quarta-feira, 30 de março de 2016

ENTREVISTA REFUTARE


Fala pessoal, começando pelo álbum lançado recentemente, “O mapa” além de ser pesado e enérgico vem com uma produção digna de nota, que deixou o som a altura da qualidade das composições, vocês poderiam nos dar detalhes sobre a produção do disco?
O álbum contempla 10 músicas de várias épocas da banda em 10 anos, colocados ali a essência da banda de uma maneira natural e sem pressão. Fizemos toda a produção em conjunto com Alexandre Bressan do estúdio 3em1 (Londrina), gravando analogicamente e com muita energia envolvida entre 2014 e 2015. Foi um momento muito bom e prazeroso para a banda. Não podemos esquecer de agradecer galera que participou da pré-venda do CD e ao Fabio Prandini (Paura), que foram fundamentais para a concretização deste sonho.

Que temas vocês procuraram abordar nas letras do disco? Qual o sistema de composição do Refutare?
Abordamos temas que nos atingem ou de alguma forma nos incomodam, é perceptível as críticas políticas e sociais, mas também, muito sobre o ser humano e seus medos e desejos.
Não temos um sistema de composição definido, cada música nasceu de uma forma única.

O Refutare possui uma sonoridade bem ríspida, ouvindo os sons dá pra sacar influencias de grindcore, hardcore e metal, não necessariamente nessa ordem, o que vocês costumam ouvir pra servir de inspiração pro som de vocês?
Temos influências bem diversas, cada integrante possui um universo de influências em seu repertório e isso, não poderia ser diferente, resulta em uma sonoridade de leque aberta e cheia de caminhos novos. Gostamos sim de bandas viscerais e explosivas, como por exemplo os amigos do Subtera, Deranged Insane, Paura, Questions, etc. Mas também temos nosso gosto em comum por músicas leves, mas de teor forte.


Voltando a falar de “O mapa”, quem foi responsável pela arte da capa, e como foi escolhida a mesma?
Foi o artista Stephanie Casier do Yeaaah Studio da França. Antes de tudo, queríamos definir um conceito para que este representasse o álbum na capa do disco e nas demais peças que nos cercam. Optamos pelo retrato das lutas de classes e seus ícones representativos da sociedade, através da criação de um mapa renascentista. Estes mapas eram ilustrados com monstros marinhos para que se tornassem mais interessantes e assim despertar o interesse dos compradores. Mas nos abraçamos à hipótese de que eram ilustrados desta forma para inibir o êxodo das classes desfavorecidas e manipuladas, que temiam os mares e assim, não se aventuravam a enfrentá—lo. Consequentemente também não conheceriam um mundo, talvez melhor, do outro lado do horizonte oceânico.

Pra quem tem interesse em adquirir o material, onde se pode encontrar o álbum a venda?
Está a venda em nossa loja online, pela Spider Merch e pela Samsara Discos (do Fabio Prandini - Paura), ambas apoiadoras que nos ajudaram com o lançamento do disco.

Recentemente vocês fizeram uma tour por SP com o Test, como surgiu o convite e o que vocês podem nos relatar dessa experiência?
Já tivemos outras experiências com o Test quando os convidamos para tocar em nossa cidade e região. Assim, fomos retribuídos. Mesmo caso com o Paura, parceiros de longa data que nos colocaram também no circuito.
Foi uma experiência muito boa, sempre quisemos tocar em São Paulo e não poderia ter sido melhor.

Nessa mesma tour vocês tocaram no Legacy Fest, com várias bandas fudidas da cena hardcore de SP e do RJ, como Norte Cartel, Surra, Bayside Kings, etc. Como foi essa gig, e quais são os próximos compromissos da Refutare?
Foi demais, dividimos o palco com grandes bandas e pudemos mostrar um pouco de nós e nossa mensagem. 
Com a ida do Xico (baterista) para outro país, estamos pensando com calma como serão os próximos passos.



Sendo a banda de Arapongas-PR, gostaria que nos dissesse como é a cena underground de sua cidade e o que vocês acham da cena hardcore do PR em geral?
Estamos nessa há 16 anos aproximadamente, realizando shows locais, as vezes com bandas grandes e etc, mas sempre com o objetivo de unir e divertir as pessoas. Arapongas, modéstia parte, tem algo muito diferente de vários lugares que já passamos, há uma mistura de estilos e ideologias, o que proporciona um clima de união e respeito. Há pouca segmentação e já foi quase zero.

Galera muito obrigado pela atenção, gostaria de reservar este espaço pra que mandem seu salve, vendam seu peixe, digam um alô, da maneira que melhor convir pra vocês, valeu e até a próxima!
Refutare primeiramente agradece pelo espaço e a todas as pessoas que já se divertiram com a gente, que aprendeu conosco e nos ensinou algo. Esta troca é o combustível para alcançarmos as mudanças e evoluções que almejamos. Deixamos um abraço para quem sempre nos ajudou e esteve ao nosso lado. Se você tem interesse em conhecer melhor a banda, entre em contato conosco, encontre o disco e vamos nos conhecer, conversar e crescer juntos.

Abraços dos Refutare!



Contatos:





domingo, 20 de março de 2016

LOST IN THE STORM - MUSICALIDADE ACIMA DE QUALQUER RÓTULO

De INTO THE STORM para LOST IN THE STORM uma pequena mudança para evitar problemas na divulgação com uma homônima de Seatle, pouco atrapalhou quem espera o material definitivo dessa galera! Desde o primeiro contato que tivemos com o músico Fábio Andrey podemos acompanhar a evolução nas composições e os detalhes que cercam o início da carreira desse grupo. Encabeçado pelo já Veterano Fábio Andrey (INSANITY, THE MIST), a nova proposta coloca no centro a talentosa vocalista Flávia Americano, que nos concedeu algumas impressões sobre o que anda acontecendo nos bastidores do LOST IN THE STORM. Acompanhem essa entrevista diretamente da França para o COLORADO HEAVY METAL!


1 -  Fábio! Começo com uma pergunta rápida e rasteira, após uma sutil e necessária mudança no nome da para  LOST IN THE STORM, como está o processo de gravação do Full Legth?
Fábio: Vitão, Nós temos contatos no mundo todo, não vivemos só de facebook (rs) e recebo mensagens todos os dias de várias partes do mundo… Em uma dessas mensagens era James Reeves do Into the Storm americano e conversamos sobre a coincidência do nome das bandas...E nessa conversa falamos que iriamos lançar nossos discos esse ano. Ele me disse que já usava “into the storm” desde 2009 e cheguei a conclusão que não custava nada mudar (antes do disco sair) Assim como o nosso disco estou ansioso para ouvir o disco do into the storm de seatle (rs)
2 – Para quem segue as novidades sobre a banda, pode notar a inclusão de muitos teclados e elementos no material já liberado.  É intencional essa nova sonoridade fora do Thrash/Death que faz parte de bandas anteriores em que você participou?
Fábio: Nós não costumamos seguir uma linha ou rótulos, o que soar bem vai ficar.Gosto muito de arranjos de cordas e percussão por isso me sinto à vontade em usa-los.

3 – Flávia, em alguns materiais que contam com sua voz, seja em vídeos ou trechos liberados do LOST IN THE STORM nota-se um timbre muito agradável de acentuação Pop dará um tempero especial para as composições! Quais as suas principais referencias para criar as linhas vocais do LOST IN THE STORM?
Flávia: Olá Vitor, de facto a minha voz tem uma acentuação mais POP pois nunca tive formação musical e desde pequena que canto o que ouço na rádio.

Existem várias bandas que eu aprecio, mas nunca me inspirei em nenhuma para criar as linhas de voz do Lost In The Storm, na verdade é simples, basta ouvir a música e a magia acontece… não sei explicar é automático, apenas sigo o meu instinto musical.

4 – Mantendo contato com o Fábio pude observar através de nossas conversas que o espaço para sua interpretação tem crescente papel na banda, como tem sido a sua participação na criação das destas canções?
Flávia: O Fábio é uma verdadeira caixa de música kkkk, as vezes acorda a meio da noite e vai para o computador… eu pergunto:  ­– o que se passa? E ele responde: -- Sonhei com uma música tenho de gravar!  

É assustador!! Kkkk o que me faz sentir por vezes pequenina tendo em conta a experiência e história musical do Fábio, mas com o tempo percebi que até a mais pequena contribuição faz a diferença! Exponho as minhas ideias e o Fábio as transforma em notas musicais, acho que é por isso que a nossa música é tão especial não seguimos qualquer tipo de regra ou interdição para fazermos o que mais gostamos, apenas fazemos…
5 – Fábio, como foi à recepção do 1º single “In the Shadows Garden”?
Fábio: O 1º single foi mais para entrarmos no mercado, tivemos uma ótima repercussão tanto aqui na europa quanto em algumas partes do Brasil. O lançamento foi em uma rádio em fortaleza, em um programa chamado Hey Ho dos meus amigos Gê e Miguel.
6 -  Com uma boa captação em estúdio e um produtor muito eficiente, qual será sua tática para levar o material ao maior número de ouvintes o possível?
Fábio: O nosso próximo single sairá em formato físico na Rússia pelo selo GS-productions no qual já saímos em uma coletânea com a música  “no Man´s land” e vamos disponibilizar em todas as mídias (google play, spotify, itune, amazon music e etc..)
7– Flávia, vocês estão trabalhando em alguma música com potencial para ser veiculada em grandes rádios, podendo alcançar um sucesso além do underground?
Flávia: Damos sempre o máximo em todas as músicas obviamente com o intuito de atingir o máximo de público, mas o mais importante é que as pessoas apreciem verdadeiramente a nossa música e o nosso trabalho, é de facto gratificante quando alguém curte o nosso som e nos encoraja. O nosso ideal é alcançar um sucesso merecido, marcante e não um sucesso temporário.
8 – Na Europa o abismo entre o underground e a música popular é tão grande?
Fábio: Nem tanto, a diferença é que é muito mais organizado. Tudo funciona perfeitamente e sem muitas surpresas desagradáveis. Se tiver um bom material e força de vontade, você consegue tranquilamente alcançar um grande público em vários países. Não que você vá ficar rico rápido…mas já é um ótimo começo.
9 – O LOST IN THE STORM ainda não fez sua estreia nos palcos, vocês já andam conversando sobre isso?
Flávia: Todos os dias!!! Kkkk assim que a gente terminar o disco temos como objetivo fazer uma tourne na Europa. Não posso deixar de acrescentar que estou muito empolgada pois será a minha  estreia em palco.
10 – Uma “Tour” será interessante para captar recursos e apresentar o material para públicos distintos. Da para “bolar” uma boa estrutura de shows no velho continente?
Fábio: Aqui temos todo o suporte necessário pra isso (booking /Van/equipamentos/bus) Estamos nos organizando para pegar a estrada em breve.

11 – As letras, segundo o Fábio tem momentos introspectivos, alguns melancólicos... Para interpretação vocal, essa dramaticidade é desafiadora para você?
Flávia: Eu estou sempre pronta para desafios, mas até agora essa dramaticidade não foi um problema para mim , como já disse anteriormente sigo o meu instinto musical que até agora nunca me deixou ficar mal, fecho os olhos e escuto a voz que sai da minha mente.

12 - Há momentos que a música do LOST IN THE STORM se torna bem pesada, com os vocais do Fábio contrastando totalmente como o seus, podemos dizer que essa mistura de estilos tornou essa parceria de vocês muito prolifera e acaba dando uma série de possibilidades para se seguir, não é?
Flávia: Este tipo de contraste, vocal masculino com feminino é muito vulgar nas bandas de hoje…mas eu acho que o Lost In The Storm não cai nesse clichê, tentamos justamente, ser originais e fazer a música como ela é e não como ela tem de ser.

13 – Achei bem legal seu vocal, sinceramente... No Heavy Metal criou-se um clichê muito forte para vocais operísticos e líricos femininos, seu vocal já leve e intenso, você já cantou profissionalmente em alguma banda antes do LOST IN THE STORM?
Flávia: Como vocalista não, mas quando era adolescente participei em algumas bandas como guitarrista, mas nada profissional.

14 – Flávia, o que esperar do LOST IN THE STORM?
Flávia: Muita musicalidade, um som que te vai fazer sentir… que é muito Foda!!!! Kkkk 

Vai te fazer viajar entre os mais  pequenos detalhes e variados sons. Se Gostas de música nós somos aquilo que sempre esperaste!! 

Vamos dar o melhor de nós para que este projecto prossiga e consiga atingir um sucesso digno do nosso esforço e amor pela música.



15 – Fábio, temos alguma previsão de lançamento do material no Brasil?
Fábio: Já entrei em contato com alguns amigos de distribuidoras de disco como a rising records do Rio Grande do norte do meu amigo Luciano Elias. Que ano passado relançou o phobia do Insanity (minha antiga banda)

16 – Vocês pensam em fazer alguma versão ou cover de alguma música ao vivo?
Flávia: Sim, na verdade estamos a trabalhar num cover do Therapy? Que iremos lançar muito brevemente.

17 – Flávia, você já veio para o Brasil em alguma oportunidade, e virem tocar para cá, por favor, não esqueçam o Sul do Brasil (Paraná) rsrsrsrsrsrs
Flávia: Infelizmente ainda não tive a oportunidade, mas quando for será com grande prazer que irei visitar o Paraná!!!

18 – Flávia, agradeço imensamente sua participação e nosso blog, deixo o espaço aberto para você!
Flávia: Eu é que agradeço pela força e protagonismo que nos tem dado, são pessoas como você que fazem o mundo girar!!! Um grande obrigado!! Quero aproveitar para agradecer a todas as pessoas  e amigos que tem participado no nosso crescimento se vocês não seria possível, Obrigado.   E você que ainda não nos conhece, visite a nossa página Lost In The Storm no facebook.

19 – Andrey, obrigado mais uma vez por dar-nos essa oportunidade! Esperamos novidades!

Fábio: Eu que agradeço pelo espaço e pela força que você vem nos dando ai no Brasil.



INTO THE STORM IS:

FÁBIO ANDREY / FLÁVIA AMERICANO / THIBAUT PEYROT


Por Vitor Carnelossi


segunda-feira, 14 de março de 2016

ENTREVISTA DFRONT SA

Essa semana conversamos com os caras da Dfront SA, formação thrashcore de Volta Redonda-RJ, em breve eles estarão lançando seu debut “Do céu ao inferno” e pudemos saber um pouco mais a respeito do lançamento e tudo mais a reseito da banda. Som altamente indicado pra quem curte um mosh, confiram!


Fala galera, obrigado pelo tempo concedido ao blog, de cara vamos falar do CD que vem chegando aí, “Do céu ao inferno”, o que vocês podem adiantar pra nós a respeito desse lançamento?
Estamos sempre à disposição irmãos, então, entramos em parceria com a Black Legion Productions em 2015 para essa maior expansão dessa empreitada, tivemos mudanças radicais na arte e letras de algumas musicas para criar um contexto mais objetivo dentro do nome do CD, a banda se esforçou muito na produção de todo o CD, temos 100% das musicas prontas e masterizadas e 95% da produção artística finalizada, ainda esse mês entregamos a BLP para anunciar a data do lançamento, o que será “com certeza” muito em BREVE.

Em comunicado oficial da banda, vocês justificam o atraso do lançamento do play que sairia originalmente em 2015, como se deu a parceria com a Black Legion que vocês citam e quais as vantagens para o Dfront SA nisso?
Fomos convidados um mês antes de lançar o play na net, pela BLP para o diálogo, um amigo de antiga data da banda Raphael Arizio que está atuando na BLP, nos indicou, entre o diálogo com nosso represente, incluímos o lançamento do CD fora a acessória, assim, fazendo com que toda nossa logística e prazo mudasse, deixando a abrangência deste lançamento bem maior, dentro e fora do país.

Pra situar as pessoas a respeito do som que praticam, como vocês definiriam a sonoridade da banda?
A banda já passou por diferentes fases de construção,tivemos uma fase mais metalcore com vertentes de net, com letras em inglês, é uma mistura mais direta no vocal, sempre em segmento grind. A fase atual da banda, sem soma de dúvidas é a melhor, simplesmente por termos uma química única entre a cozinha da banda e a entrega final da voz, cada um coloca seu arranjo em cima de uma ideia gerada na guitarra, mais em soma sempre temos um Trhash com forte vertente de hardcore, concluímos assim nosso Thrashcore.



Quais são as inspirações musicais dos membros do Dfront SA na hora de compor?
Basicamente temos do oldschool ao novo metalcore, vamos do punk ao Trash, em toda nossa música, mais nossa forte inspiração vem da velha guarda, Ratos, Pantera, Lamb of God, é nossa raiz Sepultura.


Vocês possuem dois clipes lançados, “Sem misericórdia” e o Lyric Video de “Corrupção”, como foram concebidos estes trabalhos? Vocês pretendem lançar mais vídeos assim que o disco for lançado?
R:. Na verdade temos mais um clipe oficial, “Conflito”, também um single “Terrorismo” que é uma faixa do CD que iremos lançar esse ano “Do céu ao inferno”,. O clipe “Sem misericórdia” surgiu como nosso experimento na nova fase dos vocais da banda, onde Vagner entrou com sua pitada hardcore, e vocais em português, nós simplesmente sentamos e fizemos a música, então Nathan Klak produziu o clipe com um antigo amigo de banda Thiago Cursino, ele rendeu ótima repercussão inclusive em sites de blogs gringos. A música lyric “Corrupto” foi um desabafo no início dessa fase horrível que o país está passando, dizemos nosso tapa na cara em forma musical, inclusive essa música foi tema de protestos em algumas passeatas pelo Rio de Janeiro, colocamos nova roupagem nela e vamos relançar ela no CD, o lyric foi produzido pelo nosso amigo Diogo TX. Temos mais dois clipes prontos para serem lançados, dia 19 de março iniciamos nossos lançamentos com “VÍCIO” no qual contamos com participação do skatista Ramon Cândido, o clipe foi editado como um presente do nosso amigo e produtor musical Júlio Victor é produzido pela banda. Temos outro que será lançado juntamente com o CD, “Verdadeira Face” que conta com a Produção do nosso grande amigo Ricardo Mazza, e ainda mais que estamos gravando.Temos muita coisa legal vindo por aí.


Além dos clipes lançados(Do EP “Sem misericórdia”), há um single para faixa “Terrorismo”, esses sons estarão presentes no disco? Vocês já podem divulgar o track list do disco?
Sim sim, estará sim como disse acima, e ainda teremos mais algumas conhecidas pelo público, que foram refeitas com nova Gana pelo nosso batera “brutus”..kkkk.... O track list é :. Intro, Terrorismo, Corrupto, Eu não aguento Mais, Questão, Medo, Mais um Dia, Vicio, Verdadeira Face, mais não nessa ordem.


O Dfront SA é de Volta Redonda-RJ, como é a cena underground da região? Que bandas vocês destacariam aí de seu entorno?
Nossa cena aquece quando rola eventos, em todos os estilos de som a cena de volta redonda tem público, não podemos reclamar do nosso, muita gente nos prestigia com presença garantida nos eventos q tocamos, isso acontece com todas as bandas aqui, temos bandas incríveis com foco no que desejam dentro da música e investem no sonho, trabalhos profissionais na net, Cds bem produzidos, acho que a cena mais rica do Rio está aqui, não acho que desejaríamos um retorno de alguma, pois cada uma tem sua história já contada, se foi colocado o fim, é porque já era hora.


Como anda a agenda da banda? Quais são os próximos compromissos? E pra quem ainda não os viu ao vivo, qual descrição daria do que é um show do Dfront SA?
No momento parada, tínhamos alguns shows para esses mês, mais estamos tão foçados no CD que não queremos nada tirando nosso foco, por isso não estamos correndo atrás de nada, só aceitamos algo que realmente não afete nosso corre com o CD. Para quem não conferiu nosso som ao vivo, teremos imenso prazer em convida-los para nosso mosh, que realmente têm energia e um grande retorno do público, pelo menos isso nós passamos sempre em nosso show.


Mantendo nossa tradicional kibada na revista Roadie Crew, gostaria que elegessem aqui seus cinco discos preferidos de todos os tempos?
Essa é fácil, 50% da banda aqui é dos anos 90, temos muita coisa tradicional pra eleger, mais falar tudo em 5 discos seria difícil, kkkkkk. Mais a lista seria:. Megadeth - Countdown To Extinction / Pantera – Vulgar Display foi Power / Sepultura – ARISE / Hatebreed – Rise ou Brutality e Lamb of God – Sacrament , lógico que temos mais uma porrada, mais em 5 apenas, acho que seria isso.


Valeu pessoal, muito obrigado pela atenção, e reservo este espação pra que deixem sua mensagem como quiserem.
Nós que agradecemos, sua procura e grande união quentes com a cena underground, deixamos nosso pedido de desculpa aí para quem está aguardando nosso CD desde o ano passado, mais afirmamos que não será em vão , pois preparamos algo realmente puro e verdadeiro para quem curte metal pesado, divulguem nossos clipes e nos contrate para sua cidade, temos muita energia pra mostrar é muito mosh pra fazer pelo Brasil e quem sabe fora dele, representar sempre o underground nacional e o metal brasileiro, grande abraço a todos e valeu pela super força.



Dfront SA é:

Vagner Haenel – Vocal
Nathan Klak - Guitarra
Magno Augusto - Bateria
Silvio Augusto - Baixo

Contato:
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Youtube

sexta-feira, 4 de março de 2016

ENTREVISTA NADA EM VÃO

Nada como fazer o que se curte, portanto aqui temos isso de ambas às partes, nós do Colorado Heavy Metal Blog publicando tudo acerca do underground e os caras do Nada em Vão praticando um punk rock de primeira e agora aqui nos concedendo essa entrevista pra falar sobre seu primeiro EP e planos da banda. Formado por figuras conhecidas da cena punk/hardcore do DF, o Nada em Vão vem com uma proposta de letras positivas e um som simples e direto, mas que desempenha seu papel com primor ao nos fornecer muita energia e atitude, sou suspeito pra falar, pois já ouvi o EP dezenas de vezes, mas vocês podem tirar suas próprias conclusões conhecendo os caras na entrevista a seguir e ouvindo os sons nos links disponibilizados ao final da mesma. Com vocês, o Nada em Vão.


Fala galera, primeiramente obrigado pelo tempo dispensado pra nos conceder esta entrevista. Pra começar gostaria de saber como surgiu o Nada em vão?

Nada Em Vão: Nós que agradecemos pelo espaço, Evandro. O Nada Em Vão surgiu da nossa paixão pelo punk rock. Nos conhecemos dividindo palcos aqui em Brasília. Todos nós já tivemos diversas bandas, eu já toquei com o Delton Porto (bateria) no Dissonicos; já convidei a outra banda do Lucas Cardoso (Vocal), o Outubro HC, para tocar nos shows que organizo por aqui; e o Pedro Tavares (Guitarra) já gravou minha outra banda, o Mais Que Palavras. Há anos nos dedicamos e damos nossa contribuição para a cena e tenho certeza que seríamos outras pessoas, completamente diferentes, se não fosse este estilo de vida, se não tivéssemos vivenciado isto lado a lado. O punk rock nos uniu e queremos mostrar que toda a ralação e esforço jamais serão em vão.

Como tem sido a recepção ao material da banda tanto por público quanto pela crítica?
Nada Em Vão: Estamos sendo bem recebidos em todos os lugares que fomos tocar. Nosso segundo show foi em Uberlândia e mesmo sendo uma banda bem nova, já tinha gente cantarolando as nossas músicas. Acredito este ser o principal retorno que podemos ter. Somos apenas quatro amigos tocando punk rock, sem grandes pretensões, que tocam porque gostam e surpreende sentir que estamos sendo bem acolhidos.
Quais foram as inspirações para as composições presentes no EP?

Nada Em Vão: Acho que cada pessoa pode tirar uma interpretação das músicas, mas falamos sobre amizade, as escolhas que você tem de fazer quando tem mais de 30 e sobre a nossa vida no punk rock. Tem um pouco de olhar para o passado e ver que todos os passos dados nos moldaram, nem todos foram para o caminho certo, mas aprendemos com todos eles. Se hoje estamos aqui, foi por causa desta caminhada. E isto nos fez bem, saca? Nos faz bem acreditar no DIY, nos faz bem sonhar, então compartilhamos sempre positividade.

Existem planos para um full em breve?

Nada Em Vão: Temos planos para um novo EP. Acreditamos muito no formato, é uma maneira de conseguirmos estar sempre produzindo, pois não é fácil ser independente, a gente cuida de tudo, de todo o processo, entende? Precisamos organizar nossas vidas junto com trabalho, filhos, contas e nem sempre sobra o tempo necessário. Então, gravar cinco ou seis músicas é mais simples e fácil de acontecer.

O EP foi lançado em K7 em cinquenta cópias numeradas, como surgiu a ideia de lançar neste formato?

Nada Em Vão: A K7 foi feita para todos aqueles que amam música assim como a gente. É uma forma de relembrar o que vivemos na época das fitas demo. Não queríamos deixar somente na internet. Utilizamos muito a rede para divulgar a banda, mas lançar algo em formato físico era (é) fundamental. Encontramos um meio termo neste formato, pois as pessoas que colecionam música vão preferir a cassete que um cd-r, por exemplo. Pelo menos a gente prefere (hehehehe).

O Nada em vão ainda fez poucas apresentações ao vivo, correto? Sendo que o primeiro show da banda aconteceu em 28 de novembro de 2015, como foi essa primeira apresentação? Como anda a agenda do Nada em vão, onde pretendem tocar em 2016?
Nada Em Vão: Na verdade, nosso primeiro show foi realizado em 7 de novembro de 2015, na Matinê Skate Punk 2, aqui em Brasília. Já o segundo foi no dia seguinte, em Uberlândia. Esses dois primeiros shows com nossos amigos do Horace Green (SP) foram tensos, não é fácil começar uma banda nova. Ainda mais porque foram os shows que celebraram o lançamento do EP de forma virtual. Há anos não tocava com o Delton, apesar do nervosismo, jamais me esquecerei deles, foram especiais.
Para 2016, os planos são os mesmos, tocar em tudo quanto é lugar possível. Tocamos onde formos chamados, aonde quiserem que a gente vá. Queremos ir para São Paulo e estamos resolvendo este problema (hehehehehe).

 

  
A cena do DF possui muitas bandas legais, o que vocês destacariam, que bandas vocês recomendam pra quem deseja conhecer a cena?

Nada Em Vão: A gente indica o Dissonicos, Firstations, Outubro HC, Rebel Shot Party, My Last Bike, Deceivers, What I Want, Mais Que Palavras, Doze Voltz, Darshan, Paradisi, Maltrapilhos, Ingrena, Calvet, Crushed Bones e claro, DFC.

Gostaria de agradecer novamente e reservar este espaço pra que deixem sua mensagem pra galera que acompanha o Colorado Heavy Metal Blog.
Nada Em Vão: A gente que agradece pelo espaço. Somos pessoas, movidas por paixões, e dedicar o seu tempo (o bem mais precioso) a algo como um blog sobre música independente é algo admirável. Então, nós só temos a te agradecer por isso, Evandro. Obrigado! E para a galera, leiam as letras das bandas que você gosta! 

Aproveitamos também para deixar os nossos links:

Veja: instagram.com/nadaemvao



Por Evandro Sugahara

terça-feira, 1 de março de 2016

ETERNAL SORROW: WAY OF REGRET – OBRA-PRIMA DO DOOM METAL NACIONAL


Lançado em Novembro de 1998 pelo selo mineiro Demise Records, o disco Way of Regret(Caminho do Remorso) é uma  declaração de amor incondicional ao soturno, ao depressivo, ao  lúgubre – sinfonia depressiva ´´made in Brazil´´ com requintes de talento e musicalidade dignos de embalar os sonos mais sombrios em qualquer lugar do mundo, ou seja, uma banda Paranaense(Curitiba) produz um uma obra-prima do gênero.
Convenhamos, como qualquer gênero, uma gama enorme de bandas flertando com o doom e gótico assolam então a cena, algumas muito boas, outras nem tanto, e só ficam quem tem o DNA da proposta.

Para quem acompanhou, penso que seja desnecessário dizer da forte influência desta banda entre os integrantes do Tragedy Garden, que aplicaram uma proposta soturna à sua musicalidade, onde o exímio guitarrista Vitor Carnelossi supria a falta de teclados com trampos de guitarra muito acima da média. Quem viu e presenciou, sabe. A faixa Final State of Depression sempre rolava no ensaio da banda.
O vocalista e tecladista  Júlio é o vocal cinzento com requintes de funeral da banda, encaixando timbres como uma luva ao que se propõe a banda, adicionando ainda linhas de teclados de extremo bom gosto e melancolia ímpar.
Quanto ao batera Adriano, confesso que poucas vezes ouvi e vi (tive o prazer....) um baterista com tamanha destreza no fundamento de pedal duplo. Um mestre nos contra-tempos e ´´ghost-notes´´, desfilando sua técnica e velocidade ao longo de todo o cd. Tudo na dose certa. Uma aula de bateria.
Anderson e Gustavo despejam riffs melancólicos com peso e melodias de grande inspiração, sem firulas, no tamnho e dose necessários, aumentando o clima desolador do cd. Excelente trampo dos guitarristas.

As quatro cordas ficam por conta de Maurício, que também faz os ´´backings´´. A exemplo da dupla de guitarristas, um trampo de grande qualidade, tocando para a banda.
Vale registrar que acompanhamos um show deles no Tribo´s em Maringá e assistimos então  à uma execução fiel das músicas, além da competência de cada um em seu instrumento e da simpatia e simplicidade dos músicos no antes do show e no back-stage. 
Dentre os ´´troféus´´ do rock que me fiz presentear, a capa desde disco autografada merece destaque especial.
Ouçam Final State of Depression, Dreams of Sanity, Funeral Walz, Twilight of Life e as outras deste grande disco e tire suas conclusões.
A nível de supresa e estágio, classifico este disco no mesmo nível de Songs for Moors and Misty Fields, do Empyrium.
Ambos não são recomendados para ouvidos despreparados e psicológicos abalados.
Ouça alto!!
Marcão.