguir e ouvindo os sons nos links disponibilizados ao
final da mesma. Com vocês, o Nada em Vão.
Fala galera, primeiramente
obrigado pelo tempo dispensado pra nos conceder esta entrevista. Pra começar
gostaria de saber como surgiu o Nada em vão?
Nada Em Vão: Nós que agradecemos
pelo espaço, Evandro. O Nada Em Vão surgiu da nossa paixão pelo punk rock. Nos
conhecemos dividindo palcos aqui em Brasília. Todos nós já tivemos diversas
bandas, eu já toquei com o Delton Porto (bateria) no Dissonicos; já convidei a
outra banda do Lucas Cardoso (Vocal), o Outubro HC, para tocar nos shows que
organizo por aqui; e o Pedro Tavares (Guitarra) já gravou minha outra banda, o
Mais Que Palavras. Há anos nos dedicamos e damos nossa contribuição para a cena
e tenho certeza que seríamos outras pessoas, completamente diferentes, se não
fosse este estilo de vida, se não tivéssemos vivenciado isto lado a lado. O
punk rock nos uniu e queremos mostrar que toda a ralação e esforço jamais serão
em vão.
Como tem sido a recepção ao
material da banda tanto por público quanto pela crítica?
Nada Em Vão: Estamos
sendo bem recebidos em todos os lugares que fomos tocar. Nosso segundo show foi
em Uberlândia e mesmo sendo uma banda bem nova, já tinha gente cantarolando as
nossas músicas. Acredito este ser o principal retorno que podemos ter. Somos
apenas quatro amigos tocando punk rock, sem grandes pretensões, que tocam
porque gostam e surpreende sentir que estamos sendo bem acolhidos.
Quais foram as inspirações
para as composições presentes no EP?
Nada Em Vão: Acho que cada pessoa
pode tirar uma interpretação das músicas, mas falamos sobre amizade, as
escolhas que você tem de fazer quando tem mais de 30 e sobre a nossa vida no
punk rock. Tem um pouco de olhar para o passado e ver que todos os passos dados
nos moldaram, nem todos foram para o caminho certo, mas aprendemos com todos
eles. Se hoje estamos aqui, foi por causa desta caminhada. E isto nos fez bem,
saca? Nos faz bem acreditar no DIY, nos faz bem sonhar, então compartilhamos
sempre positividade.
Existem planos para um full
em breve?
Nada Em Vão: Temos planos para um
novo EP. Acreditamos muito no formato, é uma maneira de conseguirmos estar
sempre produzindo, pois não é fácil ser independente, a gente cuida de tudo, de
todo o processo, entende? Precisamos organizar nossas vidas junto com trabalho,
filhos, contas e nem sempre sobra o tempo necessário. Então, gravar cinco ou
seis músicas é mais simples e fácil de acontecer.
O EP foi lançado em K7 em
cinquenta cópias numeradas, como surgiu a ideia de lançar neste formato?
Nada Em Vão: A K7 foi feita para
todos aqueles que amam música assim como a gente. É uma forma de relembrar o
que vivemos na época das fitas demo. Não queríamos deixar somente na internet.
Utilizamos muito a rede para divulgar a banda, mas lançar algo em formato
físico era (é) fundamental. Encontramos um meio termo neste formato, pois as
pessoas que colecionam música vão preferir a cassete que um cd-r, por exemplo.
Pelo menos a gente prefere (hehehehe).
O Nada em vão ainda fez
poucas apresentações ao vivo, correto? Sendo que o primeiro show da banda
aconteceu em 28 de novembro de 2015, como foi essa primeira apresentação? Como
anda a agenda do Nada em vão, onde pretendem tocar em 2016?
Nada Em Vão:
Na verdade, nosso primeiro show foi realizado em 7 de novembro de 2015, na
Matinê Skate Punk 2, aqui em Brasília. Já o segundo foi no dia seguinte, em
Uberlândia. Esses dois primeiros shows com nossos amigos do Horace Green (SP)
foram tensos, não é fácil começar uma banda nova. Ainda mais porque foram os
shows que celebraram o lançamento do EP de forma virtual. Há anos não tocava
com o Delton, apesar do nervosismo, jamais me esquecerei deles, foram
especiais.
Para 2016, os
planos são os mesmos, tocar em tudo quanto é lugar possível. Tocamos onde
formos chamados, aonde quiserem que a gente vá. Queremos ir para São Paulo e
estamos resolvendo este problema (hehehehehe).
A cena do DF possui muitas
bandas legais, o que vocês destacariam, que bandas vocês recomendam pra quem
deseja conhecer a cena?
Nada Em Vão: A gente indica o
Dissonicos, Firstations, Outubro HC, Rebel Shot Party, My Last Bike, Deceivers,
What I Want, Mais Que Palavras, Doze Voltz, Darshan, Paradisi, Maltrapilhos,
Ingrena, Calvet, Crushed Bones e claro, DFC.
Gostaria de agradecer
novamente e reservar este espaço pra que deixem sua mensagem pra galera que
acompanha o Colorado Heavy Metal Blog.
Nada Em Vão: A
gente que agradece pelo espaço. Somos pessoas, movidas por paixões, e dedicar o
seu tempo (o bem mais precioso) a algo como um blog sobre música independente é
algo admirável. Então, nós só temos a te agradecer por isso, Evandro. Obrigado!
E para a galera, leiam as letras das bandas que você gosta!
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Por Evandro Sugahara
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