“Chaotic Frame Of Mind” É o trabalho de estreia do atuante guitarrista
mineiro Beto Lani. O Disco é composto por 12 canções que surpreendem pela
versatilidade, além de manter uma sonoridade muito agradável! O CD vai muito
além do que se possa esperar de um trabalho composto por um guitarrista, “Chaotic
Frame Of Mind” é focado em canções bem construídas, com boas melódias, sem se
apegar nas escalas autoindulgentes do
virtuosismos gratuito! Com vocês NO RADAR com LANI
1 – A primeira impressão do disco em um contato visual, é
uma dedução que possa ser aquele CD nos “moldes de guitarristas”, talvez
projeto levar o seu sobrenome se tenha essa suposição. Mais a “pegada” é bem
diferente, as músicas são canções muito agradáveis e variadas. Como foi o
processo de composição desde trabalho?
Apesar de ser guitarrista e amar esse instrumento, eu nunca
me identifiquei com álbuns instrumentais. Claro que fui muito influenciado por
guitarristas como Joe Satriani e Steve Vai, mas eu sempre gostei de cantar. As
músicas foram criadas ao longo de vários anos, muitas delas foram concebidas
ainda na minha antiga banda, a Wisache, algumas compostas pensando em novos
projetos, em parcerias com alguns músicos, vários objetivos diferentes. Com o
tempo eu fui percebendo que elas tinham uma identidade própria, daí veio a
idéia de gravar esse disco. Eu sinto que ele traduz vários momentos diferentes
da minha vida musical e pessoal, é um disco muito introspectivo, como se eu
tivesse me conhecendo como compositor.
2 – A sonoridade flerta bastante com um rock mais atual,
versátil em juntar elementos mais pesados com referências do pop e até indie!
Qual a inspiração musical para esse projeto?
Ah, eu gosto de muita coisa diferente, eu escuto muita coisa
dentro do rock, acaba que a influencia vem na hora de compor. O fato tambem das
músicas terem sido compostas em épocas diferentes ajuda, ás vezes eu estava
numa fase mais metal, ou mais hardrock, ou mais progressivo. Eu sempre gostei
também dos discos mais ousados das bandas, me interesso pelas possibilidades,
como tal estilo soaria com tal banda tocando. Discos como Risk do Megadeth,
Load do Metallica, Road Salt do Pain Of Salvation me inspiram muito a tentar ir
por caminhos diferentes.
3 – O CD é muito agradável de escutar e seu vocal contribui
totalmente para isso! Ao interpretar suas composições (e parcerias) você sentiu
um controle melhor sob o resultado final, em termos de sonoridade?
Senti sim, eu tenho essas músicas na cabeça a muito tempo,
então eu sabia direitinho como iria soar. O mais legal foi que as parcerias
foram muito ricas, o Iago, por exemplo, além de cantar uma parte de Inside,
compôs 3 letras para o disco, e ele conseguiu captar direitinho a idéia das
canções, eu em identifiquei muito com as letras e me senti muito a vontade para
cantá-las. Foi uma experiência muito gratificante gravar a voz nessas músicas.
Meu professor de canto, Noel Fernandes teve um papel crucial na gravação das
vozes, por que muitas vezes eu sabia o que queria, mas não conseguia executar,
ele me ajudou muito.
4 – Lendo o encarte, além dos músicos que o acompanham,
notei várias parcerias envolvidas no lançamento! É importante contar com esse
apoio?
Muito importante, a cena independente precisa muito dessas parcerias.
São elas que fazem tudo acontecer, seja o estúdio, os músicos, os selos, os
blogs, se você não fecha parceria, você não sai do lugar. Temos que trabalhar
com a nossa realidade, e para o artista independente inserido no mundo do rock
ainda, e ela é dura.
5 – Quais os desafios de divulgar o material e fazer uma boa
distribuição nos dias de hoje? Agradeço sua participação, fique à vontade para
suas considerações finais!
Hoje em dia você tem vários mecanismos muito bons para
divulgar o material, e que são bem acessíveis aos artistas. Ao meu ver a
dificuldade está mais em comover quem escuta a sua música. Esse é o grande
desafio, criar a reação, a vontade de ouvir de novo, a vontade de interpretar a
letra, perceber todos os elementos que você colocou na canção. Bom gostaria
muito de agradecer o blog pela oportunidade de poder falar um pouco desse
trabalho, que foi feito com muito cuidado e dizer que é importantíssimo o
público ouvir ás bandas que estão por perto, compondo, lançando material,
fazendo show. Apoie as bandas de sua cidade, é assim que conseguimos manter a
cena rock na ativa.
Por Vitor Carnelossi
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Desde 2013 produzindo matérias e entrevistas para grande rede.
Editor responsável - Vitor Carnelossi